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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Quem é Victor Adler?
Um excelente aluno de filosofia, com uma capacidade crítica além de seu tempo, um jovem estudante meu ex-aluno que hoje está na 2ª série do Ensino Médio, começou escrevendo pequenos textos e é um dos maiores colaboradores desse blog, minha gratidão a Deus  por alunos tão talentosos, alegra-me nos dias de hoje ter jovens leitores, escritores, críticos, que não veem o mundo passar passivamente, mas querem ter uma atuação na dinâmica da contemporaneidade.
Prof. Ddo. em Educação Gabriel Melo.

O combate ao preconceito linguístico no Brasil
Por Victor Adler

 Desde os primórdios de nossa história como país, a variedade linguística esteve presente. Antes dos colonizadores portugueses chegarem em nosso território havia outros povos que aqui habitavam e, dessa forma, tinham a sua própria identidade linguística ( o seu dialeto). Em um país de dimensões territoriais de proporções continentais como o Brasil, é evidente e notório que haja diversas especificidades em relação as características da língua regional , dessa forma, há uma variedade linguística. Porém, há pessoas ou grupos específicos logradouros que constantemente agridem a moral, costumes, tradições de diversas classes simplesmente pelo fato de haver uma discrepância em relação a cultura e principalmente a linguagem. Neste momento advém um novo problema: "O preconceito linguístico".
 O preconceito linguístico como dito anteriormente é um ato onde um determinado grupo ou indivíduo promove violências deliberadas tanto verbais quanto mesmo físicas em relação a outrem. Ação esta que deve ser totalmente repudiada pelas autoridades e pelas pessoas em geral que compõem nossa sociedade. O suprassumo da questão e por sua vez o maior problema é que este ato depreciativo, calunioso e retrógrado, na maioria das vezes, é direcionado a grupos de menor prestígio social, como rurais ou pessoas do interior que os infratores julgam  "falarem errado" ou não terem estudo. Tais ataques devem ser fortemente punidos com o rigor da lei, pois  transgride a liberdade individual vigente em nossa Constituição Federal de 1988 no artigo quinto da constituinte.
 Na maioria das vezes, os ataques são de "mão de vida dupla",ou seja, há ataques de ambos os lados, ocorrendo uma divisão regional, social, linguística, etc, como por exemplo: Nordestinos versus Sulistas. Podemos fazer um juízo de valor, caro leitor, em relação à maneira de como os governos anteriores (tanto federais, quantos estaduais ou até mesmo municipais) administraram este problema. Embora eu queira frisar mais em relação aos representantes anteriores dos governos da esfera federal que outrora governaram nosso país. Analisando isto, há uma percepção clara e objetiva que havia a existência de uma famosa tática de governos de cunho progressistas e socialistas(que prezam pela luta de classes),ou seja, seguiam uma determinada cartilha ideológica política que adquiria corpo, esboço, agigantava-se por meio de apropriações de uma pseudo-defesa de grupos que teoricamente seriam menos favorecidos (nordestinos, negros, gays,etc) a famosa tática do "dividir para conquistar". Infelizmente tal modus operandi nos fez passar por uma convulsão e divisão por inteiro do nosso país, favorecendo e aumentando o ódio de grupos minoritários em nossa nação.
 Enfim, o preconceito linguístico ou qualquer tipo de preconceito devem ser punidos sob a égide da lei (com ressalvas, desde que haja todo o trâmite legal e investigações sérias) por desrespeitar a liberdade do indivíduo, além de outros crimes já tipificados em nosso código penal como calúnia e difamação. É necessário que haja projetos de lei neste sentido para diminuir tais ocorridos. No tocante a nossa vasta diferenciação da linguagem nacional, caro leitor, é esta variante que faz o povo brasileiro em sua totalidade se fortalecer culturalmente e agigantar a unidade nacional. É a falta de concordância verbal e nominal, as expressões rurais e as expressões nordestinas, além de outras especificidades, que evidenciam nossa identidade e nos deixam orgulhosos de pertencer a este país de variantes infindáveis. Temos que a cada dia mais, valorizar nossa liberdade individual e protegê-la, pois a liberdade não é algo condicional. Ou você tem liberdade ou não tem. Em tempos como este que estamos, é o momento ideal para os "ditadores enrustidos" quererem cercear nossas liberdades sob um pretexto de segurança momentânea. Parafraseando  Benjamin Franklin: "Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança momentânea, não merecem nem liberdade nem segurança". O preço da liberdade é a eterna vigilância.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

REDES SOCIAIS: A NOVA ÁGORA

Prof. Ddo. PAULO GABRIEL BATISTA DE MELO
Professor de Educação Digital da Geekie One
gabrielmelopaulo@gmail.com



          Cortela (2018, p. 29) afirma que a tecnologia pode deixar a aula mais amorosa, e por vezes é estar conversando com o aluno em uma linguagem que ele domina e se identifica, trazendo benefícios a ambos.
Fico animado especialmente com a possibilidade do uso da tecnologia em todas as escolas, não porque o computador resolva os nossos problemas, mas porque é uma ferramenta poderosa para deixar nossa amorosidade mais competente.

PRINCIPAIS TÓPICOS:
          Os tópicos são sempre apresentados na página inicial da plataforma digital da Geekie para mostrar ao aluno e ao professor sua temática relevante.
•Relações interpessoais e a Internet
•As novas formas de relações nas Redes sociais
•O novo ambiente de relações e economia: o Ciberespaço
•Políticas públicas de segurança nas redes e contravenções

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS:
          Também é mostrado as habilidades segundo o novo modelo da BNCC de forma que mostre ao aluno e ao professor aquilo que eles devem atingir.
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais.
(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
(EM13CHS504) Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.

OBJETIVOS:
     LEVANTAR DISCUSSÕES SOBRE A NOVA TEMÁTICA DA ÉTICA E DA POLÍTICA SOBRE AS FORMAS DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS E INTERPESSOAIS COM O ADVENTO DA INTERNET.

