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domingo, 10 de agosto de 2014

TEMA: TEOLÓGICO - REFLEXÃO SOBRE SANTIDADE

             Segundo o magistério da igreja esta reflexão sobre santidade é muito interessante, ela foi retirada do CIC (Catecismo da Igreja Católica).

“SERVIR AO SENHOR EM JUSTIÇA E SANTIDADE”
(Lc 1, 75)

65  E veio temor sobre todos os seus vizinhos, e em todas as montanhas da   Judéia foram divulgadas todas estas coisas.
66  E todos os que as ouviam as conservavam em seus corações, dizendo: Quem será, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele.
67  E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo:
68  Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo,
69  E nos levantou uma salvação poderosa Na casa de Davi seu servo.
70  Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo;
71  Para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam;
72  Para manifestar misericórdia a nossos pais, E lembrar-se da sua santa aliança,
73  E do juramento que jurou a Abraão nosso pai,
74  De conceder-nos que, Libertados da mão de nossos inimigos, o serviríamos sem temor,
75  Em santidade e justiça perante ele
, todos os dias da nossa vida.
76  E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, Porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos;
77  Para dar ao seu povo conhecimento da salvação, Na remissão dos seus pecados;
78  Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, Com que o oriente do alto nos visitou;
79  Para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte; A fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.
80  E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel.  
FUNÇÃO DIACONAL NO CERIMONIAL DOS BISPOS
Diáconos
23. Entre os ministros, ocupam o primeiro lugar os diáconos, cuja ordem foi dita sempre em grande consideração, já desde os primeiros tempos da Igreja. Os diáconos devem ser homens de boa reputação e cheios de sabedoria, e deve ser tal o seu proceder, mediante o auxílio de Deus, que sejam reconhecidos como verdadeiros discípulos daquele que não veio para ser servido, mas para servir, e viveu no meio dos seus discípulos com quem serve.

24. Fortalecidos pelo dom do Espírito Santo, prestam a sua ajuda ao Bispo e seu presbitério, no ministério da Palavra, do altar e da caridade. Enquanto ministros do altar, anunciam o Evangelho, servem na celebração do Sacrifício, distribuem o Corpo e o Sangue do Senhor.
Em suma, os diáconos considerem o Bispo como pai e ajudem-no como ao próprio Senhor Jesus Cristo, Pontífice para sempre, presente no meio do seu povo.

 “serviríamos ao Senhor em santidade e justiça”

SERVIR
 SERVO, SERVIR AO SENHOR,  SOMOS UMA COISA DO SENHOR

O curso de Eclesiologia da Mater Eclesiae, nos diz que já no Deuteronômio o povo escolhido era tido como santo (porque consagrado a Deus) e obrigado a tender a santidade de vida, já o povo messiânico ou dos últimos tempos é chamado a santidade de vida a novo título, porque enriquecido por mais densas graças do senhor Deus.

UMA REFLEXÃO SOBRE A SANTIDADE SEGUNDO:

O CIC (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA)

58 A Aliança com Noé permanece em vigor durante todo o tempo das nações, até a proclamação universal do Evangelho. A Bíblia venera algumas grandes figuras das "nações", tais como "Abel, o justo", o rei-sacerdote Melquisedeque, figura de Cristo, ou os justos "Noé, Daniel e Jó". Assim, a Escritura exprime que grau elevado de Santidade podem atingir os que vivem segundo a Aliança de Noé, na expectativa de que Cristo "congregue na unidade todos os filhos de Deus dispersos" (Jo 11,52).

            REFLEXÃO:

O que havia em comum com estes servos de Deus: Abel, o justo, o rei-sacerdote Melquisedeque, Noé, Daniel e Jó; a Bíblia nos fala que eles eram justos e por isso santos, logo vemos que justiça e santidade caminham juntas, o próprio S. José foi declarado “o justo” pela Bíblia como vemos em "Mt 1, 18-21".

