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quinta-feira, 29 de junho de 2017

EDUCAÇÃO NO BRASIL 
UMA FERRAMENTA DE ASCENSÃO SOCIAL



Em 1987 eu me formava técnico em aviação no Brasil com 21 anos de idade, formava-me na gloriosa EEAR (Escola de Especialistas de Aeronáutica) comecei trabalhando com asas rotativas (helicóptero) e depois com asas fixas (aviões), fiz o cursos de oito aeronaves tendo voado umas 1.500 horas nas duas aviações, tinha apenas o ensino médio, embora tivesse ao completar 15 anos de trabalho mais de 25 cursos nas diversas áreas da aviação, mas a minha paixão sempre foi salvar vidas, e nela investi todo meu esforço... estive em mais de cem acidentes aéreos e a cada um percebia que necessitava de mais conhecimento, corri atrás e fiz maravilhosos cursos no Brasil e no exterior pagos pelo governo e por mim mesmo, foi uma história linda.... não pode ter profissão tão nobre quanto salvar vidas, seja você um resgateiro, um professor que salva a vida de seu aluno dando-lhe um sonho e uma luz que ele pode vencer por seus méritos e esforço pessoal, um religioso que ajuda as almas se encontrarem sem recriminá-las... todos juntos fazem a corrente do bem e são instrumentos de Deus.



Quando lancei o tema no Facebook, uma grande amiga que admiro muito, pós doutora e professora da Universidade Federal da Bahia respondeu na hora " Educação e disciplina, ou a falta delas... Ótimo tema" , perceba que ao falarmos em Educação no Brasil temos muitos conceitos de acordo com o quanto estudamos, as vozes de nossos professores ecoam nesse momento, lembramos das escolas que estudamos que moldaram nosso caráter e de quão longe chegamos na vida, por tantos sacrifícios feitos por nós e nossos pais, que na minha geração dos cinquentões a maioria de nossos pais não fizeram faculdade, não porque não tinham competência mas porque não tiveram oportunidade, e esse foi o último congresso que fui aqui em Natal, que comentário pertinente. Hoje muitos brasileiros fazem faculdade e não devem agradecer a ninguém além de Deus e de vocês mesmos que na maioria pagou sua faculdade, disse a Doutora Vânia da UNB e o que encontrei ao pesquisar foi isto, veja:

"Quem tem investido pesado na universalização da educação superior no Brasil é a iniciativa privada e o próprio trabalhador e bem pouco o governo. O Brasil tem hoje um total de 7,3 milhões de estudantes universitários dos quais 80 % estudam na rede particular bancando sua própria educação, já que das 2. 391 instituições de ensino superior, apenas 301 são universidades públicas e 2.090 são particulares". Uma universidade brasileira custa ao Estado o equivalente a um município de médio porte.
Fonte: www.noticias.r7.com/educaçao

Com base nisto, perguntei a um colega por que ele havia decidido fazer mestrado, já que estamos para aposentar, não precisamos nos matar mais... mas sua resposta deixou-me perplexo: "para dar poder a minha voz". Levei meses lendo, pesquisando e percebi quão polêmico é este tema, embora bom para ser discutido pois todos tem alguma opinião sobre educação no Brasil, encontrei um autor [Dias Sobrinho (2003), pág. 62] que assim se referiu a uma grande mulher que conquistou muitos inimigos na Inglaterra, veja o que ela disse:

"Antes, já em 1979, ao assumir o governo, M. Thatcher havia deixado claro que considerava as universidade muito ineficientes, perdulárias* e desvinculadas das necessidades da indústria e do comércio. A partir dai implementou severas medidas de redução de gastos governamentais associadas a privatização como uma das prioridades do seu governo".
Dias Sobrinho, José. Avaliação: Políticas educacionais e reformas da educação superior. São Paulo: Cortez, 2003.

