TRANSPORTE AEROMÉDICO
DE PACIENTES COM EBOLA PELO ESQUADRÃO PELICANO
Há bastante tempo, cinquenta e três anos, o esquadrão pelicano
tem renome e tradição nesta área.
Segundo o Dr. Pascale, médico do esquadrão pelicano, o ebola
deixou de ser uma simples doença e já toma vulto de epidemia, todos os países
do mundo devem estar preparados, não é o tipo de evento que a gente espera
acontecer, pelo contrário nos preparamos antecipadamente, ainda mais que já
tivemos três casos no Brasil (Cascavel-PR; Campo Grande -MS; e Acre). Hoje o
melhor suporte em termos de plataforma aérea para transporte é o C-105 Amazonas,
avião da FAB , devido ao modelo de funcionamento do sistema de ar condicionado
ser pressurizado da cabine dos pilotos em direção a cauda, dessa forma é
compartimentada a aeronave em três áreas: na cauda (ou rampa traseira) fica a
área quente onde será transportado os pacientes em uma maca hermeticamente
fechada, na área do meio, apenas os enfermeiros tripulantes de vôo do esquadrão
e primeira irão os tripulantes técnicos (mecânicos, rádios, load-master) e
pilotos.
MENSAGENS DOS TRIPULANTES:
Gildoberto
Freire - Nós
seremos a Equipe que transportará as vítimas de todo o Brasil para o Hospital
de referencia no Rio de Janeiro, é uma operação de risco, mas pode ser feita
com toda segurança.
TEXTO
EXTRAÍDO DO SITE: Médicos sem fronteiras.
http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/ebola
Utilizei
como referência os médicos sem fronteiras por que eles estão em todo mundo
inclusive em países africanos que estão infectados com o vírus, o trabalho
deles é serio.
Ebola
Se contraído, o Ebola é uma das
doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode
matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações
infectadas.
A
organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou
centenas de pessoas com a doença e ajudou a conter inúmeras epidemias
ameaçadoras.
“Eu estava coletando amostras de sangue de pacientes. Nós não tínhamos
equipamentos de proteção suficientes e eu desenvolvi os mesmo sintomas”, diz
Kiiza Isaac, um enfermeiro ugandense. “No dia 19 de novembro de 2007, recebi a
confirmação do laboratório. Eu havia contraído Ebola”.
Fatos
A primeira vez que o vírus
Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em
Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do
Rio Ebola, que dá nome à doença.
Morcegos frutívoros são considerados
os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de fatalidade do vírus varia
entre 25 e 90%, dependendo da cepa.
“MSF foi
para Bundibugyo e administrou um centro de tratamento. Muitos pacientes
receberam cuidados. Graças a Deus, eu sobrevivi. Depois da minha recuperação,
me juntei a MSF”, conta Kiiza.
Estima-se que, até janeiro de 2013,
mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido diagnosticados e quase 1.300 mortes
registradas.
Primeiramente, o vírus Ebola foi
associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire (hoje
República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram
rapidamente. No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o
vírus e 156 morreram.
Há cinco espécies do vírus Ebola:
Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos
locais de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram a doença em
humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma enfermidade
ou morte foi relatada.
MSF tratou centenas de pessoas
afetadas pelo Ebola em Uganda, no Congo, na República Democrática do Congo, no
Sudão, no Gabão e na Guiné. Em 2007, MSF conteve completamente uma epidemia de
Ebola em Uganda.
O que causa o Ebola?
O Ebola pode ser contraído tanto de
humanos como de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com sangue,
secreções ou outros fluídos corporais.
Agentes de saúde frequentemente são
infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao
contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.
Em algumas áreas da África, a
infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos
frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados
encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
Enterros onde as pessoas têm contato
direto com o falecido também podem transmitir o vírus, enquanto a transmissão
por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação
clínica.
Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.
Sintomas
No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.
A doença é frequentemente
caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de
cabeça e inflamação na garganta. Isso é seguido por vômitos, diarreia,
coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos,
sangramento interno e externo.
Os sintomas podem
aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem
ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito
e dificuldade para respirar e engolir.
Diagnóstico
Diagnosticar o Ebola é difícil
porque os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, são
comuns.
Infecções por Ebola só podem ser
diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco
diferentes testes.
Esses testes são de grande risco biológico
e devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção. O número de
transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta de vestimentas de
proteção.
“Agentes de
saúde estão, particularmente, suscetíveis a contraírem o vírus, então, durante
o tratamento dos pacientes, uma das nossas principais prioridades é treinar a
equipe de saúde para reduzir o risco de contaminação pela doença enquanto estão
cuidando de pessoas infectadas”, afirma Henry Gray, coordenador de emergência
de MSF durante um surto de Ebola em Uganda em 2012.
“Nós temos
que adotar procedimentos de segurança extremamente rigorosos para garantir que
nenhum agente de saúde seja exposto ao vírus, seja por meio de material
contaminado por pacientes ou lixo médico infectado com Ebola”.
Tratamento
Ainda não há tratamento ou
vacina específicos para o Ebola.
O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em
hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e
tratar quaisquer infecções. Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola
nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser
isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A terapia de apoio
pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção
apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a
infecção.
MSF conteve
um surto de Ebola em Uganda em 2012, instalando uma área de controle entorno do
centro de tratamento.
O fim de um surto de Ebola apenas é
declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado.
Paulo Gabriel Melo - Membro do serviço de Busca e Salvamento desde 1990