AS REDES SOCIAIS E A NOVA ÁGORA: uma visão do novo mundo.
         Na Grécia antiga, tanto os filósofos pré-socráticos quanto os clássicos e os helenistas usavam a Ágora para seus debates, pois lá era o local que os cidadãos (homens livres da Poléis gregas) debatiam sobre a filosofia e a política, eram as redes sociais da época, o que havia de mais moderno no mundo antigo e orgulho da Grécia.
          Hoje porém a Ágora é mundial através de redes de relacionamentos virtuais, e até mesmo mais da metade dos negócios mundiais são feitos pela internet, o mundo mudou e com a pandemia acelerou o processo e palavras como home office e outras fazem parte do vocabulário e do cotidiano, nunca mais seremos os mesmos, temática em discussão dos alunos que usam a plataforma digital, a Google do brasil, nossa Geekie One (2020, cap. 12)
No sentido político-jurídico, a transformação fundamental da democracia dos antigos para a moderna democracia foi a ampliação legal da cidadania. Na democracia ateniense, como se viu, apenas um grupo seleto e minoritário tinha direitos de cidadania e se reunia na praça pública, a ágora, para deliberar e decidir, exercendo diretamente o poder democrático.
Nas democracias modernas, todos são cidadãos de pleno direito, aptos a exercer o poder democrático, a deliberar e a decidir. Porém, pela própria extensão da cidadania, não sendo possível a reunião deliberativa de milhões de cidadãos, a democracia tornou-se representativa. Todavia, como também se viu, cresce nas democracias modernas as pressões de amplos grupos sociais, favorecidos pelas modernas tecnologias de comunicação, para que as deliberações e decisões não fiquem apenas nas mãos de seus representantes eleitos.
Esse caminho de ampliação do poder democrático tem sido possível, em grande parte, devido à difusão do poder do centro do governo para a sociedade civil. Essa participação se dá por vários caminhos e de forma cada vez mais intensa pela internet, nas chamadas redes sociais, nas quais a atuação tem sido tão importante para a democracia que passaram a ser consideradas como uma “nova ágora”.
A primeira mudança que a internet provocou foi a velocidade da própria mudança. Para ficar no campo da Sociologia, manifestações que requeriam muitos dias de preparo, agora, pela força das redes sociais, podem explodir em poucas horas, pela iniciativa de muitas, poucas ou de uma única pessoa. Campanhas que levariam meses para alcançar consistência são deflagradas em poucos dias; às vezes, do dia para a noite.
Nas sociedades democráticas, o uso da internet está perto de se tornar universal. No Brasil, por exemplo, uma estimativa da Nielsen IBOPE em julho de 2014 indicou que  milhões de pessoas já tinham acesso à internet. O advogado Marcel Leonardi, especialista em Direito e Internet, constata: “a utilização e a dependência dos diversos serviços e facilidades oferecidos pela internet modificaram radicalmente o comportamento humano”. Uma das mudanças mais significativas, e que se vai ampliando e intensificando, é a participação nos debates de interesse público e, consequentemente, o uso da internet para a promoção de manifestações de cunho social e político. Há de se considerar, inclusive, que muitos eventos de caráter social e comunitário organizados por redes sociais conseguem alcançar a esfera política.

         Porém, nessa nova Ágora diferentemente dos gregos, há uma forte polarização de temas voltados a política, a política em si em sua estrutura filosófica não é discutida, mas há verdadeiros enfretamentos, processos são arrolados em diversos tribunais por crimes de ódio, racismo, ameaças de todos os tipos e formas, e por vezes vivemos um verdadeiro tribunal de excessão por parte de alguns setores do Estado, é um campo de batalha mais que discussão.
O ativismo político on-line é uma arma a mais da democracia, de fundamental importância para o seu aprimoramento. Nesse contexto, novos conceitos de entendimento sociológico, como “ciberespaço” e “cibercidades”, se vão acrescentando àqueles já costumeiros, como demonstra a seguir o professor André Lemos: As cidades, sabemos, são artefatos que se desenvolvem sempre em relação às redes técnicas e sociais. Hoje, dentro desta perspectiva, temos à nossa disposição uma nova rede técnica (o ciberespaço) e uma nova rede social (as diversas formas de sociabilidade on-line), configurando as cibercidades contemporâneas. A cidade muda ao ritmo das mudanças técnicas e sociais. Vários exemplos dessa nova cidade estão à nossa volta: home banking, celulares, votação eletrônica, imposto de renda on-lineshopping on-line, governo eletrônico, telecentros e as diversas redes de satélites, fibra óptica e telefonia fixa e móvel. A cidadania, o exercício social na urbe, passa hoje por esse sentimento de conexão generalizada. Esta é o que caracteriza as cidades contemporâneas pela nova dinâmica instaurada pelas redes telemáticas. O ciberespaço nos faz emissores de informações e nos põe em pleno nomadismo hi-tech. Participar, ser cidadão hoje, é estar conectado.
          Depois da PANDEMIA o mundo mudará suas relações de trabalhos, conversando com diversos secretários de educação do estado do RN eles são unânimes em afirmar que a maioria de suas reuniões serão a partir de agora por vídeo conferência, fruto do aprendizado de um período de isolamento social que obrigou a todos mudarem suas formas de viver e se relacionar. É o que afirma o site megacurioso (2020) e o site extra.globo (2020) ao mostrar um rei africano que mora na Alemanha e comanda seu país via redes sociais.
Atualmente, a tendência das empresas é montar equipes que trabalham em home office. A possibilidade de trabalhar em casa é vista com bons olhos por diversos analistas de mercado e de bem-estar. Agora, imagine esse panorama um pouco mais longe: o presidente do seu país morando em outra nação.
O rei Céphas Bansah, comandante do território Gbi, em Gana, comanda a sua nação morando na Alemanha, especificamente em Ludwigshafen. Você pode estar pensando que ele está apenas curtindo a vida, porém o rei Bansah trabalha como mecânico na cidade alemã — além de viver sem qualquer regalia para chefes de estado. Para governar seu povo, que se encontra a mais de 7 mil quilômetros de distância, Bansah utiliza ferramentas online que qualquer funcionário em home office usa. São aplicações de emails, redes sociais, conferências ao vivo e chamadas telefônicas. A mudança de moradia do rei pode causar estranheza entre seus súditos e outras pessoas. Contudo, segundo Bansah, morar na Alemanha o permite ficar mais próximo de novas tendências e tecnologias. E isso faz com que ele leve para seu reino essas novidades. Para sobreviver no país europeu, Bansah trabalha em sua própria oficina mecânica arrumando carros e motos. Recentemente, seu local de trabalho foi roubado e itens reais, como joias e sua coroa, foram levados.


          No futuro quase a totalidade dos negócios estarão sendo feitos via internet, vê-se claramente que a Amazon é uma das empresas trilionárias do planeta, e junto com ela não mais que duas ou três todas trabalhando pela internet. O mundo mudou e não voltará aos feudos nem tampouco a Idade Moderna, e quiçá a Contemporânea de Marx e Engels, hoje no Brasil quase 40% dos cursos universitários são on line, EAD e de diversas formas virtuais, mas como a internet dá a impressão de estarmos escondidos em nossas casas os conflitos surgem na mesma velocidade, e os cursos voltados a área de TI (tecnologia da informação) crescem cada vez mais, nos mostra Geekie One (2020):

Apesar de todas as divergências, as divisões e os conflitos que marcam o percurso de todas as civilizações surgidas no mundo, sempre ocorreram forças de convergência, tendências de integração, movimentos sociais e políticos no sentido de unificação global. Hoje, essa tendência foi potencializada, gerando o entendimento de que o mundo entrou na Era da Globalização. São inúmeros os fatores que impulsionam essa tendência, dentre os quais, destaca-se o avanço das Tecnologias de Informação (TI), especialmente a revolução permanente nas comunicações desde o advento da internet.
          Muitas das crianças e jovens são nativos digitas, e é interessante ver nos restaurantes crianças que não dominam a fala manusear tablets com vídeos da “galinha pintadinha” com uma praticidade de espantar. O mundo é global e cada vez mais se juntam em blocos desfazendo o modelo de Estado moderno, como é o caso da União Européia que até tem moeda própria, legislação própria e todo aparato de um Estado independente.

