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sábado, 1 de julho de 2017

O LOUCO HOMEM... O HOMEM SAR
(SAR - SEARCH AND RESCUE)


U-1H
Este helicóptero me acompanhou na maioria dos resgates que fiz na vida, além deles operei com os dois Esquilos (mono e bimotor), Pantera, Super puma e os aviões, C-95 Bandeirante, C-105 Amazonas...
A partir do momento que a aviação decolou a possibilidade do avião cair virou uma realidade, e a capacidade de salvar estas vidas evoluíram para uma tecnologia satelital, a superespecialização de um profissional capacitado a operar diurno e noturno em todos os tipos de terreno e clima fez com que surgissem acordos internacionais de cooperação como a Convenção de Chicago, a OACI (Organização Internacional da Aviação Civil) e tantos mais com a finalidade de Localizar pessoas em perigo de morte, embarcação em risco e seus tripulantes e passageiros e principalmente acidentes aeronáuticos.
Surge então o "HOMEM SAR"  a elite de um serviço muito caro pago pelos seus usuário, no Brasil ele custa mais de 2 bilhões que são recebidos pelo governo para prestar este serviço de busca e salvamento, cada passagem aérea tem uma porcentagem pago pelo usuário por este serviço, bem como passageiros de embarcações.

Ai surge então a primeira dificuldade, precisa-se de um profissional que queira capacitar-se em conhecimentos teórico-práticos de salvamento na selva, no mar, no gelo e no deserto, com suficiente conhecimento de primeiros socorros e capacidade operativa para ser infiltrado por uma plataforma aérea (avião ou helicóptero) porém até hoje as missões mais arriscadas são as operações de busca e salvamento, é a que mais morre profissional e a que leva mais tempo para que o resgateiro esteja pronto, eu levei 15 anos para dominar estas técnicas todas e mais dez para me especializar em áreas específicas.

"Toda vez que você encontrar esses homens com boné laranja e  suas pesadas mochilas, olhe bem para eles, pois cada um deles já salvou muitas vidas de pessoas que jamais voltariam a suas casas"

AOS MEUS QUERIDOS COMPANHEIROS QUE DERAM SUAS VIDAS 
PARA QUE OUTROS PUDESSEM VIVER NOS VEMOS NO CÉU

SGT ALBUQUERQUE


SGT FÁBIO - SO GABRIEL - SGT ALBUQUERQUE

SGT SANTIAGO





CAPITÃO SHINJI




E A TANTOS OUTROS QUE NESSA LUTA DERAM SUAS VIDAS EM TREINAMENTO E EM SALVAMENTO 

O SERVIÇO DE ALERTA SAR NO BRASIL


O SERVIÇO DE ALERTA SAR
Pelicanos de Alerta
Publicado: 06 Junho 2017, página 2º/10º Gav, (intraer);
Última atualização em 06 Junho 2017
Texto: SO BMA ROCHA
Estar de Alerta-SAR quer dizer que a qualquer hora que for necessário, podrá contar com estes guerreiros.
São nessas condições que, desde o dia 28/05 à 12/06/17, a tripulação do SC-105 Amazonas 2811, do Esquadrão Pelicano, encontra-se no Campo de Provas Brigadeiro Veloso, em Cachimbo, dando suporte ao exercício prático de Sobrevivência na Selva para os cadetes da Força Aérea Brasileira.
O exercício teve uma fase inicial de instruções com homens de resgate de Campo Grande/MS, Pirassununga/SP e Manaus/AM na Academia da Força Aérea sediada em Pirassununga com oficinas de Armadilhas, Abrigos, Obtenção de Água e Fogo, Peconha (técnica para subir em árvores), Orientação na Selva, Kits de Sobrevivência na Selva e Sinalização, além de Alimentos de Origem Animal e Vegetal.
Parte da tripulação do SC-105 2811 seguiu direto de Pirassununga para Cachimbo com o propósito de compor a totalidade dessa abnegada equipe composta por 11 militares, sendo pilotos, mecânicos, rádio-operadores, observadores-SAR e homens de resgate que estão prontos caso ocorra alguma emergência.
Por ser uma unidade estratégica e altamente operacional e devida a distância de um centro médico avançado, o Campo de Provas Brigadeiro Veloso pode contar com o suporte desses homens em diversas missões que ali acontecem dentro da demanda de necessidades da Força Aérea Brasileira.
O pensamento de ordem é: Para que outros possam viver!
"… Para que outros possam viver!
BUSCA!"





