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terça-feira, 25 de novembro de 2014

TEMA: ONÇA PINTADA (Panthera onca)

MUDANÇA COMPORTAMENTAL DAS ONÇAS NO BRASIL (Panthera onca)
OBS: gostaria que biólogos nesta área deixassem aqui seus comentários, e principalmente se tem relatos de mudança comportamental da onça no Brasil, bem como qualquer pessoa que tenha tido alguma experiência com este animal, podemos trocar informações, pesquisei este animal desde 1989 nas seguintes regiões do brasil: fronteira do Brasil com a Colômbia (Yauaretê, são gabriel da cachoeira, Cucuí, Quereri,  e Venezuela (pelotão de Surucucu), Amazonas, Mato grosso e mato grosso do sul, Argentina e Chile.

A onça pintada é um símbolo nacional nas regiões do pantanal e da Amazônia.

 FOTO DO PAINEL DO ATACADÃO EM CAMPO GRANDE - MS
 FOTO DO PAINEL DO ATACADÃO EM CAMPO GRANDE - MS

         A onça (Panthera onca) é um predador eficiente em nossas matas, tenho encontrado com este belo animal desde 1989, quando fui designado para servir na Amazônia, a curiosidade e por vezes o medo de encontrar com ele nas fronteiras quando fiz missões isoladas. Aprendi bastante sobre este animal no CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva), pois lá há um zoológico com várias espécies, veterinário e um estudo para os alunos do curso. No decorrer da minha carreira muitos foram os encontros com a 'pintada' nome comum dado pelos nativos da Amazônia.
Os índios, os caboclos (nossos instrutores),  nos afirmavam que nossa defesa contra a onça era andar sempre em dupla que ela não atacaria, fazer uma fogueira também garantia uma certa segurança mas com esse novo modelo de comportamento não sei se essa tecnologia ainda funciona.
Durante o curso de Guerra na selva realizamos um deslocamento em dupla, por alguns kilômetros, de repente uma onça começou a esturrar perto de nós, sentimos o cheiro forte de urina que é característica do animal, mas não conseguíamos ver de onde ele vinha, o colega queria correr e eu o segurei, pelo que tínhamos aprendido se ficássemos em dupla ela não atacaria, preferi respeitar o sábio conselho dos instrutores, nos mantivemos atentos, terminamos o percurso e a onça foi embora
1° OBJETO DE PESQUISA: BUSCA EM SANTARÉM
Comecei a observar nesta missão, uma busca a um avião que caiu na região de Tiriós, ao encontrarmos os corpos os mesmos estavam comidos, só sendo possível encontrar pedaços dos corpos, fato estranho á onça pintada, pois ela caça, não é um animal necrófago.
Outro fator observado é que ela costuma agir isolado, não tem a prática de agir em bando, porém foi observado nesta missão três animais agindo junto como se fossem leões, levei o caso a uma pesquisadora e bióloga da UFMS, que falou-me já ter observado este comportamento em exemplares no MS.
2º OBJETO DE PESQUISA: BUSCA EM BOA VISTA
Conforme pode ser visto no blog esta missão, os sobreviventes se depararam com várias onças que também trabalhavam em grupo como os leões. Percebo que este comportamento, depois de várias observações feitas em diversos acidentes e missões.

RESUMO: As onças estão agindo em bando como os leões, comendo carne de corpos e animais mortos (necrofagia). Até o presente momento não obtive resposta dos Mestres em biologia da UFMS que relatei o caso, de qualquer forma sugiro cautela aos pescadores das regiões do pantanal e da Amazônia. Aqui no pantanal vários pescadores foram mortos por ataques de onça, alguns deles dentro de suas barracas.


Aqui em Campo grande MS, muitas empresas usam fotos da onça já que ela é o símbolo do pantanal sul mato grossense, é o caso da empresa de transporte Eucatur. 

Nos hotéis de fronteira, como neste quadro do hotel Barcelona em Ponta Porã divisa com o Paraguai, ela é retratada com beleza.
Infelizmente a caça a este lindo animal é grande no país principalmente nestas duas regiões Mato grosso do Sul e na Amazônia, veja alguns artigos sobre o assunto:
"A operação Jaguar, realizada em 21/07/2010 pela Polícia Federal e pelo Ibama, combateu a caça de onças-pintadas, pardas e pretas no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná e resultou na prisão de 14 pessoas. Oito presos em flagrante foram multados pelo Ibama pela prática de caça ilegal de animais silvestres ameaçados de extinção. As multas somam R$ 55 mil.
Durante a operação, foi decretada a prisão de Antônio Teodoro de Melo Neto, conhecido como “Tonho da Onça”, que está foragido e é considerado um dos maiores caçadores de onças do país.
Mariza Pontes de Oliveira
Ascom – Ibama/MS
Leia mais sobre a Operação Jaguar:
“Safári” de caça leva 14 para a prisão em operação da PF e do Ibama
Ibama MS multa caçadores de onças pegos em operação conjunta com a PF
Ibama e Polícia Federal empreendem ação contra caçadores de onças no Mato Grosso do Sul"