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

156 O motivo de crer não é o fato de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz de nossa razão natural. Cremos "por causa da autoridade de Deus que revela e que não pode nem enganar-se nem enganar-nos". "Todavia, para que o obséquio de nossa fé fosse conforme à razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados das provas exteriores de sua Revelação. Por isso, os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, sua fecundidade e estabilidade "constituem sinais certíssimos da Revelação, adaptados à inteligência de todos", "motivos de credibilidade" que mostram que o assentimento da fé não é "de modo algum um movimento cego do espírito".

208 Diante da presença atraente e misteriosa de Deus, o homem descobre sua pequenez. Diante da sarça ardente, Moisés tira a sandálias e cobre o rosto em face da Santidade Divina. Diante da glória de Deus três vezes santo, Isaias exclama: "Ai de mim estou perdido! Com efeito, sou um homem de lábios impuros” (Is 6,5). Diante dos sinais divinos que Jesus faz, Pedro exclama "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador" (Lc 5,8). Mas porque Deus é santo, pode perdoar o homem que se descobre pecador diante dele: "Não executarei o ardor da minha ira... porque sou Deus e não homem, eu sou santo no meio de ti” (Os 11,9). O apóstolo João dirá: "Diante dele tranqüilizaremos nosso coração, se nosso coração nos acusa, porque Deus é maior do que nosso coração e conhece todas as coisas" (1Jo 3,19-20).

209 Por respeito à santidade de Deus, o povo de Israel não pronuncia seu nome. Na leitura da Sagrada Escritura, o nome revelado é substituído pelo título divino "Senhor" ("Adonai", em grego "Kýrios"). É com este título que será aclamada a divindade de Jesus: "Jesus é Senhor".

375 Interpretando de maneira autêntica o simbolismo da linguagem bíblica à luz do Novo Testamento e da Tradição, a Igreja ensina que nossos primeiros pais, Adão e Eva, foram constituídos em um estado "de santidade e de justiça original". Esta graça da santidade original era uma participação da vida divina.

            REFLEXÃO: vemos pelo exemplo Bíblico que justiça e santidade são correlatas, pois não há como ser santo sem ser justo e não há como ser justo sem ser santo.            Ser justo é o caminho da santidade e no mundo de hoje, cada vez mais difícil de se encontrar pessoas justas e honestas, vemos o motivo de se ter poucos santos entre nós.

384 A revelação dá-nos a conhecer o estado de santidade e de justiça originais do homem e da mulher antes do pecado: da amizade deles com Deus advinha a felicidade da existência deles no Paraíso.

459 O Verbo se fez carne para ser nosso modelo de santidade: "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim..." (Mt 11,29). "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim" (Jo 14,6). E o Pai, no monte da Transfiguração, ordena: "Ouvi-o" (Mc 9,7). Pois Ele é o modelo das Bem-aventuranças e a norma da Nova Lei: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 15,12). Este amor implica a oferta efetiva de si mesmo em seu seguimento.

492 Esta "santidade resplandecente, absolutamente única" da qual Maria é "enriquecida desde o primeiro instante de sua conceição[a63] . lhe vem inteiramente de Cristo: "Em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime[a64] ". Mais do que qualquer outra  essoa criada, o Pai a "abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo" (Ef 1,3). Ele a "escolheu nele (Cristo), desde antes da fundação do mundo, para ser santa e imaculada em sua presença, no amor" (Ef 1,4). (Parágrafos relacionados: 2011,1077)

564 Por sua submissão a Maria e José, assim como por seu humilde trabalho durante longos anos em Nazaré, Jesus nos dá o exemplo da santidade na vida cotidiana da família e do trabalho.