SELVA
A maior parte dos salvamentos e buscas que fiz foram na selva, e qual o porque disso, é simples a selva cobre quase 70% do nosso território (selva amazônica e mata atlântica).
Em 1989 formado na EEAR chegava em Manaus para sete anos de serviço, trabalhando em apoio a FUNASA, FUNAI, PF e tantos órgãos que precisavam de vetores aéreos para sua locomoção, comecei a voar de maneira desconfortável ao perguntar para a tripulação se alguém tinha conhecimento de sobrevivência na selva, eles responderam que tinha uma pequena noção pelo que aprenderam na academia e nas escolas, para mim foi o suficiente para entender que precisávamos aprender, chegou nesta época o novo comandante e aos poucos fui falando da importância de que os tripulantes tivessem algum conhecimento de sobrevivência na selva, e ele respondeu que havia essa informação disponível para poucos que se arriscassem a fazer cursos operacionais SAR, CIGS... falei-lhe então que com toda humildade gostaria de tentar obter esse conhecimento para passar para as tripulações da Amazônia, assim começou minha vida opercional. Eu e mais três companheiros fizemos todos os cursos necessários para ensinar aos tripulantes, então esse comandante criou o cabas e nos montamos o currículo e demos as intruções, o curso fez tanto sucesso que passou a ser oficial e obrigatório para todo tripulante de vôo da FAB na Amazônia.
O CIGS é a maior escola de sobrevivência do mundo, criado e mantido pelo exército, treina a Petrobras para os funcionários das bases de Urucum, agências de turismos, militares de todas as forças amigas do mundo fazem cursos lá desde os americanos aos franceses, e outros mais. 
Minha formatura no CIGS, ganhei o número de Cbt de Selva 1985
conquistei minha onça como dizem

ANIVERSÁRIO DE 50 ANOS DO CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva)

SO GABRIEL - TEN IVANOR - SO MARCO ANTÔNIO

Eu e o SO Marco Antônio fomos os dois primeiros sargentos a concluir o curso de guerra na selva no CIGS, fomos os dois primeiros a concluir o curso especial de mergulho para águas amazônicas da FAB, e fundadores do curso CABAS, o TEN IVANOR foi nosso instrutor no curso e como se diz no jargão da caserna "tirou o nosso couro", pois o curso é muitíssimo puxado em termos psicológicos, físisco... mas todo treinamento é necessário para ser realmente um guerreiro de selva, é o curso operacional mais díficil do Brasil para militares, opinião de militares extrangeiros que fizeram o curso junto comigo da Legião estrangeira francesa, Argentina, Equador, México  e centenas de outros alunos estrangeiros que lá estavam para conquistar o seu brevê.


 PLACA DE CONCLUSÃO DE CURSO
Todos os alunos que concluiram o curso recebem o nome gravado na placa  que fica exposta na entrada do corpo de alunos.


FORMATURA DE 50 ANOS DO CIGS


 AJURICABA O ÍNDIO GUERREIRO



Brig. do Ar Arnaldo - SO Gabriel

HISTÓRIA DO CIGS
FONTE: http://www.cigs.eb.mil.br/index.php/o-cigs ACESSO EM 06 JUN 17