Reino Animalia
Filo Chordata
Classe Mammalia
Ordem Carnivora
Família Felidae
Gênero Panthera
Espécie Panthera onca
Distribuição geográfica: sul dos Estados Unidos até a Argentina.
Habitat: cerrado, caatinga, pantanal, florestas tropicais.
Hábitos alimentares: Carnívoro
Reprodução: 93 a 105 dias com dois filhotes normalmente.
Longevidade: cerca de 25 anos.


"A onça-pintada é encontrada no cerrado, caatinga, pantanal e florestas tropicais; do sul dos Estados Unidos até à Argentina. De comprimento de aproximadamente um metro e oitenta, cauda de mais de cinquenta centímetros, altura de até setenta e cinco centímetros, e peso que varia entre sessenta e cento e cinquenta quilos; este animal é considerado o maior felino das Américas.

Este animal robusto apresenta coloração que varia do bege ao amarelo-acastanhado, acompanhada de pintas escuras, formando rosetas; e seu ventre tem cor branca. Suas pernas são relativamente curtas e a cabeça é arredondada.

Ao contrário da maioria dos felinos, a onça não mia. Sua vocalização é semelhante a um ronco forte, e é denominada esturro. Outra curiosidade é que a Panthera onca salta e nada com bastante agilidade; e arranha árvores e urina com frequência, com a finalidade de demarcar seu território.

Solitários, machos e fêmeas se encontram somente no período reprodutivo, e se separam antes dos filhotes nascerem. A cada gestação, de duração de aproximadamente 100 dias, costumam nascer de dois a quatro filhotes, que permanecerão com a mãe até aproximadamente dois anos e meio de vida, atingindo a maturidade sexual entre dois e quatro anos. A expectativa de vida para cada indivíduo é de vinte e cinco anos.

Tais animais são carnívoros, alimentando-se de mamíferos de pequeno e médio porte, répteis, peixes e aves. Eles ingerem cerca de dois quilos de carne ao dia, escolhendo presas mais vulneráveis. Para tal, se deslocam contra o vento, se aproximam vagarosamente de seu futuro banquete, e o surpreendem saltando em seu dorso.

Em situações de escassez de alimentos, podem aproximar-se de locais de ocupação humana, utilizando animais domésticos, ou aqueles destinados ao abate, como componentes de sua alimentação. Em razão deste fato, não são raros os casos em que, principalmente fazendeiros, matam as onças encontradas. Isso se mostra contraditório já que, em grande parte das vezes, há escassez de alimento em virtude da perda de habitats provocada por atividades relacionadas à agropecuária.

Os dois fatores citados são os principais responsáveis pelo status de “quase ameaçada” que a onça-pintada recebeu, em 2008, pela União Internacional para a Conservação da Biodiversidade (IUCN).


Curiosidades:

Apesar de muito temida pelo homem, a onça-pintada procura evitar o contato com nossa espécie, atacando somente em casos de legítima defesa, e para a proteção de seus filhotes.

A onça-preta, também chamada de jaraguá-pichuna, pertence à mesma espécie que as demais onças-pintadas. No caso dela, ocorre um fenômeno chamado melanismo, que faz com que a coloração amarela seja substituída por tons escuros".

Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental

FONTE:http://www.mundoeducacao.com/biologia/onca.htm# acesso em 25 de novembro de 2014

"A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas; seu corpo é robusto e musculoso, seu tamanho varia entre 1.120 – 1.850mm (cabeça e corpo) e altura entre 450 – 750mm, sua cauda tem cerca de 57,5cm e o peso varia entre 60 – 90kg.
A onça pintada possui uma coloração que vai do amarelo bem claro a amarelo acastanhado, seu corpo é revestido por pintas negras que podem formar rosetas grandes, médias ou pequenas. Ela é atualmente encontrada das planícies costeiras do México até o norte da Argentina. Habita áreas de vegetação densa, abundância de água e alimentação; áreas tropicais e subtropicais, cerrado, caatinga e pantanal.
São animais de hábitos solitários e terrestres, urinam com grande freqüência para demarcar território. Sua atividade pode ser tanto diurna quanto noturna; são grandes saltadoras e nadadoras atravessando rios com 1km de largura. Sua dieta é de uma grande variedade de mamíferos de médio e grande porte, aves e répteis.
A gestação de uma onça dura 90 – 110 dias podendo nascer de 01 a 04 filhotes, os filhotes nascem com os olhos fechados que se abrem por volta do 13º e alcançam a maturidade sexual entre 2 –4 anos. A onça tem perdido território por causa da modificação de seu habitat, a caça por conta dos pecuaristas, criadores em defesa dos seus animais".
Fundação Parque Zoológico de São Paulo
Texto de Juliana Pinto Corrêa Atualizado por Simonne Chinem
Bióloga aprimoranda do setor de mamíferos
FONTE: http://www.zoologico.sp.gov.br/mamiferos/oncapintada.htm    acesso em 25 de novembro de 2014
ATAQUES DE ONÇAS NO BRASIL