É o que nos mostra também a plataforma digital de educação Geekie one 2020 ao se referir ao mundo global e a economia com novas formas até de governo e moeda:
A globalização tem uma feição econômica e política institucionalizada, como se pode ver na articulação de vários países em blocos políticos e na integração de mercados. O melhor exemplo dessa globalização institucionalizada é a União Europeia (articulação política que inclui integração econômica com o Mercado Comum Europeu). Mas a globalização também tem uma feição não institucionalizada, que se realiza independentemente de decisões governamentais e até, muitas vezes, contra os interesses de muitos governos. Essa globalização institucionalizada se dá, em grande parte, pela força de comunicação da internet, que costuma ultrapassar limites. Mais que qualquer outro instrumento, a internet, com suas redes sociais e todas as mais diversas ferramentas, está levando o mundo a se tornar aquilo que o visionário filósofo canadense Marshall McLuhan, ainda na década de 1960, vislumbrou, desenvolveu como conceito e chamou de aldeia global.

Tantos eram os conflitos que os países criaram legislações próprias e específicas sobre o mundo digital, no Brasil o marco digital foi um início, depois outros entendimentos surgiram com relações a exposição de fotos roubadas de atrizes e pessoas importantes, também os crimes de pedofilia digital e tantos outros facilitados pelas redes virtuais, surgem novas demandas ao judiciário, investigações dos crimes cibernéticos, e isso obriga a todos terem entendimento de segurança nas redes e até mesmo na área da educação digital, as crianças são digitais, mas não foram educadas para isso, por isso a empresa Geekie one, pioneira nesse setor trabalha essas e todas as disciplinas curriculares em uma plataforma digital que dá suporte aos colégios, e com a pandemia o que foi visto que colégios que aderiram a Geekie não tiveram problemas na solução de continuidade de suas aulas, visto que seus materiais são digitais e até mesmo sem internet o aluno tem acesso aos materiais e conteúdos das aulas.


Plataforma Geekie One de aulas
          Mesmo sem internet o aluno pode usar a plataforma para assistir aulas em seu celular, o bendito celular que antes era proibido em sala de aula passa a ser uma ferramenta de educação um M-learning.

      


Aplicativo da Geekie One para celulares dos alunos
         
          A BNCC trouxe como uma das 10 competências a competência digital como uma cultura digital, algo a ser implementado na educação de uma vez por todas, não é mais uma sugestão, mas uma lei que deve ser buscada por gestores e secretários de educação, de forma a não permitir desigualdade no âmbito da educação, uma vez que as escolas particulares possuem lousa digital, internet, projetor multimídia e demais recursos que são ferramentas digitais que facilitam o processo de ensino aprendizagem, e que devem estar comtempladas também na rede pública de educação.
          Agora prefeitos, secretários de educação, legisladores e toda comunidade escolar deve buscar meios para se atingir esse fim, incluir o aluno no mundo digital, uma vez que eles são digitais precisam ser educados sobre o que é crime de ódio, ciberbullying, e tantos crimes que muitas vezes cometem sem nem perceber. Percebeu-se que muitos alunos usavam no seu perfil de Whatsapp a foto de outros colegas e de outras pessoas e isso configura falsidade ideológica e muitas outras ações que precisam ser ensinadas na escola, eles são digitais, mas não foram educados para isso.
          Cortela (2018, p. 29) mostra que não adianta falar em excelentes políticas públicas para mudar a educação, termos leis que garantem a educação a todos se de verdade isso se mantém apenas no papel, pois aqueles que em seus discursos usam a educação para diminuir a pobreza e a desigualdade no fundo pouco fazem por essa educação.
Cada vez mais se fala em Educação como se ela fosse a grande alternativa para a desmontagem da pobreza e da miséria entre nós; mas parte daqueles que enfatizam que o ensino é a principal ferramenta de que dispõe uma nação não tem, de fato, ações efetivas para o fortalecimento da educação

É de se concordar com Cortela (2018, p. 74) quando ele faz afirmativas  e questionamentos que com tanta tecnologia deveríamos ter mais tempo e ocorre exatamente o contrário, quanto mais a tecnologia avança, menos tempo tem a humanidade e o pior é que as crianças com agenda de executivo nos faz lembrar e a humanidade afundando numa correria louca que trabalha hoje não para ficar rica, mas apenas para manter um mínimo de dignidade de vida a um custo absurdamente caro.
A ciência nos prometeu, há cem anos, no início do século XX que, quanto mais tecnologia, mais tempo livre, e nós estamos numa explosão tecnológica, quase sem tempo nenhum... Hoje há crianças de seis anos que não tem tempo para nada. Elas têm agenda de executivo!
Cortela (2018, p. 75) obriga a sociedade refletir sobre o brincar, porque as crianças brincam tão pouco? Porque elas tem tanto conteúdo? O currículo canadense do Ensino Médio tem seis disciplinas, o do Brasil tem dezoito disciplinas, é necessário tudo isso mesmo, será que não deveria ser repensada esta situação, vejo os meus alunos do pré (3ª série do EM) antes do ENEM quase surtando, isso não é uma violência contra eles simplesmente porque só temos 20% de vagas nas Universidades federais, o ENEM é uma prova reprovativa e geradora de desigualdades.
Existe algum erro de planejamento da escola ou da família quando a criança não tem tempo para brincar. Criança tem que brincar. É assim que se aprende. Aprende-se com o outro, com a imaginação, com o lúdico.
          A tecnologia ajuda mas não faz milagres, é um recurso que ajuda mas não substitui o professor, a didática, a ética, pelo contrário sem estes ela pode ser uma ferramenta de perversão, maldade e violência.

REFERÊNCIAS
CORTELA, Mario Sergio. Nós e a escola: agonias e alegrias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018
Geekie One. Plataforma de educação virtual DISPONÍVEL EM https://one.geekie.com.br/ COM ACESSO EM 01 DE JUNHO DE 2020








sábado, 25 de abril de 2020

A Fábula Política - Por Victor Adler (aluno da 2ª série do EM da rede particular)



Neste dia em específico onde é comemorado o Dia Mundial do Livro, compartilho esta resenha de minha autoria de um livro que me marcou de uma forma muito significativa. Antes de você ir, caro leitor, para a minha resenha, gostaria de evidenciar uma frase esplêndida do pensador Charles Elliot: "Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores".


A Revolução dos Bichos de George Orwell (autor de diferentes obras de distopia como 1984) se passa em uma granja que era liderada e administrada pelos humanos, em específico, o Sr.Jones. O livro retrata que nesta granja havia diversos animais que estavam descontentes com a exploração e abusos feitos pelo Jones. Desta forma, liderados pelo porco Major, os animais decidem majoritariamente fazer uma revolução. Nesta revolução, os animais expulsaram o Sr.Jones da Granja. Após expulsá-lo, os porcos assumem a liderança da granja, pois eram os animais letrados e mais "inteligentes".


