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segunda-feira, 1 de junho de 2020

REDES SOCIAIS: A NOVA ÁGORA

Prof. Ddo. PAULO GABRIEL BATISTA DE MELO
Professor de Educação Digital da Geekie One
gabrielmelopaulo@gmail.com



          Cortela (2018, p. 29) afirma que a tecnologia pode deixar a aula mais amorosa, e por vezes é estar conversando com o aluno em uma linguagem que ele domina e se identifica, trazendo benefícios a ambos.
Fico animado especialmente com a possibilidade do uso da tecnologia em todas as escolas, não porque o computador resolva os nossos problemas, mas porque é uma ferramenta poderosa para deixar nossa amorosidade mais competente.

PRINCIPAIS TÓPICOS:
          Os tópicos são sempre apresentados na página inicial da plataforma digital da Geekie para mostrar ao aluno e ao professor sua temática relevante.
•Relações interpessoais e a Internet
•As novas formas de relações nas Redes sociais
•O novo ambiente de relações e economia: o Ciberespaço
•Políticas públicas de segurança nas redes e contravenções

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS:
          Também é mostrado as habilidades segundo o novo modelo da BNCC de forma que mostre ao aluno e ao professor aquilo que eles devem atingir.
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais.
(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
(EM13CHS504) Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.

OBJETIVOS:
     LEVANTAR DISCUSSÕES SOBRE A NOVA TEMÁTICA DA ÉTICA E DA POLÍTICA SOBRE AS FORMAS DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS E INTERPESSOAIS COM O ADVENTO DA INTERNET.

AS REDES SOCIAIS E A NOVA ÁGORA: uma visão do novo mundo.
         Na Grécia antiga, tanto os filósofos pré-socráticos quanto os clássicos e os helenistas usavam a Ágora para seus debates, pois lá era o local que os cidadãos (homens livres da Poléis gregas) debatiam sobre a filosofia e a política, eram as redes sociais da época, o que havia de mais moderno no mundo antigo e orgulho da Grécia.
          Hoje porém a Ágora é mundial através de redes de relacionamentos virtuais, e até mesmo mais da metade dos negócios mundiais são feitos pela internet, o mundo mudou e com a pandemia acelerou o processo e palavras como home office e outras fazem parte do vocabulário e do cotidiano, nunca mais seremos os mesmos, temática em discussão dos alunos que usam a plataforma digital, a Google do brasil, nossa Geekie One (2020, cap. 12)
No sentido político-jurídico, a transformação fundamental da democracia dos antigos para a moderna democracia foi a ampliação legal da cidadania. Na democracia ateniense, como se viu, apenas um grupo seleto e minoritário tinha direitos de cidadania e se reunia na praça pública, a ágora, para deliberar e decidir, exercendo diretamente o poder democrático.
Nas democracias modernas, todos são cidadãos de pleno direito, aptos a exercer o poder democrático, a deliberar e a decidir. Porém, pela própria extensão da cidadania, não sendo possível a reunião deliberativa de milhões de cidadãos, a democracia tornou-se representativa. Todavia, como também se viu, cresce nas democracias modernas as pressões de amplos grupos sociais, favorecidos pelas modernas tecnologias de comunicação, para que as deliberações e decisões não fiquem apenas nas mãos de seus representantes eleitos.
Esse caminho de ampliação do poder democrático tem sido possível, em grande parte, devido à difusão do poder do centro do governo para a sociedade civil. Essa participação se dá por vários caminhos e de forma cada vez mais intensa pela internet, nas chamadas redes sociais, nas quais a atuação tem sido tão importante para a democracia que passaram a ser consideradas como uma “nova ágora”.
A primeira mudança que a internet provocou foi a velocidade da própria mudança. Para ficar no campo da Sociologia, manifestações que requeriam muitos dias de preparo, agora, pela força das redes sociais, podem explodir em poucas horas, pela iniciativa de muitas, poucas ou de uma única pessoa. Campanhas que levariam meses para alcançar consistência são deflagradas em poucos dias; às vezes, do dia para a noite.
Nas sociedades democráticas, o uso da internet está perto de se tornar universal. No Brasil, por exemplo, uma estimativa da Nielsen IBOPE em julho de 2014 indicou que  milhões de pessoas já tinham acesso à internet. O advogado Marcel Leonardi, especialista em Direito e Internet, constata: “a utilização e a dependência dos diversos serviços e facilidades oferecidos pela internet modificaram radicalmente o comportamento humano”. Uma das mudanças mais significativas, e que se vai ampliando e intensificando, é a participação nos debates de interesse público e, consequentemente, o uso da internet para a promoção de manifestações de cunho social e político. Há de se considerar, inclusive, que muitos eventos de caráter social e comunitário organizados por redes sociais conseguem alcançar a esfera política.

