A questão indígena no Brasil já se arrasta há mais de 500
anos, pois desde que os europeus invadiram a América, dizimaram os índios,
roubaram as riquezas aqui existentes, transformaram o que era um paraíso de
riquezas de povos livres e independentes, cada um com sua cultura em uma terra
de miseráveis e dependentes, não foi assegurado em nenhum momento a garantia de
sobrevivência como povo e como cultura, foram obrigados a falar o português e o
espanhol em detrimento de suas mais de 250 línguas dor troncos Gê, Tupi,
Macro-gê...
Os seis anos que convivi lutando pelos Yanomamis não serem
dizimados na operação 'Selva Livre', retirada de garimpeiros (pobres e
miseráveis almas explorados por grandes fazendeiros donos dos garimpos que
nunca foram pegos) vi a miséria e o estrago que faz o mercúrio em suas águas,
que fazia nascer crianças aleijadas e índios doentes pela contaminação das
águas e de doenças, fora os que eram mortos no confronto e assassinados.
foto sgt Vanilton
Ao realizar observação aérea nas áreas indígenas do Xingú, vi
que os índios obedecem ao mesmo formato circular de construção de suas malocas,
ocas, tabas com um grande espaço central onde correm e brincam as crianças e
onde se realizam os cultos. Observei ainda o seu grande amor pela terra sua
mãe, pouco ele devasta, faz pequenas roças e preserva a natureza dando exemplo
a todos de civilidade e ecologia.
Artigo de Paulo Gabriel Melo - Psicopedagogo Institucional.
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