Ao decorrer da narrativa, aparecem vários animais, todos com uma alusão histórica que Orwell vai usar muito bem neste livro. Os ensinamentos do Porco Major: "animalismo" que seria um conceito de igualdade que passa a ser usado como molde de governo pelos porcos, mesmo com a morte do Major. Vemos no livro que essa igualdade é utópica, pois os porcos vão ter mais privilégios que os demais animais, como acesso à leitura, melhores dormitórios e o "passe automático" para a liderança da granja. Aparecem dois porcos principais, o Bola de Neve e o Napoleão, no meio de uma intriga para a construção de um moinho, onde Napoleão é contra. Devido a isso, há uma eleição direta na granja para líder, onde o livro mostra que Bola de Neve iria ganhar. Por esta possibilidade, Napoleão arma um golpe para que Bola de Neve seja expulso da granja sob o pretexto de ter se alinhado aos humanos.


Para saber o resultado e observar diversos outros detalhes que aqui não foram citados, deve-se ler esta obra prima que é um livro para ser lido em uma tarde apenas. O livro feito no contexto da Segunda Guerra Mundial faz uma metáfora alusiva a traição soviética, onde os princípios da Revolução teriam sido esquecidos no decorrer da mesma. Além disso, o livro tece críticas ao autoritarismo, corrupção, privilégios (políticos ou sociais) e constrói seus personagens principais com base em personagens históricos. O porco Major apresenta semelhanças com Marx (animalismo análogo ao socialismo), Napoleão se assemelha a Stalin (onde no livro é amplamente criticado pela corrupção na gerência de Napoleão) e o banido Bola de Neve que seria Trotsky. Um livro ótimo para quem quer ter o primeiro contato, mesmo que indireto, com a Revolução Russa de forma divertida através de uma fábula moral.

Comentário do professor sobre o aluno Victor Adler: Ele é um dos meus alunos que tem verdadeira vocação para escritor e crítico, sempre está lendo, tem uma biblioteca pessoal que é raro para muitos alunos em sua idade, parabéns querido, Deus te mantenha sempre assim, é uma alegria para este professore ter alunos como você!
Gabriel Melo - Doutorando em Educação: World Ecumenical

sexta-feira, 20 de março de 2020


O QUE DEUS QUER DA CIDADE EM TEMPOS TURBULENTOS
Paulo Gabriel Batista de Melo
Doutorando em Ciências da Educação e teólogo
gabrielmelopaulo@gmail.com

AGRADECIMENTO
Quero agradecer imensamente a professora Lydianne Machado do Colégio PH3, por suas sábias palavras em discutir com este pobre servo de Jesus e me enriquecer com seus comentários nas muitas tardes que falávamos sobre este tema riquíssimo, a grande missão e o grande desafio de evangelizar as cidades, obrigado por seu amor e carinho.

Santo Agostinho na obra Confissões, que é uma autobiografia, fala da cidade de Deus e da cidade terrena, ou seja ele apresenta duas cidades: a de Deus como Ele quer e deseja que fosse a cidade num modelo de justiça e santidade e a cidade dos homens, terrena, cheia de corrupção, imoralidade e afronta a Deus, como vimos no carnaval do Rio de Janeiro, Deus na pessoa de seu Filho ser ridicularizado na avenida, uma semanas depois passávamos pela maior pandemia do século: o corona vírus, todo ato tem consequências nas duas cidades aqui e no céu.

O QUE DEUS QUER DA CIDADE
“Que ela se converta de seus erros e ame a Deus, cuide do pobre e lhe dê dignidade. Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo”.
Santa Dulce dos pobres é um grande exemplo de como devemos agir na cidade, olhando (VER), sentindo compaixão (SENTIR) e cuidando deles (CUIDAR), "Ele viu, sentiu compaixão e cuidou dele"

Desenho da campanha da fraternidade disponível no site da CNBB e no Google
O MAL ESTÁ NA CIDADE E ELA PRECISA DE CURA
A cidade é fruto de desigualdade e miséria, de corrupção moral e de toda sorte de males que aflige o ser humano, será que a cidade é o modelo que Deus queria para nós? Vemos que muitas cidades são assoladas com toda espécie de mal.
Por isso, o missionário de hoje, deve “sair de seus palácios” (PP Francisco), e ir as periferias, pois é lá que está Jesus abandonado sem comida, vivendo a dor e a violência das grandes cidades que não “veem, não sentem compaixão e não cuidam”[1] de seu povo, é Jesus abandonado novamente, impedido de nascer na cidade e vai para a periferia e nasce em um curral.
Recentemente na cidade de Parnamirim-RN, em uma visita da vara da família para destituir a guarda de uma criança de uma mãe por haver sido denunciada de maus tratos, lá chegando a equipe técnica viu a criança sendo amamentada por uma cachorra, a mãe pobre não tinha o que dar a seu filho, isso certamente tem chegado aos céus, “eu ouvi o clamor de meu povo” disse Deus a Moisés no Egito. Todas as dez pragas do Egito foram dirigidas as cidades onde estavam o faraó e seus servos, os mais ricos de seu tempo.
Até mesmo quando estudamos a colonização da América nos livros de Tzvetan Todorov[2] “A conquista da América”, vemos que as capitais Astecas que hoje é a cidade do México, a capital dos Maias na Guatemala, e a dos Incas no Peru, eram mais povoadas que as cidades europeias, no entanto, todas elas deixaram de existir misteriosamente.
Não quero aqui como homem de Deus cometer o pecado do julgamento das nações, mas antes refletir como crescem as cidades em um modelo repetitivo e histórico, dialético e injusto, grandes nações europeias foram construídas com base na exploração de países africanos e sulamericanos e de outros continentes como os asiáticos em países como Índia e muitos outros, eles se consideram de primeiro mundo, mas são paraísos fiscais de ladrões e ditadores que roubaram muitos pobres, deixaram-nos miseráveis e guardaram suas riquezas neste que se dizem de primeiro mundo, eu me recusaria a ser de primeiro mundo se esta riqueza fosse fruto da miséria alheia, tudo isso não agrada a Deus e trás graves consequências sociais e espirituais para o mundo. Ser rico da miséria e opressão do povo foi o que fez forte todos os impérios que ruíram na história da humanidade, esse é um modelo insustentável.
Muitos profetas pregaram contra esses Herodes de hoje, como João Batista no deserto, como Naum que também aborda a questão da corrupção e da violência contra os pobres em Nínive, somos hoje uma grande Nínive globalizada, com excelência de recursos, ninguém passaria fome não fosse a ganância de muitos, oitenta por cento da população brasileira ganha um salário mínimo, juízes, parlamentares ganham auxílios que chegam a sete mil reais ou mais e povo que mais precisa não tem auxilio algum, tudo para os reis e nada para o povo, pão e circo para acalmar o povo, dizia meu avô “é com pão e bolo que se engana os tolos”, como estava certo, um povo comprado com sua própria miséria, não caia nessa meu irmão ajude o pobre, o cristão tem que ser diferente. A Grécia caiu por sua arrogância e assim o foram, Egito, Babilônia, Pérsia, Roma, Constantinopla, Jerusalém... a cidade que não se converter cairá.
1Oráculo sobre Nínive. Livro da visão de Naum de Elcos.2O Senhor é um Deus zeloso e vingador, o Senhor é um vingador irascível; o Senhor toma vingança de seus adversários e trata com rigor os seus inimigos.3O Senhor é paciente e grande em poder, não deixa impune o culpado”. Na 1, 1 – 3
Ainda se refere o profeta as cidades:
1Ai da cidade sanguinária, cheia de fraude e de violência, e que não põe termo à sua rapinagem!2Ruído de chicote! Estrondo de rodas! cavalos a relinchar, carros a dançar,3cavaleiros à brida, espadas que reluzem, lanças que cintilam, multidão de feridos, mortos em massa, cadáveres sem número, nos quais se tropeça...4Eis aí o fruto das numerosas fornicações da meretriz tão cheia de encanto, hábil feiticeira, que enganava as nações com seus atrativos, e os povos com seus sortilégios.5Eis que venho contra ti - oráculo do Senhor dos exércitos. Vou arregaçar teu vestido até teu rosto, e mostrar tua nudez às nações, aos reinos a tua vergonha.6Vou cobrir-te de imundícies para te aviltar, e te exporei como espetáculo.7Todos os que te virem fugirão para longe de ti, dizendo: Nínive está arruinada! Quem se apiedará de ti?”