         Porém, nessa nova Ágora diferentemente dos gregos, há uma forte polarização de temas voltados a política, a política em si em sua estrutura filosófica não é discutida, mas há verdadeiros enfretamentos, processos são arrolados em diversos tribunais por crimes de ódio, racismo, ameaças de todos os tipos e formas, e por vezes vivemos um verdadeiro tribunal de excessão por parte de alguns setores do Estado, é um campo de batalha mais que discussão.
O ativismo político on-line é uma arma a mais da democracia, de fundamental importância para o seu aprimoramento. Nesse contexto, novos conceitos de entendimento sociológico, como “ciberespaço” e “cibercidades”, se vão acrescentando àqueles já costumeiros, como demonstra a seguir o professor André Lemos: As cidades, sabemos, são artefatos que se desenvolvem sempre em relação às redes técnicas e sociais. Hoje, dentro desta perspectiva, temos à nossa disposição uma nova rede técnica (o ciberespaço) e uma nova rede social (as diversas formas de sociabilidade on-line), configurando as cibercidades contemporâneas. A cidade muda ao ritmo das mudanças técnicas e sociais. Vários exemplos dessa nova cidade estão à nossa volta: home banking, celulares, votação eletrônica, imposto de renda on-lineshopping on-line, governo eletrônico, telecentros e as diversas redes de satélites, fibra óptica e telefonia fixa e móvel. A cidadania, o exercício social na urbe, passa hoje por esse sentimento de conexão generalizada. Esta é o que caracteriza as cidades contemporâneas pela nova dinâmica instaurada pelas redes telemáticas. O ciberespaço nos faz emissores de informações e nos põe em pleno nomadismo hi-tech. Participar, ser cidadão hoje, é estar conectado.
          Depois da PANDEMIA o mundo mudará suas relações de trabalhos, conversando com diversos secretários de educação do estado do RN eles são unânimes em afirmar que a maioria de suas reuniões serão a partir de agora por vídeo conferência, fruto do aprendizado de um período de isolamento social que obrigou a todos mudarem suas formas de viver e se relacionar. É o que afirma o site megacurioso (2020) e o site extra.globo (2020) ao mostrar um rei africano que mora na Alemanha e comanda seu país via redes sociais.
Atualmente, a tendência das empresas é montar equipes que trabalham em home office. A possibilidade de trabalhar em casa é vista com bons olhos por diversos analistas de mercado e de bem-estar. Agora, imagine esse panorama um pouco mais longe: o presidente do seu país morando em outra nação.
O rei Céphas Bansah, comandante do território Gbi, em Gana, comanda a sua nação morando na Alemanha, especificamente em Ludwigshafen. Você pode estar pensando que ele está apenas curtindo a vida, porém o rei Bansah trabalha como mecânico na cidade alemã — além de viver sem qualquer regalia para chefes de estado. Para governar seu povo, que se encontra a mais de 7 mil quilômetros de distância, Bansah utiliza ferramentas online que qualquer funcionário em home office usa. São aplicações de emails, redes sociais, conferências ao vivo e chamadas telefônicas. A mudança de moradia do rei pode causar estranheza entre seus súditos e outras pessoas. Contudo, segundo Bansah, morar na Alemanha o permite ficar mais próximo de novas tendências e tecnologias. E isso faz com que ele leve para seu reino essas novidades. Para sobreviver no país europeu, Bansah trabalha em sua própria oficina mecânica arrumando carros e motos. Recentemente, seu local de trabalho foi roubado e itens reais, como joias e sua coroa, foram levados.


