SEDE SANTOS
Diácono Paulo Gabriel Batista de Melo
Capelania Nossa
Senhora do Loreto
Ordinariado Militar do Brasil
– Parnamirim (RN)
O Livro
Sagrado nos mostra que fomos criados a imagem e semelhança de Deus, para sermos
santos como Ele é. Porém em dado momento, nossos primeiros pais pecaram, e
herdamos a mácula do pecado original.
A expressão bíblica "sede
santos, porque eu sou santo" é um chamado à santidade que está presente na
Bíblia, em Levítico 11, 44-45 encontramos “Pois eu sou o Senhor, vosso
Deus. Vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo”, e 1 Pedro 1,
15-16 também encontramos “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede
também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos,
porque eu sou santo”.
Que a Mãe Santíssima, modelo de
santidade nos ajude e nos conduza pelo mesmo caminho que foram conduzidos os
santos de nossa igreja, para talvez podermos ser considerados dignos do Santo
Evangelho, moldados por seu infinito amor de mãe, ela que em sua profunda
humildade, a cheia da graça, de tantas virtudes tudo tinha por graça de Deus.
Arminjon (2021), obra que despertou
a santidade e vocação para freira da jovem Santa Terezinha do Menino Jesus,
citado por ela mesma em “História de uma alma”, nos diz: “Nós os consagrados a
Deus, não somos deste mundo, mas que do mundo fomos escolhidos para ser
mensageiros do Evangelho”. É premente a necessidade de pensarmos com o coração
e a alma em duas palavras – JUSTIÇA e SANTIDADE - toda nossa vida será santificada se
colocarmos em práticas de corpo e alma estas duas palavras, que estão em meu
lema de ordenação guardado por mim com carinho, e tantas vezes dito pelo nosso
reitor da Escola Diaconal no Rio de Janeiro Padre Lindemberg.
Essa santidade, perpassa por uma
obediência cega, outra virtude forte de Nossa Senhora, como diz Carvalho (2012,
p. 34) “envolvido pela obediência cega, virtude que a Virgem Maria honrou
quando cumpriu o mandamento “amarás o Senhor Deus de todo o teu coração”, a
perfeição encontraremos ao nos moldarmos a Jesus em Maria sua amada Mãe.
O discípulo amado nos lembra em seu
Evangelho que “se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como,
porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos
odeia”, Cf Jo 15, 19, estamos na contra mão do mundo, devemos buscar a
santidade, mas o mundo não nos tolerará. E como disse Santa Tereza de Calcutá,
“quer ser perfeito? Vá para casa, ame sua família e seja paciente com ela”,
pois, a nossa maior catequese será em nossas casas, uma catequese da porta da
sala à porta da cozinha, o amor nos julgará, pois, Deus é amor e amou o mundo
de tal forma que nos deu seu Filho único. Amai-vos uns aos outros, no disse
Jesus no Evangelho de João 13, 34 “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos
outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos
outros”.
Lembre-se amado irmão e irmã das
palavras de São Francisco, “pregai! Se necessário use palavras”, pois, estamos
pregando com a vida, talvez você seja o único evangelho que alguém esteja
lendo.
Ainda nos fala ao coração o Apóstolo
Missionário São Paulo Cf. 2Cor 4, 6 “Porque Deus que disse: ‘Das trevas
brilhe a luz’, é também aquele que fez brilhar a sua luz em nossos corações,
para que irradiássemos o conhecimento do esplendor de Deus, que se reflete na
face de Cristo”. Logo, mesmo no mundo sejamos sal e luz, não deixemos que a
escurão nos cubra, não pode uma lamparina ser escondida em baixo da mesa, ela
deve alumiar o mundo, quanto menor a luz mais brilhará na escuridão.
Estejamos de prontidão repetindo em cada
Santa Missa “Vinde Senhor Jesus!”
REFERÊNCIA
ARMINJON,
Charles. Do fim do mundo, dos sinais que o precederão. Osasco – SP: Domine,
2021.
CARVALHO,
César e Carvalho, Mara, Consagra-te: devocionário. Natal: Mater Dei, 2012.