DISFUNÇÕES CEREBRAIS QUE AFETAM A
APRENDIZAGEM
Segundo
Reinaldo José Lopes, autor de um artigo na revista super interessante, há tempos que os neurocientistas sabem
que ninguém executa uma terefa só com um lado do cérebro e muito menos que os
mesmos neurônios executam sempre as mesmas tarefas. Logo, funções muito
específicas podem ser privilegiadas pelo lado esquerdo ou direito, mas é mais
provável que muitas tarefas funcionem em um esquema de mutirão, em que o papel
de cada área varia dependendo da necessidade.
Os Concorda
com essa opnião a Profª. Jerusa F.
Salles ao afirmar que “os dois hemisférios cerebrais funcionam de
maneira integrada”.
A utilização exclusiva de
um lado do cérebro baseia-se em casos de pacientes com lesões cerebrais graves
que realizam atividades supostamente ligadas às áreas perdidas, tamanha é
capacidade cerebral.
Para Nicolelis:
"O
que nós estamos vendo é que a atividade dos neurônios é sempre probabilística,
diz Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro da Universidade Duke (EUA).
"Não são sempre os mesmos neurônios que produzem a mesma ação. A atividade
cerebral flutua."
O francês Dr. Marc Dax em
1836 foi o primeiro a sugerir que os hemisférios teriam funções diferentes ao observar
pacientes com derrame cerebral e perceber que os movimentos eram limitados para
cada lado afetado.
Os hemisférios esquerdo e
direito são muito parecidos na forma externa, mas, possuem funções
diferenciadas que podem ser exercidas predominantemente por um lado e não
exclusivamente, o hemisfério esquerdo manifesta-se através do raciocínio e se
expressa através da linguagem oral, e o hemisfério direito, o faz através da
emoção e se expressa apenas através da linguagem visual.
Todos os sistemas (córtex, lobos...)
carecem de equilíbrio orgânico e psíquico do indivíduo para que o processo de
aprender se estabeleça de forma adequada, embora fatores externos como método
inadequado e outros também possam influenciar a aprendizagem. As causas mais
comuns de dificuldades de aprendizagem são: fatores fora do sistema nervoso
central, neurológicos periféricos, centrais transitórios e centrais
permanentes.
Crianças com disfunção cerebral são
inteligentes quanto a sociabilidade e as informações verbais apresentadas. Sua
dificuldades são específicas como por exemplo incapacidade de identificar
letras e por sua vez palavras. A disfunção cerebral afeta áreas específicas
como linguagem, leitura, escrita...
Para Moojen (1999)
“crianças com disfunção sofrem muito por serem
vistas como fracassadas, preguiçosas, desleixadas e pouco inteligentes por pais
e professoras, quando na verdade seu impedimento é a nível intelectual e não de
execução”.
As principais
disfunções cerebrais são: disfasia, dislexia, disgrafia, disortografia,
discalculia e déficit de atenção (com hiperatividade). Torna-se então
imprescindível a atuação preventiva do psicopedagogo de forma a mitigar os
danos e bem conduzir a indivíduo no caminho da aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
DOMINGOS, Gláucia
de Ávila. TTC - Dificuldades do processo de aprendizagem. Esab. 2009.
FERREIRA,
Vicente José Assencio e Simone de Figueiredo Cruz. Contribuições da neurologia
à docência. EAD 2013.
LOPES,
Reinaldo José. Artigo da revista super interessante. Ed. dez 2009.
LINHARES,
Luana. Artigo: quando as disfunções cerebrais afetam a aprendizagem. 2011.
MOOJEN, S.
dificuldades ou transtornos de aprendizagem? In: Rubinstein, E. (org.). Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. São
Paulo: Casa do psicólogo, 1999.
SALLES, Jerusa F. Dominância cerebral (Especializações hemisféricas).
Artigo.
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