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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Quem é Victor Adler?
Um excelente aluno de filosofia, com uma capacidade crítica além de seu tempo, um jovem estudante meu ex-aluno que hoje está na 2ª série do Ensino Médio, começou escrevendo pequenos textos e é um dos maiores colaboradores desse blog, minha gratidão a Deus  por alunos tão talentosos, alegra-me nos dias de hoje ter jovens leitores, escritores, críticos, que não veem o mundo passar passivamente, mas querem ter uma atuação na dinâmica da contemporaneidade.
Prof. Ddo. em Educação Gabriel Melo.

O combate ao preconceito linguístico no Brasil
Por Victor Adler

 Desde os primórdios de nossa história como país, a variedade linguística esteve presente. Antes dos colonizadores portugueses chegarem em nosso território havia outros povos que aqui habitavam e, dessa forma, tinham a sua própria identidade linguística ( o seu dialeto). Em um país de dimensões territoriais de proporções continentais como o Brasil, é evidente e notório que haja diversas especificidades em relação as características da língua regional , dessa forma, há uma variedade linguística. Porém, há pessoas ou grupos específicos logradouros que constantemente agridem a moral, costumes, tradições de diversas classes simplesmente pelo fato de haver uma discrepância em relação a cultura e principalmente a linguagem. Neste momento advém um novo problema: "O preconceito linguístico".
 O preconceito linguístico como dito anteriormente é um ato onde um determinado grupo ou indivíduo promove violências deliberadas tanto verbais quanto mesmo físicas em relação a outrem. Ação esta que deve ser totalmente repudiada pelas autoridades e pelas pessoas em geral que compõem nossa sociedade. O suprassumo da questão e por sua vez o maior problema é que este ato depreciativo, calunioso e retrógrado, na maioria das vezes, é direcionado a grupos de menor prestígio social, como rurais ou pessoas do interior que os infratores julgam  "falarem errado" ou não terem estudo. Tais ataques devem ser fortemente punidos com o rigor da lei, pois  transgride a liberdade individual vigente em nossa Constituição Federal de 1988 no artigo quinto da constituinte.
 Na maioria das vezes, os ataques são de "mão de vida dupla",ou seja, há ataques de ambos os lados, ocorrendo uma divisão regional, social, linguística, etc, como por exemplo: Nordestinos versus Sulistas. Podemos fazer um juízo de valor, caro leitor, em relação à maneira de como os governos anteriores (tanto federais, quantos estaduais ou até mesmo municipais) administraram este problema. Embora eu queira frisar mais em relação aos representantes anteriores dos governos da esfera federal que outrora governaram nosso país. Analisando isto, há uma percepção clara e objetiva que havia a existência de uma famosa tática de governos de cunho progressistas e socialistas(que prezam pela luta de classes),ou seja, seguiam uma determinada cartilha ideológica política que adquiria corpo, esboço, agigantava-se por meio de apropriações de uma pseudo-defesa de grupos que teoricamente seriam menos favorecidos (nordestinos, negros, gays,etc) a famosa tática do "dividir para conquistar". Infelizmente tal modus operandi nos fez passar por uma convulsão e divisão por inteiro do nosso país, favorecendo e aumentando o ódio de grupos minoritários em nossa nação.
 Enfim, o preconceito linguístico ou qualquer tipo de preconceito devem ser punidos sob a égide da lei (com ressalvas, desde que haja todo o trâmite legal e investigações sérias) por desrespeitar a liberdade do indivíduo, além de outros crimes já tipificados em nosso código penal como calúnia e difamação. É necessário que haja projetos de lei neste sentido para diminuir tais ocorridos. No tocante a nossa vasta diferenciação da linguagem nacional, caro leitor, é esta variante que faz o povo brasileiro em sua totalidade se fortalecer culturalmente e agigantar a unidade nacional. É a falta de concordância verbal e nominal, as expressões rurais e as expressões nordestinas, além de outras especificidades, que evidenciam nossa identidade e nos deixam orgulhosos de pertencer a este país de variantes infindáveis. Temos que a cada dia mais, valorizar nossa liberdade individual e protegê-la, pois a liberdade não é algo condicional. Ou você tem liberdade ou não tem. Em tempos como este que estamos, é o momento ideal para os "ditadores enrustidos" quererem cercear nossas liberdades sob um pretexto de segurança momentânea. Parafraseando  Benjamin Franklin: "Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança momentânea, não merecem nem liberdade nem segurança". O preço da liberdade é a eterna vigilância.

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