648 A Ressurreição de Cristo é objeto de fé enquanto intervenção transcendente do próprio Deus na criação e na história. Nela, as três Pessoas Divinas agem ao mesmo tempo, juntas, e manifestam sua originalidade própria. Ela aconteceu pelo poder do Pai que "ressuscitou" (At 2,24) Cristo, seu Filho, e desta forma introduziu de modo perfeito sua humanidade - com seu corpo - na Trindade. Jesus é definitivamente revelado "Filho de Deus com poder por sua Ressurreição dos mortos segundo o Espírito de santidade" (Rm 1,4). São Paulo insiste na manifestação do poder de Deus pela obra do Espírito que vivificou a humanidade morta de Jesus e a chamou ao estado glorioso de Senhor. (Parágrafos Relacionados 258,989,663,445,272)

670 Desde a Ascensão, o desígnio de Deus entrou em sua consumação. Já estamos na "última hora" (1Jo 2,18)". “Portanto, a era final do mundo já chegou para nós, e a renovação do mundo está irrevogavelmente realizada e, de certo modo, já está antecipada nesta terra. Pois já na terra a Igreja se reveste de verdadeira santidade, embora imperfeita." O Reino de Cristo já manifesta sua presença pelos sinais milagrosos que acompanham seu anúncio pela Igreja". (Parágrafos Relacionados 1042,825,547)

688 A Igreja, comunhão viva na fé dos apóstolos, que ela transmite, é o lugar de nosso
conhecimento do Espírito Santo:
 nas Escrituras que ele inspirou;
 na Tradição, da qual os Padres da Igreja são as testemunhas sempre atuais;
 no Magistério da Igreja, ao qual ele assiste;
 na Liturgia sacramental, por meio de suas palavras e de seus símbolos, na qual o
 Espírito Santo nos coloca em Comunhão com Cristo;
 na oração, na qual Ele intercede por nós;
 nos carismas e nos ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
 nos sinais de vida apostólica e missionária;
 no testemunho dos santos, no qual ele manifesta sua santidade e continua a obra da salvação.

749 O artigo sobre a Igreja depende também inteiramente do artigo sobre o Espírito, que o precede. "Com efeito, após termos mostrado que o Espírito Santo é a fonte e o doador de toda santidade, confessamos agora que foi Ele quem dotou a Igreja de Santidade. "Segundo a expressão dos Padres, a Igreja é o lugar "onde floresce o Espírito".

773 Na Igreja, esta comunhão dos homens com Deus pela "caridade que nunca passará" (1 Cor 13,8) é a finalidade que comanda tudo o que nela é meio sacramental ligado ao mundo presente que passa. Sua estrutura se ordena integralmente à santidade dos membros do corpo místico de Cristo. E a santidade é medida segundo o 'grande mistério', em que a Esposa responde com o dom do amor ao dom do Esposo. Maria nos precede a todos na santidade que é o mistério da Igreja como "a Esposa sem mancha nem ruga". Por isso, "a dimensão marial da Igreja antecede sua dimensão petrina". (Parágrafos relacionados 671,972)

800 Os carismas devem ser acolhidos com reconhecimento por aquele que os recebe,
mas também por todos os membros da Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto que se trate de dons que provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que sejam exercidos de maneira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é, segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas.

812 Só a fé pode reconhecer que a Igreja recebe estas propriedades de sua fonte divina. Mas as manifestações históricas delas constituem sinais que falam também com clareza à razão humana. "A Igreja - lembra o Concílio Vaticano I -, em razão de sua santidade, de sua unidade católica, de sua constância invicta, é ela mesma um grande e perpétuo motivo de credibilidade e uma prova irrefutável de sua missão divina." (Parágrafos relacionados 156,770)

821 Para responder adequadamente a este apelo, exigem-se:
 uma renovação permanente da Igreja em uma fidelidade maior à sua vocação. Esta
renovação é a mola do movimento rumo à unidade.
A conversão do coração, "com vistas a viver mais puramente segundo o Evangelho",
pois e a infidelidade dos membros ao dom de Cristo que causa as divisões; (Parágrafo
relacionado 827)
A oração em comum, pois "a conversão do coração e a santidade de vida, juntamente com as preces particulares e públicas pela unidade dos cristãos, devem ser consideradas a alma de todo o movimento ecumênico e, com razão, podem ser chamadas de ecumenismo espiritual"; (Parágrafo relacionado 2791)

