PERSONAGENS BÍBLICOS
DA VIDA DE JESUS
OS PERSONAGENS QUE JESUS TOCOU E NÓS: UMA REFLEXÃO
Diác. Permanente
Paulo Gabriel Batista M. (OMB)
INTRODUÇÃO
Este
livro nasceu num retiro de sexta-feira santa dirigido pelo padre Wilson Gualberto,
capelão da Base Aérea de Campo Grande, durante uma palestra do aluno ao
diaconato Paulo Sérgio da escola Diaconal Santo Estevão (hoje diácono Paulo
Sérgio), criada a pedido do Arcebispo Militar pelo padre Lindenberg (capelão do
Exército Brasileiro) na qual fiz os meus estudos diaconais e também recebi o
sacramento da ordem pela imposição das mãos de D. Osvino Both Arcebispo do
Ordinariado Militar do Brasil. Concomitante a isto o diretor espiritual da obra
Filhos da Ressurreição, padre Lindenberg, sugeriu que todos os casais lessem a
obra de Armand Puig[1]
(Jesus uma biografia) que empurrou-me ainda mais a refletir e escrever esta
reflexão ao povo de Deus.
Propõe-se
estes humildes escritos a ser uma reflexão dos personagens que estiveram perto
de Jesus abordando o comportamento humano e fazendo a pergunta que deve permear
a nossa vida: no meu lugar o que Jesus faria? quem dizes que eu sou? (Mt 16,
13-20)[2] quem é Jesus para mim? Quem eu sou para Jesus?
Respondidas
essas questões, nos resta seguir ao mestre com uma convicção firme e com uma
esperança na ressurreição que deve ser o nosso norte. A todos os leitores a
minha Bênção Diaconal, as minhas orações e súplicas ao Senhor com a intercessão
da nossa mãezinha querida que leve o povo de Deus a construir para a salvação
das almas, o bem da igreja e a glória de Deus, pois estes são os pilares
basilares que com carinho aprendi do meu reitor Pe Lindemberg, quando aluno da
Escola Diaconal Santo Estevão, do Ordinariado Militar do Brasil, no Rio de
Janeiro. Percebi que ao identificarmo-nos com os santos
e tê-los como meta de santidade nos faz ver que este é o desígnio de Deus em
nossas vidas e a nossa vocação.
“Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é
perfeito” Mt 5, 48
Devemos
com essa reflexão adorar Jesus vivo no irmão, não só na eucaristia, mas em
cumprimento a ordem e desejo do nosso salvador “amar a Deus e ao próximo”, como
nos aponta o Sl 21,12 “não fiqueis longe
de mim, pois estou atribulado; vinde para perto de mim, porque não há quem me
ajude”. Devemos suportar os nossos sofrimentos com amor e resignação e
ajudar aos nossos irmãos a suportar suas cruzes, sempre recordando que “a cruz
é loucura para o mundo”, mas o sofrimento não pode ser loucura para um cristão
consciente dos ensinamentos do Mestre.
Ser
seguidor de Jesus é imitá-lo, é fazer o que ele fez. Os termos seguir ou
seguidor designa de acordo com os evangelhos diversas formas de relacionamento
com Jesus. Dessa forma encontraremos três grupos de pessoas ligadas a Jesus com
maior ou menor intensidade e com graus de estabilidade diferentes que
delinearemos em três círculos concêntricos[3].
Em
primeiro lugar encontramos o círculo exterior formado pelas Multidões, que são pessoas atraídas por
Jesus. Em segundo lugar está o círculo intermediário que é constituído pelos discípulos, homens e mulheres que se
sentem ligados a Jesus e que por isso tem de enfrentar dificuldades decorrentes
da sua fidelidade. Neste segundo grupo encontramos duas espécies de discípulos:
os sedentários (continuam a viver em suas casas com suas famílias oferecendo
apoio aos discípulos itinerantes) e os itinerantes (são aqueles que se deslocam
com Jesus de um lugar para o outro sob a sua orientação, estes abandonaram tudo
para seguir Jesus: casa, família e trabalho... e partilham com o mestre do seu
estilo de vida, neste grupo há pessoas que seguiram Jesus por que quiseram e
aquelas que foram chamadas por Ele. Em terceiro lugar está o grupo dos doze homens que foram chamados
diretamente por Jesus para partilharem de forma permanente e formaram um grupo
a parte dentro do grupo dos discípulos. Porém analisando cada grupo percebemos
e aprendemos que seguir Jesus é sinônimo de doação, luta e abdicação para não
cair em tentação, visto que a multidão gritava “soltem Barrabás”, “crucifica-o”,
do segundo grupo os discípulos fugiram e do grupo dos doze, um o negou, outro o
traiu e apenas o mais novo “aquele que o Senhor o amava- João – permaneceu com
Maria na crucificação. Não importa em que grupo estamos, enfrentaremos o medo
de seguir Jesus correndo o risco de negá-lo, traí-lo ou abandoná-lo. E quero
delinear aqui o conceito de medo[4]
que faz necessário especialistas para o tratarem quando se apresentam na forma
de pânico, depressão, síndromes, e outros tantos nomes que se fazem necessários
tratamentos com psicólogos, psiquiatras, neurologistas, terapeutas. Em todas as
suas formas e tratamentos o medo é a doença do século em todas as suas formas
que surgem quando deixamos que ele se faça maior que Deus, o medo não vem de
Deus, mas de seu inimigo.
DEDICATÓRIA
A Adriana, Pablo e Patrick, por sua dedicação
e compreensão a tantos anos de ausência.
A Terezinha, Assis e Tânia, pelo incentivo e
formação moral
POIS
FAMÍLIA É TUDO
ORIGEM GENEALÓGICA
Meu primeiro ancestral brasileiro foi o
judeu-português Manuel Vicente
d’Anunciação, que chegou ao Brasil no século XIX fugindo das guerras na
Europa, mais especificamente de Portugal.
Manuel Vicente d'Anunciação, desembarcou em 1820 em Recife, então
um dos mais movimentados portos da colônia portuguesa, que com outros
judeus criou a sinagoga de Recife com seus irmãos do judaísmo, sinagoga esta
que é a mais antiga sinagoga judáica das américas, tombada hoje como patrimônio
histórico do Recife. Ele converteu-se no Brasil a
Igreja Católica Apostólica Romana e dele em diante somos dez gerações
católicas.
OS SINAIS DO MEU TESTEMUNHO DE ORDENAÇÃO
DIACONAL DA SANTA MÃE IGREJA
Eu, Paulo Gabriel Batista de Melo, há 40
dias da ordenação confesso que estava confuso quanto a vontade de Deus no meu
diaconato, pois estavam aparecendo diversos entraves com documentação, muitas
dificuldades com a liberação, meu chefe superior havia me dito que eu não iria
ao retiro (obrigatoriedade canônica para se ordenar) e que a Força Aérea não
havia investido em mim para ser sacerdote (ele não sabia a diferença de diácono
e padre) e sim para ser tripulante, havia muitas missões e não podia me
liberar, escutei de diversas pessoas de forma direta e indireta que eu não iria
me ordenar. Eu estava esperando um sinal pois ia desistir da ordenação (embora
estivesse com os convites, livro de ordenação pagos e todas as vestes compradas
por mim e pela comunidade), pois não me achava digno de ser diácono e pensava
que o Senhor não me queria no clero, eu pedia ao senhor em lágrimas que me
desse um sinal. Eu não sabia o que fazer, estava confuso e triste e o dia da
ordenação se aproximava, resolvi ir ao deserto, com a autorização de meu
comandante interino, fui em missão a cidade de Natal-RN e de lá fui ao sertão
de Pernambuco, passei cinco dias em oração (terço, litugia das horas,
confissão, missa) vestia roupas simples pois só havia levado duas mudas de
roupa. Ao chegar naquela casa humilde do sertão, ganhei uma imagem de um anjo
linda com a palma na mão era o anjo Gabriel em acrílico e com as asas
iluminadas em fibra ótica com 50 cm de tamanho.
1º sinal, a serpente em Pesqueira:
Um dia
antes de retornar a missão em Natal, fui tomar banho. Ao terminar, começei a
passar o pano no chão para ficar limpo para o próximo, passei o pano no chão e
nada senti de diferente, ao levantar o pano para espremer a água, saiu uma
cobra coral debaixo do pano, eu nunca tinha visto uma coral ter este
comportamento, ela levantou a cabeça ficando de pé e nós nos olhávamos nos
olhos, ela não me atacava e eu não me mexia, ficamos assim por algum tempo, até
que passou alguém e viu aquela cena e matou a cobra. Eu nada entendi daquela
situação. Em nada me pareceu ser aquele fato um acontecimento místico, mas
ficou gravado em minha mente aquele estranho acontecido e eu tinha muitas
perguntas: porque a cobra não me picou se eu estava a um palmo da boca da
serpente? Se ela me picasse talvez eu não chegasse a capital (Recife) pois
estava no sertão numa cidade sem apoio de soro antiofídico.
2º sinal, leitura da liturgia das horas:
Ao
voltar para Natal sem entender direito o que tinha acontecido e porque tinha
acontecido, não dei importância mística ao fato e fui fazer a liturgia das
horas (as Laudes[5])
e percebi que aquele fato não era coincidência, mas um desígnio do Senhor em
minha vida, pois a leitura breve apresentava:
“... Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões,
e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.”
Não
resisti e chorei muito depois da leitura, pois, via que o Senhor me aceitava
como servo seu, ele me chamava para ser diácono Permanente da Santa Mãe Igreja,
não que merecesse, não que fosse digno, mas apenas ele em sua infinita
misericórdia tinha piedade deste pobre e mortal pecador.
3º sinal, sonho de minha esposa Adriana:
Ao
retornar da viagem, cheguei em casa em Campo Grande - MS, tomei um banho e fui
conversar com minha esposa e meu filho caçula, e antes de falar qualquer
palavra ela me falou que havia tido um sonho horrível, e que estava preocupada
e angustiada. Sem falar nada do que comigo havia acontecido, lhe perguntei qual
foi o sonho: ela me disse que havia sonhado com um grande ninho de cobras de
todos os tipos, umas por cima das outras e que tinha acordado assustada.
Percebi
que o laço do santo matrimônio nos unia a tal ponto que espiritualmente o que
me afetava também afetava a ela, o diaconato envolve a família. Pedi a meu
filho e a minha esposa que não revelasse a ninguém estes sinais até que eu me
ordenasse, pois estes fatos assustam as pessoas e preferia mantê-los em sigilo
até o tempo oportuno.
4º o presente de uma senhora piedosa:
Uma semana depois me ligou uma senhora
humilde de nossa comunidade (srª Marlene) e pediu o meu endereço, ela queria
saber o local onde morava, pois tinha um presente para me dar. Ela foi a minha
casa e eu estava reunido com minha família.
Ela começou a falar que tinha juntado
dinheiro a semana toda para comprar aquele presente, mas sentia a necessidade
de me dar. Retirei o embrulho e percebi que era a imagem de Nossa Senhora das Graças
pisando a cabeça da serpente, aí percebi que quem tinha sido minha madrinha de
ordenação era Nossa Senhora das Graças. No retiro de ordenação, a noite éramos
liberados para refletirmos as nossas vidas. Juntamente com mais dois colegas de
Brasília (o Ney e o Batista, hoje diáconos) fomos a uma gruta pequenina rezar o
terço e lá estava a imagem de nossa senhora das graças. Obrigado minha mãezinha
querida por ter cuidado de minha ordenação, de minha família, de minha alma e
de meu coração. Peço-vos que não esqueça este miserável servo e de seus filhos
espirituais a quem suplico vossa poderosa intercessão.
A SEMANA DA ORDENAÇÃO
No retiro de ordenação eu me perguntava:
mas Senhor sou tão pecador! Mas, ao ler e ao meditar a Lexi Orandi [6],
sob a direção do professor doutor Daniel Rios, a leitura do dia nos fazia
refletir insistentemente “vai e não peques mais..”. passei a entender que
apesar de minhas misérias, Deus me aceitava e aquilo completou minha alegria e
novamente chorei.
Ad Iesus per Maria
servus Mariae non
potestes periré
ANALISANDO AS ESCRITURAS E A
DESCENDÊNCIA DE JESUS
SEGUNDO SÃO MATEUS
PARTE I: INFÂNCIA DE JESUS
A
genealogia de Jesus, em Mateus, nos mostra sua descendência desde Abraão, o pai
da fé, até o seu avô Jacó que foi pai de José. Ela nos apresenta quatorze
gerações totalizando mais de mil anos de história. Nela existem quatro mulheres
consideradas pecadoras segundo o judaísmo:
Tamar - ela deita-se com o sogro para que se faça a
justiça, uma vez que a lei do levirato dava-lhe o direito de casar-se com outro
filho (irmão do marido) em caso de morte para garantir a posteridade ao
falecido (Gn 38).
Que Deus nos faça ter coragem de lutar pela
sua justiça mesmo quando esta possa colocar a nossa vida em risco.
Raab- foi a
prostituta que deu abrigo aos espiões de Israel quando espionavam Jericó e
foram perseguidos pelo rei. Jz 2
Assim como Raab devemos acolher os perseguidos
e os marginalizados, lutar pela justiça social, pois isso agrada o senhor para
que “libertos do inimigo, sirvamos ao senhor em justiça e santidade” diante
dele.
Rute- a moabita
(estrangeira) que ao ficar viúva resolve cuidar da sogra e voltar com ela para
a terra dos ancestrais de seu marido.
Vivemos numa sociedade que os filhos colocam
seus pais e parentes nos asilos e os abandonam, peçamos a Deus que nos dê
forças para sermos como a moabita Rute que tem a coragem de cuidar de sua
sogra, mesmo tendo que abandonar sua terra.
Betsabéia ou Betseba - mulher
de Urias
Deus não
olha o teu passado, e quando te perdoa aceita-te como membro de sua família.
Estas quatro mulheres que eram pecadoras segundo o judaísmo, entraram na
descendência de Jesus. Precisamos enxergar as pessoas com os olhos de Jesus e
não com os nossos pois eles condenam demais.
“genealogia de
Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2 Abraão
gerou Isaac.
Isaac gerou
Jacó.
Jacó gerou Judá
e seus irmãos.
3 Judá
gerou, de Tamar,
Farés e Zara.
Farés gerou
Esron.
Esron gerou
Arão.
4 Arão
gerou Aminadab.
Aminadab gerou
Naasson.
Naasson gerou
Salmon.
5 Salmon
gerou Booz, de Raab.
Booz gerou
Obed, de Rute.
Obed gerou
Jessé.
Jessé gerou o
rei Davi.
6 o rei Davi
gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias (Betsabéia ou Betseba).
Salomão gerou
Roboão.
Roboão gerou
Abias.
Abias gerou
Asa.
8 Asa
gerou Josafá.
Josafá gerou
Jorão.
Jorão gerou
Ozias.
9 Ozias
gerou Joatão.
Joatão gerou
Acaz.
Acaz gerou
Ezequias.
10 Ezequias
gerou Manassés.
Manassés gerou
Amon.
Amon gerou
Josias.
11 Josias gerou
Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de Babilônia.
12 e, depois do cativeiro de Babilônia,
Jeconias gerou
Salatiel.
Salatiel gerou
Zorobabel.
13 Zorobabel
gerou Abiud.
Abiud gerou
Eliacim.
Eliacim gerou
Azor.
14 Azor
gerou Sadoc.
Sadoc gerou
Aquim.
Aquim gerou
Eliud.
15 Eliud
gerou Eleazar.
Eleazar gerou
Ata.
Ata gerou Jacó.
16 Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual
nasceu Jesus,
que é chamado Cristo.
17 portanto, as gerações, desde Abraão até Davi,
são quatorze. Desde Davi até o cativeiro de Babilônia, quatorze gerações. E,
depois do cativeiro até Cristo são quatorze gerações”.
De Abraão a Davi são
quatorze gerações. De Davi ao cativeiro na Babilônia são mais quatorze
gerações, e do cativeiro na Babilônia até Jesus são mais quatorze.
Já o
evangelista Lucas nos trás vinte gerações descrevendo desde Adão, de forma a
inserir Jesus na história da humanidade (Puig)[7].
Ambas as genealogias procuraram enquadrar Jesus na linhagem de Davi e
pertencente ao povo de Abraão.