E confesso que a cada autor um estrada diferente era tomada dependendo do seu viés ideológico de esquerda ou de direita, então passei a ler a obra e pesquisar a vida do autor, li muitos, de Olavo de Carvalho a Marilena Chauí, Luckese, Hoffman, Freire.... e por ai vai.
Mas a minha grande curiosidade é o que pensa a maioria da nossa população? Em geral muitos veem a educação como uma ferramenta de ascensão social e no Brasil isso é verdade, nos países desenvolvidos há uma isonomia entre os salários, no Brasil o brasileiro lutados, que trabalha de dia e estuda a noite, que paga de seu bolso a faculdade em sua maioria, como vimos 80 % da população, eu tenho que admirar esse povo guerreiro, pois não vi isso fora do Brasil, pessoas com mais de quarenta anos, mais de cinquenta, alunos no mundo acadêmico com setenta e oitenta anos... só no Brasil, então mesmo já tendo quatro graduações, todas pagas do meu bolso como bom brasileiro que estudou até o ensino médio em escola pública, também uma pós graduação (especialização), resolvi fazer mestrado. Que maravilha de conhecimento tenho tido, me pergunto porque isso é negado isso a tantos que poderiam ajudar a nossa nação a ser grande... simples... aqueles que dominam não tem nenhum interesse que a massa do povo seja instruido, a verdade é que com mais de 200 milhões de brasileiros e 301 faculdades públicas, jamais esse povo teria graduação se não pagasse do bolso.
Andei em vários países que a educação é paga, a diferença é que lá todos tem condições de trabalhar honestamente e pagar sua faculdade, além de não precisar ser graduado para viver dignamente, eita. Que tema complexo e polêmico.
Mas o que falar dos nossos professores, seus salários, suas vidas!
Quando estava em Mato Grosso do Sul fazendo pós, li uma tese de uma banca que em Campo Grande 40% dos professores estavam ou estiveram em depressão, e as estatísticas de agressão a eles era caótica... no que virou um professor no nosso país... um aluno que não o respeita e o agride... quem realmente vai querer ser professor assim.
Conheço ótimos professores que estão virando empresários, técnicos, e deixando suas belas carreiras por falta de valorização da classe.
Como anda a educação no Brasil... muito mal a julgar pelo tratamento que recebe o profissional da educação com raríssimas exceções!
Paulo Gabriel Melo - Teólogo, Pedagogo, Psicopedagogo e mestrando em Educação pela USACH - Chile.


NOSSO FIM DE EXPEDIENTE
FOTO SO ROCHA

PERDI DOIS GRANDES AMIGOS QUE FALECERAM NESSE TIPO DE TREINAMENTO
SGT SANTIAGO MEU IRMÃO, CAP SHINJI: o importante foram as vidas que salvamos 


A VISÃO DE MEU ESCRITÓRIO POR 28 ANOS 



O VELHO SAPÃO SALVOU MUITAS VIDAS DESDE O VIETNÃ


QUE O BOM DEUS ABENÇOE A TODOS QUE COM SUAS LIDAS DIÁRIAS RESGATAM VIDAS E ALMAS!
DEUS TE ABENÇOE GRANDEMENTE!

2 comentários:

  1. Fabuloso Gabriel Melo!

    Ser educador é um desafio constante...A Educação na atual sociedade tem preocupado os gestores e pensadores... não falamos só da remuneração ou do caos na identidade do profissional da área, ou nas questões físicas e emocionais , mais do contexto social e educacional da família que é a base de tudo... As interferências ocorridas no processo educativo nos permite ter um olhar em construção para as novas gerações. Não podemos formar para um futuro... Formar para o agora, hoje.No entanto, a tecnologia as mídias sociais são devastadoramente rápidas nas informações, que por vezes não é formadora. Portanto, a educação não é utopia mais um caminho de mão dupla, onde galgamos juntos para o crescimento social, cultural, econômico de uma nação. O significado da palavra educação tem como primícias um conjunto de ações e influências exercidas voluntariamente por um ser humano em outro... Essas ações são importantes para estimular o indivíduo, para que ele possa desempenhar sua função na sociedade como um ser completo e realizar seus projetos. Somos seres inacabados prontos para sermos lançados a vivenciar a história da sua própria linha do tempo, e podemos ainda acrescentar somos frutos de quem nos faz não só pensar, mais agir, diante de uma prática evolutiva.
    Zuleika de Assis

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    1. Amei seu comentário professora, também concordo em gênero. número e grau com suas pertinentes colocações, também creio que a família é a base, quem tem que educar é a família, a escola tem que ensinar, professore "não é tio", não é parente do aluno, é um educador, um profissional que lhe transmitirá um conhecimento que será construído junto com o aluno de forma ativa e não passiva. Obrigado por seu comentário.

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