824 A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele; por Ele e nele torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, "à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus". É na Igreja que está depositada "a plenitude dos meios de salvação". É nela que "adquirimos a santidade pela graça de Deus". (Parágrafo relacionado 816)

825 "Já na terra a Igreja está ornada de verdadeira santidade, embora imperfeita." Em
seus membros, a santidade perfeita ainda é coisa a adquirir: "Munidos de tantos e tão salutares meios, todos os cristãos, de qualquer condição ou estado, são chamados pelo Senhor, cada um por seu caminho, à perfeição da santidade pela qual é perfeito o próprio Pai ".

826 A caridade é a alma da santidade à qual todos são chamados. Ela "dirige todos os
meios de santificação, dá-lhes forma e os conduz ao fim". (Parágrafos relacionados 1827,2658)

827 "Mas enquanto Cristo, 'santo, inocente, imaculado', não conheceu o pecado, mas
veio apenas para expiar os pecados do povo, a Igreja, reunindo em seu próprio seio os
pecadores ao mesmo tempo santa e sempre necessitada de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação." Todos os membros da Igreja, inclusive seus ministros, devem reconhecer-se pecadores. Em todos eles o joio do pecado continua ainda mesclado ao trigo do Evangelho até o fim dos tempos. A Igreja reúne, portanto, pecadores alcançados pela salvação de Cristo, mas ainda em via de santificação. (Parágrafos relacionados 1425-1429,821) A Igreja é santa, mesmo tendo pecadores em seu seio, pois não possui outra vida senão a da graça: é vivendo de sua vida que seus membros se santificam; é subtraindo-se à vida dela que caem pecados e nas desordens que impedem a irradiação da santidade dela. É por isso que ela sofre e faz penitência por essas faltas das quais tem o poder de curar seus filhos, pelo sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo.

828 Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solene que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores. "Os santos e as santas sempre foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja." Com efeito, "a santidade é a fonte secreta e a medida infalível de sua atividade apostólica e de seu elã missionário". (Parágrafos relacionados 1173,2045)

829 "Enquanto na beatíssima Virgem a Igreja já atingiu a perfeição, pela qual existe sem mácula e sem ruga, os cristãos ainda se esforçam por crescer em santidade, vencendo o pecado. Por isso elevam seus olhos a Maria" ela, a Igreja é já a toda santa. (Parágrafos relacionados 1172,972)

867 A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo, seu esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica. Embora congregue pecadores, ela é "imaculada (feita) de maculados" ("ex maculatis immaculata"). Nos santos brilha a santidade da Igreja; em Maria esta já é a toda santa.

873 As próprias diferenças que o Senhor quis estabelecer entre os membros de seu Corpo servem à sua unidade e à sua missão. Pois, embora "exista na Igreja diversidade de serviços, há unidade de missão. Cristo confiou aos apóstolos e a seus sucessores o múnus de ensinar, de santificar e de governar em seu nome e por seu poder. Os leigos, por sua vez, participantes do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, compartilham a missão de todo o povo de Deus na Igreja e no mundo". Finalmente, "em ambas as categorias [hierarquia e leigos] há fiéis que, pela profissão dos conselhos evangélicos, se consagram, em seu modo especial, a Deus e servem à missão salvífica da Igreja; seu estado, embora não faça parte da estrutura hierárquica da Igreja, pertence, não obstante, à sua vida e santidade". (Parágrafos relacionados 814,1937)