Fazendo uma reflexão sobre a vida de Jesus,
devemos refletir sobre os personagens que estiveram em contato com Jesus, suas
mudanças ou não, e suas vidas a partir daquele ponto e nós a partir do momento
que dizemos ser seguidores do mestre. Mateus descreve a genealogia de Jesus partindo
de Abraão até Jesus, enquanto que Lucas parte de Jesus até Adão de forma
inversa.
O EVANGELHO DE MATEUS
Seus personagens e nós
1, 18 Maria
é descrita como sendo a origem de Jesus (o homem), e o cristo (o nosso Deus),
sendo assim é mãe de Deus e dos homens, é Teotókos (mãe de deus), Antrotókos
(mãe do homem) e Cristotókos (mãe do cristo). Diante de tamanho prestígio e
afinidade com a trindade, visto que do Pai é filha, do Espírito Santo é esposa
e de Jesus é mãe, ela é para nossa igreja a santa das santas e nossa
intercessora “agora e na hora de nossa
morte. amém”[8].
“eis como nasceu Jesus
cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José”
1, 18 José
é o segundo personagem, que tendo todos os motivos para entregar Maria grávida
e o Filho que ela levava no ventre que não era dele, mas obra do Espírito Santo
de Deus. Vejamos como o evangelista descreve José.
“José, seu
esposo, que era homem justo, não
querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Ao pensar na Sagrada
Família vê-se que foi muitíssimo atribulada, sua cruz foi pesada. Pense bem
naquela época uma jovem fica grávida e não é do noivo. O noivo foge e depois
resolve assumir. O filho deles nasce em um curral que é perseguido pelo rei
Herodes. Ficam estrangeiros no Egito, voltam para Nazaré e na adolescência de
Jesus morre o pai, São José, ele assume a casa com sua mãe viúva que não era
bem visto pelos judeus, vai pregar e é morto. Não conheço uma família que viveu
mais tribulação. Se qualquer um de nós tivesse que passar pelo passou a família
de Nazaré tinha sucumbido ao desespero.
Enquanto assim pensava, eis que um anjo do
senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas
receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo”.
Que
o senhor nos conceda a graça de também sermos justos diante dele e como José
sermos alguém que evita a morte do irmão, seja fruto de um homicídio, calúnia,
difamação e tantas formas de matar o irmão.
1, 20 o
anjo aparece na vida de José num momento que toma uma decisão na vida que
ao modo de ver de Deus não está compatível com o seu projeto na vida dele. José
volta atrás e aceita os desígnios do senhor em sua vida.
Senhor!
manda os teus anjos para nos ajudar a distinguir o que é nossa vontade e o que
é tua vontade, oh, Deus! ajuda-nos a seguir os teus desígnios e caminharmos em
santidade e justiça.
1, 22 o profeta anuncia o plano de Deus na
humanidade, hoje vemos que as vozes proféticas muitas vezes se calam, quando
deveriam denunciar aqueles que roubam dos pobres do senhor, dos injustiçados e
marginalizados.
Que Deus
fortaleça o nosso dom profético e que não nos calemos diante das injustiças
sociais. Como disse o paralítico a Jesus: “senhor! não tenho ninguém por mim”. Muitos
não tem vez nem voz, sejamos nós as suas vozes.
2, 1 os
magos como todas as pessoas daquela região viram a Estrela de Belém, porém
somente os reis magos a seguiram. Jesus está na Eucaristia, todos o vêem,
muitos o comungam, mas nem todos o seguem. O interessante é notar que os magos
vêem a estrela, mas os pastores recebem a presença dos anjos, vemos que
novamente Jesus faz sua opção incondicional pelos pobres mas também aceita os
presentes dos ricos quandos estes tem seu coração voltado para Deus.
Ajudai-nos
Senhor e Mestre a sermos teus seguidores e levar-te ao mundo como é de tua
vontade.
2, 2 o rei Herodes com medo de perder seu poder ficou perturbado, pois em
sua concepção Jesus era seu grande concorrente. Mal sabia ele que “o reino de Jesus
não era desse mundo”. Assim, em um momento de crueldade sem tamanho ele
assassina todas as crianças de Belém e das proximidades região e o sangue dos
inocentes clamam como o sangue de Abel.
A
falta de confiança em Deus pode nos levar a atos de desespero quando somos
ameaçados de perder algo e não depositamos nas mãos do Senhor a nossa
esperançapara que se cumpra em nossa vida a sua vontade, comprometendo assim a
nossa salvação.
2, 4 príncipes
dos Sacerdotes e Escribas. A classe sacerdotal daquela época tinha muitas
regalias, principalmente dentro das cidades, com o dinheiro doado aos templos
(sendo Jerusalém o mais importante) e para não perder o status entregaram o local onde Jesus havia de nascer juntamente com
os escribas, que apesar de serem homens letrados não tinham feito e experiência
com Deus, não eram guiados em sua sabedoria pelo Paráclito. Devemos confiar nos
nossos pastores e no Magistério da Igreja como o sinal da presença de Deus e da
interpretação acertada das Escrituras.
2, 12 “avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra
por outro caminho”. o mensageiro de Deus.
A Bíblia não descreve quem é este
personagem, mas nos deixa inferir que um ser os avisou, evitando que mesmo sem
intenção eles permitissem a morte do salvador.
Deixemos
ser guiados por Deus em nossos sonhos, projetos e em nossa vida. o Senhor seja
a nossa Luz. “que a cruz sagrada seja a nossa luz, não seja o dragão o nosso
guia...”[9].
2, 16 os
meninos mortos. E assim morrem os primeiros mártires da era cristã, o
sangue dos inocentes clama “o grito de Ramá”. Muitos meninos morreram em nome
do Salvador. Deram seu sangue e suas vidas, estão agora na glória Deus,
desfrutando do lugar reservado aos mártires no céu. “na casa de meu Pai há muitas moradas”
Que Deus
nos ajude a sermos corajosos, pois tempos difíceis estão chegando. Teremos de
nos posicionarmos contra atos da nossa sociedade que permite e legaliza
abortos, que produz kits de educação sexual para tornar promíscuos nossos
filhos e filhas e valorizando a fornicação quando incentiva a camisinha e não a
castidade aos nossos jovens. Usa-nos como instrumento teu senhor Jesus. Ajuda-nos
a mostrar ao mundo o caminho da verdade.
2, 22 Arquelau
filho de Herodes mantinha as mesmas atitudes do pai, desaprovado assim por Deus.
Que
os nossos filhos imitem-nos no que temos de bom e verdadeiro, e que o Senhor
nos fortaleça para darmos o bom exemplo
aos nossos filhos.
PARTE II: PRINCÍPIO DA MISSÃO DE JESUS
3,1 João Batista é conhecido
como o precursor do messias que anunciava a vinda do Messias “endireitai as
veredas do Senhor”, ele se fazia pequeno diante do mestre, “não sou digno de
desamarrar suas sandálias”. Ele reconheceu Jesus como Messias ao vê-lo “eis o
cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. Jesus faz um grande
elogio a João: “É dele que está escrito: Eis que eu envio meu mensageiro diante
de ti para te preparar o caminho (Ml 3,1). Em verdade vos digo: entre os
filhos das mulheres, não surgiu outro maior que João Batista.”
A diferença pedagógica da pregação e vida de João Batista para Jesus é
que João anuncia, acima de tudo, que o julgamento de Deus se aproxima, enquanto
Jesus proclama que Deus já começou a reinar. “o reino de Deus já chegou”
Senhor,Fazei-nos
dignos e santos como o foi teu profeta. Ajuda-nos
a sermos dignos de estar em vossa presença e vos servir em justiça e santidade
com voz profética para a salvação das almas, a glória de Deus e para o bem da
igreja.
3,1 Isaías
foi o precursor de João Batista e já anunciava que João precederia Jesus há
muitos anos antes de Jesus nascer, “eis uma voz que clama no deserto”.
3,5 Pessoas
de Jerusalém, Judéia e região circunvizinha vinham a João, confessavam seus
pecados e eram batizadas. Seguindo o propósito de Jesus, devemos buscar a
salvação como estas pessoas que vinham de tantos lugares. “pedir, bater,
buscar- caminho, verdade e vida”.
Ajudai-nos
a te buscar e a enxergar-te no irmão que
sofre.
3,7 Fariseus
e Saduceus se consideravam santos e discriminavam os outros, colocando-se
acima dos outros, os demais eram povos pagãos e pecadores que nem mesmo podiam
tocar para não ficarem impuros. Os saduceus era descendentes do sacerdote Sadoc
que foi fiel ao rei Davi e ajudou colocar Salomão no trono.(Cf 1Rs 1,8).
Permite-nos
Senhor Jesus, sermos puros de coração, santos sem mácula como é de tua vontade
“sejam santos como meu Pai é santo”
3,9 Abraão é sem dúvida o pai da fé por
acreditar em um Deus que não se via e saiu em busca do desconhecido com animais
e família para uma terra prometida. Como o Pai não poupou seu filho único,
Abraão fez o mesmo.
Jesus
ensina-nos a confiar em vós como o fez teu servo Abraão
3, 11 Aquele que virá depois de mim (ver Jesus)
3, 16 A presença da SS. Trindade no
batismo de Jesus é marcante. O Espírito Santo apresenta-se na forma corpórea de
uma pomba, Deus pai aparece na forma
de voz “eis o meu Filho muito amado
em quem ponho a minha afeição” e Jesus que é aquele que vai ser batizado, não
porque tem pecado, mas para que se cumpra a escritura.
Que
o mistério da trindade santa seja para nós o caminho perfeito a ser seguido
4,1 O
Demônio assim como tentou e derrubou os primeiros pais ele volta para
tentar o novo Adão, Jesus o filho de Deus. O Diabo se aproveita dos momentos
que estamos com a “guarda baixa” (termo do militarismo que quer dizer
desprotegido) e nos tenta para cairmos em tentação. Ele se aproveita que Jesus
está com fome e fala para Jesus transformar as pedras em pães, mas Jesus
responde: Está escrito: Não só de pão
vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Dt 8,3).
O CIC (catecismo da igreja católica) nos
diz: “A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama «o
assassino desde o princípio» (Jo 8,44), e que chegou ao ponto de tentar
desviar Jesus da missão recebida do Pai (272). «Foi para destruir as obras do
Diabo que apareceu o Filho de Deus» (1Jo 3,8). Dessas obras, a mais
grave em consequências foi a mentirosa sedução que induziu o homem a
desobedecer a Deus”.
São
Miguel arcanjo, valei-nos no combate!
4, 11 Os Anjos o serviam. Estes seres que trabalham para Deus são
mensageiros e executores dos planos de Deus (Gabriel anuncia Maria, um anjo
avisa José em sonho, servem a Jesus após a tentação, guardam a entrada do
paraíso, extermina os primogênitos do Egito). A igreja Católica tem uma devoção
pelos santos anjos de Deus que dura muito tempo, temos entre os anjos um que
cuida particularmente de nós, o anjo da guarda.
Santo
anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a a ti me confiou a piedade divina,
me guarde, me rege, me governe, me ilumine, amém.
4, 18 Os dois irmãos Simão (chamado Pedro) e André (filhos de Jonas – barjonas) estes largaram as redes para seguir Jesus.
4, 20 Tiago
e João (filhos de zebedeu)
abandonaram a barca e seu pai para seguir Jesus.
Jesus lhes deu no sermão da montanha as
bem-aventuranças que todo cristão deve ter para ser seu discípulo, e assim
desfrutarão no céu todos os que têm: coração de pobre, os que choram, os
mansos, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de
coração, os pacíficos, os perseguidos por causa da justiça.
O
que devemos abandonar para seguir Jesus, o que ainda me prende ao mundo.
Senhor, daí-me a coragem de largar as coisas do mundo para seguir-te como assim
o fizeram teus apóstolos.
PARTE III: SERMÃO DA MONTANHA
5, 20 escribas
e fariseus eram judeus do tempo de Jesus, assim como os essênios que eram
mais radicais. Os judeus tinham 613 preceitos para seguir de códigos morais e
de purificação ritual que faziam com que o povo sustentasse a classe sacerdotal
que tinha o privilégio de gerir o templo de Jerusalém e o seu tesouro, e isto
era passado de pai para filho.
Segundo Puig e Flávio Josefo, é provável
que os fariseus tenha sido o primeiro dos três grupos importantes do judaísmo
(fariseus, essênios e saduceus), cumpriam rigorosamente a Lei (dez mandamentos)
e davam bastante importância aos rituais de purificação relacionados a questões
particulares como líquidos e alimentos, contato com cadáveres e nessas questões
se distinguiam e queriam se distinguir dos judeus que eram incapazes de cumprir
estes preceitos “esse povinho que não conhece a lei é maldito” Jo 7, 49. Por
isso, segundo eles, era necessário evitar a todo custo o contato com
estrangeiros e, em particular com os samaritanos. Segundo os doutores fariseus,
a Lei articulava em 613 mandamentos, que deveriam ser cumpridos a risca.
“Digo-vos, pois, se vossa justiça não for
maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus”. MT 5, 20
Quantas vezes em minha vida não fui um
fariseu julgando e condenando as pessoas de outras religiões, colocando-me no
lugar de Deus, pois só a Ele cabe julgar, tenho que pedir a Deus perdão pela
minha arrogância e prepotência todas as vezes que julguei o meu irmão.
“Não julgueis,
e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós
julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos.
Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está
no teu? MT 7, 1-3
Daí-nos
senhor os dons da piedade e a humildade de te servir em alegria, justiça e
santidade por toda a nossa vida, amém.
6, 9 PAI
NOSSO. Ao rezarmos o Pai nosso
devemos refletir os três “P” Pai, pão e
perdão Jesus se declara nosso irmão, já que temos o mesmo pai, e dessa
forma passamos a ser adotados pelo Pai, entenda-se adoção como um ato
voluntário de escolha, Deus em sua infinita misericórdia nos adotou como filhos
em seu Filho. “Pão nosso de cada dia”: quem precisa de pão todo dia é o pobre e
nós nos declaramos pobres, miseráveis diante da grandeza e magnitude de Deus,
certamente o rico avarento pediria “a padaria nossa de cada dia”, pois não se
contentaria com o pão a cada dia como vemos no Evangelho de Jesus o rico que
esnoba com sua colheita e diz que vai sossegar e aproveitar a vida e o nosso
mestre diz que “ainda hoje Deus pedirá contas a ti”. O Perdão: este é o selo do
contrato que fazemos com Deus, seremos perdoados da mesma forma como perdoamos
aos nossos irmãos, “Deus terá misericórdia para com os que usaram de
misericórdia”.
os sete pedidos do Pai-nosso
Tenho visto na internet e em palestras do
padre Paulo Ricardo e também no livro: Jesus
de Nazaré do Papa Bento XVI como é profunda a oração do Pai-nosso e vejo que
devemos refletir mais, essa tão bela oração que o próprio Jesus nos ensinou.
Escutei
numa bela homilia de um sacerdote da nossa Igreja Católica Apostólica Romana
uma história sobre uma competição de monges em um mosteiro da Europa que
fizeram um compromisso para ver quem rezava mais pai-nossos e um monge não
conseguiu rezar um só, pois ficou só no pai... meu pai amado, sou teu filho,
teu filhinho e assim passou o dia e só conseguiu refletir sobre a palavra Pai.
e ele lhes
disse: quando orardes, dizei:
Pai - nosso, que
estás nos céus, santificado seja o teu nome;
venha o teu
reino;
seja feita a tua
vontade, assim na terra, como no céu.
dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano;
e perdoa-nos os nossos pecados,
dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano;
e perdoa-nos os nossos pecados,
pois também nós
perdoamos a qualquer que nos deve, e
não nos conduzas
em tentação,
mas, livra-nos
do mal. amém.
O que é
a oração. Segundo os teólogos da igreja ela é um método de nos aproximar-nos de Deus. Quem
não reza acha que não precisa de Deus, sendo que a condição humana é de
dependência de Deus, por isso rezar não é somente se interiorizar, mas para o
cristão é se encontrar com Deus. Crer no Pai é estar dentro da igreja, é fazer
parte do corpo místico de cristo. Pai é dizer que somos filho no filho Jesus. Deus
já é Pai antes de criar o mundo, ele já era pai de Jesus e nós somos filhos
adotados, precisamos lembrar que adotamos o filho que queremos e Deus em seu
infinito amor quis que fôssemos filhos seus. O Pai-nosso pode ser dividido em
duas partes, a saber:
Primeira parte relativa a Deus
Pai-nosso
que estás no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja
feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
A expressão Abba em aramaico quer dizer Pai, ela é uma expressão muito comum
nas orações de ação de graças dos judeus. No evangelho de S. Mateus a palavra
Pai referindo-se a Deus aparece quarenta vezes, no de João cento e dezenove
vezes (Puig, Armand).
