REDES
SOCIAIS: A NOVA ÁGORA
Prof. Ddo. PAULO
GABRIEL BATISTA DE MELO
Professor de
Educação Digital da Geekie One
gabrielmelopaulo@gmail.com
Cortela (2018, p. 29) afirma que a tecnologia pode deixar a
aula mais amorosa, e por vezes é estar conversando com o aluno em uma linguagem
que ele domina e se identifica, trazendo benefícios a ambos.
Fico
animado especialmente com a possibilidade do uso da tecnologia em todas as
escolas, não porque o computador resolva os nossos problemas, mas porque é uma
ferramenta poderosa para deixar nossa amorosidade mais competente.
PRINCIPAIS TÓPICOS:
Os tópicos são
sempre apresentados na página inicial da plataforma digital da Geekie para
mostrar ao aluno e ao professor sua temática relevante.
•Relações interpessoais e a Internet
•As novas formas de relações nas Redes sociais
•O novo ambiente de relações e economia: o Ciberespaço
•Políticas públicas de segurança nas redes e contravenções
HABILIDADES E
COMPETÊNCIAS:
Também é
mostrado as habilidades segundo o novo modelo da BNCC de forma que mostre ao
aluno e ao professor aquilo que eles devem atingir.
•(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e
iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação
e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo
e autoria na vida pessoal e coletiva.
•(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias
na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos
(fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de informações, de valores
éticos e culturais etc.), bem como suas interferências nas decisões políticas,
sociais, ambientais, econômicas e culturais.
•(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre
sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas diante
das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas
de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e
contextos.
•(EM13CHS504) Analisar e avaliar os impasses ético-políticos
decorrentes das transformações culturais, sociais, históricas, científicas e
tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes e nos
valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.
OBJETIVOS:
LEVANTAR DISCUSSÕES SOBRE A NOVA TEMÁTICA DA ÉTICA E DA
POLÍTICA SOBRE AS FORMAS DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS E INTERPESSOAIS COM O
ADVENTO DA INTERNET.
AS REDES SOCIAIS E A NOVA
ÁGORA: uma visão do novo mundo.
Na Grécia
antiga, tanto os filósofos pré-socráticos quanto os clássicos e os helenistas
usavam a Ágora para seus debates, pois lá era o local que os cidadãos (homens livres
da Poléis gregas) debatiam sobre a filosofia e a política, eram as redes sociais
da época, o que havia de mais moderno no mundo antigo e orgulho da Grécia.
Hoje porém a
Ágora é mundial através de redes de relacionamentos virtuais, e até mesmo mais
da metade dos negócios mundiais são feitos pela internet, o mundo mudou e com a
pandemia acelerou o processo e palavras como home office e outras fazem parte do vocabulário e do cotidiano,
nunca mais seremos os mesmos, temática em discussão dos alunos que usam a
plataforma digital, a Google do brasil, nossa Geekie One (2020, cap. 12)
No
sentido político-jurídico, a transformação fundamental da democracia dos
antigos para a moderna democracia foi a ampliação legal da cidadania. Na
democracia ateniense, como se viu, apenas um grupo seleto e minoritário tinha
direitos de cidadania e se reunia na praça pública, a ágora, para deliberar e
decidir, exercendo diretamente o poder democrático.
Nas democracias modernas, todos são cidadãos de
pleno direito, aptos a exercer o poder democrático, a deliberar e a decidir.
Porém, pela própria extensão da cidadania, não sendo possível a reunião
deliberativa de milhões de cidadãos, a democracia tornou-se representativa.
Todavia, como também se viu, cresce nas democracias modernas as pressões de
amplos grupos sociais, favorecidos pelas modernas tecnologias de comunicação,
para que as deliberações e decisões não fiquem apenas nas mãos de seus
representantes eleitos.
Esse caminho de ampliação do poder democrático
tem sido possível, em grande parte, devido à difusão do poder do centro do
governo para a sociedade civil. Essa participação se dá por vários caminhos e
de forma cada vez mais intensa pela internet, nas chamadas redes
sociais, nas quais a atuação tem sido tão importante para a
democracia que passaram a ser consideradas como uma “nova ágora”.