901 "Os leigos, em virtude de sua consagração a Cristo e da unção do Espírito Santo, recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir neles frutos sempre mais abundantes. Assim, todas as suas obras, preces e iniciativas apostólicas, vida conjugal e familiar, trabalho cotidiano, descanso do corpo e da alma, se praticados no Espírito, e mesmo as provações da vida, pacientemente suportadas, se tornam 'hóstias espirituais, agradáveis a Deus
por Jesus Cristo' (l Pd 2,5), hóstias que são piedosamente oferecidas ao Pai com a oblação do Senhor na celebração da Eucaristia. É assim que os leigos consagram a Deus o próprio mundo, prestando a Ele, em toda parte, na santidade de sua vida, um culto de adoração." (Parágrafos relacionados 784,1268,358)

914 "O estado de vida constituído pela profissão dos conselhos evangélicos, embora
não pertença à estrutura hierárquica da Igreja, está, contudo, firmemente relacionado com sua vida e santidade." (Parágrafo relacionado 2103)

941 Os leigos participam do sacerdócio de Cristo: cada vez mais unidos a ele, desenvolvem a graça do Batismo e da Confirmação em todas as dimensões da vida pessoal, familiar, social e eclesial e realizam, assim, o chamado à santidade, dirigido a todos os batizados.

943 Graças à sua missão régia, os leigos têm o poder de vencer o império do pecado
em si mesmos e no mundo, por sua abnegação e pela santidade de sua vida .

956 A intercessão dos santos. "Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais
intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio": (Parágrafos relacionados 1370,2683)

1030 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.

1054 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão totalmente purificados, embora seguros de sua salvação eterna, passam depois de sua m

1128 Este é o sentido da afirmação da Igreja: os sacramentos atuam ex opere operato
(literalmente: “pelo próprio fato de a ação ser realizada”), isto é, em virtude da obra salvífica de Cristo, realizada uma vez por todas. Daí segue-se que “o sacramento não é realizado pela justiça do homem que o confere ou o recebe, mas pelo poder de Deus”. A partir de momento em que um sacramento é celebrado em conformidade com a intenção da Igreja, o poder de Cristo e de seu Espírito agem nele e por ele, independentemente da santidade pessoal do ministro.
Contudo, os frutos dos sacramentos dependem também das disposições de quem os recebe.

1202 As diversas tradições litúrgicas surgiram justamente em razão da missão da Igreja. As Igrejas de uma mesma área geográfica e cultural acabaram celebrando o mistério de Cristo com expressões particulares tipificadas culturalmente: na tradição do “depósito da fé”, no simbolismo litúrgico, na organização da comunhão fraterna, na compreensão teológica dos mistérios e nos tipos de santidade. Assim, Cristo, luz e salvação de todos os povos, é manifestado pela vida litúrgica de uma Igreja ao povo e à cultura aos quais ela é enviada e nos quais está enraizada. A Igreja é católica: pode integrar em sua unidade, purificando-as, todas as verdadeiras riquezas das culturas.

1219 A Igreja viu na arca de Noé uma prefiguração da salvação pelo Batismo. Por ela,
com efeito, “poucas pessoas, isto é, oito foram salvas da água” (1Pd 3,20): Nas próprias águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade.

1424 É chamado sacramento da Confissão porque a declaração, a confissão dos pecados diante do sacerdote é um elemento essencial desse sacramento. Num sentido profundo esse sacramento também é uma “confissão”, reconhecimento e louvor da santidade de Deus e de sua misericórdia para com o homem pecador. Também é chamado sacramento do perdão porque pela absolvição sacramental do sacerdote Deus concede “o perdão e a paz”

1426 A conversão a Cristo, o novo nascimento pelo Batismo, o dom do Espírito Santo, o Corpo e o Sangue de Cristo recebidos como alimento nos tornaram “santos e irrepreensíveis diante dele” (Ef 1,4), como a própria Igreja, esposa de Cristo, é “santa e irrepreensível” (Ef 5,27).
Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. É o combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.