Na macumba e outras seitas afro o pai de
santo te pergunta o que voçê quer, é a sua vontade que conta e não a de Deus, e
para conseguir você oferece a divindade pagã suas oferendas
Segunda parte
relativa ao pobre
O
pão nosso de cada dia nos daí hoje. Aqui vemos que quem pede pão todo dia é
o pobre, o rico pede logo a padaria nossa de cada dia, somos pobres no Senhor,
o povo de Israel só tinha o maná para um dia e contextualizando o pão dos
últimos dias é a eucaristia, esse pão espiritual.
perdoai
as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, não nos
deixeis cair em tentação.
Deus não nos tenta, quem nos tenta é o Diabo
e nós pedimos a Deus forças para resistir, porém o homem vê as coisas do mal sendo
mais sedutoras do que as coisas de Deus e por isso cai. Deus nos conduz para o
bem, mas o diabo nos tenta para o mal. Deus usa a tentação vencida para nos
fortalecer. Pedimos a Deus para que a tentação seja na medida das nossas
forças. Ao estudarmos a parábola do filho pródigo e principalmente do empregado
sem compaixão (Mt 18, 23-24) observamos que Deus nos perdoa e quer que
perdoemos, pois Deus certamente nos perdoa de muito mais ofensas do que nós ao
nossos devedores quando nos mostra que o rei perdoou a grande dívida ao seu
empregado (dez mil talentos de prata) para termos idéia um talento é igual a
21, 7 kg. No entanto, o seu empregado não foi capaz de perdoar cem denários (um
denário é relativo a uma diária de um trabalhador).
“Para S. Lucas ao abordar o perdão ele
fala em perdoarmos sete vezes a cada dia (Lc 17, 3-4). Já S. Mateus expande
setenta vezes sete (MT 18, 22), deixando-nos a impressão de ser infinita as
vezes que temos de perdoar como é infinita as vezes que Deus nos perdoa” (Puig,
Armand. Jesus uma biografia. Pág. 372).
Mas, livrai-nos do mal.
O mal na época de Jesus era o império
romano, era o deus, o povo tinha o desejo de ser cidadão romano para ser livre
de impostos e ter ‘status’.
amém.
É o selo do
contrato, a última palavra da Bíblia e que encontramos ao final de cada oração
cristã.
Tão linda é esta oração que devemos pedir
ao Pai: Pai dá-nos o entendimento da
profundidade de suas palavras e nos dê forças para a colocarmos em prática em nossas
vidas. Amém.
PARTE IV: MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILÉIA
A Galiléia da época de Jesus era em sua
maioria composta por judeus que viviam na área rural, motivo pelo qual Jesus
sempre se dirigia em parábolas que usavam a colheita, sementes, o agricultor...
os habitantes não judeus em sua maioria moravam em cidades como Séforis e
Tiberíades que eram governadas por Herodes antipas, filho de Herodes o grande,
ele era soberano na Galiléia desde a morte de seu pai. Segundo Flávio Josefo,
Séforis era a maior cidade da Galiléia, mas não há relato de ligação de Jesus
com ela. No entanto, Tiberíades, tinha poucos judeus pelo fato de ter sido
construída em cima de um cemitério e isto era contra as regras de purificação
dos judeus, logo eles não moravam lá.
Duas cidades da Galiléia interessa ao
nosso estudo por ter forte representatividade ao traçarmos o perfil biográfico
da vida de Jesus que são Nazaré, onde
foi anunciado a Maria que ficaria grávida do Espírito Santo e onde Jesus passou
a maior parte de sua vida, era um povoado com cerca de quatrocentas pessoas em
sua maioria pastores ou camponeses e sem expressão no contexto político da
Galiléia e Kfarnaum (cafarnaum) que
foi a segunda pátria de Jesus, era maior que Jerusalém entre a vila e os
habitantes rurais, a cidade não tinha edifícios públicos, nem muralhas
defensivas era uma vila judaica de pescadores, possuía dois edifícios, uma
sinagoga e um posto de cobrança de impostos Mc 2, 13ss. A sinagoga ao que tudo
indica fora financiada por um militar do exército de Antipas, um centurião não
judeu residente na povoação. A língua de grande parte dos judeus galileus era o
aramaico, que era a língua de Flávio Josefo, historiador judeu contemporâneo de
Cristo. A língua que Jesus usava era o aramaico e foi nela que falou aos
discípulos, que pregou ao povo, era também a língua de Pedro e André,
discípulos originários de Betsaida. O hebraico era a língua oficial da Bíblia,
do culto e das orações do povo judeu.
Os três pilares da religião judaica eram a
Lei, o Templo e Terra-família e eram nestas bases que vivia o judaísmo. Os três
fortes grupos religiosos judeus eram os Fariseus
que foram o primeiro grupo a nascer, os Saduceus
eram descendentes do sacerdote Sadoc, e como Jesus, aceitaram as doutrinas dos
anjos e da ressurreição e desapareceram após a destruição do templo de
Jerusalém e os Essênios originários
de Qmuran, onde tinham um mosteiro próximo ao Mar Morto, o qual foi o seu
centro e seu líder religioso era chamado de mestre da justiça.
8, 1 O
leproso aproxima-se de Jesus e Ele o toca. Esta cena para um judeu era um
absurdo pois levava a pessoa a ficar impura e Jesus não se importa com isso,
tem misericórdia daqueles que sofrem e estão a margem da sociedade, excluídos,
sem vez nem voz.
“Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante
dele, dizendo: Senhor, se queres, podes
curar-me.
Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero, sê curado. No mesmo instante,
a lepra desapareceu.”
Senhor
Jesus, dá-nos um coração misericordioso para com os nossos irmãos enfermos, em
especial neste ano em que os nossos pastores que são a tua voz, clamam com a
igreja pelos doentes e por um melhor tratamento de saúde. Inspirai os nossos
governantes a olharem para aqueles que só tem a ti por esperança.
8,5 O
Centurião era um comandante militar de uma centúria (cem soldados romanos)
o equivalente hoje a um comandante de companhia – capitão. Este fez a súplica
de maior fé em todo Israel que impressionou até a Jesus e está presente no
Missal Romano no Rito da Comunhão logo após a saudação de João Batista “Eis o
cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”
“Entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe
fez esta súplica:
Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e
sofre muito.
Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei.
Respondeu o centurião: Senhor,
eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo
será curado”.
Ao que Jesus impressionado com a resposta
e a fé do centurião respondeu:
“Ouvindo isto, cheio de admiração, disse
Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em
ninguém de Israel”.
Que
nós sejamos com a ajuda de Nosso Senhor, homens e mulheres de fé, que
depositemos em Jesus a confiança para resolver aquilo que a nós parece não ter
solução. “Jesus eu confio em vós”.
8, 14 A
sogra de Pedro estava enferma, com febre e Jesus toma a sua mão e a cura e
ela pôs-se a servi-los.
Muito tem a nos ensinar esta passagem,
pois em nossas vidas quando estamos enfermos espiritualmente Jesus nos cura e
como a sogra de Pedro devemos nos colocar ao serviço de Jesus e é este o motivo
pelo qual Ele nos cura, servi-lo. Jesus sendo o mestre na última ceia lavou os
pés dos discípulos, uma tarefa destinada aos escravos, e feito por Ele.
Perdoai-me
Senhor quando roubei o tempo que me destes para usar em proveito do meu irmão
enfermo, e eu com meu egoísmo usei-o em proveito próprio negligenciando os
preceitos cristãos que me destes.
8, 16 Espírito
expulso (possessos de demônios) e todos os enfermos. Jesus curou a todos com apenas uma palavra. Esta é grande mostra de autoridade dada
pelo Pai ao filho para que Ele operasse sinais e prodígios para que todos
vissem e acreditassem que “Jesus é o Senhor” por toda eternidade.
Que
o mal fuja diante da presença de Cristo, que tenhamos mais pontos de encontro
com Cristo através da Palavra, da Eucaristia diária e das orações. Que nos
abasteçamos da força que vem do alto para derrotar os inimigos de Deus.
8, 18 Um
escriba se propõe a seguir Jesus e Ele o mostra a disposição que devemos
ter para seguir o mestre, não é uma jornada confortável, mas sim uma grande
luta de perseguições e abestinências. Um filho espiritual de S. Padre Pio de
Pietrelcina lhe perguntou como faria para ser santo e ele respondeu:
“prepara-te será uma vida de cachorro!” a vida daqueles que buscam a santidade
e paltada em sofrimento e dor que devemos juntar as dores de Cristo. “completo
na minha carne o que faltou a de Cristo”.
8, 21
um Discípulo pede a Jesus para
enterrar seu pai ao que Ele responde: “Segue-me e deixa que os mortos enterrem
seus mortos”.
Seguir
Jesus é deixar tudo para trás, muitas pessoas para segui-Lo tiveram que deixar
pai e mãe, vícios, bens materiais... Senhor o que queres que eu deixe para
seguir-te com desprendimento e desapego aos bens materiais para que eu seja
verdadeiramente livre para seguir-te.
8, 23 Seus discípulos se encontram em meio a
uma tempestade e são assolados pelo medo e resolvem acordar Jesus ao que os
repreende:
“Os discípulos
achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! E
Jesus perguntou: Por que este medo,
gente de pouca fé? Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e
fez-se uma grande calmaria”.
A expressão não tenha medo
aparece cerca de 360 vezes na Bíblia, somos muito medrosos. Temos medo de
morrer, de ficar pobre, de perder o amor de alguém, de ficar doente... esta
falta de fé irritou Jesus diante de tantos sinais que Ele fez nós ainda
“perecemos”.
Temos que pedir como os apóstolos: Senhor aumenta a nossa fé! O que nos
falta é fé. É a falta de fé que produz em nós o medo e o desespero, a falta de
confiança no nosso redentor e salvador. Que o Senhor tenha misericórdia da
nossa falta de fé e venha em nosso socorro. Vinde Senhor Jesus!
8,
28 Dois possessos de demônios saíram
do cemitério. São Paulo nos diz que “o salário do pecado é a morte” os
possessos moravam no cemitério, lugar dos mortos, aqueles que perderam a
comunhão com Deus estão mortos. O pecado produz em nós este estado de morte que
deve ser corrigida com o arrependimento contrito e o sacramento da
Reconciliação. Os porcos aos quais Jesus permitiu que os porcos entrassem nos
mostram que naquela cidade provavelmente não houvessem judeus, pois para eles a
convivência com estes animais gerava o estado de impureza, pois os porcos vivem
na lama que é o sinal do pecado.
Jesus vem nos trazer a vida “Eu
sou o caminho, a verdade e a vida”.
Dá-nos Senhor o dom da vida. Renova-nos com o teu amor e fortalece em
nós a fé, a esperança e a caridade.
9, 2 O paralítico na padiola. Somos em muitas ocasiões paralíticos para
com o reino de Deus. Não nos comprometemos, e as vezes é preciso como no caso
do paralítico a ajuda da comunidade que não desistiu e levou o paralítico até
Jesus. As vezes precisamos ser levados pela comunidade ao encontro com Jesus,
ele perdoa os nossos pecados e restauramos o nosso amor por Deus.
“Eis que lhe
apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: "Meu filho,
coragem! Teus pecados te são perdoados.”
Cura-nos,
Senhor, de nossa paralisia espiritual que nos impede de ajudar ao irmão e de ir
em socorro daqueles que necessitam do nosso auxílio.
9, 3 os
escribas. Cf em MT 5, 20.
9, 9 Mateus.
Como acontece com muitos outros livros sagrados, o nome do autor não
aparece no texto. A Tradição, desde os primeiros tempos atribuiu esta autoria ao
Apóstolo Mateus, um dos doze apóstolos. - O próprio Mateus relata-nos o seu
primeiro chamado, quando Jesus se dirige pessoalmente a ele, com um chamamento
ao mesmo tempo carinhoso e imperativo "Segue-me" (9,9-12). Mateus
deixa imediatamente o seu posto de cobrador de impostos e O segue. Por Lucas
sabemos que ele era também chamado de Levi (Lc 5,27) e por Marcos, que era
filho de Alfeu (Mc 2,14). Pouco depois da chamada ao apostolado ofereceu um
banquete aos seus antigos amigos e aos seus colegas, estando presentes Jesus e
seus novos companheiros (9,10-13). - Segundo uma antiga tradição, que se
reflete nos escritores cristãos dos séculos II ao IV, Mateus permaneceu alguns
anos na Palestina, e mais tarde evangelizou outros países: Abissínia e a
Pérsia. Mas os testemunhos históricos não são precisos. Assim como não são
claros o lugar, as circunstâncias e a data do seu martírio.
É considerado como o autor do Primeiro
Evangelho e por Trabalhar no posto de pagamento de taxas ele era tido pelos
judeus como um publicano pecador e impuro, pois trabalhava para um império
pagão (Roma), foi chamado por Jesus e logo deixou tudo para seguir Jesus, ao
passo que nós muitas vezes somos chamados por Jesus e nem sempre aceitamos seu
convite.
Permite-nos
Senhor Jesus sermos atenciosos ao vosso chamado, como foi são Mateus e seus
discípulos, deixando tudo para trás para seguir-te.
9, 10 Publicanos
(ou arrecadadores de taxas) /
pecadores. Apesar das críticas e condenações dos escribas e fariseus para
com Jesus, Ele nos mostra que está mais preocupado com o pecador que com o
santo, “não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes”.
Com suas ações Ele quebrava as regras dos preceitos judaicos com sabedoria e
maestria.
9, 11 Fariseus
Cf anteriormente
9, 14 discípulos
de João. Questionam Jesus acerca de preceitos sobre o jejum, a exacerbada
preocupação com a lei, fazia-os escravos da lei que os condenava e aos irmãos.
9, 18 chefe
da sinagoga. Jesus ressuscita a filha do chefe da sinagoga em meio a
zombaria do povo que não acreditava que ela fosse voltar a viver.
Senhor!
Daí-nos a graça de crer em teu poder e ressuscita em nós o amor por ti,
ajuda-nos a acreditar que “nada é impossível para ti”.
9, 20 a
mulher atormentada. Com um fluxo de sangue que já durava doze anos, esta
mulher toca no manto de Jesus e é curada. Nós podemos tocar, não nas vestes,
mas no próprio Jesus na Eucaristia e sermos curados, a nossa fé pode nos curar
das mazelas do mundo.
Queremos
te pedir como os apóstolos: Senhor aumenta a nossa fé, pois mesmo que ela seja
do tamanho de um grão de mostarda removeremos montanhas.
9, 27 os
dois cegos. Eles seguiam Jesus gritando “filho de Davi tem piedade de nós”
e Jesus toca-lhes. Ele toca no impuro e o cura.
Que
tu nos toque Senhor Jesus e nos cure da cegueira espiritual que nos impede de
cerscer na fé.
9,32 um
mudo possuído por um demônio. Os fariseus acusam Jesus de expulsar em nome
dos demônio, no entanto Jesus, após curar o mudo e ter expulsado o demônio.
O
demônio quer nos castrar a voz para que nós não possamos louvar e bendizer o
santo nome do senhor Jesus cristo.
9, 36 a
multidão. Jesus se compadece da multidão que está “perdida como ovelhas sem
pastor”.
10, 1-4 “Jesus reuniu seus doze discípulos. Conferiu-lhes o poder de
expulsar os espíritos imundos e de curar todo mal e toda enfermidade.
“Um dos dados mais seguros a
respeito da história de Jesus é que este se quis rodear de doze homens desde o
início de sua atividade pública para que o acompanhassem de forma estável”.
Segundo Marcos 3, 13-15 não são eles voluntários, mas homens escolhidos
pessoalmente por Jesus. Eles são doze, tal qual as tribos de Israel, só que
agora são tribos que estão restauradas. Muitas pessoas comentam que homens
rudes da Galiléia mudaram em pouco tempo, três anos, por sua convivência com Jesus.