A ORIGEM DA CIDADE
9 O senhor disse a Caim: “Onde está seu irmão Abel?" – Caim respondeu: “Não sei! Sou porventura eu o guarda do meu irmão?”10O Senhor disse-lhe: “Que fizeste! Eis que a voz do sangue do teu irmão clama por mim desde a terra.11De ora em diante, serás maldito e expulso da terra, que abriu sua boca para beber de tua mão o sangue do teu irmão.12Quando a cultivares, ela te negará os seus frutos. E tu serás peregrino e errante sobre a terra.”13Caim disse ao Senhor: “Meu castigo é grande demais para que eu o possa suportar.14Eis que me expulsais agora deste lugar, e eu devo ocultar-me longe de vossa face, tornando-me um peregrino errante sobre a terra. O primeiro que me encontrar, matar-me-á.”15E o Senhor respondeu-lhe: “Não! Mas aquele que matar Caim será punido sete vezes.” O Senhor pôs em Caim um sinal, para que, se alguém o encontrasse, não o matasse.16Caim retirou-se da presença do Senhor, e foi habitar na região de Nod, ao oriente do Éden.17Caim conheceu sua mulher. Ela concebeu e deu à luz Henoc. E construiu uma cidade, à qual pôs o nome de seu filho Henoc”. Gn 4, 17

O HOMEM CRIA A CIDADE E DESAGRADA DEUS
A cidade de Babel é mais um exemplo de como na cidade o homem se afasta do projeto de Deus, daquele homem de vida simples que vivia no campo, no paraíso criado por Deus sem necessitados entre eles. Para impedir o projeto de grandes cidades Deus os divide em línguas para que se disperssem.
4 Depois disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face de toda a terra.”5Mas o senhor desceu para ver a cidade e a torre que construíram os filhos dos homens.6“Eis que são um só povo, disse ele, e falam uma só língua: se começam assim, nada futuramente os impedirá de executarem todos os seus empreendimentos.7Vamos: desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.”8Foi dali que o Senhor os dispersou daquele lugar pela face de toda a terra, e cessaram a construção da cidade”. Gn 11,4 - 8

DEUS MANDA ABRAÃO SAIR DA CIDADE
1”O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar.2Farei de ti uma grande nação;”  Gn 12, 1
As três religiões monoteístas vem de Abraão, com a escrava Agar ele teve Ismael que deu origem aos árabes que hoje são os muçulmanos, com Sara ele tem o filho Isaac que deu origem aos judeus e bem mais a frente Jesus funda o cristianismo (Mt 16, 13 – 20), logo de Abraão nasceria as três maiores religiões monoteístas do planeta, e Deus não queria que elas tivessem a origem na cidade, por isso, Ele manda que Abraão saia da cidade e vá para uma terra que Ele vai mostrar, junto com ele vai seu primo Ló, que ao chegar na terra não suporta e vai para cidade, lá certamente Ló vê a desigualdade, a perversão moral comum nas grandes cidades e temente a Deus deve ter vivido em agonia e súplicas, Deus destrói a cidade de Sodoma e Gomorra, mas poupa a vida de ló e de sua família.
Por este motivo, não é eficaz ser missionário em uma pequena aldeia da Amazônia ou da China, Deus quer pessoas construindo e evangelizando a cidade, fruto de tanta desigualdade, é na cidade que devem estar os missionários, façam a cidade prosperar e crescer o amor e a igualdade fraterna de recurso para que crianças não sejam amamentadas por uma cachorra, falei desse caso em uma homilia na cidade de Montevideo no período que passei por lá, ao final as pessoas da igreja vinham falar comigo estavam escandalizadas com esta situação, mas vi situações bem parecidas com estas lá também. Aliás, vi estas situações no Chile, na Bolívia, no Paraguai, na Colômbia e na Argentina.

O CAMPO É ABENÇOADO, MAS A CIDADE PERECE EM MALDADE E CORRUPÇÃO
“Abrão fixou-se na terra de Canaã, e Lot nas cidades da planície, onde levantou suas tendas até Sodoma”. Gn 13, 12
“Pois que Abraão deve tornar-se uma nação grande e poderosa, e todos os povos da terra serão benditos nele.19Eu o escolhi para que ele ordene aos seus filhos e à sua casa depois dele, que guardem os caminhos do Senhor, praticando a justiça e a retidão, para que o Senhor cumpra em seu favor as promessas que lhe fez.”20O Senhor ajuntou: “É imenso o clamor que se eleva de Sodoma e Gomorra, e o seu pecado é muito grande”. Gn 18, 18 - 20
7 Enfim, livrou o justo Lot, revoltado com a vida dissoluta daquela gente perversa8(esse justo que habitava no meio deles sentia cada dia atormentada sua alma virtuosa, pelo que via e ouvia dos seus procedimentos infames),9é porque o Senhor sabe livrar das provações os homens piedosos e reservar os ímpios para serem castigados no dia do juízo,10principalmente aqueles que correm com desejos impuros atrás dos prazeres da carne e desprezam a autoridade”. 2Pd 2, 7
Poucas são as pessoas na Bíblia que são consideradas justas aos olhos de Deus, o justo Ló, o justo José esposo de Maria, o justo Noé que Deus salva das águas do dilúvio...