1475 Na comunhão dos santos, “existe certamente entre os fiéis já admitidos na posse da pátria celeste, os que expiam as faltas no purgatório e os que ainda peregrinam na terra, um laço de caridade e um amplo intercâmbio de todos os bens”. Neste admirável intercâmbio, cada um se beneficia da santidade dos outros, bem para além do prejuízo que o pecado de um possa ter causado aos outros. Assim, o recurso à comunhão dos santos permite ao pecador contrito se purificado, mais cedo e mais eficazmente, das penas do pecado.

1533 O Batismo, a Confirmação e a Eucaristia são os sacramentos da iniciação cristã.
São a base da vocação comum de todos os discípulos de Cristo, vocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. Conferem as graças necessárias à vida segundo Espírito nesta vida de peregrinos a caminho da Pátria.

1709 Quem crê em Cristo torna-se filho de Deus. Esta adoção filial o transforma, propiciando-lhe seguir o exemplo de Cristo. Ela torna-o capaz de agir corretamente e de praticar o Em união com seu Salvador, o discípulo alcança a perfeição da caridade, a santidade. Amadurecida na graça, a vida moral desabrocha em vida eterna na glória do céu.

1768 Os grandes sentimentos não determinam a moralidade nem a santidade das pessoas; são reservatório inesgotável das imagens e afeições em que se exprime a vida moral. As paixões são moralmente boas quando contribuem para uma ação boa, e más quando se dá o contrário. A vontade reta ordena para o bem e para a bem-aventurança os movimentos sensíveis que ela assume; a vontade má sucumbe às paixões desordenadas e as exacerba. As emoções e sentimentos podem ser assumidos em virtudes ou pervertidos em vícios.

1986 Além de seus preceitos, a Nova Lei comporta os conselhos evangélicos. "De modo especial favorecem igualmente a santidade da Igreja os múltiplos conselhos que no Evangelho Senhor propõe à observância de seus discípulos.”

2013 "Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade." Todos são chamados à santidade: "Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48): Com o fim de conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (...), a fim de que, cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na história da Igreja pela vida de tantos santos.

2015 O caminho da perfeição passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual envolve ascese e mortificação, que levam gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças:

2030 É em Igreja, em comunhão com todos os batizados, que o cristão realiza sua vocação. Da Igreja recebe a palavra de Deus, que contém os ensinamentos da “lei de Cristo”.
Da Igreja recebe a graça dos sacramentos, que o sustenta "no caminho". Da Igreja aprende o exemplo da santidade; reconhece a figura e a fonte (da Igreja) em Maria, a Virgem Santíssima; discerne-a no testemunho autêntico daqueles que a vivem, descobre-a na tradição espiritual e na longa história dos santos que o precederam que a Liturgia celebra no ritmo do Santoral.

2045 Por serem os membros do Corpo cuja Cabeça é Cristo os cristãos contribuem, pela constância de suas convicção de seus costumes, para a edificação da Igreja. A Igreja aumenta, cresce e se desenvolve pela santidade de seus fiéis até que "alcancemos todos nós (...) o estado de homem perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo" (Ef 4,13).

2074 Jesus diz: "Eu sou a videira, e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15,5). O fruto indicado nesta palavra é a santidade de uma vida fecundada pela união a Cristo. Quando cremos em Jesus Cristo, comungamos de seus mistérios e guardamos seus mandamentos, o Salvador mesmo vem amar em nós seu Pai e seus irmãos, nosso Pai e nossos irmãos. Sua pessoa se toma, graças ao Espírito, a regra viva e interior de nosso agir. "Este é o meu mandamento: Amai--vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 15,12).

2152 E perjuro aquele que, sob juramento, faz uma promessa que não tem intenção de manter ou que, depois de ter prometido algo sob juramento, não o cumpre. O perjúrio constitui uma grave falta de respeito para com o Senhor de toda palavra. Comprometer-se por juramento a praticar uma obra má contrário à santidade do nome divino.