A primeira mudança que a internet provocou foi
a velocidade da própria mudança. Para ficar no campo da Sociologia,
manifestações que requeriam muitos dias de preparo, agora, pela força das redes
sociais, podem explodir em poucas horas, pela iniciativa de muitas, poucas ou
de uma única pessoa. Campanhas que levariam meses para alcançar consistência
são deflagradas em poucos dias; às vezes, do dia para a noite.
Nas sociedades democráticas, o uso da internet
está perto de se tornar universal. No Brasil, por exemplo, uma estimativa da
Nielsen IBOPE em julho de 2014 indicou que milhões de pessoas já
tinham acesso à internet. O advogado Marcel Leonardi, especialista em Direito e
Internet, constata: “a utilização e a dependência dos diversos serviços e
facilidades oferecidos pela internet modificaram radicalmente o comportamento
humano”. Uma das mudanças mais significativas, e que se vai ampliando e
intensificando, é a participação nos debates de interesse público e,
consequentemente, o uso da internet para a promoção de manifestações de cunho
social e político. Há de se considerar, inclusive, que muitos eventos de
caráter social e comunitário organizados por redes sociais conseguem alcançar a
esfera política.
Porém, nessa nova Ágora diferentemente
dos gregos, há uma forte polarização de temas voltados a política, a política
em si em sua estrutura filosófica não é discutida, mas há verdadeiros enfretamentos,
processos são arrolados em diversos tribunais por crimes de ódio, racismo,
ameaças de todos os tipos e formas, e por vezes vivemos um verdadeiro tribunal
de excessão por parte de alguns setores do Estado, é um campo de batalha mais
que discussão.
O ativismo político on-line é
uma arma a mais da democracia, de fundamental importância para o seu aprimoramento.
Nesse contexto, novos conceitos de entendimento sociológico, como “ciberespaço”
e “cibercidades”, se vão acrescentando àqueles já costumeiros, como demonstra a
seguir o professor André Lemos: As cidades, sabemos, são artefatos que se
desenvolvem sempre em relação às redes técnicas e sociais. Hoje, dentro desta
perspectiva, temos à nossa disposição uma nova rede técnica (o ciberespaço) e
uma nova rede social (as diversas formas de sociabilidade on-line),
configurando as cibercidades contemporâneas. A cidade muda ao ritmo das
mudanças técnicas e sociais. Vários exemplos dessa nova cidade estão à nossa
volta: home
banking, celulares, votação eletrônica, imposto de renda on-line, shopping
on-line, governo eletrônico, telecentros e as diversas redes de satélites,
fibra óptica e telefonia fixa e móvel. A cidadania, o exercício social na urbe,
passa hoje por esse sentimento de conexão generalizada. Esta é o que
caracteriza as cidades contemporâneas pela nova dinâmica instaurada pelas redes
telemáticas. O ciberespaço nos faz emissores de informações e nos põe em pleno
nomadismo hi-tech. Participar, ser cidadão hoje, é estar
conectado.
Depois
da PANDEMIA o mundo mudará suas relações de trabalhos, conversando com diversos
secretários de educação do estado do RN eles são unânimes em afirmar que a
maioria de suas reuniões serão a partir de agora por vídeo conferência, fruto
do aprendizado de um período de isolamento social que obrigou a todos mudarem
suas formas de viver e se relacionar. É o que afirma o site megacurioso (2020) e
o site extra.globo (2020) ao mostrar um rei africano que mora na Alemanha e
comanda seu país via redes sociais.
Atualmente, a tendência
das empresas é montar equipes que trabalham em home office. A possibilidade de
trabalhar em casa é vista com bons olhos por diversos analistas de mercado e de
bem-estar. Agora, imagine esse panorama um pouco mais longe: o presidente do
seu país morando em outra nação.
O rei Céphas
Bansah, comandante do território Gbi, em Gana, comanda a sua nação morando na
Alemanha, especificamente em Ludwigshafen. Você pode estar pensando que ele
está apenas curtindo a vida, porém o rei Bansah trabalha como mecânico na
cidade alemã — além de viver sem qualquer regalia para chefes de estado. Para
governar seu povo, que se encontra a mais de 7 mil quilômetros de distância,
Bansah utiliza ferramentas online que qualquer funcionário em home office usa.