"O Centro de Instrução de Guerra na Selva, CIGS foi criado em 02 de março de 1964, pelo decreto Nr 53649, tendo como seu primeiro Comandante o então Major de Artilharia Jorge Teixeira de Oliveira, o TEIXEIRÃO.
Até junho de 1969, o CIGS foi subordinado ao Grupamento de Elementos de Fronteira. Em fevereiro de 1970, passou a ser subordinado à Diretoria de Especialização e Extensão (DEE). Em Outubro de 1970, passou a designar-se Centro de Operações na Selva e Ações de Comandos (COSAC), com a missão de ministrar além dos cursos de Operações na Selva e de Ações de Comandos. 
Em 1978, retornou à sua antiga designação, deixando de ministrar o curso de Ações de Comandos. Em setembro de 1982, o CIGS passou à subordinação do Comando Militar da Amazônia, permanecendo vinculado tecnicamente à DEE, Atual DETMil."
"O primeiro curso de Guerra na Selva funcionou no ano de 1966, os cursos eram ministrados em duas categorias, uma para oficiais e outra para subtenentes e sargentos. À partir de outubro de 1969, passou a ser de três categorias: “A” para oficiais superiores, “B” para Capitães e Tenentes e “C” para Sub Tenentes e Sargentos.
À partir de 2010, mais quatro categorias foram instituídas: “D” para Sub Tenentes e 1º Sargentos; “E” e “F”, respectivamente, para oficiais e sargentos do Serviço de Saúde e “G” para cadetes, que voltou a funcionar em 2013.
Ao longo de seus 51 anos de existência, o CIGS especializou 5.921 combatentes de selva, sendo 482 de nações amigas (até 11 Set 2015).
Devido ao trabalho daqueles que antecederam a atual geração, este Centro tem o status e a responsabilidade de especializar o melhor combatente de selva do mundo.
CIGS, orgulho do Exército Brasileiro, patrimônio do Brasil"

 Patrono: "Teixeirão" e o CIGS


"O Centro de Instrução de Guerra na Selva foi criado com o Decreto Presidencial 53.649, de 2 de março de 1964, sendo seu primeiro Comandante o Cel Art JORGE TEIXEIRA DE OLIVEIRA. Para capacitar o núcleo inicial de recursos humanos que formaria o corpo docente, o então major TEIXEIRA — " Teixeirão" , como o chamavam os mais próximos — e uma equipe de militares foram enviados ao Panamá e tornaram-se os primeiros "jungle experts" brasileiros no Jungle Operations Training Center (USAJOTC). Após o curso, o Maj Teixeira iniciou um trabalho fantástico de erguimento da estrutura que redundou na formação, em curtíssimo prazo, da primeira turma de guerreiros de selva, em 19 de novembro de 1966.
Como primeiro Comandante do CIGS, coube-lhe a escolha, a delimitação da área da sede do campo de instrução e a construção dos pavilhões que deram personalidade ao Centro de Instrução de Guerra na Selva.

Inúmeros foram seus feitos e destacadas foram suas atuações, conforme atestam os elogios recebidos de seus chefes, sempre enaltecendo seu espírito inquieto, sua vontade inquebrantável, seu caráter firme e sua competência profissional.

Em 5 Jan 69, como comandante do CIGS, foi nomeado, pelo Comandante do CMA e 8ª RM, comandante das tropas brasileiras em Roraima, nas localidades de Bonfim, Normandia, Surumu e Marco BV-8 para fazer face aos problemas advindos da revolução interna ocorrida em Rupumuni – Venezuela, quando exerceu na plenitude suas habilidades de chefe e líder.

A ele também se deve o brado de Selva! Conta-se que na época de sua criação, o CIGS não dispunha de ficha de serviço de viatura em seus primeiros dias, o que levava à sentinela perguntar o destino das viaturas que saiam do quartel. Quase sempre recebia uma resposta apressada e lacônica — Selva! — era seu destino. A resposta curta, tão repetida, fez-se saudação espontânea e vibrante, alastrou-se, expandiu o seu significado, ecoou por toda a Amazônia contagiando a todos com o mesmo ideal.

A 3 de maio de 1970, assumiu a presidência da Subcomissão Geral de Investigação do Estado do Amazonas, por determinação do Senhor Ministro do Exército, sem prejuízo das funções que já exercia.

Foi exonerado do comando em Dez 70 e, já em 71, foi nomeado comandante do Colégio Militar de Manaus. Foi o seu fundador, tendo sido exonerado em 74. Criou, ainda, o Círculo Militar de Manaus (CIRMMAN), sendo o seu primeiro presidente.

Sua atuação e comportamento transcendeu a vida militar, tendo conquistado o carinho e admiração a população amazonense, que certa de sua sinceridade de propósitos e de seu valor, agradecida pelos inúmeros feitos e benefícios que a sua atuação trouxe para o Estado, outorgou-lhe, numa prova eloqüente de reconhecimento e de gratidão, o honroso título de Cidadão do Amazonas, que lhe foi entregue pela Assembléia Legislativa do Estado.