O SERVIÇO MISSIONÁRIO NA CIDADE
A cidade de Nínive era a maior cidade do planeta em seu tempo, vivia da guerra e de tomar as riquezas de povos vizinhos, escravizando-os e roubando-lhes, ela era comparada a cidade de Constantinopla que durante mil anos trinta e dois impérios tentaram tomar e somente após esse período perdendo quase metade de seus soldados o império Otomano consegue derrubar suas barreiras, Nínive era assim, grandiosa e por isso Deus que ama seu povo manda o profeta que foge e volta para pregar a Palavra de Deus. O povo se arrepende, faz jejum e orações e é salvo da destruição, mas Deus permitiu a ruína de muitas cidades na história, se não há conversão haverá destruição, assim foi com Enoque, Sodoma, Gomorra, Jerusalém...
A cidade é carente da caridade, em suas periferias o ser humano criado a imagem de Deus padece todo tipo de agonia, desprezo e maldade, autoridades que se esquecem de cuidar do povo em benefício próprio, permitindo assim o crescimento do mal com suas gestões ineficientes e fraudulentas, o homem é a fonte do mal, mas Deus sempre será a fonte da graça, de sorte que este Deus ama seu povo e cumpre suas promessas o povo ainda pode ter esperança.
Nas ruas de Parnamirim e Natal, sempre vejo nossos irmãos venezuelanos com suas crianças a beira das calçadas com sede, sem comida, e poucos, bem poucos lhe dão ao menos água para beber com seus filhos, tenho que olhar para dentro de mim e me perguntar que tipo de ser humano nos tornamos, que tipo de cristãos existem hoje que não se compadecem dos que sofrem quando o Levítico diz “não maltrate o estrangeiro porque fostes estrangeiro no Egito”, Jesus também foi estrangeiro no Egito, assim como seu povo, somos todos estrangeiros e peregrinos neste mundo, não somos daqui, nossa pátria definitiva é a cidade santa do Apocalípse, aqui somos estrangeiros em busca da pátria celeste, é uma obrigação cristã cuidarmos uns dos outros, do que tem um pouco mais ajudar ao que tem menos, incentivar o amor e não o ódio.
Os gestores e autoridades tem grandes contas a acertar com Deus, visto que ‘quanto mais for dado, mais será cobrado’, e a única forma de servir fielmente ao Senhor naquilo que ele nos confiou é governar para os pobres, assim aconselha Daniel ao rei:
Queiras então, ó rei, aceitar meu conselho: resgata teu pecado pela justiça, e tuas iniqüidades pela piedade para com os infelizes; talvez com isso haja um prolongamento de tua prosperidade”.  Dn 4, 24
O livro de Jó nos ensina que Deus em seu amor vendo que o homem se afasta cada vez mais de seus propósitos pode permitir que o mal nos aflija como ocorreu com Ló, embora muitos não mereçam, mas é uma forma d’Ele nos alertar como alertou seu povo escolhido que estavam se desviando do caminho da retidão, pois só há um caminho, como o próprio Jesus disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, o nosso desfio é fazermos o que Jesus faria, e deixamos de lado nossas vontades particulares e nos moldarmos ao projeto e a vontade de Deus, estamos em tempo quaresmal, de conversão, ao menos reflitamos como tem sido nossa caminhada com Deus.
Deus manda avisos, profetas... mas nem sempre estamos sensíveis ao que Deus quer e fazemos imperar nossa vontade como ocorreu com Jonas que se recusava ir a Nínive para pregar, essa linda história que tanto nos ensina o que pode se tornar a cidade ao se afastar dos caminhos do Senhor, mal de toda cidade, por isso as cidades são as mais carentes de amor ao próximo, e ai vemos belos exemplos de padres e pastores, de igrejas que lutam nas periferias como a Santa Dulce dos pobres, Madre Tereza de Calcutá, São Francisco... é preciso ter coragem para pregar aos pobres em meio a violência das cidades tomadas pelo tráfico de drogas e prostituição.
O livro do profeta Jonas é curtinho, só tem quatro capítulos, mas nos ensina de forma grandiosa o amor e o carinho que Deus tem para salvar a cidade, leia numa tarde e reflita quão profundas palavras ele traz em seus escritos.
1A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amitai, nestes termos:2Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e profere contra ela os teus oráculos, porque sua iniqüidade chegou até a minha presença.3Jonas pôs-se a caminho, mas na direção de Társis, para fugir do Senhor”. Jn 1, 1s [grifo nosso]
Veja que muitas vezes fugimos do trabalho do Senhor e de sua ceara, não queremos fazer sua vontade, resistimos como servos aos seus mandamentos e suas ordens, temos preguiça de trabalhar para Deus e ainda achamos pouco assistir uma missa ou um culto, sem de verdade exercer o ministério da caridade, sem VER – SENTIR COMPAIXÃO E CUIDAR de nossos irmãos que sofrem.
Jonas foge em um navio a o mal cai sobre a tripulação, toda vez que nos recusamos a servir algum mal poderá ocorrer a outros por nossa omissão, que aprendemos em nossa catequese que também a omissão é uma forma de pecado.
10Ficaram então aqueles homens possuídos de grande temor, e disseram-lhe: Por que fizeste isto? Pois tinham compreendido, pela própria declaração de Jonas, que este fugia para escapar à ordem do Senhor”. Jn 1, 10
Creio seria interessante refletir todo capítulo 3 de Jonas para entendermos quão necessário é evangelizar:
1A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas nestes termos:2Vai a Nínive, a grande cidade, e faze-lhe conhecer a mensagem que te ordenei.3Jonas pôs-se a caminho e foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era, diante de Deus, uma grande cidade: eram precisos três dias para percorrê-la.4Jonas foi pela cidade durante todo um dia, pregando: Daqui a quarenta dias Nínive será destruída.5Os ninivitas creram (nessa mensagem) de Deus, e proclamaram um jejum, vestindo-se de sacos desde o maior até o menor.6A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.7Em seguida, foi publicado pela cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este decreto: Fica proibido aos homens e aos animais, tanto do gado maior como do menor, comer o que quer que seja, assim como pastar ou beber.8Homens e animais se cobrirão de sacos. Todos clamem a Deus, em alta voz; deixe cada um o seu mau caminho e converta-se da violência que há em suas mãos.9Quem sabe, Deus se arrependerá, acalmará o ardor de sua cólera e deixará de nos perder!10Diante de uma tal atitude, vendo como renunciavam aos seus maus caminhos, Deus arrependeu-se do mal que resolvera fazer-lhes, e não o executou.” [grifo nosso]
Vemos assim que ao se converter Deus livra a cidade da destruição, e isso se passa agora em 2020 com a praga do Corona vírus, necessitamos refletir porque nos afastamos de Deus? Será que Deus tem que permitir que o mal nos assole para entendermos sua vontade?
Deus nos ama tanta que tem compaixão quando o mal nos bate a porta, mas somos cabeças duras, e insistimos em não fazer sua vontade.
11E então, não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil seres humanos, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e uma inumerável multidão de animais?”.
Vemos que ainda há salvação nos planos de Deus para as cidade, principalmente para as grandes cidade, pois nestas maior é o clamor de seus filhos todos.
Em suas meditações matutinas na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco nos esclarece que a lógica de Deus é diferente da lógica dos homens, motivo pelo qual Jonas resiste a vontade de Deus:
O homem sente dificuldade para entrar na lógica de Deus e com frequência aplica um conceito de «justiça» que ressente da sua «rigidez» e «teimosia». Limitado como é ao pequeno horizonte do seu coração, não consegue compreender o modo como «o Senhor age», a sua misericórdia infinita e a sua vontade de perdão. Esclarece-o a história do profeta Jonas que o Papa Francisco indicou para a reflexão durante a missa”.
Segundo Francisco, há um diálogo neste livro que tem como norte  « a misericórdia, a penitência, a profecia e a teimosia». Vemos segundo o papa,
“ (Jonas 3, 1-10): «A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas nestes termos: “Vai a Nínive, a grande cidade, e faz-lhe conhecer a mensagem que te ordenei”». Desta vez o profeta «obedeceu». E, observou o Papa, «vê-se que pregava bem porque os moradores de Nínive sentiram medo, muito medo e converteram-se». Graças ao seu pronunciamento, explicou, «a força da palavra de Deus chegou ao coração deles» e não obstante fosse uma «cidade muito pecadora», os seus habitantes mudaram de vida, «rezaram, jejuaram». Então «Deus viu as suas obras, isto é, que se tinham convertido da sua conduta malvada, e reconsiderou o castigo que tinha ameaçado de lhes infligir e não o fez»”.
O que podemos concluir deste episódio em Nínive é que não é Deus quem muda, quem muda são os ninivitas que se arrependem de suas vidas desordenadas, pois como nos diz Santo Agostinho ao refletir as obras de Aristóteles é que Deus é Imutável (não muda) e é o movente (que tudo move), logo tem a eternidade para nos direcionar pelos caminhos corretos.
Amo as reflexões tão atuais do nosso bondoso Francisco, que faz jus ao seu nome pontifício, o irmão dos pobres, endurecemos o coração como o faraó no Egito, e toda vez que o nosso coração endurece as pragas aparecem, eia a razão da peste que já matou milhares e matará ainda mais, muitos sacerdotes morreram em Roma esta semana, mas Deus permitiu que Jerusalém fosse destruída, por que pouparia Roma, ele está levando os seus, poupando-os da dor deste mundo que se afasta constantemente de Deus, agora estamos de quarentena, na quaresma, tempo propício para isso, será que somente assim os pais terão tempo para brincar com seus filhos? Será que somente assim teremos tempo nessa correria louca que o mundo se tornou, agora teremos tempo para olhar Deus e pedir perdão pela nossa ausência e omissão:
Eis então que a Escritura fala também ao homem de hoje. Explicou Francisco: «Os teimosos de alma, os rígidos, não compreendem o que é a misericórdia de Deus. São como Jonas: “Devemos pregar isto, que sejam punidos porque praticaram o mal e devem ir para o inferno”». Ou seja, os rígidos «não sabem alargar o coração como o Senhor. Eles são pusilânimes, com o pequeno coração fechado, apegados unicamente à justiça». Sobretudo, acrescentou, os rígidos «esquecem-se que a justiça de Deus se fez carne no seu Filho, se fez misericórdia, se fez perdão; que o coração de Deus está sempre aberto ao perdão. E mais, esquecem-se o que rezamos na semana passada na oração da coleta: esquecem-se que Deus, a sua omnipotência, se manifesta sobretudo na misericórdia e no perdão».”
Conclui o Papa nesta homilia diária que Deus tem muita paciência para que voltemos ao caminhar correto, da vida virtuosa e fraterna como nos ensina Jesus no Pai-Nosso:
“A Jonas — «teimoso, pusilânime, rígido», que «não compreendeu a misericórdia de Deus» — o Senhor «poderia ter dito: “Desenrasca-te com a tua rigidez e com a tua teimosia”». Mas ao contrário «o próprio Deus que quis salvar aquelas cento e vinte mil pessoas, foi ter com ele para lhe falar, para o convencer». Porque é «o Deus da paciência, é o Deus que sabe acariciar, que sabe alargar os corações». Eis, portanto, «a mensagem deste livro profético»: com o seu «diálogo entre a profecia, a penitência, a misericórdia e a pusilanimidade ou a teimosia», diz-nos que «sempre vence a misericórdia de Deus», porque «a sua omnipotência se manifesta precisamente na misericórdia». E o Pontífice concluiu a homilia aconselhando «a pegar na Bíblia e ler este livro de Jonas — é pequenino, são três páginas — e ver como o Senhor age, como é a misericórdia do Senhor, como Ele transforma os nossos corações. E demos graças ao Senhor porque Ele é tão misericordioso»”.