São aplicações de emails, redes sociais, conferências ao vivo e chamadas
telefônicas. A mudança de
moradia do rei pode causar estranheza entre seus súditos e outras pessoas.
Contudo, segundo Bansah, morar na Alemanha o permite ficar mais próximo de
novas tendências e tecnologias. E isso faz com que ele leve para seu reino
essas novidades. Para
sobreviver no país europeu, Bansah trabalha em sua própria oficina mecânica
arrumando carros e motos. Recentemente, seu local de trabalho foi roubado e
itens reais, como joias e sua coroa, foram levados.
No futuro
quase a totalidade dos negócios estarão sendo feitos via internet, vê-se
claramente que a Amazon é uma das empresas trilionárias do planeta, e junto com
ela não mais que duas ou três todas trabalhando pela internet. O mundo mudou e
não voltará aos feudos nem tampouco a Idade Moderna, e quiçá a Contemporânea de
Marx e Engels, hoje no Brasil quase 40% dos cursos universitários são on line, EAD e de diversas formas
virtuais, mas como a internet dá a impressão de estarmos escondidos em nossas
casas os conflitos surgem na mesma velocidade, e os cursos voltados a área de
TI (tecnologia da informação) crescem cada vez mais, nos mostra Geekie One
(2020):
Apesar de todas as divergências,
as divisões e os conflitos que marcam o percurso de todas as civilizações
surgidas no mundo, sempre ocorreram forças de convergência, tendências de
integração, movimentos sociais e políticos no sentido de unificação global.
Hoje, essa tendência foi potencializada, gerando o entendimento de que o mundo
entrou na Era da Globalização. São inúmeros os fatores que impulsionam essa
tendência, dentre os quais, destaca-se o avanço das Tecnologias de Informação
(TI), especialmente a revolução permanente nas comunicações desde o advento da
internet.
Muitas das crianças e jovens são
nativos digitas, e é interessante ver nos restaurantes crianças que não dominam
a fala manusear tablets com vídeos da
“galinha pintadinha” com uma praticidade de espantar. O mundo é global e cada
vez mais se juntam em blocos desfazendo o modelo de Estado moderno, como é o
caso da União Européia que até tem moeda própria, legislação própria e todo aparato
de um Estado independente.
É o que nos mostra também a plataforma digital de educação
Geekie one 2020 ao se referir ao mundo global e a economia com novas formas até
de governo e moeda:
A
globalização tem uma feição econômica e política institucionalizada, como se
pode ver na articulação de vários países em blocos políticos e na integração de
mercados. O melhor exemplo dessa globalização institucionalizada é a União
Europeia (articulação política que inclui integração econômica com o Mercado
Comum Europeu). Mas a globalização também tem uma feição não institucionalizada,
que se realiza independentemente de decisões governamentais e até, muitas
vezes, contra os interesses de muitos governos. Essa globalização
institucionalizada se dá, em grande parte, pela força de comunicação da
internet, que costuma ultrapassar limites. Mais que qualquer outro instrumento,
a internet, com suas redes sociais e todas as mais diversas ferramentas, está
levando o mundo a se tornar aquilo que o visionário filósofo canadense Marshall
McLuhan, ainda na década de 1960, vislumbrou, desenvolveu como conceito e
chamou de aldeia global.
Tantos eram os conflitos que os países
criaram legislações próprias e específicas sobre o mundo digital, no Brasil o
marco digital foi um início, depois outros entendimentos surgiram com relações
a exposição de fotos roubadas de atrizes e pessoas importantes, também os
crimes de pedofilia digital e tantos outros facilitados pelas redes virtuais,
surgem novas demandas ao judiciário, investigações dos crimes cibernéticos, e
isso obriga a todos terem entendimento de segurança nas redes e até mesmo na
área da educação digital, as crianças são digitais, mas não foram educadas para
isso, por isso a empresa Geekie one, pioneira nesse setor trabalha essas e
todas as disciplinas curriculares em uma plataforma digital que dá suporte aos
colégios, e com a pandemia o que foi visto que colégios que aderiram a Geekie
não tiveram problemas na solução de continuidade de suas aulas, visto que seus
materiais são digitais e até mesmo sem internet o aluno tem acesso aos materiais
e conteúdos das aulas.