2155 A santidade do nome divino exige que não se recorra a ele para coisas fúteis e não se preste juramento em circunstâncias suscetíveis de interpretá-lo como uma aprovação do poder que o exigisse injustamente. Quando o juramento é exigido por autoridades civis ilegítimas, pode-se recusá-lo. Deve ser recusado quando é pedido para fins contrários à dignidade das pessoas ou à comunhão da Igreja.

2168 O terceiro mandamento do Decálogo lembra a santidade do sábado: "O sétimo
dia é sábado; repouso absoluto em honra do Senhor" (Ex 31,15).

2173 O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei
do sábado. Mas Jesus nunca profana a santidade desse dia. Dá-nos com autoridade sua autêntica interpretação: "O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado" (Mc 2,27). Movido por compaixão, Cristo se permite, no "dia de sábado, fazer o bem de preferência ao mal, salvar uma vida de preferência a matar. O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus. "O Filho do Homem é senhor até do sábado" (Mc 2,28).

2182 A participação na celebração comunitária da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e de fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Assim, os fiéis atestam sua comunhão na fé e na caridade. Dão simultaneamente testemunho da santidade de Deus e de sua esperança na salvação, reconfortando-se mutuamente sob a moção do Espírito Santo.

2227 Os filhos, por sua vez, contribuem para o crescimento de seus pais em santidade. Todos e cada um se darão generosamente e sem se cansar o perdão mútuo exigido pelas ofensas, pelas rixas, pelas injustiças e pelos abandonos. Sugere-o a mútua afeição. Exige-o a caridade de Cristo.

2261 A Escritura determina com precisão a proibição do quinto mandamento: "Não matarás o inocente nem o justo" (Ex 23,7). O assassinato voluntário de um inocente é gravemente contrário à dignidade do ser humano, à regra de ouro e à santidade do Criador. A lei que o proscreve é universalmente válida, isto é, obriga a todos e a cada um, sempre e em toda parte.

2320 O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.

2475 Os discípulos de Cristo "revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus, na
justiça e santidade da verdade" (Ef 4,24). "Livres da mentira" (Ef 4,25), devem "rejeitar toda maldade, toda mentira, todas as formas de hipocrisia, de inveja c maledicência" (l Pd 2,1).

2504 "Não levantarás falso testemunho contra teu próximo" (Ex 20,16 Os discípulos de Cristo "revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade" (Ef 4,24).

2505

2518 A sexta bem-aventurança proclama: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8). A expressão "puros de coração" designa aqueles que entregaram o coração e a inteligência às exigências da santidade de Deus, principalmente em três campos:
a caridade, a castidade ou a retidão sexual, o amor à verdade e à ortodoxia da fé. Existe um laço de união entre a pureza do coração, do corpo e da fé:

2581 O Templo devia ser para o povo de Deus o lugar de sua educação à oração: as
peregrinações, as festas, os sacrifícios, a oferenda da tarde, o incenso, os pães da "proposição", todos esses sinais da Santidade e da Glória de Deus, Altíssimo e tão próximo, eram apelos e caminhos da oração. Mas o ritualismo. arrastava muitas vezes o povo para um culto por demais exterior. Faltava a educação da fé, a conversão do coração. Foi a missão dos profetas, antes e depois do Exílio.

2777 Na liturgia romana, a assembléia eucarística é convidada a rezar o Pai-Nosso com ousadia filial; as liturgias orientais utilizam e desenvolvem expressões análogas: "Ousar com toda a segurança", "torna-nos dignos de". Diante da sarça ardente, foi dito a Moisés: "Não te aproximes daqui; tira as sandálias" (Ex 3,5). Este limiar da Santidade divina só Jesus podia transpor, Ele que, "depois de ter realizado a purificação dos pecados" (HHb 1,3), nos introduz diante da Face do Pai:
"Eis-me aqui com os filhos que Deus me deu" (Hb 2,13).