          No futuro quase a totalidade dos negócios estarão sendo feitos via internet, vê-se claramente que a Amazon é uma das empresas trilionárias do planeta, e junto com ela não mais que duas ou três todas trabalhando pela internet. O mundo mudou e não voltará aos feudos nem tampouco a Idade Moderna, e quiçá a Contemporânea de Marx e Engels, hoje no Brasil quase 40% dos cursos universitários são on line, EAD e de diversas formas virtuais, mas como a internet dá a impressão de estarmos escondidos em nossas casas os conflitos surgem na mesma velocidade, e os cursos voltados a área de TI (tecnologia da informação) crescem cada vez mais, nos mostra Geekie One (2020):

Apesar de todas as divergências, as divisões e os conflitos que marcam o percurso de todas as civilizações surgidas no mundo, sempre ocorreram forças de convergência, tendências de integração, movimentos sociais e políticos no sentido de unificação global. Hoje, essa tendência foi potencializada, gerando o entendimento de que o mundo entrou na Era da Globalização. São inúmeros os fatores que impulsionam essa tendência, dentre os quais, destaca-se o avanço das Tecnologias de Informação (TI), especialmente a revolução permanente nas comunicações desde o advento da internet.
          Muitas das crianças e jovens são nativos digitas, e é interessante ver nos restaurantes crianças que não dominam a fala manusear tablets com vídeos da “galinha pintadinha” com uma praticidade de espantar. O mundo é global e cada vez mais se juntam em blocos desfazendo o modelo de Estado moderno, como é o caso da União Européia que até tem moeda própria, legislação própria e todo aparato de um Estado independente.

É o que nos mostra também a plataforma digital de educação Geekie one 2020 ao se referir ao mundo global e a economia com novas formas até de governo e moeda:
A globalização tem uma feição econômica e política institucionalizada, como se pode ver na articulação de vários países em blocos políticos e na integração de mercados. O melhor exemplo dessa globalização institucionalizada é a União Europeia (articulação política que inclui integração econômica com o Mercado Comum Europeu). Mas a globalização também tem uma feição não institucionalizada, que se realiza independentemente de decisões governamentais e até, muitas vezes, contra os interesses de muitos governos. Essa globalização institucionalizada se dá, em grande parte, pela força de comunicação da internet, que costuma ultrapassar limites. Mais que qualquer outro instrumento, a internet, com suas redes sociais e todas as mais diversas ferramentas, está levando o mundo a se tornar aquilo que o visionário filósofo canadense Marshall McLuhan, ainda na década de 1960, vislumbrou, desenvolveu como conceito e chamou de aldeia global.

Tantos eram os conflitos que os países criaram legislações próprias e específicas sobre o mundo digital, no Brasil o marco digital foi um início, depois outros entendimentos surgiram com relações a exposição de fotos roubadas de atrizes e pessoas importantes, também os crimes de pedofilia digital e tantos outros facilitados pelas redes virtuais, surgem novas demandas ao judiciário, investigações dos crimes cibernéticos, e isso obriga a todos terem entendimento de segurança nas redes e até mesmo na área da educação digital, as crianças são digitais, mas não foram educadas para isso, por isso a empresa Geekie one, pioneira nesse setor trabalha essas e todas as disciplinas curriculares em uma plataforma digital que dá suporte aos colégios, e com a pandemia o que foi visto que colégios que aderiram a Geekie não tiveram problemas na solução de continuidade de suas aulas, visto que seus materiais são digitais e até mesmo sem internet o aluno tem acesso aos materiais e conteúdos das aulas.


Plataforma Geekie One de aulas
          Mesmo sem internet o aluno pode usar a plataforma para assistir aulas em seu celular, o bendito celular que antes era proibido em sala de aula passa a ser uma ferramenta de educação um M-learning.