A ORDEM DE DEUS É TRABALHARMOS AONDE DEUS NO COLOCOU
Vemos na passagem de Jeremias também comentada pelo profeta Daniel que aonde Deus nos coloca Ele quer ver a prosperidade da cidade, assim foi com José no Egito, vendido como escravo por seus irmãos, ele fez Putifar prosperar, fez o faraó prosperar até se tornar vice-rei do Egito, o mesmo aconteceu com Daniel, se não trabalhamos no sentido da cidade prosperar, do país prosperar, não estamos cumprindo os desígnios de Deus.
“7Tomai a peito o bem da cidade para onde vos exilei e rogai por ela ao Senhor, porque só tereis que lucrar com a sua prosperidade”. Jr 29, 7
Assim como José, Daniel não conspirou para que o rei Nabucodonosor fracassasse, ele ajudou o reino a prosperar, pois esta é a vontade de Deus, onde Ele nos colocou temos que ajudar na prosperidade de todo o povo.
“O rei deu ordem ao chefe de seus eunucos, Asfenez, para trazer-lhe jovens israelitas, oriundos de raça real ou de família nobre,4isentos de qualquer tara corporal, bem proporcionados, dotados de toda espécie de boas qualidades, instruídos, inteligentes, aptos a ingressarem (nos serviços do) palácio real; ser-lhes-ia ensinado a escrever e a falar a língua dos caldeus.5O rei destinou-lhes uma provisão cotidiana, retirada das iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia. Dn 1, 3 - 5

A TENDÊNCIAS DAS CIDADES É CRECER SEM PARAR E SEM ESTRUTURA PARA ATENDER A TODOS OS SEUS HABITANTES
As cidades crescem, e juntamente com elas crescem também a violência, a pobreza, o desprezo pelos humildes, a ganância e a opressão do povo pobre, aqueles que são os prediletos de Jesus e abandonados por nós.
Esse modelo de governo das cidades tem gerado muita desigualdade social, lembro que quando nada havia para mim na minha cidade, como descendente indígena e pobre resolvi ainda menor de idade ir para capital do meu estado, Recife e lá era tamanha a desigualdade, muito maior que no meu interior, e como todo índio de interior que vai para cidade meu destino foi a rua, ainda que por pouco tempo, as cidades não acolhem o pobre, os maltrata, os humilha... é degradante essa postura da cidade, solitários na multidão, bem diferente do interior que todos se conhecem, fui pagar o pão na padaria de minha cidade ela não tinha troco e me perguntou de “quem você é filho”, eu respondi de D. Terezinha professora do SESI, ela me disse depois você paga, isso não acontece na cidade grande, ninguém confia em ninguém, é um caos. Por isso, Jesus questiona o governante que não cuida de seu povo e da cidade que destrói o pequeno:
22Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e aldeias e nelas ensinava”. Lc 13, 22
A preocupação de Jesus era com a cidade, pois é lá que estão as maiores necessidades e os mais necessitados, mas alerta os governos:
31No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar.32Disse-lhes ele: Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.33É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém.34Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste!” Lc 13, 31 – 34 [grifo nosso]