1º RELATO:
Repost:
Duas onças mataram o pescador Luiz Alex da Silva Lara, 22 anos, na região do Pantanal, à 240 km da cidade de Cáceres, em Mato Grosso. Alex estava acompanhado de seu pai Alonso Silva Lara, 45 anos, na localidade conhecida como Pacu Gordo, próximo à estação ecológica do Taimã, no rio Paraguai, sentido Cáceres-Corumbá.
O ataque aconteceu às 19h de terça. Os animais, supostamente um casal de onças, surpreenderam o pescador quando ele dormia no acampamento. As onças rasgaram a barraca e o puxaram pela cabeça. Ao retornar, o pai que havia saído para pegar iscas, ainda assistiu o filho ser dilacerado pelas feras. Alonso diz que nada pode fazer porque estava sem nenhuma arma de fogo. Ele ainda tentou tomar o filho das garras das onças, com um facão. Mas as tentativas foram vãs, porque todas as vezes que ele aproximava os animais ameaçavam atacá-lo também. 

“Foi o momento mais difícil de minha vida ver o meu filho ser morto e não poder fazer nada”, observou assegurando que “se fosse só uma talvez eu tivesse conseguido, mas eram duas, se eu insistisse elas me matavam também”, disse Alonso. O pai conta que os animais arrastaram o corpo já sem vida por cerca de 50 metros do local. Após o pedido de socorro, outros pescadores compareceram, mas já era tarde. Luiz estava morto.
Após atacar e matar, as onças comeram as bochechas e a parte da nuca do pescador. Os animais somente soltaram o pescador após 50 m do local do acampamento. O corpo do pescador foi resgatado, com autorização da Polícia Civil, pelo barco Babilônia. Da reserva ecológica do Taimã, a vítima foi levada para a sede da fazenda Jatobá, onde um veículo do IBAMA, responsável pela fiscalização na reserva, já o aguardava.
O corpo chegou ontem ao Instituto Médico Legal (IML) em Cáceres e foi liberado no período da manhã. A família não permitiu fazer imagens durante a necrópsia, devido ao estado do corpo. A cabeça, principalmente, estava totalmente desfigurada. Havia também marcas de unhas nas pernas e nas costas da vítima.
Alonso Lara conta que esse não foi o primeiro ataque de onças naquela região. Pescadores de outros acampamentos, segundo ele, também já foram atacados. Ele atribui os constantes ataques das feras a falta de comida no local. “Há três anos haviam, jacarés, capivaras e outros bichos. Agora já não existem e para sobreviver as onças estão atacando os homens”.
"É a primeira vez que atendemos um registro de ataque de onças, já tivemos registro de ataque de jacarés e piranhas. O pescador morreu no local e pela forma como ele foi atingido não tinha jeito do pescador sobreviver", disse o gerente do IML, Manoel Francisco de Campos Neto.
Para o veterinário do núcleo de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama em Mato Grosso, Cesar Soares, o ataque de onças pintadas a seres humanos é muito incomum. "Ela só faz se estiver acuada, para se alimentar ou com filhotes. Esse tipo de animal tende a se afastar do ser humano. Esses animais normalmente atacam no amanhecer e no crepúsculo. As pessoas nunca devem acampar sozinhas ou andarem a sós na mata, além disso devem evitar deixar alimentos descobertos, pois atraem animais predatórios", disse.
Segundo o médico veterinário, a região de Cáceres e Poconé são bem preservadas e as onças nesses ambientes podem ocupar um espaço de até 5 mil hectares para procurar uma caça. "Pode ter ocorrido um exercício de caça com filhote ou ela estivesse acuada, pois se estivesse com fome teria devorado por inteiro o pescador, ao invés de ter atacado somente na cabeça e na nuca", explica.

2º RELATO:
O agricultor Ivanildo Reis, 28 anos.
dois de seus oito cães estavam sendo atacados por uma onça.
Na tentativa de salvá-los, ele foi atacado também, apesar de gravemente ferido, ele conseguiu sobreviver.
FONTE: http://mortestragicas.blogspot.com.br/2011/06/ataque-de-oncas-no-pantanal-mato.html ACESSO EM 25/11/2014

Paulo Gabriel B de Melo - Membro do SAR desde 1989

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