2794 Esta expressão bíblica não significa um lugar ["o espaço], mas uma maneira de ser; não o afastamento de Deus, mas sua majestade. Nosso Pai não está "em outro lugar", Ele está "para além de tudo" quanto possamos conceber a respeito de sua Santidade. Porque Ele é três vezes Santo, está bem próximo do coração humilde e contrito:

2809 A Santidade de Deus é o centro inacessível de seu ministério eterno. Ao que, deste mistério, está manifestado na criação e na história, a Escritura chama de Glória, a irradiação de sua majestade. Ao criar o homem "à sua imagem e semelhança" (Gn 1,26), Deus "o coroa de glória'', mas, pecando, o homem é "privado da Glória de Deus". Sendo assim, Deus vai manifestar sua Santidade revelando e dando seu Nome, a fim de restaurar o homem "segundo a imagem de seu Criador" (Cl 3,10).

2813 Na água do Batismo fomos "lavados, santificados, justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus" (1 Cor 6,11). Durante toda nossa vida, nosso Pai "nos chama à santidade" (l Ts 4,7). E, já que é "por ele que vós sois em Cristo Jesus, que se tornou para nós santificação" (1 Cor 1,30), contribui para sua Glória e para nossa vida o fato de seu nome ser santificado em nós e por nós. Essa é a urgência de nosso primeiro pedido. Quem poderia santificar a Deus, já que é Ele mesmo quem santifica? Mas, inspirando-nos nesta palavra: "Sede santos porque eu sou Santo" (Lv 11,44), nós pedimos que, santificado pelo Batismo, perseveremos naquilo que começamos a ser. pedimo-lo todos os dias, porque cometemos faltas todos os dia e devemos purificar-nos de nossos pecados por uma santificação retomada sem cessar... Recorremos, portanto, à oração para esta santidade permaneça em nós.

2814 Depende, inseparavelmente, de nossa vida e de nossa oração que seu Nome seja santificado entre as nações: Pedimos a Deus que santifique seu Nome, porque é pela santidade que Ele salva e santifica toda a criação... Trata-se do Nome que dá a salvação ao mundo perdido, mas pedimos que Nome de Deus seja santificado em nós por nossa vida. Pois, se vivermos bem, o Nome divino é bendito; mas, se vivermos mal, ele é blasfemado, segundo a palavra do Apóstolo: "O Nome de Deus está sendo blasfemado por vossa causa entre os pagãos” (Rm 2,24). Rezamos, portanto, para merecer ter em nossas almas tanta santidade quanto é santo o Nome de nosso Deus. Quando dizemos "santificado seja o vosso Nome", pedimos que ele seja santificado em nós que estamos nele, mas também nos outros que a graça de Deus ainda aguarda, a fim de conformar-nos aos preceito, que nos obriga a rezar por todos, mesmo por nossos inimigos. E por isso que não dizemos expressamente: vosso Nome seja santificado "em nós", porque pedimos que ele o seja em todos os homens.

2842 Este "como" não é único no ensinamento de Jesus: "Deveis ser perfeitos 'como'
vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48); "Sede misericordiosos 'como' vosso Pai é misericordioso" (Lc 6,36); "Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros 'como' eu vos amei" (Lc 13,34). Observar o mandamento do Senhor é impossível se quisermos imitar, de fora, o modelo divino. Trata-se de participar, de forma vital e "do fundo do coração", na Santidade, na Misericórdia, no Amor de nosso Deus. Só o Espírito que é "nossa Vida" (Gl 5,25) pode fazer "nossos" os mesmos sentimentos que teve Cristo Jesus. Então torna-se possível a unidade do perdão, "perdoando-nos mutuamente 'como Deus em Cristo nos perdoou" (Ef 4,32).

            Gosto  muito da citação de Pedro sobre a santidade:
1 Pd 1, 15- 16
“15 Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;  Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.”


Paulo Gabriel B de Melo - Teólogo

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