      


Aplicativo da Geekie One para celulares dos alunos
         
          A BNCC trouxe como uma das 10 competências a competência digital como uma cultura digital, algo a ser implementado na educação de uma vez por todas, não é mais uma sugestão, mas uma lei que deve ser buscada por gestores e secretários de educação, de forma a não permitir desigualdade no âmbito da educação, uma vez que as escolas particulares possuem lousa digital, internet, projetor multimídia e demais recursos que são ferramentas digitais que facilitam o processo de ensino aprendizagem, e que devem estar comtempladas também na rede pública de educação.
          Agora prefeitos, secretários de educação, legisladores e toda comunidade escolar deve buscar meios para se atingir esse fim, incluir o aluno no mundo digital, uma vez que eles são digitais precisam ser educados sobre o que é crime de ódio, ciberbullying, e tantos crimes que muitas vezes cometem sem nem perceber. Percebeu-se que muitos alunos usavam no seu perfil de Whatsapp a foto de outros colegas e de outras pessoas e isso configura falsidade ideológica e muitas outras ações que precisam ser ensinadas na escola, eles são digitais, mas não foram educados para isso.
          Cortela (2018, p. 29) mostra que não adianta falar em excelentes políticas públicas para mudar a educação, termos leis que garantem a educação a todos se de verdade isso se mantém apenas no papel, pois aqueles que em seus discursos usam a educação para diminuir a pobreza e a desigualdade no fundo pouco fazem por essa educação.
Cada vez mais se fala em Educação como se ela fosse a grande alternativa para a desmontagem da pobreza e da miséria entre nós; mas parte daqueles que enfatizam que o ensino é a principal ferramenta de que dispõe uma nação não tem, de fato, ações efetivas para o fortalecimento da educação

É de se concordar com Cortela (2018, p. 74) quando ele faz afirmativas  e questionamentos que com tanta tecnologia deveríamos ter mais tempo e ocorre exatamente o contrário, quanto mais a tecnologia avança, menos tempo tem a humanidade e o pior é que as crianças com agenda de executivo nos faz lembrar e a humanidade afundando numa correria louca que trabalha hoje não para ficar rica, mas apenas para manter um mínimo de dignidade de vida a um custo absurdamente caro.
A ciência nos prometeu, há cem anos, no início do século XX que, quanto mais tecnologia, mais tempo livre, e nós estamos numa explosão tecnológica, quase sem tempo nenhum... Hoje há crianças de seis anos que não tem tempo para nada. Elas têm agenda de executivo!
Cortela (2018, p. 75) obriga a sociedade refletir sobre o brincar, porque as crianças brincam tão pouco? Porque elas tem tanto conteúdo? O currículo canadense do Ensino Médio tem seis disciplinas, o do Brasil tem dezoito disciplinas, é necessário tudo isso mesmo, será que não deveria ser repensada esta situação, vejo os meus alunos do pré (3ª série do EM) antes do ENEM quase surtando, isso não é uma violência contra eles simplesmente porque só temos 20% de vagas nas Universidades federais, o ENEM é uma prova reprovativa e geradora de desigualdades.
Existe algum erro de planejamento da escola ou da família quando a criança não tem tempo para brincar. Criança tem que brincar. É assim que se aprende. Aprende-se com o outro, com a imaginação, com o lúdico.
          A tecnologia ajuda mas não faz milagres, é um recurso que ajuda mas não substitui o professor, a didática, a ética, pelo contrário sem estes ela pode ser uma ferramenta de perversão, maldade e violência.

REFERÊNCIAS
CORTELA, Mario Sergio. Nós e a escola: agonias e alegrias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018
Geekie One. Plataforma de educação virtual DISPONÍVEL EM https://one.geekie.com.br/ COM ACESSO EM 01 DE JUNHO DE 2020








7 comentários:

  1. DEIXE SUA OPINIÃO, ELA É MUITO IMPORTANTE PARA MIM, OBRIGADO!

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  2. Muito bom o texto, faz refletir sobre o uso da tecnologia nas salas de aulas.

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  3. Interessante o texto... Influencia bastante na reflexão e tem total sentido. Parabéns, professor!

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  4. Texto muito bem redigido e interessante. Uma bela reflexão e análise.

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