Reconhecendo a importância do trabalho pioneiro do "TEIXEIRÃO", o Exército Brasileiro concedeu ao CIGS a denominação histórica de Centro Coronel Jorge Teixeira.

É uma justa homenagem àquele que legou às gerações posteriores uma escola militar ímpar, considerada a melhor escola de guerra na selva do mundo."
AS PRIMEIRAS MULHERES A COMPLETAR O CURSO
FONTE:
 http://www.planobrazil.com/as-duas-primeiras-mulheres-formadas-no-cigs/ O6 JUN 17

FOTOS DE INSTRUÇÃO NA AFA
(FOTOS DO SO ROCHA)
SO ROCHA SAR


ARTEFATOS QUE DEVEM SER CONSTRUÍDOS NA SELVA PARA DAR MAIS CONFORTO AOS SOBREVIVENTES E MELHORAR A QUESTÃO SANITÁRIA

ABRIGOS COM PALHAS E PARAQUEDAS









ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL

 CADETES DA FORÇA AÉREA NO CURSO CABAS QUE CRIAMOS

ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL






Uma parte importante da formação e rotina do SAR é ministrar instrução a cadetes que serão os futuros oficiais da FAB, também aos soldados e alunos, bem como cursos em diversas escolas de aviação civil, entidades como universidades e outros.

                                                      TEXTO E FOTOS SO ROCHA
Instrução na AFA

Publicado: 24 Maio 2017, página 2º/10º Gav (intraer).
Última atualização em 24 Maio 2017
Texto: SO BMA ROCHA

Entre os dias 21 e 26 de Maio, militares da Equipe de Resgate do 2º/10º GAv, 7º/8º GAv e AFA estiveram envolvidos com as atividades de sobrevivência na selva dos cadetes do 3º Esquadrão do Corpo de Cadetes da Aeronáutica.
Esta etapa da instrução ocorre na AFA, Academia da Força Aérea, onde são ministrados os conhecimentos a serem cobrados na atividade prática, que ocorrerá em Cachimbo, no Campo de Provas Brigadeiro Veloso.
"...Para que outros possam viver!
                                             BUSCA!"




BASES DE SELVA DA FAB NO PANTANAL





MAR 
Estava em alerta no aeroporto de Fortaleza, cumprindo mais um alerta naquela bela cidade quando toca o sinal de alerta, no planejamento preliminar percebemos que nosso helicóptero não tinha autonomia para voar até a embarcação que havia pedido socorro, um passageiro estava em como, se acidentara a bordo de uma fragata da MB, decidimos então ir até a praia levando galões de combustível extra, a chegada ao navio que não podia parar e o salvamento deveria ser realizado com o navio em curso, ví o borbulhar da água pelas hélices do navio e sabia que se caisse ali virava carne moida, a medida que o navio subia e descia do cavaco da onda via o paredão da popa do mesmo e tive que confiar minha vida ao operador de equipamentos especiais no caso o guincho, só tinha dois minutos para resgatar o ferido e colocá-lo a bordo do helicóptero, o navio não tinha local para pouso então desci pelo cabo do guincho a me agarrei em uma antena para depois desescalar, resgatamos o ferido e retornamos com pouco combustível.
Posamos na praia, colocamos todos os galões extras de querosene no tanque com a ajuda de uma mangueira e sem cortar o motor do helicóptero, decolamos da praia e fomos na proa de Fz, ao avistar Fz de longe já estava noite e a luz de 20 min de combustível acendeu no painel de alarmes, o comandante da aeronave disse a tripulação, acionar cronômetro em vinte minutos pousaremos aonde estivermos, cada minuto era uma eternidade, pedimos pouso de emergência pela falta de combustível, entreguei minha vida a Deus mais uma vez, ao pousarmos em Fz o combustível acabou, mais um minuto teríamos caído. Porque fazemos essas loucuras, a resposta é simples... esses homens e mulheres de boné laranja se arriscam com o único propósito de salvar uma vida. Retornei para casa 8 dias depois quando chegou a tripulação substituta, a família do acidentado esteve na base depois para agradecer a vida do marido e do pai que salvamos, este é o maior pagamento para quem está neste trabalho. 