Como pedagogo penso diferente. Jesus deu aos apóstolos o melhor curso de
teologia e de pastoral que jamais existiu. Analise comigo: do momento em que
foram chamados o tempo de convivência com o mestre foi de três anos, vezes
vinte quatro horas que dá um total de 26.280 horas/aula, mais os 40dias após a
ressurreição são 960 horas/aula, o
que dá um total de 27.240 horas/aula. Como podem ver não conheci nenhum curso
de graduação com tão extensa carga horária. Aliado a isso Deus manda-lhes o
Espírito Santo que os ilumina.
Eis os nomes dos doze apóstolos:
O primeiro, Simão, chamado Pedro; Nasceu em Betsaida (mar da Galiléia) e é filho de Jonas. Este grande expoente da nossa igreja, que foi
o nosso primeiro papa o qual recebeu de Jesus a missão de ser o chefe da nossa
igreja, igreja esta que foi fundada pelo próprio Jesus “Pedro tu és pedra e
sobre esta pedra construirei a minha igreja” (MT 16, 13-20), seu pontificado
ainda é até hoje o mais longo da história dos papas ( 37 anos) e ao qual tenho
um carinho bem particular, poderíamos dissertar todo este trabalho apenas sobre
ele, que juntamente com Jesus foram os únicos na face da terra a caminhar sobre
as águas, com uma fé firme, coração puro como uma criança. Vejo quando olho na
Basílica de S. Pedro, que o simples pescador da Galiléia venceu o maior império
da terra, o império romano não mais existe, mas tu, Oh Pedro, estás eternizado
na história.
Jesus profundo conhecedor da
alma humana diz a Pedro: “Simão, Simão, olha que satanás pediu autorização para
vos joeirar como trigo”, “antes que o galo cante me negarás três vezes”, “eu,
porém rezei por ti, para que a tua fé não desfaleça”.
São Pedro morreu crucificado na capital do império romano, no tempo em
que Nero era o imperador entre os anos 64 e 68 d. C.
Dá-nos Senhor, sermos piedosos como vosso pastor Pedro, para que
possamos ser libertos do inimigo para servir-te em santidade e justiça.
André, irmão de Pedro. Nasceu em
Betsaida (mar da Galiléia), ambos são filhos de Jonas – barjonas- largaram as redes para seguir Jesus. É também
este discípulo que leva até Jesus o rapaz com os pães e os peixes com os quais
Jesus faz o milagre da multiplicação dos pães e peixes (Jô 6, 5-9); Filipe leva
a André o grupo de não judeus (gregos) que querem ver Jesus e ambos os conduzem a Jesus.
Tiago, filho de Zebedeu, e
João, irmão de Tiago. O
discípulo mais jovem que não abandonou o mestre, esteve juntamente com Maria
aos pés da cruz, cuidou com amor e caridade da mãe do Senhor e nos deixou dois
escritos na Bíblia (o Evangelho e o livro do Apocalipse). Nele, fomos feitos
filhos de Maria “mulher eis ai o teu filho”. Tiago e João (filhos de zebedeu) abandonaram a barca e seu pai para seguir
Jesus, forma chamados por Jesus de Boanerges ou filhos do trovão, por terem um
comportamento muito duro, em certa ocasião eles disseram a Jesus a respeito dos
samaritanos “queres que façamos descer fogo sobre eles” aos quais foram
repreendidos por Jesus (Lc 9, 54). Tiago ainda pede para sentar-se a direita e
João a esquerda de Jesus e é novamente repreendido, o que provocou a ira dos
outros dez discípulos. Mas, Jesus o ama tanto que confia em seus últimos
momentos aos cuidados a própria mãe, “filho eis aí tua mãe”.
Eis
que me pergunto sempre: Senhor, o que devo deixar para te seguir; todos os
servus teus abandonaram algo para servir-te, eis aqui, o que queres de mim.
Filipe. Nasceu em Betsaida (mar da Galiléia). Juntamente com
André, eram os únicos que tinham nomes gregos, por isso, talvez, foram eles que
atenderam os peregrinos gregos que queriam ver Jesus. Eles haviam sido também
discípulos de João Batista e decidiram seguir Jesus.
Bartolomeu. “É um nome de origem patronímica que combina o
aramaico bar com um nome adaptado ao
grego timaios proveniente do aramaico
timmai”. Também chamado Natanael ele
é apresentado como um judeu verdadeiro, um homem íntegro e devoto da lei que
Jesus o define como “Eis um israelita verdadeiro, sem falsidade” Jô 1, 4-7,
porém, ele cai em contradição ao questionar Felipe dizendo “de Nazaré pode sair
coisa boa? No decorrer da caminhada, como Tomé, ele passará a adesão total pelo
mestre. Os patronímios eram comuns principalmente ao definir pela linhagem
paterna, exemplos: (bar) filho de. Bartimeu
(filho de Timeo), Barjonas (filho de Jonas) e outros mais.
Tomé. Seu nome, tal como Cefas, provém do aramaico (te’oma)
e significa gêmeo (em grego dydimos). Segundo João, ele é um homem que ficaria
entre irônico e incisivo ou teimoso e contrariador.
Jesus , ao saber da doença de lázaro, manifesta aos discípulos a sua
vontade de regressar a Judéia e é aconselhado pelos discípulos face ao grande
perigo que acarreta esta decisão a não regressar. Porém, vendo que Jesus já
estava decidido Tomé em tom irônico responde: “vamos nós também, para morrermos
com Ele” (Jô 11, 16). Na última ceia,
igualmente, é ele que pergunta a Jesus: “Senhor, não sabemos para onde vais;
como podemos conhecer o caminho”, ao que Jesus responde apresentando um dos
pontos mais importantes do Evangelho de João: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a
Vida” (Jô 14, 6). Depois de ressuscitado,
Jesus aparece aos discípulos e estes falam a Tomé a respeito de Jesus e ele não
crê, após a segunda aparição quando ele vê Jesus e o mestre ordena-lhe que
toque suas chagas ele crê, saindo da dúvida para a fé e diz “meu Senhor e meu
Deus!”.
Mateus (nome de origem judaica que significa dom de Deus),
conhecido por Levi, filho de Alfeu, o publicano e cobrador de impostos na
coletoria, um entreposto romano, ele foi o único discípulo que tinha um ofício
que era estigmatizado publicamente como pecador. Para os judeus a terra era
dada por Deus e não admitiam pagar impostos pela terra, pois isso era uma
ofensa a Deus que tinha dado a terra aos filhos de Israel e os seus frutos só
se dava em dízimo ao templo (sacerdotes) como oferta a Deus.
Tiago, filho de Alfeu e de Maria
denominado o menor para diferenciar
do outro Tiago filho de Zebedeu. foi decapitado por ordem de Agripa I.
Tadeu (tadaios em
grego- origina-se do nome grego Teódoto
que significa dado por Deus). Chamado também Simão e Judas não o Escariotes.
Judas era o nome mais comum entre os discípulos, visto que havia três Judas:
Judas Tomé, Judas Tadeu, Judas iscariotes. Este nome é comum porque é Judas (Ioudas) é uma palavra adaptada ao grego
do nome hebraico “Judá” (Yehudá) o
quarto filho de Jacó, do qual nasceu o rei Davi e do qual nasceria o messias, o
libartador de Israel.
Simão (o zelota- zélótés), o cananeu (kananaios), que traduzindo chamaríamos
de zeloso, que tem zelo por algo.
Judas Iscariotes, que
foi o traidor. A origem do nome vem do composto ish (homem em hebraico) e Cariot ou Queriot (uma localidade). O
homem que maquinou contra Jesus, para colocá-lo nas mãos das autoridades do
templo e do sinédrio que tentavam condená-lO a morte.
Judas
era o responsável pela bolsa comum, o tesoureiro do grupo, que traiu o mestre
por certa quantidade de dinheiro, trinta moedas de prata. Judas já vinha dando
sinais de sua avareza, quando em Betânia, Maria unge Jesus com perfume caro e o
mesmo questiona porque não se deu aos pobres. Porém, o que de mais forte
acontece é que Judas cedeu a tentação demoníaca apontada pelo evangelista “o
diabo entrou em Judas” (Jo 13,2).
É
interessante notar que no livro de Atos dos Apóstolos (At 1, 15), de S. Lucas,
é escolhido um outro apóstolo para ocupar o lugar de Judas Iscariotes e este é
Matias.
“Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua
habitação, e não haja quem nela habite; e ainda mais: Que outro receba o seu cargo” At 1, 20 (Sl 68,26; 108,8).
Matias é pois o décimo
terceiro apóstolo do Senhor Jesus, escolhido em assembléia onde estavam umas
cento e vinte pessoas.
10, 31 Até os cabelos de vossa
cabeça estão todos contados. “Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós”.
COMENTÁRIO: gostaria de fazer um parêntesis para refletirmos sobre esta
importante colocação de Jesus, de que valemos mais que os pássaros. Reflita
comigo:
A HIERARQUIA DA CRIAÇÃO (Gênesis 1)
1.
“Deus
disse: "Faça-se a luz!" DIA, e NOITE. foi o primeiro dia.”
2.
“"Deus
fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento daquelas
que estavam por cima.8 E assim se
fez. Deus chamou ao firmamento CÉUS. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o segundo dia.
3.
“"Que
as águas que estão debaixo dos céus se ajuntem ...10 Deus chamou ao elemento árido TERRA, e ao
ajuntamento das águas MAR. Deus disse: "Produza a terra plantas, ervas que
contenham semente e árvores frutíferas foi o terceiro dia.
4.
“luzeiros
no firmamento dos céus para separar o dia da noite; Deus fez os dois grandes
luzeiros: o maior para presidir ao dia, e o menor para presidir à noite; e fez
também as estrelas. foi o quarto dia.
5.
“"Pululem
as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves Deus criou os monstros
marinhos e toda a multidão de seres vivos que enchem as águas, 22 E Deus os abençoou: "Frutificai, disse
ele, e multiplicai-vos, e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem
sobre a terra."23 Sobreveio
a tarde e depois a manhã: foi o quinto
dia.
6.
“Deus
disse: "Produza a terra seres vivos: animais domésticos, répteis e animais
selvagens, 26 Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os
peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda
a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." Deus
criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28 Deus os
abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e
submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos
os animais que se arrastam sobre a terra."
Gn 1, 1- 31
COMENTÁRIO: Aqui nós vemos que existe uma
hierarquia na criação em ordem de importância. O homem e a mulher são o
coroamento, o ápice da criação, feitos para dominar com responsabilidade toda
natureza, por isso é o único ser que pensa com capacidade de dominar todos os
seres, infelizmente também tem o poder de destruir. Porém, Deus deixa claro que
cobrará tudo de cada um:
“Ecl
11, 9 “... alegre-se na sua juventude e seja feliz...contudo Deus te pedirá
conta de tuas obras”.
Jesus deixa claro sobre o fato de quem vale mais
entre os seres da criação. Ele abençoa aos seres que respiram, ou seja, os
animais e os homens, por esta razão São Francisco abençoava os animais, porque
Deus em seu amor pela criação abençoou os dois. O interessante é que no dilúvio
quem cometeu o pecado foram os homens, mas Deus não poderia destruir o homem e
deixar os animais pois seria injusto com a criação, por isso, mesmo os animais
não tendo pecado, Deus os condena todos a morte menos aqueles que separou para
perpetuar a espécie.
“Não se vendem dois passarinhos por
um asse (moeda de baixo valor)? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade
de vosso Pai.
30 Até os cabelos de vossa cabeça estão todos
contados.
31 Não
temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós”.
Mt 10, 31
“Até os
cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois. Mais valor
tendes vós do que numerosos pardais.”
Lc 12, 7
“Olhai
as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai
celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas”?
MT 6, 26
Considerai os corvos:
eles não semeiam, nem ceifam, nem têm despensa, nem celeiro; entretanto, Deus
os sustenta. Quanto mais valeis vós do que eles?
Lc 12, 24
A DIFERENÇA DO CRONOS E DO KAIRÓS
CRONOS
– tempo do homem marcado em um dia de 24 horas. “há tempo para plantar, e tempo
para colher...” Ecl 3, 1-8.
KAIRÓS
– tempo de Deus que não pode ser marcado pelo tempo do homem, pois Deus é
eterno. Há diversas passagens Bíblicas sobre esse assunto. Veja o que salmo nos
diz que:
“porque mil
anos, diante de vós, são como o dia de ontem que já passou, como uma só vigília
da noite.” Sl 89, 4
Também Pedro nosso primeiro pastor e Sumo
pontífice nos alerta:
“Mas há uma coisa,
caríssimos, de que não vos deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil
anos, e mil anos como, um dia”. 2Pd 3, 8
Por
isso os cientistas não conseguem entender o Livro do Gênesis, pois querem
inferir que os dois tempos são iguais (cronos e Kairós). Assim, Deus nos ensina
que um dia d’Ele pode ter milhões de anos. Logo, infere-se que cada dia da
Criação pode ter levado mais tempo do cronos (milhões de anos) do que Kairós
(apenas um dia).
Como entender a trindade, comparando de uma forma
bem fácil, poderíamos imaginar três palitos de fósforos acesos, se juntarmos
são três e se separarmos tem cada um a sua individualidade. Também poderíamos
comparar a Trindade com uma maçã, o Espírito Santo é o cheiro da maçã, Jesus é
a polpa e a casca e o Pai é a semente (são exemplos simples que uso na
catequese com as criaças).
11, 2 João
(Cf João Batista)
12, 2 Fariseus
(Cf anteriormente 5, 20).
12, 10 O homem da mão seca. Jesus ensina a este homem a estender a mão
para Ele, com isto nos ensina o mestre que quando temos um problema devemos
estender a mão para Jesus a fim de pedir-lhe que nos cure. Se a nossa falta de
fé ressecou-nos a alma Jesus poderá restaurá-la. A falta desta água viva nos
causará a morte, nos secará, somos necessitados de ti Senhor.
DISCÍPULOS NOS
EVANGELHOS E ATOS DOS APÓSTOLOS
Mateus 10, 2-4
apóstolos
|
Marcos 3, 16-19 companhia
|
Lucas 6, 14-16 apóstolos
|
Atos de Lucas
|
Simão – Pedro
|
Simão – Pedro
|
Simão – Pedro
|
Pedro
|
André- irmão de Pedro
|
Tiago- filho de Zebedeu
|
André- irmão de Pedro
|
João
|
Tiago- filho de Zebedeu
|
João- irmão de Tiago, filho de
Zebedeu, filho do trovão, boanerges
|
Tiago
|
Tiago
|
João- irmão de Tiago
|
André
|
João
|
André
|
Filipe
|
Filipe
|
Filipe
|
Filipe
|
Bartolomeu
|
Bartolomeu
|
Bartolomeu
|
Tomé
|
Tomé
|
Mateus
|
Mateus
|
Bartolomeu
|
Mateus – publicano
|
Tomé
|
Tomé
|
Mateus
|
Tiago- filho de Alfeu
|
Tiago- filho de Alfeu
|
Tiago- filho de Alfeu
|
Tiago- filho de Alfeu
|
Tadeu
|
Tadeu
|
Simão- o zelador
|
Simão- o zelador
|
Simão- o cananeu
|
Simão- o zelador
|
Judas – irmão de Tiago
|
Judas – irmão de Tiago
|
Judas Iscariotes- o traidor
|
Judas Iscariotes- aquele que o
entregou
|
Judas Iscariotes- o traidor
|
Matias-
eleito no lugar de Judas
|
Como podemos ver, é Jesus quem escolhe os apóstolos, e esse é o
princípio da escolha do sacramento da ordem, não fui eu que escolhi ser
diácono, mas foi o Senhor que me escolheu e eu disse sim. Assim, acontece com
todos os ordenados do clero; quer sejam diáconos, padres ou bispos. A escolha é
de Jesus.
