A família deve observar
sempre de perto o desenvolvimento da criança, visto que sua fragilidade deve
ser protegida, não somente pelos pais, mas também pelo estado através da escola
com todo processo educacional. Não deve ser permitido a nenhum professor (bem
diferente de um educador) que eventos como o de Rui (garoto que apanhava de palmatória da professora na educação antiga) “apanhar para o próprio
bem” possa acontecer, a meu ver é caso de polícia, a palmatória foi o método mais frustrante e descabido da humanidade.
Vigotsky nos
ensina que a criança aprende brincando por isso a queixa de Rui “será que eu
nunca mais vou poder brincar”? Brincar para a criança é desenvolver novas
estruturas e sinapses cerebrais, faz parte do processo, sem isso o
desenvolvimento fica comprometido e no caso de Rui primeiro veio a aversão escolar
depois o mal comportamento. O limite é
necessário, pois com ele vem o respeito aos professores, pais, autoridades
(tão carente na sociedade atual), a violência deve ser erradicada, extirpada da
sociedade moderna principalmente contra aqueles que não podem se defender.
O sociólogo francês Bernard
Lahire nos afirma que só há uma forma de fugir do fracasso escolar:
“instituir políticas que modifiquem o ambiente
das crianças com estruturas familiares frágeis”.
Segundo Souza (2000, p.22)
“em várias partes do
mundo, constata-se que crianças oriundas de grupos social, cultural ou
etnicamente marginalizados, têm um rendimento escolar inferior à média das
crianças dos grupos culturalmente dominantes. (...) No caso das crianças
migrantes ou filhas de migrantes, o fracasso se explica pelo fato delas não
dominarem plenamente os códigos lingüísticos, simbólicos e comportamentais da
cultura dominante da sociedade na qual estão inseridas. Porém, não são apenas
os migrantes que estamos considerando aqui como culturalmente marginalizados.
Concordo com os educadores da
universidade federal de Pernambuco (Terezinha
carraher e Ana Lúcia) ao afirmarem que o fracasso escolar é o fracasso
social.
Paulo Gabriel B. M.
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