SO FUSQUINE
BUSCA REAL DE UM HOMEM AO MAR QUE FOI ENCONTRADO NA COSTA DO PARÁ


SO FUSQUINE E SGT SHARLES

BUSCA REAL DE UM HOMEM AO MAR QUE FOI ENCONTRADO NA COSTA DO PARÁ

NEM SEMPRE A AERONAVE FLUTUA

É NECESSÁRIO MERGULHAR PARA RETIRAR OS CORPOS


MONTANHA 



GELO



VOO NOS ANDES


FARELLONES

  SOBREVOO NOS ANDES
BASE CHILENA ESPECIALISTA EM SALVAMENTO NO GELO

DESERTO
Muitos foram os meus treinamentos no deserto com o esquadrão Poti, devido sua operação em áreas desertas, para mim é o pior ambiente.



PRIMEIROS SOCORROS
(NÍVEL BÁSICO E AVANÇADO)




NVG (ÓCULOS DE VISÃO NOTURNA)
Esta é certamente uma das fases mais difíceis da vida do resgate, salvar durante o dia jé é complicado, a noite é muito mais, mas os acidentes ocorrem a noite também, o esquadrão mandou uma tripulação para Santa Maria a fim de obter treinamento de operação noturna, SGT Resende, SO Gildoberto e SO Gabriel, treinaram e implantaram o NVG no esquadrão para os resgateiros, com o tempo todos foram adquirindo essa capacidade operacional. Salvar, também pode ser noturno.




ALGUNS ACIDENTES DAS CENTENAS DE PESSOAS QUE RESGATEI VIVAS OU MORTAS

ACIDENTE COM A ANV XAVANTE EM FORTALEZA
PERDEMOS NOSSO PILOTO





PANE SECA EM RECIFE
AVIAÇÃO CIVIL







ACIDENTE COM AVIÃO DO ESTADO DE RORAIMA









OUTROS ACIDENTES






HERÓIS ANÔNIMOS



CONDECORAÇÕES NA CARREIRA


....
UMA VISÃO DA FORÇA AÉREA

Me desculpem os demais, mas o Esquadrão Pelicano é o melhor esquadrão da FAB, principalmente para graduado, pois a missão do esquadrão depende muito deste.

Esquadrão de Busca e Salvamento

- Conheça o Esquadrão Pelicano e as funções desempenhadas pelos militares

Apenas um esquadrão da Aviação de Busca e Salvamento atua na FAB: o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2°/10° GAV), Esquadrão Pelicano. 
Outros esquadrões também podem fazer missões de Busca, como meios secundários desde que tenham suas tripulações com treinamento específico e com o Curso Teórico de Busca e Salvamento, ministrado pelo 2°/10° GAV. E algumas unidades de asas rotativas cumprem missões de Salvamento e podem participar de missão de Busca como meio auxiliar.

O 2º/10º GAV foi criado no dia 06 de dezembro de 1957 na Base Aérea de São Paulo, atualmente denominada Ala 13, de onde foi transferido em 1972 para a Base Aérea de Florianópolis, em Santa Catarina, sempre operando com os bimotores anfíbios Grumman SA-16A Albatroz e os helicópteros Bell SH-1D Iroquois. No dia 20 de outubro de 1980, a Unidade foi transferida para a Base Aérea de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, quando passou a utilizar os Embraer SC-95B Bandeirante SAR e os helicópteros Bell UH-1H Iroquois.

O Esquadrão Pelicano mantém permanentemente uma aeronave e um helicóptero em alerta para decolagem em poucos minutos, equipados para atender a qualquer situação de emergência, seja na terra ou no mar. Entre as suas atribuições também estão as chamadas "Operações Especiais": infiltração e exfiltração de Tropas Especiais, Controle Aéreo Avançado (Forward Air Control), ataque ar-solo e Combate SAR com os helicópteros H-1H Iroquois (conhecidos como "sapão") armados com metralhadoras e lançadores de foguetes.

Em 2006 a FAB alterou a designação de todos os seus helicópteros, retirando a letras C e U do nome, dessa forma, o Bell UH-1H passou a ser Bell H-1H Iroquois.