12, 22 Possesso cego e mudo. Jesus
faz uma grande cura a ponto deste homem falar e ver, “Jesus o curou de tal
modo”. E a medida que Jesus fazia mais milagres, mais raiva despertava nos
fariseus os quais afirmaram que era por Beelzebur que Ele curava, o chefe dos
demônios. A humanidade está se tornando farisaica também, pois também não
aceita os milagres do Senhor. As pessoas me perguntam sempre onde estão os
milagres, a cura rápida, o imediatismo... não se busca mais a perseverança...
eu respondo que milagres acontecem o tempo todo. Neste mundo que os meios televisivos
enaltecem a traição matrimonial, quando eu vejo um casal que se ama isto é um
milagre, quando vejo os jovens do Segue-me em Campo Grande fazendo curso de
noivos, casando-se em um mundo que não aceita mais a vontade de Deus “e Deus os
fez homem e mulher” provando que o matrimônio dá certo isto é um milagre,
quando um pai beija seus filhos e os diz que os ama isto é um milagre, a nossa
vida é um milagre, somos um milagre do Senhor.
Quando vejo as dificuldades pelas quais passaram a família de Nazaré em
Mt 1, 18 e a vida atribulada de Maria
que ao conceber do Espírito Santo corria o risco de apedrejamento, de acordo
com o costume judaico, a sua ida de Nazaré a Belém na época do parto, ver seu
filho Jesus nascer na manjedoura, sair em fuga para o Egito um país estrangeiro,
e ao perder o marido e ficar viúva com um filho adolescente, e passar pela
maior dor que uma mãe pode passar ao ver o seu filho ser condenado, flagelado e
morto. Só posso concluir que a vida dos que servem a Deus e a Ele se consagra
não pode ser fácil. Vejamos o que nos diz o magistério da igreja através de seu
Catecismo:
“CIC 371 Criados conjuntamente, Deus
quer o homem e a mulher um para o outro. A Palavra de Deus dá-nos a entender
isto por meio de diversas passagens do texto sagrado. "Não é bom que o
homem esteja só. Vou fazer uma auxiliar que lhe corresponda" (Gn 2,18).
Nenhum dos animais pode ser este "vis-à-vis" do varão. A mulher que
Deus "modela" da costela tirada do varão e que leva a ele provoca da
parte do homem um grito de admiração, uma exclamação de amor e de comunhão:
"É osso de meus e carne de minha carne" (Gn 2,23). O homem descobre a
mulher como um outro "eu" da mesma humanidade.
CIC 372 O homem e a mulher são feitos
"um para o outro": não que Deus os tivesse feito apenas "pela
metade" e "incompletos"; criou-os para uma comunhão de pessoas,
na qual cada um dos dois pode ser "ajuda" para o outro, por serem ao
mesmo tempo iguais enquanto pessoas ("osso de meus ossos...") e
complementares enquanto masculino e feminino. No matrimônio, Deus os une de
maneira que, formando "uma só carne" (Gn 2,24), possam transmitir a
vida humana:
"Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra" (Gn 1,28). Ao transmitir a seus
descendentes a vida humana, o homem e a mulher, como esposos e pais, cooperam
de forma única na obra do Criador.”
Peço-te perdão Senhor pela minha cegueira e da humanidade, quando não
aceitamos os teus mandamentos, e pelas vezes que fiquei mudo e preferi me calar
por ser mais conveniente, apagando em minha alma a voz profética de falar a
verdade.
12, 38 escribas e fariseus (Cf
anteriormente)
13, 2 multidão. Conforme vimos
na introdução este grupo é círculo externo das pessoas que entraram em contato
com Jesus, e que acompanharam durante toda pregação de Jesus. Nem sempre o “Vox
populi Vox dominus” é verdadeiro, principalmente hoje que os conceitos de
família mudam, mas Deus é imutável e fez “homem e mulher” e que a sociedade
representada pela magistratura vota o aborto como direito, quando deveria
defender a vida em sua máxima importância, nem sempre a voz do povo é a voz de
Deus, pois isso ocorre quando o povo é povo de Deus comprometido com os
mandamentos.
13, 1-52 continuamos a falar da
multidão aproveitando as parábolas do capítulo 13 e vemos que Jesus apresenta
alguns modelos de seus seguidores, aqueles situados entre a multidão ou até em
alguns momentos os mais próximos:
“quando um homem
ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi
semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu
a semente à beira do caminho.
20 O solo pedregoso em que ela caiu é aquele
que acolhe com alegria a palavra ouvida,
21 mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo
uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, logo encontra uma
ocasião de queda.
O terreno que recebeu a semente entre os espinhos
representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os cuidados do mundo e a
sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa.
23 A terra
boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem
por um, sessenta por um, trinta por um.”
A
semente é a palavra de Deus e nosso coração pode ser de um destes tipos durante
toda a vida ou em alguns momentos dela:
- terreno à beira do caminho- são aqueles que permitem que o mal impeça a obra de Deus em sua vida.
- terreno de solo pedregoso – cai diante da tribulação.
- terreno que recebeu a semente entre os espinhos- a sedução das riquezas é maior.
- terra boa semeada- essa é a terra que Jesus espera de nós, que seja produzido frutos em abundância para o seu reino.
A parábola do joio nos ensina que é
necessário que joio e trigo cresçam juntos para que no último dia seja
separado. No grão de mostarda vemos que a menor das sementes quando regada com
fé, torna-se grande e capaz de abrigar outras vidas (os pássaros), nessa
parábola vemos que o reino de Deus que começava pequeno o fermento do evangelho
iria tornar grande a igreja de Deus.
Para completar Jesus nos mostra quem é
cada entidade na parábola do semeador.
- O que semeia a boa semente é o Filho do Homem (Jesus).
- O campo é o mundo.
- A boa semente são os filhos do Reino.
- O joio são os filhos do Maligno e o inimigo, que o semeia, é o demônio.
- A colheita é o fim do mundo.
- Os ceifadores são os anjos.
14,1 Herodes. Ele é o filho de
Herodes Magno, também conhecido por Antipas. Entre agradar o povo e servir a
Deus devemos optar por Deus, ele para não desgradar o povo, tal como Pilatos,
condenou um inocente a morte.
14,3 herodíades. Para encobrir
o pecado e ficar de bem com a sociedade ela pede a cabeça de João por meio de
sua filha, que se aconselha com a pessoa errada, aquela que a levará a cometer
um homicídio, ao pedir a cabeça do Batista.
14,6 filha de herodíades (Salomé).
Como é muito comum vermos hoje em dia, adolescentes usando-se da sensualidade
para seduzir pessoas, através da mídia, revistas e até pela net, Salomé usa a
sensualidade para agradar Herodes e em troca o leva ao homicídio, vemos assim
que um pecado sempre nos leva a cometer outro, às vezes ainda maior.
14, 12 Discípulos de João. Mesmo
vendo seu mestre em pedaços não o abandonam, transladam o seu corpo e fazem o
seu sepultamento, somos chamados a servir ao Senhor nas condições mais severas,
é um teste a nossa fé.
14, 28 Pedro. Cf
anteriormente.
“Pedro tomou a palavra e falou:
Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti! Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e
caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus.
Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar,
gritou: Senhor, salva-me! No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão,
segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste? Apenas tinham
subido para a barca, o vento cessou.”
Esta passagem muito me tem ensinado, vejo o mar como a nossa vida em
momentos difíceis, e o superamos quando olhamos para Jesus, e como Pedro, ao
tirar os olhos de Jesus começou a afundar, certamente nós afundaremos se
tirarmos os olhos de Jesus.
“Senhor, peço-vos, dái-nos a
fortaleza necessária para nossa salvação, infunde em nós o teu Santo Espírito
paráclito, para que possamos um dia comtemplar a tua face!”
14, 34 As pessoas do lugar (Genesaré).
Estas pessoas anunciaram a todos da presença de Jesus no lugarejo. Eles levaram
até Jesus todos os doentes suplicando que ao menos deixasse tocar o seu manto,
e todos aqueles que tocaram ficaram curados”.
Que grande reflexão
temos que fazer desta gente e de sua fé. Eles tinham tanta fé que apenas queria
tocar o manto para ficarem curados. Nós católicos que temos a oportunidade de
tocar e comungar Jesus Eucarístico deveríamos ter a mesma fé.
15, 1 Fariseus e escribas. (Cf
anteriormente)
15, 21 A mulher Cananéia. Depois de ver tamanha fé nesta mulher Jesus faz
um elogio a ela. “mulher, grande é tua fé’. Primeiro ela grita suplicando,
depois os apóstolos intercedem, e por último ela se ajoelha suplicando por sua
filha.
Nós muitas vezes queremos tudo rápido e não aceitamos o tempo de Deus,
não ajoelhamos para que se faça a sua vontade, não intercedemos aos santos,
pois como diz Padre Léo, os apóstolos pediram a Jesus que a mandasse embora
visto que ele não iria atender seu pedido, mas Jesus testa a sua fé e percebe
que ela tinha uma enorme fé. Temos que pedir como os apóstolos: “Senhor! Aumenta a nossa fé!
15, 30 Multidão de: Mudos, Cegos,
Coxos, Aleijados e outros enfermos.
Com seu amor e misericórdia Jesus curou a todos. Deu-lhes o pão para o
espírito e o pão para o corpo, quando da multiplicação dos pães.
“Jesus saiu daquela região e voltou
para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali. Então
numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos,
aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou, de sorte que o povo
estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados
curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de
Israel.
Mudos – sou mudo quando me
calo diante das injustiças e quando não prego o evangelho
Cegos – sou cego quando não
enxergo Jesus no outro que sofre.
Coxos – sou coxo quando levo
uma vida sedentária e tantos passam fome, como nos diz padre Zezinho, “o mundo
está passando fome de Deus”, a decisão é tua.
Aleijados e outros enfermos – muitas
são as enfermidades físicas, maiores ainda são as espirituais.
Perdoai-nos Senhor quando minhas
enfermidades espirituais não constroem para o teu reino, cura-me da minha
cegueira espiritual, da minha lepra de não querer tocar no irmão de rua,
marginalizado
16, 1 Fariseus e saduceus (Cf
anteriormente). Neste trecho Jesus os chama de raça perversa, adultera, hipócritas.
Perdoa-me Senhor, pois tantas vezes
fui um fariseu, saduceu, julgando e condenando os irmãos. Com minha arrogância
e prepotência coloquei-me no lugar de Deus.
16, 16 Pedro. Esta é uma das
passagens sobre São Pedro que mais me cativa, porque neste momento Jesus faz a
promessa da sucessão apostólica e de lá para cá sempre existiu e sempre
existirá alguém como sucessor de Pedro e de Jesus na cátedra em Roma.
“Simão Pedro respondeu: Tu és o
Cristo, o Filho de Deus vivo!
Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho
de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai
que está nos céus.
E eu te declaro: tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que
desligares na terra será desligado nos céus”.
16, 23 Satanás. Durante muito
tempo achei que Jesus chamara a Pedro de satanás, mas com o aprofundamento
percebi a astúcia de Satanás quando ao ver que Pedro tinha sido escolhido por
Jesus para ser o chefe de sua igreja e que havia recebido poderes para
conduzi-la, tentou derruba-lo; ao perceber que o diabo estava tentando Pedro
Jesus percebe a presença de Satanás e o manda afastar-se de Pedro. Em sua
oração pelos discípulos Jesus fala a Pedro que orou por ele para que o diabo
não o derrubasse.
Quantas vezes fomos tentados pelo inimigo de Deus. Quando um homem e
uma mulher junta as mãos em oração e dobra os joelhos o diabo foge, porque sabe
que Deus vai agir.
Amados
irmãos na sequência Jesus fala aos seus discípulos a frase que norteia a nossa
vida:
“ Em seguida, Jesus
disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo,
tome sua cruz e siga-me.
Porque aquele que quiser salvar a sua vida,
perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa,
recobrá-la-á.”
Caríssimo
irmão e irmã, não é possível seguir Jesus sem a cruz, o convite do Mestre é
para que todos nós peguemos as nossas cruzes e o sigamos, não é possível seguir
Jesus sem uma cruz. O sofrimento nos aproxima de Deus, aqueles que mais sofrem
são os que estão mais próximos de Deus, quando aprendem a juntar as suas dores
com as do Cristo. O mundo nos ensina que não devemos sofrer que temos o direito
de ser felizes, ainda que para isso uma mulher tenha que abortar, ou que um
parente tenha que autorizar a eutanásia, tirando muitas vezes o tempo de
conversão e a garantia de salvação. Nos esquecemos que só Deus é o dono da vida
e só Ele pode tirar.
17, 1 Pedro, Tiago e João. (Cf anteriormente) Jesus os leva a um lugar a
parte e se transfigura. Ele escolhe estes três em um rico significado. Pedro o
chefe de sua igreja recém criada, João o discípulo amado que não abandonou o
mestre e ainda acolheu sua mãe (Nossa Senhora) durante o restante da vida dela
e nessa fraternidade Tiago irmão de João.
Pedro fala a Jesus “é bom
estarmos aqui” e propõe fazer as tendas para os três (Jesus, Moisés e Elias),
mas em seguida eles descem o monte.
As vezes somos assim não queremos ir ao mundo levar a palavra, queremos
ficar no conforto de nossas vidas, dentro da igreja, rezando, mas Jesus nos
mostra que devemos ir ao encontro da moeda e da ovelha perdida.
17,
3 Moisés e Elias. Estes dois
personagens bíblicos são figuras muito importantes no antigo testamento. Jesus
é o novo Moisés, pois ao passo que Moisés liberta os hebreus da escravidão do
Egito, Jesus liberta para sempre o seu povo da escravidão do pecado. Elias e
Eliseu são os únicos profetas que fazem milagres, Jesus abre o tempo da graça
com diversas curas e milagres.
Devemos tomar posse dessa graça e termos autoridade para profetizar em
nome do Senhor este tempo da graça que requer de nós a conversão total, o
arrependimento verdadeiro e a perfeita contrição, para que a graça nos atinja
com veemência.
17,
5 A voz do Pai. Ninguém viu a Deus,
mas assim como Moisés clamou para que o povo visse a YAWHÉ, Pedro, Tiago e João ouviram a voz de
Deus e aos moldes do povo hebreu no deserto também se prostraram por terra com
medo.
“E daquela nuvem
fez-se ouvir uma voz que dizia: Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda
minha afeição; ouvi-o.
Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a
face por terra e tiveram medo”.
17,
14 Um homem. Este homem pede a Jesus
que cure o seu filho possesso, pois os discípulos não conseguiram expulsa-lo.
Jesus o repreende, primeiro por ter falado mal dos seus discípulos e segundo
pela sua pouca fé. Uma das atitudes que mais irritava Jesus era a falta de fé.
Devemos tomar cuidado quando a nossa fé é abalada por algum percalço.
Senhor! Como os apóstolos te pediram mais fé, dá-nos também ter mais
fé, concede-nos esta graça tão necessária para nossa salvação. Aumentai em nós,
Senhor, a fé.
17,
24 Aqueles que cobravam o imposto. Jesus
não era obrigado a pagar este imposto (Didrácma), mas para não escandalizar e
para não dar motivos de contra testemunho, ele prova que é superior ao imposto
e faz o milagre ao mandar Pedro pescar o peixe e tirar a moeda da boca do
peixe, não misturando o que é de Deus e o que é dos homens. Quantas vezes tenho
visto homens e mulheres de Deus, dar um contra-testemunho ao fazerem suas
declarações do imposto de renda, alegando que se os políticos roubam eles farão
o mesmo. Também não gosto de pagar o imposto, mas não devemos nos preocupar com
esta questão já decidida por Jesus, pague o seu imposto e deixe Jesus julgar a
cada um segundo os seus atos “daí a César o que é de César e a Deus o que é de
Deus”.
18, 2 Uma criancinha (um menino). Aqueles que servem ao Senhor devem ter
a pureza de coração das crianças, a sua capacidade de perdão. Não significa que
devemos ser tolos, mas humildes como foi o Senhor. Este é um dos passos para
entrar no reino dos céus.
PARTE V: MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDÉIA
Jesus sai da Galiléia e vai
para a Judéia onde cura muitos doentes.
19, 3 Fariseus. (Cf anteriormente)
19, 10 seus discípulos. Era freqüente as conversas de Jesus com seus
discípulos, Ele os orientava constantemente a respeito dos temas mais diversos,
lhes dava orientações em como proceder e ensinar. Hoje Ele está vivo através da
Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério da Igreja, embora muitos não
escutem a sua voz.