JESUS É SEMPRE MAIS REJEITADO NAS CIDADES E NELA ELE MORRE
Ao ver a humildade do povo do interior e sua linda fé, percebo que mesmo não tendo os recursos da cidade esse povo simples tem uma fé gigante, lembro a minha pobre vó, quantos ricos não iam a sua casa no sítio pedir-lhe que rezasse pelos filhos, genros, noras e tantas pessoas que moravam na cidade.
Ao nascer, Jesus é rejeitado na cidade e seus pais são obrigados a se dirigir a periferia, Ele nasce em uma manjedoura, um curral dos animais de algum morador da cidade, é aquecido nas noites frias pelos animais, há muitos Jesus nas cidades debaixo de pontes e viadutos, fruto da opressão e da ganância do homem que rejeita seu irmão, e que o obriga a ser pobre e sem dignidade.
Só nos resta amados irmãos e irmãs a conversão verdadeira, dos “verdadeiros adoradores em espírito”, que veem, são comovidos por compaixão, e cuidam dos pequenos de Jesus. Crendo ou não todos estarão no tribunal do juízo, prestaremos contas de nossas atitudes e a única coisa que nos ajudará será o quanto fomos movidos pelo amor e pela caridade.
Neste momento em estou a escrever este artigo, recebi uma notícia triste que deixou a nós católicos de luto, mas com esperança em Jesus que Ele vai sarar o planeta, a notícia de que vinte e dois padres da Itália, morreram pelo Corona Vírus: que o bom Deus os receba como sacrifício por nós pecadores.
Que o bom Deus se compadeça de seu povo, ajude e motive os missionários da cidade a evangelizar e nos mostre o caminho da paz.
Jesus nosso Deus amado nos lembra sempre que estamos em provação constante, teremos aflições nessa vida, mas não podemos deixar de ter esperança n’Ele que tudo vê, Deus sabe de todas as coisas e nos anima a continuar nossa jornada
Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo”. Jo 16, 33


“Eles ficam doentes e morrem como os outros, juntamente com os outros... Os padres sempre estiveram no meio das pessoas... É inevitável encontrá-los também na lista de vítimas colhidas por essa epidemia assustadora. Em algumas dioceses do norte da Itália os números são impressionantes. Até ontem, 17 de março de 2020, eram esses os sacerdotes que partiram para o Pai. Muitos eram capelãos em hospitais ou párocos nas áreas mais infectadas. O mais novo tinha 55 anos e o mais idoso 104. Tenhamos presente seus nomes em nossas orações:
Diocese de Bergamo: Remo Luiselli, Gaetano Burini, Umberto Tombini, Giuseppe Berardelli, Giancarlo Nava, Silvano Sirtoli, Tarcisio Casali, Achille Belotti, Mariano Carrara, Tarcisio Ferrari.
Diocese de Parma: Giorgio Bocchi, Pietro Montali, Andrea Andrea Avanzini, Franco Minardi, Fermo Fanfoni.
Diocese de Piacenza-Bobbio: Giorgio Bosini, Mario Boselli, Giovanni Boselli, Giovanni Cordani.
Diocese de Cremona: Vincenzo Rini, Mario Cavalleri.
Diocese de Piemonte: Mario Defechi, Giacomo Buscaglia.
Diocese de Milão: Marco Barbetta, Luigi Giussani.
Diocese de Lodi: Carlo Patti.
Diocese de Brescia: Giovanni Girelli”.
Fonte: Jornal “Avvenire”, da Conferência Episcopal Italiana (18/03/2020)
O número não para de crescer, observei agora no site do professor Felipe Aquino que o número subiu para 28 padres morto, nessa sexta dia 20 de março:
"Segundo o site ACI, as dioceses italianas informaram a morte de pelo menos 28 sacerdotes devido ao coronavírus COVID-19, enquanto outros dois morreram por outros motivos, com os quais o número de presbíteros mortos é de pelo menos 30 nos últimos dias."
Vivendo esta epidemia do corona vírus, Deus nos permite repensar nosso modelo em todas as áreas, o tempo que não tínhamos para nossas famílias agora estamos tendo, o tempo que não dávamos a Deus agora reaprendemos a rezar e a nos aproximar d’Ele mesmo que seja em casa pela televisão ou pela internet, não consigo imaginar a dor dos nossos irmão italianos, com milhares de mortos, com caminhões do Exército transportando os corpos para cremação, dos inúmeros alertas nas redes sociais como este:
Resumo do Coronavirus:

1) 👴🏻Idoso= Isolamento
2) 📝Escolas= Fechadas
3) 😷Máscaras= Profissionais da Saúde e pessoas com outras doenças
4) 🧫Teste= Só em caso suspeito, sintomático e fazer em casa
5) 🏥Hospital= Só suspeita + Febre alta + Falta de ar
6) 🚗Viajante de qualquer lugar= Isolamento 7 dias
7) Viajante de lugar epidêmico= 14 dias
8) 👯🏻‍♂Eventos= Não!
9) 🤧Gripados= não visitar idoso
10) 💉 Tomar vacinas de Influenza e Anti pneumocócica (se indicado)
11) 👨👩👧👧Sem aglomerações (restaurantes, cinema, transporte público etc)
12)🧴Lavar mãos com sabão/sabonete e álcool gel
13)🚪Álcool gel quando usar maçanetas, corrimão, apoiadores, transporte público, etc.
14) 🤤Ao tossir, cotovelo na frente da boca
15) 🤒Síndrome gripal sem  gravidade: permanecer em casa, tomar analgésicos e/ou anti-térmico (Dipirona)
16)🍶Hidratação e boa alimentação.
Qual foi a última vez que o mundo parou dessa forma, somente na segunda guerra e não havia recolhimento em larga escala como agora, em todos os países com as pessoas em suas casas confinadas e com medo. O medo não vem de Deus, d’Ele vem a força e a fé, a esperança para olharmos e vermos que somos todos iguais, que morrem ricos e pobres da mesma forma, diante de Deus somos todos iguais.
QUE O BOM DEUS SARE NOSSA TERRA E NOS DÊ A PAZ.

REFERÊNCIAS
Medina, José Mário Veja. Vá para a cidade: missão urbana está no coração de Deus. Curitiba: MIC ,2019.
Bíblia Ave Maria, disponível em http://www.claret.org.br/biblia acesso em 18 de março de 2020.
Jornal L'Osservatore Romano, ed. em português, n. 43 de 26 de outubro de 2017. Jonas o teimoso, MEDITAÇÕES MATUTINAS NA SANTA MISSA CELEBRADA NA CAPELA DA CASA SANTA MARTA. Disponível em http://www.vatican.va/content/francesco/pt/cotidie/2017/documents/papa-francesco-cotidie_20171010_jonas-teimoso.html, acesso em 18 de março de 2020.
Todorov , Tzvetan. A conquista da américa: a questão do outro. 4ª Ed. São Paulo: WMF Editora, 2010.






[1] Campanha da fraternidade 2020.
[2] Todorov , Tzvetan. A conquista da américa.