No dia 03 de abril de 2009, pousou na Base Aérea de Campo Grande, atualmente denominada Ala 5, o primeiro CASA/EADS C-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano, matriculado FAB-2810. Em 10 de julho do mesmo ano, chegou o FAB-2811. Essas aeronaves são consideradas como modelos de transição, pois contam com apenas uma parte do equipamento SAR que será utilizado pela Unidade. Para cumprir as suas missões, o FAB-2810 e o FAB-2811 estão equipados com plataformas removíveis com dois assentos para os observadores e um armário de equipamentos, além das bolhas para observação nas laterais da fuselagem. No restante, são iguais aos C-105A dos Esquadrões Arara e Onça.

No final de junho de 2010, o 2º/10º GAV desativou os Embraer SC-95B Bandeirante SAR, com os quais operou por mais de 30 anos. Em outubro do mesmo ano, os C-105 passaram a ser designados SC-105, recebendo a faixa laranja com as letras SAR no alto do estabilizador vertical, de acordo com o padrão internacional. Em 2014 a CASA/EADS passou a se chamar Airbus Military, que em seguida se juntou com a Astrium e a Cassidian para formarem a Airbus Defence and Space.

Com atuação em todo o território nacional e no exterior, ao longo de sua história, o Esquadrão Pelicano tem atuado em diversas missões de resgate, desde as menos conhecidas até aquelas de extensa divulgação na mídia, como as buscas ao VARIG 254, em 1989, ao GOL 1907, em 2006 e ao AIR FRANCE 447, em 2009. Paralelamente, atua no atendimento às populações atingidas por desastres naturais como aconteceu no terremoto no Peru em 1972, enchentes na Bolívia em 2007 e, dentro do território nacional, nas enchentes da Região Serrana do Rio de Janeiro, em Santa Catarina e recentemente no Estado do Acre.
Soldados: Tiram serviço como auxiliares de pista e tratoristas, provendo o apoio de fonte de força bem como auxiliando nos pré-voos e pós voos das aeronaves. Além disso atuam diretamente como axiliares nas atividades de manutenção das aeronaves.

Cabos: Atuam na manutenção das aeronaves e também podem ser tripulantes como Observadores SAR.

Oficiais Especialistas, Suboficiais e Sargentos: Podem ser tripulantes da aviação de busca e salvamento como: Mecânicos de Voo (helicópteros e aviões), Rádio Operadores (aeronaves de asa fixa), Observadores SAR, Operadores de equipamentos especiais (helicópteros), Homens de resgate ou Enfermeiros.

Oficiais aviadores: Pilotos de busca e salvamento (aviões e helicópteros) e Homens de resgate.

Oficiais de outros quadros: De acordo com sua formação podem participar da missão como Homens de resgate, Observadores SAR, Médicos ou Enfermeiros.

Hino do 2°/10° GAV

Da Busca, o alerta, a mensagem 
Do Esquadrão, a doutrina constante
Destemor, elevar a missão
Num trabalhar de arrojada pujança
Jurando todos, salvar sempre salvar
Por uma vida a ordem é lutar
ESTRIBILHO
Do Pelicano, a Bandeira do SAR
Que tem por alvo o resgate tentar 
E o perigo jamais conhecer
Para que outros possam viver
II
Avante, o destino não importa
Decolar, desprezando a hora
Arrostar o momento de rijo
Pois que o tempo avançando ligeiro
Traduz premência, voltando a lembrar
Por uma vida a ordem é lutar
III
Forjada na intensa instrução
Em contínuo e adulto labor
Temperada, moldada na paz
Da perspicácia à coragem audaz
Legenda mestra, propósito do SAR
Por uma vida a ordem é lutar

Letra - Ten. Monclar da Rocha Bastos
Música - Waldemar Henrique 
Instrumentação - Zótico Guimarães Santos
FONTE: http://www.fab.mil.br/buscaesalvamento/ acesso em 23 de jul 17

3 comentários:

  1. Show, amigo! Muito boa descrição deste belíssimo trabalho de Salvar Vidas!

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    1. Obrigado amigo, um trabalho muito gratificante e coroado quando trazemos alguém vivo, é muito bom, obrigado por seu comentário.

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