19, 13 algumas criancinhas. “deixai vir a mim
as criancinhas... porque delas é o reino dos céus”. O barulho das crianças
incomoda muitas pessoas, e até incomodou aos discípulos. Elas são o que há
melhor na humanidade e tenho aprendido muito com elas, elas tem a coragem e a
capacidade de romper até mesmo as barreiras da língua. Quando vou com meu filho
ao exterior, eles não se incomodam como nós, não falam e brincam normalmente
com todas as crianças de todas as línguas, foi baseado nesta experiência bela
das crianças que proclamei o evangelho em uma cidade do interior do Chile e fiz
um discurso com o pouco ou quase nada do meu espanhol, confiei em Deus e fui
compreendido.
19, 16 o jovem rico. Todos nós temos que deixar algo para seguir Jesus. O
nosso egoísmo, as nossas vaidades, e as vezes aquilo que mais amamos. Vejamos o
caso de Abraão que Deus lhe pediu seu filho Isaac. Ele quer de nós
desprendimento total para segui-lo.
Jesus sobe para Jerusalém
20, 17
Jesus chama os doze a parte e fala da sua paixão, do quanto deverá sofrer.
“Sabemos ver no outro o
Jesus sofredor, nos solidarizamos com o sofrimento alheio”.
20, 20 A mãe dos filhos de Zebedeu. Ela queria
que quando Jesus fosse rei seus filhos ocupassem um lugar de destaque no reino,
mas o reino de Jesus não era desse mundo.
Quantas
vezes queremos ser rei dentro da igreja de Jesus, quantas pessoas não se sentem
donas da igreja, vi muito isto acontecer na minha vida, pois sou tripulante de
vôo da Força Aérea, e sempre que chego em uma cidade procuro uma igreja
católica para servir e ajudar e já me deparei com diversas situações de
constrangimento, não faço e nunca fiz confusão, procuro outra igreja e sempre
sou acolhido. Cada mês do ano estou em um estado diferente do Brasil e as vezes
em um outro país, por isso já acostumei com o que fazer. Uma vez cheguei em uma
cidade e a cordenadora da catequese me pediu uma carta de autorização de meu
pároco, eu não tinha e logo que saí, uma jovem me convidou para dar catequese
em sua comunidade, passei a ir constantemente naquela cidade, e já são sete
anos que dou catequese naquela comunidade sempre que passo lá, lá fiz até
casamento de membros da comunidade, e ai me pergunto quem perdeu?
Senhor, que nós tenhamos a compreensão que
não é minha, nem nossa a igreja, mas ela é de Cristo “a minha igreja” MT 16,
18.
Jesus em Jericó
20, 29 Os
dois cegos de Jericó. Quantas vezes em nossas vidas não fomos cegos e por
vezes querendo guiar outros cegos. Cegos para ver o irmão que sofre, passa
fome, marginalizado. Que o Senhor abra os nossos olhos para vê-lo no irmão.
“Dois cegos,
sentados à beira do caminho, ouvindo dizer que Jesus passava, começaram a
gritar: Senhor, filho de Davi, tem piedade de nós!
A multidão, porém, os
repreendia para que se calassem. Mas eles gritavam ainda mais forte: Senhor,
filho de Davi, tem piedade de nós!”
Jesus em Jerusalém
21, 1 Dois discípulos de Jesus. São responsáveis para desamarrar um
jumentinho para Jesus montar e entrar em Jerusalém. Novamente vemos que a opção
de Jesus é pelos pobres. Num tempo em que os reis entravam nas cidades montados
em belos cavalos Ele entra montado em um jumentinho fazendo assim cumprir a
professia de Zacarias (Zc 9,9).
“Jesus enviou dois
de seus discípulos, dizendo-lhes: Ide à
aldeia que está defronte. Encontrareis logo uma jumenta amarrada e com ela seu
jumentinho. Desamarrai-os e trazei-mos.
Se alguém vos disser qualquer coisa, respondei-lhe que o Senhor
necessita deles e que ele sem demora os devolverá.”
21, 8 A multidão. Devemos seguir Jesus e não
a multidão, pois a mesma multidão que aclama Jesus rei, também grita Barrabás,
logo concluímos que a multidão é vulnerável.
“E toda aquela
multidão, que o precedia e que o seguia, clamava: Hosana ao filho de Davi!
Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!
Quando ele entrou em
Jerusalém, alvoroçou-se toda a cidade, perguntando: Quem é este?
A multidão respondia: É
Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.”
21, 10 Toda a cidade. Ele estava famoso por suas curas, mas o povo ainda
não compreendera que Ele era o filho de Deus. Eles se perguntavam quem estava
chegando, pois era aclamado...
21, 12 Os vendilhões. Este é um momento
marcante na vida pública de Jesus. Fico a imaginar o que Jesus faria hoje em
muitas igrejas que pouco falam de Deus, mas passam a maior parte do tempo
pregando a teologia da prosperidade, barganhando bens materiais em troca de
orações, o que não faria Jesus.
“Jesus entrou no templo e expulsou dali
todos aqueles que se entregavam ao comércio. Derrubou as mesas dos cambistas e
os bancos dos negociantes de pombas, e disse-lhes: Está escrito: Minha casa é
uma casa de oração (Is 56,7),
mas vós fizestes dela um covil de ladrões (Jr 7,11)!”
21, 14 Os cegos e os coxos. Eles clamam a Jesus que os cura e é
escarnecido pelos escribas e príncipes dos sacerdotes, ficavam indignados com
os milagres de Jesus, pois eles não os podiam realizar, o nome de Jesus crescia
e
sua fama era grande.
Quantas vezes não fui cego e coxo na seara do Senhor, quando trabalhei
mal para Deus, conserta Senhor nas almas e na igreja todos os estragos que eu
fiz.
Jesus vai a Betânia
Jesus voltava para Jerusalém, pois dormira em Betânia provavelmente na
casa de Lázaro irmão de Marta e Maria.
21, 18 A figueira é amaldiçoada. Todo
aquele que não se põe a dar frutos para o reino de Deus de alguma forma está
fadado a atrapalhar a obra do Senhor.
Jesus em Jerusalém
21, 23 Os príncipes dos sacerdotes
e os anciãos do povo. Eles questionaram Jesus a respeito de sua autoridade
e Jesus também lhes propõe uma questão: o batismo de João e como ficam
encurralados não se atrevem a responder, de qualquer forma o ódio deles por
Jesus crescia.
Por mais que se mostre e se fale os
inimigos de Deus não se convencem de sua autoridade, são cegos que escolheram
não ver, não querem se comprometer com a causa do reino: os pobres.
Jesus conta três parábolas
21, 28 PRIMEIRA: parábola dos dois filhos (aquele
que faz a vontade do pai).
21, 33 SEGUNDA : parábola dos lavradores homicidas (impedem o reino
crescer).
22, 1-14 TERCEIRA: parábola da festa das bodas (o Senhor chama a todos,
mas é rejeitado).
22, 15 fariseus (Cf
anteriormente) e herodianos (pessoal administrativo de Herodes, simpatizantes do
império romano, inclusive na arrecadação dos impostos, abominado pelos judeus.
Eles se juntam para derrubar Jesus em uma armadilha envolvendo finanças e
impostos.
“15Reuniram-se
então os fariseus para deliberar
entre si sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras.
16 Enviaram
seus discípulos com os herodianos,
que lhe disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus
em toda a verdade, sem te preocupares com ninguém, porque não olhas para a
aparência dos homens.
17 Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido
ou não pagar o imposto a César?
Jesus, percebendo a
sua malícia, respondeu: Por que me tentais, hipócritas?
19 Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto!
Apresentaram-lhe um denário.
20 Perguntou
Jesus: De quem é esta imagem e esta inscrição?
21 De César, responderam-lhe. Disse-lhes então
Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
O mal é muito sutil, juntaram-se fariseus e herodianos para derrubar
Jesus, dependendo de sua resposta ele já sairia dali preso por crime contra o
império. Em sua infinita sabedoria Ele responde de forma a não deixar dúvida
sobre o que é de Deus e o que é do mundo.
Hoje vemos partidos políticos se juntando e maquinando contra a igreja,
contra Deus e seus mandamentos. Deus fala que criou o homem e a mulher e não
deu opção sexual para ninguém, ou se nasce homem ou se nasce mulher e o projeto
de Deus segundo a Bíblia e que cada um deve se aceitar como Ele fez, não querer
ser homem ou mulher é uma rebelião contra Deus e a criação. A verdade teológica
que Deus fez o homem e a mulher e os uniu para ser uma só carne é eterna, Deus
é imutável não muda seus conceitos, o mundo é que apresenta novas formas de
viver, você tem a opção (livre arbítrio) de fazer o que quiser, mas seja
responsável pela sua salvação ou perdição não culpe a Deus, pois o projeto de
Deus é claro. Quando Deus abençoa e diz crescei-vos e multiplicai isto só é possível
com homem e mulher, caso contrário, a humanidade seria extinta, não haveria
multiplicação.
22, 23 saduceus.
(Cf anteriormente). Jesus é questionado com respeito a ressurreição dos
mortos e lhes contam uma história de uma mulher que esteve casada com sete
irmãos e eles todo morreram. O interessante deste história abordada pelos
saduceus e Jesus é que ela está descrita no livro de Tobias que não foi aceito
por muitos dos nossos irmãos. Como não aceitar um livro Bíblico que o próprio
Jesus faz comentários sobre ele. Como alguém poderia afirmar que este livro é
apócrifo?
22, 34 fariseus/ doutor da Lei. (Cf anteriormente). Eles continuam
derrubar Jesus em algum mandamento da Lei, mas nunca conseguiram.
22,
41 fariseus. Desta vez é Jesus que
os põe a prova com um questionamento tão profundo que eles não mais
questionaram Jesus até o final de sua vida.
23, 1-39 Jesus ataca os fariseus e os escribas veementemente. Acusa-os de
oprimir o povo e de se apossar da cátedra de Moisés. Chama-os de hipócritas,
guias de cegos, cegos, insensatos, sepulcros caiados, assassinos de profetas,
serpentes, raça de víboras.
24, 1-51 Jesus fala dos sinais do
fim do mundo e de sua volta e nos alerta com os falsos profetas.
25 Jesus nos apresenta duas parábolas para exemplificar o fim dos tempos
e do discernimento que devemos ter. Devemos
estar sempre em estado de alerta “vigiar e orar”.
25, 31 Jesus fala do juízo final, e compara os filhos de Deus com :
Ovelhas- são mansas, dóceis,
escutam a voz dos seus pastores, são obedientes. Jesus chega a nos comparar com
ovelhas sendo Ele o Bom Pastor. As ovelhas serão colocadas a direita (o Céu).
Cabritos- são arrogantes,
correm para onde querem, vivem perigosamente escalando montanhas, penhascos,
não obedecem... Os cabritos serão colocadas a esquerda (o Inferno).
PARTE VI: PAIXÃO E RESSURREIÇÃO DE JESUS
26, 3 príncipes
dos sacerdotes, anciãos do povo e o sumo sacerdote (Caifás). Tramavam e
articulavam para prender e matar Jesus. O medo deles era perder as regalias
concedidas pelo império romano aos judeus que tinham poder (os sacerdotes, o
sumo sacerdote do templo...).
Quantas vezes Senhor também articulei contra
a vida de meu próximo, quando falei mal dele sem lhe dar a chance de defesa.
Quantas vezes não ajudei os teus pobres sabendo que eles são a tua imagem.
Perdoai-nos Senhor aos nossos pecados tão terríveis.
26, 6 jantar
em Betânia. Jesus está na casa de Simão o leproso (lázaro * Mt 12), quando
uma mulher (Maria * Mt 12) derrama óleo (perfume de nardo Mc 14,3) em sua
cabeça. Os apóstolos repreendem a mulher e Jesus chama a atenção deles. Segundo
afirma o Evangelho de Jo 12, é Judas Iscariotes que quentiona Jesus a repeito
do valor do perfume disperdiçado.
26, 14 Judas escariotes. Judas trai
Jesus por trinta moedas de prata. Nada pode ser pior que a traição de um amigo.
Jesus suou sangue no horto das Oliveiras. A traição é algo que fere
profundamente o coração humano, alguém em quem confiamos e nos decepcionamos.
Caminhou com Jesus, viu suas curas, seus milagres, teve a oportunidade de ser
um seguidor, mas não aderiu ao projeto de Deus.
Para o
traidor Jesus usa a frase mais dura da Bíblia “melhor seria para esse homem que
não houvesse nascido”
Quantas vezes nós te
decepcionamos Senhor, quantas vezes te traímos por não fazer a tua vontade.
Perdoai-nos Senhor.
26, 26 Os discípulos. Jesus na ceia abençoa o pão. Dá aos seus discípulos
e realiza o milagre da Eucaristia, permitindo-nos tocar em seu Corpo Santo. O
grande sacramente em que Deus se faz presente na terra em Corpo, Sangue, Alma e
Divindade.
Durante muitos anos pensei por que Deus
havia escolhido esses dois alimentos para O representar “o Pão e o Vinho”. A
melhor resposta que tive foi a do saudoso Padre Léo: “o pão e vinho são os
alimentos da humildade, pois o trigo e a uva são pisadas e amassadas com as
mãos antes de virarem pão e vinho”. Deus é simples e sempre faz sua opção pelos
pobres ao nascer na mangedoura, ao entrar em Jerusalém num jumentinho, ao não
ter uma casa para habitar e dormir de favor nas casas dos outros (em Betânia,
na casa de Marta e Maria) ou ao relento, ao não querer tocar no dinheiro
escolhendo Judas Escariotes como tesoureiro ou mesmo como diz o Salmo 83(84)
“prefiro estar no limiar de vossa casa, a hospedar-me na mansão dos pecadores”.
26, 33 Pedro. Pedro foi tão provado e tentado pelo demônio que Jesus chega
a relatar que rezou para que ele não caísse. Foi vencedor e por isso recebeu a
cátedra da igreja. Ele era firme e convicto de seguir Jesus. Falou que morreria
junto com Jesus.
“Disse-lhes então Jesus: Esta noite serei para todos vós uma
ocasião de queda; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do
rebanho serão dispersadas (Za 13,7).”
“Pedro interveio: Mesmo que sejas para todos uma ocasião de
queda, para mim jamais o serás.”
“Respondeu-lhe Pedro: Mesmo que seja necessário morrer
contigo, jamais te negarei!”
26, 37 Pedro e os dois filhos de Zebedeu (Tiago e João).
26,39 Jesus
orou pela primeira vez. E os apóstolos dormiram as três vezes, mesmo Jesus
tendo pedido para eles ficarem acordado.
26, 42 Jesus orou pela segunda vez.
26, 44 Jesus orou pela terceira vez.
26, 47 Judas (um dos doze) e uma multidão armada. É chegada a hora que
Jesus será preso e levado para a prisão, flagelo, crucificação e morte, as
quatro etapas do sofrimento.
“O traidor
combinara com eles este sinal: Aquele que eu beijar, é ele. Prendei-o!
49 Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse:
Salve, Mestre. E beijou-o.
50 Disse-lhe Jesus: É, então, para isso que vens
aqui? Em seguida, adiantaram-se eles e lançaram mão em Jesus para prendê-lo.
26, 51 Pedro decepa a orelha do soldado Malco.
“Jesus, no
entanto, lhe disse: Embainha tua espada, porque todos aqueles que usarem da
espada, pela espada morrerão.”
Vemos
com isso que Jesus não tolera vingança e ódio, o seguidor de Cristo é movido
pelo amor e sua arma é a oração. Depois disso os discípulos fugiram, certamente
por medo de serem presos.
26, 57 Caifás, escribas e anciãos do povo. Interrogaram Jesus e lhe
bateram, cuspiram...
26, 69- 75 Pedro nega Jesus por três vezes. Sai dali e “chora amargamente”.
27, 5 Judas
se enforca. A Bíblia nos mostra dois suicídios: o de Judas e de Aquitofel
(que servia ao rei Davi).
27, 11 Pilatos. Interroga Jesus, mas não vê nele motivo para condená-lo.
Resolve então oferecer Barrabás em troca de Jesus, mas a multidão prefere
Barrabás. Pilatos solta Barrabás, manda açoitar Jesus e o entrega para ser
crucificado.
27, 19 A mulher de Pilatos. Ela
intercede para que Pilatos não mate Jesus por causa de um sonho que ela tivera
e que a atormentara.