Plataforma Geekie One de aulas
Mesmo
sem internet o aluno pode usar a plataforma para assistir aulas em seu celular,
o bendito celular que antes era proibido em sala de aula passa a ser uma
ferramenta de educação um M-learning.
Aplicativo da Geekie One para celulares dos alunos
A BNCC trouxe como
uma das 10 competências a competência digital como uma cultura digital, algo a
ser implementado na educação de uma vez por todas, não é mais uma sugestão, mas
uma lei que deve ser buscada por gestores e secretários de educação, de forma a
não permitir desigualdade no âmbito da educação, uma vez que as escolas
particulares possuem lousa digital, internet, projetor multimídia e demais
recursos que são ferramentas digitais que facilitam o processo de ensino
aprendizagem, e que devem estar comtempladas também na rede pública de
educação.
Agora
prefeitos, secretários de educação, legisladores e toda comunidade escolar deve
buscar meios para se atingir esse fim, incluir o aluno no mundo digital, uma
vez que eles são digitais precisam ser educados sobre o que é crime de ódio,
ciberbullying, e tantos crimes que muitas vezes cometem sem nem perceber.
Percebeu-se que muitos alunos usavam no seu perfil de Whatsapp a foto de outros
colegas e de outras pessoas e isso configura falsidade ideológica e muitas
outras ações que precisam ser ensinadas na escola, eles são digitais, mas não
foram educados para isso.
Cortela (2018, p. 29) mostra que não
adianta falar em excelentes políticas públicas para mudar a educação, termos
leis que garantem a educação a todos se de verdade isso se mantém apenas no
papel, pois aqueles que em seus discursos usam a educação para diminuir a
pobreza e a desigualdade no fundo pouco fazem por essa educação.
Cada
vez mais se fala em Educação como se ela fosse a grande alternativa para a
desmontagem da pobreza e da miséria entre nós; mas parte daqueles que enfatizam
que o ensino é a principal ferramenta de que dispõe uma nação não tem, de fato,
ações efetivas para o fortalecimento da educação
É de se concordar com Cortela (2018, p. 74)
quando ele faz afirmativas e
questionamentos que com tanta tecnologia deveríamos ter mais tempo e ocorre
exatamente o contrário, quanto mais a tecnologia avança, menos tempo tem a
humanidade e o pior é que as crianças com agenda de executivo nos faz lembrar e
a humanidade afundando numa correria louca que trabalha hoje não para ficar
rica, mas apenas para manter um mínimo de dignidade de vida a um custo
absurdamente caro.
A
ciência nos prometeu, há cem anos, no início do século XX que, quanto mais
tecnologia, mais tempo livre, e nós estamos numa explosão tecnológica, quase
sem tempo nenhum... Hoje há crianças de seis anos que não tem tempo para nada.
Elas têm agenda de executivo!
Cortela (2018, p. 75) obriga a sociedade
refletir sobre o brincar, porque as crianças brincam tão pouco? Porque elas tem
tanto conteúdo? O currículo canadense do Ensino Médio tem seis disciplinas, o
do Brasil tem dezoito disciplinas, é necessário tudo isso mesmo, será que não
deveria ser repensada esta situação, vejo os meus alunos do pré (3ª série do
EM) antes do ENEM quase surtando, isso não é uma violência contra eles
simplesmente porque só temos 20% de vagas nas Universidades federais, o ENEM é
uma prova reprovativa e geradora de desigualdades.
Existe
algum erro de planejamento da escola ou da família quando a criança não tem
tempo para brincar. Criança tem que brincar. É assim que se aprende. Aprende-se
com o outro, com a imaginação, com o lúdico.
A tecnologia
ajuda mas não faz milagres, é um recurso que ajuda mas não substitui o
professor, a didática, a ética, pelo contrário sem estes ela pode ser uma
ferramenta de perversão, maldade e violência.
REFERÊNCIAS
CORTELA, Mario Sergio. Nós e a
escola: agonias e alegrias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018