27, 27 os soldados do governador. Deixaram Jesus nu. Colocaram uma coroa
de espinhos em sua cabeça. Cuspiram o Nosso Senhor, deram golpes com uma vara
em sua cabeça.
27, 32 O Cirineu. Simão de Cirene foi obrigado pelos romanos a ajudar
Jesus a carregar a cruz. E isto muito tenho refletido em minha vida. Quantas
vezes passei por Jesus que sofre nas ruas, preso nas cadeias, nos lixões e não
fui um Cirineu, não ajudei ao meu irmão levar sua cruz e o pior será que não
fui um romano com meus empregados não sendo sensível ao desempregado e sua
família que sofre. “Kirie Eleison” perdão Senhor.
27, 38 Os dois ladrões. Mesmo no momento final de nossas vidas poderemos
ganhar a salvação como nos ensina são Dimas (o bom ladrão) “hoje mesmo estarás
comigo no paraíso”
27, 39 Os que passavam. Sem ter piedade as pessoas passavam e escarneciam,
zombavam de Nosso Senhor. Calado com frio, fome e sede, abandonado pelos seus
discípulos a exceção de Maria sua mãe, João o discípulo amado e poucas
mulheres, morria Jesus para nos salvar. “Oh sagrado madeiro de nossa salvação,
recebestes o nosso Deus, oh árvore da vida sangrastes e nos salvastes” vitória
tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás. “quer me seguir toma a tua cruz e
segue-me”.
27, 41 os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos do povo. Zombavam
de Jesus.
27, 51 Os corpos de muitos santos ressuscitaram. Muitos dos nossos irmãos
não gostam dos Santos, por não entenderem o que é idolatria, explicarei ao
final a verdadeira idolatria segundo o antigo e o novo Testamento, mas aqui já
podemos ver que Deus quer mostrar ao mundo aqueles que tiveram uma vida voltada
para Deus. Todos viram estes santos ressuscitarem dos túmulos, aqueles que Deus
apresenta ao mundo como santos servirão de modelo para nossas vidas, imagine se
eu conseguisse ser um homem piedoso como São Padre Pio, se eu vivesse para os
pobres como São Francisco e se os amasse como Madre Tereza de Calcutá, se as
mães fossem Maria e se os pais fossem José como tão belo canta Padre Zezinho em
suas canções. Existem não tenho dúvidas milhares de santos, mas Deus quis
apresentar aqueles que serão nossos modelos de vida.
27, 54 O Centurião romano e seus homens. Viu e acreditou que Jesus era o
Filho de Deus.
“O centurião e seus homens que montavam guarda a Jesus,
diante do estremecimento da terra e de tudo o que se passava, disseram entre
si, possuídos de grande temor: Verdadeiramente,
este homem era Filho de Deus!”
27, 56 algumas mulheres: Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a
mãe dos filhos de Zebedeu. Estas santas mulheres estavam aos pés da cruz,
acompanharam e sofreram junto com Jesus, não O abandonaram no sofrimento.
27, 57 José de Arimetéia. Homem rico e piedoso, não permitiu que o corpo
de Jesus fosse vilipendiado, tratou de seu corpo como ao de um filho, que tão
grande exemplo ele dá aos ricos que tudo tem e não são sensíveis nem quando o
outro morre, querem mais, não querem perder um centavo e acabam perdendo o
reino de Deus “que te adianta ganhar o mundo inteiro e perder a salvação.
27, 61 Maria Madalena e a outra Maria. Após ser colocado no túmulo ficaram
de plantão no túmulo, nos afirma o Evangelho de Mateus, que carinho com o corpo
de Nosso Senhor, que tamanha piedade com o amigo que também era Deus não
sucumbiram diante da morte.
28, 1 Maria
Madalena e a outra Maria. Voltaram para ver o túmulo e encontraram um anjo
do Senhor e o anjo disse uma frase que se repete na Bíblia 365 vezes “não
temais” uma frase para cada dia do ano, também foi usada pelo biato João Paulo
II ao assumir o papado, foram suas primeiras palavras em tempos tão difíceis.
“Mas o anjo disse às mulheres: Não temais! Sei que
procurais Jesus, que foi crucificado.
6 Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e
vede o lugar em que ele repousou.
7 Ide depressa e dizei aos discípulos que ele
ressuscitou dos mortos. Ele vos precede na Galiléia. Lá o haveis de rever”.
O MAIOR MILAGRE DA HUMANIDADE É A
RESSURREIÇÃO
Quero que você, meu irmão e irmã, leia
atentamente o final de Mateus com Jesus ressuscitado, pois essa é a nossa
esperança, de ressuscitarmos com ele no último dia. Leiamos MT 28, 8- 20:
O SENHOR ESTEJA CONVOSCO
- ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS
† PROCLAMAÇÃO
DO EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
SEGUNDO SÃO MATEUS.
- GLÓRIA A VOZ SENHOR.
“Elas se afastaram prontamente do túmulo com
certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos
discípulos.
9 Nesse
momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: Salve! Aproximaram-se
elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés.
10 Disse-lhes Jesus: Não temais! Ide dizer aos
meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão.
11 Enquanto elas voltavam, alguns homens da
guarda já estavam na cidade para anunciar o acontecimento aos príncipes dos
sacerdotes.
Reuniram-se estes em
conselho com os anciãos. Deram aos soldados uma importante soma de dinheiro,
ordenando-lhes:
13 Vós
direis que seus discípulos vieram retirá-lo à noite, enquanto dormíeis.
14 Se o
governador vier a sabê-lo, nós o acalmaremos e vos tiraremos de dificuldades.
15 Os soldados receberam o dinheiro e seguiram
suas instruções. E esta versão é ainda hoje espalhada entre os judeus.
16 Os onze
discípulos foram para a Galiléia, para a montanha que Jesus lhes tinha
designado.
17 Quando o
viram, adoraram-no; entretanto, alguns hesitavam ainda.
18 Mas
Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na
terra.
19 Ide,
pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo.
20 Ensinai-as a observar tudo o que vos
prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.
PALAVRA DA SALVAÇÃO.
AS SANTAS PARTES DO CORPO DE JESUS – UMA
REFLEXÃO
27, 27 CABEÇA – Sua
cabeça que nos sintonizou com o Pai, seu olhos que viu nossas misérias...
recebeu uma coroa de cardos dolorosos (espinhos comuns em Israel com 3 a 4 cm
de tamanho), somos assim, Deus tudo nos dá e nós retribuímos com ingratidão e
dores, ofensas ao seu Sagrado Coração, por tudo isso só nos resta dizer “Kyrie
Eleison” perdão Senhor.
27, 34 BOCA - Sua
boca que proferiu palavras santas e nos mostrou como chegar ao céu, recebeu
vinagre com fel para beber, porém Ele recusou. “Kyrie Eleison” perdão Senhor.
JOELHO – Em suas
três quedas com a cruz, fez chagas nos joelhos. Joelhos santos que oraram por
todos nós tantas vezes, que rogou ao Pai por nós. “Kyrie Eleison” perdão
Senhor.
PÉS – “como são belos os pés do mensageiro que
anunciam a Palavra de Deus”. Que andou por toda Galiléia, Judéia e Samaria.
Receberam cravos que os transpassaram vivo. Refletindo não sei quem sofreu mais,
se foi Jesus ou se Maria ao ver o filho desfigurado “um farrapo humano” como
diz o profeta.
MÃOS – santas mãos
que abençoaram, curaram, ressuscitaram, aliviaram a dor de tantos, tocaram o
impuro (leproso, doente, excluído, marginalizado) receberam cravos que as
transpassaram. “Kyrie Eleison” perdão Senhor.
CORAÇÃO – que
tanto amou a humanidade. Perfuraram-lhe com uma lança.
SANTAS CHAGAS DE NOSSO SENHOR, QUE COM TUA DOR
SALVASTES A HUMANIDADE, ENSINAI-NOS A SOFRER COM PIEDADE, A VER A DOR DO IRMÃO
QUE SOFRE.
“por
suas chagas fomos curados” 1Pd 2, 24 (Is 53, 5)
OS
MILAGRES DE JESUS
Nos evangelhos, segundo Armand Puig, doutor
em ciências bíblicas, (Jesus uma biografia, Paulus), são contabilizados vinte e
sete relatos de milagres que podem ser classificados em:
•
Curas
•
Exorcismos e expulsões demoníacas
•
Ressurreição
•
Prodígios do tipo cósmico (tranfiguração)
•
Sinais extraordinários
MILAGRE
|
LOCAL NA BÍBLIA
|
1.
O
homem possuído de Cafarnaum
|
Mc 1, 21-28/ Lc 4, 31-37
|
2.
A
sogra de Simão Pedro
|
Mc 1, 29-31/ MT 8, 14s
|
3.
O
leproso Galileu
|
Mc 1, 40-45 / MT 8, 1-4
|
4.
O
paralítico de Cafarnaum
|
Mc 2, 1-12 /MT 9, 1-8
|
5.
O
homem da mão paralisada
|
Mc 3, 1-6 / Mt 12, 9-14
|
6.
A
tempestade acalmada
|
Mc 4, 35-41 / Mt 8, 23-27
|
7.
O
homem possuído da Decápole
|
Mc 5, 1-20 / Mt 8, 28-34
|
8.
A
filha de Jairo
|
Mt 9, 18-19 / Lc 8, 40-42
|
9.
A
mulher com hemorragia
|
Mc 5, 25-34 / Mt 9, 20-22
|
10.
A
multiplicação dos pães (1º relato)
A
multiplicação dos pães (2º relato)
|
Mc 6, 32-44 / Mt 14, 13-21
Mc 8, 1-10 /Mt 15, 32-39
|
11.
Jesus
caminha sobre as águas
|
Mc 6, 45-52 / Mt 14, 22-33
|
12.
A
filha da Sírio-fenícia
|
Mc 7, 24-30/Mt 15, 21-28
|
13.
O
surdo-mudo da Decápole
|
Mc 7, 31-37
|
14.
O
cego de Betsaida
|
Mc 8, 22-26
|
15.
O
rapaz epilético possesso
|
Mc 9, 14-29 / Mt 17, 14-20
|
16.
Bartimeu, o cego de Jericó
|
Mc 10, 46 / Mt 20, 29-34
|
17.
O
empregado do centurião de Cafarnaum
|
MT 8, 5-13 / Lc 7, 1-10
|
18.
O
mudo possesso
|
Mt 9, 32-34/ Lc 11, 14-15
|
19.
A
pesca milagrosa
|
Lc 4, 1-11 / Jo 21, 1-19
|
20.
O
filho da viúva de Naim
|
Lc 7, 11-17
|
21.
A
mulher encurvada
|
Lc 13, 10-17
|
22.
O
hidrópico
|
Lc 14, 1-6
|
23.
Os
dez leprosos
|
Lc 17, 11-19
|
24.
As
bodas de cana
|
Jo 2, 1-11
|
25.
O
paralítico de Betesda
|
Jo 5, 1-9
|
26.
O
cego de nascença
|
Jo 9, 1-41
|
27.
A
ressurreição de lázaro
|
Jo 11, 1-44
|
Desconsiderados
foram alguns feitos prodigiosos por não se apresentarem relatos a respeito da
saúde de pessoas e nem de sua cura: a figueira maldita que seca, a moeda tirada
da boca do peixe para pagar o imposto e nem a orelha do empregado do
sumo-sacerdote que Jesus colou. Entendendo ainda que São João nos relata que
muitos feitos não foram escritos pois não caberiam em livros.
UM ENTENDIMENTO DO QUE É A IDOLATRIA
Como
vimos no Evangelho de Mateus 27, 51 os primeiros santos ressuscitaram
inaugurando um novo tempo onde o próprio Deus nos apresenta aqueles que ele
separou para ser o nosso modelo nessa caminhada tão difícil que é a vida. Dou
aqui o conselho que recebi de meu orientador espiritual e confessor, um amado
irmão no clero e padre, escolha para você um santo como modelo, estude toda sua
vida e por toda sua vida seja ele ou ela o seu modelo. Depois que adotei esta
prática minha vida espiritual deu um salto gigantesco, venci muitos “pecadinhos
de estimação”. Sugiro-lhes fazer o mesmo.
Na carta de S. Pedro (o
nosso primeiro papa) 1 pd 1, 15- 16 vê-se que é da vontade de Deus que sejamos
santos, fomos criados para tal.
“mas, como é santo aquele que vos chamou,
sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está
escrito: sede santos, porque eu sou santo.”
Os
nossos irmãos evangélicos nos acusam de idolatria porque o antigo testamento
chama a adoração aos deuses de idolatria:
“os que adoram as estátuas se envergonhem e os que põem a sua glória
nos seus ídolos, aos pés de Deus vem se prostar todos os deuses” Sl 96
(97).
Vemos
claramente que Deus se refere a deuses e não a santos, pois no antigo
testamento toda vez que se fala em santos eles se referem a pessoas: Noé o
justo, o servo fiel e justo Ló, Henoc que foi arrebatado. Isto é bem diferente
dos mais de cem ídolos que Deus apresenta no antigo testamento e lhes dá o nome,
faz questão de nominá-los: leviatã, moloc, baal, aserá, astarte... são a esses
deuses que Deus proíbe o culto até pela sua perversidade, como por exemplo eram
feitos sacrifícios humanos de crianças queimadas vivas para esses deuses e essa
prática abominava o coração de Deus.
São Paulo, porém
acrescenta a idolatria um novo conceito estendendo-a a algo mais. Vejamos o que diz S. Paulo em Col
3, 1-5:
“Mortificai, pois, os vossos membros no que
têm de terreno:
a
devassidão,
a
impureza,
as
paixões,
os
maus desejos,
a cobiça,
que é uma idolatria”.
“você odeia os ídolos, mas rouba os objetos
dos templos”
Rm 2,22
‘criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à
imagem de deus o criou; homem e mulher os criou’.
Gn 1,27
“és
tu o meu senhor, fora de ti não tenho bem algum”. Para os santos que estão
sobre a terra, homens nobres é todo meu amor. Multiplicam-se as dores dos que
correm atrás de outros deuses.
Sl 16, 2-4
“Não terás outros
deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do
que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”;
Dt 5,7
Dt 5,7
O
documento de aparecida, conforme nos mostra S. Paulo em suas cartas, nos trás as
modalidades de idolatria:
DA 108 “a do amor ao dinheiro: “a idolatria elo dinheiro, o
avanço de uma ideologia individualista e utilitarista, a falta de respeito pela
dignidade de cada pessoa, a deterioração do tecido social, a corrupção
inclusive nas forças de ordem e a falta de políticas públicas de equidade
social.”
DA 109 “Diante da idolatria dos bens terrenos, Jesus
apresenta a vida em Deus como valor supremo: “de que vale alguém ganhar o mundo
e perder a sua vida?” (Mc 8,36)47.
O CATECISMO DA IGREJA
Para que ninguém tenha dúvida que foi Deus quem criou imagem, no primeiro
livro da Bíblia Deus cria o homem “a sua
imagem e semelhança”, quando o verbo se encarnou e todos puderam ver Jesus,
Ele é a imagem de Deus vivo e quis deixar seu rosto impresso na toalha de
verônica e no santo sudário (atualmente em Roma), alguém ainda tem dúvida que
sermos santos é a vontade de Deus e foi Ele que criou e administra as imagens
dos santos que ele quer apresentar.
Agora que já vimos na Bíblia vejamos no CIC (Catecismo da Igreja
Católica), este documento criado pelo Magistério da Igreja com a unção do
Espírito Santo que é doutrina da nossa igreja:
CIC 31 Criado à imagem de Deus, chamado a
conhecer e a amar a Deus, o homem que procura a Deus descobre certas
"vias" para aceder ao conhecimento de Deus.
CIC 2130 a 2132 ‘Jesus pela vontade do pai se encarnou e
inaugurou uma nova “economia” de imagens’.
CIC 299 Já que Deus cria com sabedoria, a criação é ordenada:
"Tu dispuseste tudo com medida número e peso" (Sb 11,20). Feita no e
por meio do Verbo eterno, "imagem
do Deus invisível". (Cl 1,15)
CIC 355 “Deus criou o
homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou"
(Gn 1,27). O homem ocupa um lugar único na criação: ele é "a imagem de
Deus" (I); em sua própria natureza une o mundo espiritual e o mundo
material.
CIC 357 Por ser à imagem
de Deus, o indivíduo humano tem a dignidade de pessoa: ele não é apenas
alguma coisa, mas alguém. É capaz de conhecer-se, de possuir-se e de doar-se
livremente e entrar em comunhão com outras pessoas, e é chamado, por graça, a
uma aliança com seu Criador, a oferecer-lhe uma resposta de é e de amor que
ninguém mais pode dar em seu lugar.
CIC 362 A pessoa humana, criada
à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. O relato
bíblico exprime esta realidade com uma linguagem simbólica, ao afirmar que
"O Senhor Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas
narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gn 2,7).
Portanto, o homem em sua totalidade é
querido por Deus.
CIC 477 Ao mesmo tempo, a Igreja sempre reconheceu que, no
corpo de Jesus, "Deus, que por natureza é invisível se tornou visível aos
nossos olhos". Com efeito as particularidades individuais do corpo de
Cristo exprimem a pessoa divina do Filho de Deus. Este fez seus os traços de
seu corpo humano a ponto de, pintados em uma imagem sagrada, poderem ser
venerados, pois o crente que venera sua
imagem "venera nela a pessoa que está pintada".
Aqui
está a chave da questão, pois só nós católicos entendemos o que é e o que
significa a veneração de imagens que os nossos irmãos tem tanta dificuldade.
Quando ele se encarnou e se fez homem, recapitulou em si mesmo a longa história
dos homens e, em resumo, nos proporcionou a salvação, de sorte que aquilo que
havíamos perdido em Adão, isto é, sermos à imagem e à semelhança de Deus, o recuperamos
em Cristo Jesus. É, aliás, por isso que Cristo passou por todas as idades da
vida, restituindo com isto a os homens a comunhão com Deus. E, para finalizar
dos inúmeros parágrafos dos documentos sobre a veneração de imagens deixo este
do catecismo.
CIC 1159 Quando ele se encarnou e se fez homem, recapitulou
em si mesmo a longa história dos homens e, em resumo, nos proporcionou a
salvação, de sorte que aquilo que havíamos perdido em Adão, isto é, sermos à
imagem e à semelhança de Deus, o recuperamos em Cristo Jesus. É, aliás, por
isso que Cristo passou por todas as idades da vida, restituindo com isto a os
homens a comunhão com Deus.
São
Paulo nos apresenta várias relações de pecados e as modalidades da nova
idolatria:
“CIC 1852 A variedade dos pecados é grande. As Escrituras nos
fornecem várias listas. A Carta aos gálatas opõe as obras da carne ao fruto do
Espírito: "As obras da carne são manifestas: fornicação, impureza,
libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia,
divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas, a respeito
das quais eu vos previno, como já vos preveni: os que tais coisas praticam não
herdarão o Reino de Deus" (Gl 5,19-21)".
Depois
de dois mil anos de estudos, a igreja católica é a única que trouxe a Palavra e
a tradução Bíblica em sua compreensão a luz do Espírito Santo. Logo, todas as
denominações que usam a Bíblia a devem a Santa Mãe igreja que em sua bondade e
no trabalho de S. Gerônimo, que passou trinta anos em uma caverna traduzindo a
Bíblia de quatro línguas para o latim, é que puderam usufruir deste Livro
sagrado.
CIC 2113 A idolatria não diz respeito somente aos falsos
cultos do paganismo. Ela é uma tentação constante da fé. Consiste em divinizar
o que não é Deus. Existe idolatria quando o homem presta honra e veneração a
uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demônios (por
exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do
Estado, do dinheiro etc. "Não podeis servir a Deus e ao dinheiro",
diz Jesus (Mt 6,24). Numerosos mártires morreram por não adorar "a
Besta", recusando-se até a simular seu culto. A idolatria nega o senhorio
exclusivo de Deus; é, portanto, incompatível com a comunhão divina.
"CORPORE
ET ANIMA UNUS" (UNO DE ALMA E CORPO)
REFLEXÃO
DO LIVRO DO PROFETA EZEQUIEL FOCANDO IDOLATRIA
O Livro do profeta Ezequiel relata a
atividade de um profeta durante o exílio na Babilônia e é um dos melhores
livros Bíblicas para estudar a questão dos deuses e da idolatria. O profeta
dirige suas mensagens a seus compatriotas cativos e também ao povo hebreu que
ainda reside na Palestina. Ambos os grupos permaneceram obstinados e
impenitentes, mesmo depois da captura de Jerusalém levada a cabo pelo rei
babilônio Nabucodonosor, e do exílio de Joaquim, rei de Judá, juntamente com
uma considerável parte da população no ano de 597 a.C. Portanto, Deus atribuiu
a Ezequiel a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e predizer a
destruição de Jerusalém e a deportação de um número ainda maior. Seis anos
depois de Ezequiel haver começado a pregar, suas palavras se cumpriram. No ano
de 586 a.C., Nabucodonosor destruiu Jerusalém e levou cativos para a Babilônia
quase todos os sobreviventes. Mas, a despeito da infidelidade de Israel, Deus mostrou-se
misericordioso.
Ezequiel recebeu instruções no sentido de
proclamar as boas-novas de que o exílio terminaria e Israel recuperaria sua
posição de instrumento da salvação de Deus para todos os homens. A forma pela
qual o livro de Ezequiel apresenta esta mensagem de juízo e de promessa
distingue-o dos outros livros proféticos do Antigo Testamento. A organização
sistemática do conteúdo constitui seu primeiro traço característico. Os
primeiros vinte e quatro capítulos representam a acusação e condenação de
Israel, com aterradora conseqüência. Esta perspectiva de juízo, minorada
somente por lampejos incidentais de luz, fica compensada na última parte
(capítulos 33 a 48) com uma apresentação também conseqüente com o brilhante
futuro que Deus tem reservado para seu povo.
Estas seções compactas de ameaças e
promessas a Israel são separadas por uma série de discursos endereçados às
nações estrangeiras, discursos que têm duplo aspecto: pronunciam juízo e
castigo sobre os perversos vizinhos de Israel, mas a destruição dos inimigos de
Israel constitui também segurança de que não poderão criar obstáculos no
cumprimento da promessa de Deus de redimir e restaurar seu povo escolhido. -
Outro traço característico do livro de Ezequiel é a forma pela qual expressa não
somente a ameaça mas também a promessa.
O livro é abundante em visões misteriosas,
alegorias ousadas e estranhos atos simbólicos. Estas formas de revelação divina
ocorrem aqui com maior freqüencia do que em qualquer outro livro profético, e
se acham representadas por uma riqueza de pormenores descritivos. As visões em
particular são bizarras, de forma quase grotesca, e portanto de interpretação
dificil. - Todavia, o significado fundamental do livro de Ezequiel não escapará
ao leitor se levar em conta que a glória de Deus e suas ações de juízo e
salvação se acham apresentadas em linguagem e forma simbólicas. Aquilo que
Ezequiel vê em visões, que descreve em alegorias e põe em prática numa forma
que se assemelha a charadas, tem por objetivo contribuir para a certeza de que
Deus leva avante seu plano de salvação para todos os homens aos quais ele havia
iniciado neste pacto com Israel séculos antes. Purificado pelos juízos de Deus
no exílio babilônio, o povo de Israel se tornaria de novo o veículo das promessas
que se cumprirão no novo pacto e no final dos tempos. Tudo isto Ezequiel vê em
perspectiva profética, na qual se sobrepõem no mesmo quadro relativo ao reino
de Deus futuro e permanente algumas cenas de um futuro imediato e de um futuro
distante. - A pessoa de Ezequiel se acha tão imersa na mensagem, que além de
seu nome, pouco sabemos com referência a ele. Somente dois fatos de caráter
biográfico podem deduzir-se do livro: que era filho de Buzi, o sacerdote, e,
diferentemente de seu contemporâneo Jeremias. Ezequiel era casado, mas "o
desejo dos teus olhos" lhe foi tirado de um golpe, enquanto realizava sua
missão por ordem de Deus. Ezequiel tem sido considerado, com freqüência, uma
pessoa severa, insensível. Tem-se dito que é impessoal, indiferente a seus ouvintes,
e só lhe preocupa a vindicação da glória de Deus, mesmo na proclamação da
misericórdia. Conquanto seus sentimentos não aflorem à superfície, como no caso
de Jeremias, a afirmativa de que ele não é compassivo equivaleria a ir além das
evidências. Nem tampouco podem os críticos radicais justificar suas teorias que
afirmam que o profeta sofria de ataques catalépticos e de paranóia
esquizofrênica. Os atos simbólicos que ele executa e as visões que recebe não
são, em essência, diferentes dos que os outros profetas registram. - Ezequiel
foi levado para a Babilônia no ano de 597 a.C., e foi chamado para o ministério
profético cinco anos mais tarde. Exerceu tal ministério ativamente durante um
período de vinte e dois anos, pelo menos (29:17).
1, 9-11 Quanto ao
aspecto de seus rostos tinham todos eles figura humana, todos os quatro uma
face de leão pela direita, todos os quatro uma face de touro pela esquerda, e
todos os quatro uma face de águia.
COMENTÁRIO: estes são os arautos dos Evangelhos.
figura humana Mateus,
face de leão Marcos
face de touro Lucas
face de águia João.
2, 7 Tu lhes transmitirás os meus oráculos, quer te dêem
ouvidos ou não; é uma raça pertinaz.
COMENTÁRIO: nem sempre o povo escuta a vos do Senhor pela
boca de seus pastores, mas mesmo assim o pastor deve falar.
3, 1 Filho do homem, falou-me, nutre o teu corpo, enche o teu
estômago com o rolo que te dou. Então o comi, e era doce na boca, como o mel.
COMENTÁRIO: existem dois tipos de alimento que o Senhor nos
deixou, o pão da Palavra e da Eucaristia.
3, 15 Cheguei a Tel Abib, junto dos deportados que se
haviam instalado às margens do Cobar, e ali fiquei sete dias no meio deles, em
sombria estupefação.
COMENTÁRIO: É a remoção forçada de povos vencidos, de seus
países para outros territórios, praticada pelos assírios e babilônios. A
finalidade prática era enfraquecer o inimigo e, eventualmente, colonizar
territórios próprios. As vítimas da deportação estão em desterro ou exílio.
Israel foi submetido várias vezes a deportações. Os assírios puseram fim ao
reino do Norte, deportando a população de Israel em 734 aC (2r 15,29 TB 1,2)
e depois da queda de Samaria, em 722 aC (2r 17,6 18,11). Em 597 e 587 aC
os babilônios desterraram os habitantes de Judá para a Babilônia (2r 24,8-17
25,7-12 Ez 3,15).
A deportação, embora não resultasse em prisão, causava grandes
sofrimentos. Os exilados eram arrancados de sua terra natal e de suas
propriedades e tinham dificuldade em praticar sua religião. A situação dos
exilados os colocava entre o escravo e o cidadão; podiam adquirir propriedades,
exercer profissões, mas sem gozar dos direitos de cidadãos livres.
Sob o ponto de vista religioso o exílio é
considerado como punição pela idolatria e infidelidade a Deus, um tempo de
purificação e expiação (Ez 11,14-21 EZ 20,32-44). Mas foi também um
tempo de renovação da esperança, tornando-se um símbolo da conversão, ou volta
a Deus (cf. Ez 33-48 IS 40-55). Ver "Cativeiro".
6, 4 4 Vossos altares serão demolidos, quebrados os
vossos obeliscos; farei cair os vossos homens, transpassados a golpes diante
dos vossos ídolos.
COMENTÁRIO: Só o Senhor Deus de Israel deve ser cultuado.
Todo outro culto é proibido e constitui idolatria (Ex 20,3-6 Dt 5,7-10).
Israel acreditou na existência de outros deuses e se deixou seduzir pelo culto
a deuses cananeus, assírios e babilônios. Os deuses e suas imagens (cf. Dt
4,15-24 e nota) são invenção dos homens (Ba 6 Rm 1,23) e um grave
pecado (Rm 1,23-25; 1Co 5,10s). Também a cobiça de riquezas é idolatria
(Col 3,5 ). Ver "Culto" e "Prostituição".
7, 20 fabricavam seus ídolos abomináveis; por isso farei
deles objetos de repugnância.
COMENTÁRIO: cf anterior
8, 5 vi ao norte da porta do altar, à entrada, o ídolo que
provoca o ciúme (do Senhor).
8, 10-17 Fui até ali para olhar: enxerguei aí toda espécie
de imagens de répteis e de animais imundos e, pintados em volta da parede,
todos os ídolos da casa de Israel.
11 Setenta anciãos da casa de Israel, entre os
quais Jazanias, filho de Safã, se achavam de pé diante deles, segurando cada
qual o seu turíbulo, do qual se elevava espessa nuvem de fumaça. Filho do
homem, disse-me ele, vês tu o que fazem os anciãos de Israel na obscuridade,
cada um deles em sua câmara, guarnecida de ídolos, pensando que o Senhor não os
vê, e que ele abandonou a terra?
13 E ajuntou: Verás ainda abominações mais graves
que eles estão cometendo.
14 Conduziu-me, então, para a entrada da porta
setentrional da casa do Senhor: mulheres estavam assentadas, chorando Tamuz.
15 Filho do homem, falou-me, tu viste? Verás
ainda abominações piores do que estas. Levou-me então ao interior do templo. À
entrada do santuário do Senhor, entre o vestíbulo e o altar, avistei cerca de
vinte e cinco homens, que, de costas para o santuário do Senhor, com a face
voltada para o oriente, se prosternavam diante do sol.
17 Filho do homem, disse-me ele, vês isto? Não
basta à casa de Judá entregar-se a esses ritos abomináveis que aqui se
praticam?
COMENTÁRIO: Aqui como em toda Bíblia Deus mostra quais são os
deuses que lhe causam ciúmes,ele nomina cada deus no Antigo Testamento. Os
egípcios adoravam grande quantidade de animais assim como todos os povos
daquela região. Tamuz era um deus semítico da vegetação primaveril, cujo culto
fundiu-se com o de Adônis.
Existem
dezenas de deuses que Deus nomina no a.T., vou citar apenas alguns deles:
- Baal e Astarte – Jz 2, 13
- Aserá – Jz 3, 7
- Leviatã- Is 27, 1
- Dagon – 1Sm 5, 2
- Camos 1RS 11, 7
- Nebo – Is 46, 1
- Hércules – 2Mc 4, 9
- Tartac – 2Rs 17, 30
- Resroc – 2Rs 19, 37
- Tofet – 2Rs 23, 10
- Refã – At 7, 43
- Remon – 2Rs 5, 18
- A Cobiça – Cl 3, 5. temos que entender porque São Paulo coloca a cobiça (adoração ao dinheiro em todas as suas formas), vemos que muitas igrejas pregam mais o dinheiro que a Jesus, falam mais do Diabo do que dos poderes de Deus como forma de propagar a Teologia do medo. A graça e a bênção de Deus em muitas igrejas só se enxerga através da teologia da prosperidade.
Contudo,
Deus é o todo poderoso, ele pode tudo, se ele mandasse venerasse uma serpente o
povo de Israel teria que obedecer, e isto aconteceu com Moisés no deserto, quem
olhasse com fé para a serpente ficaria curado. (Nm 21, 8)
Outra
passagem que Deus ordena que sejam feitas imagens é no momento da construção da
arca da aliança, ele manda que se coloquem dois anjos um de frente para o
outro. (Ex 37, 7)
Hoje da mesma forma, veneramos os santos
que o Senhor nos apresenta, santos que ressuscitaram, que fizeram animais
falar... e que os seus corpos não se corromperam como está escrito:
"nem permitirás
que o teu santo conheça a corrupção"
(at 2, 26-27; sl 16,
9-10)
Olhando o léxico das palavras vemos que a
definição do dicionário é a seguinte:
idolatrias. f.,
1. Adoração dos
ídolos.
2. Culto prestado ao
que não é Deus.
3. Fig. Amor
excessivo
Ídolo s. m. 1. Imagem de falsa divindade que é objeto de culto.
4. Fig. Objecto
de grande paixão.
Ez 9, 4-6 (SOMENTE SE
SALVARÁ OS QUE FAZEM E TEM NA CABEÇA O SINAL DA CRUZ, QUE SÓ OS CATÓLICOS FAZEM
NA TESTA DESDE O BATISMO).
“e lhe
disse: Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte
os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem.
Depois, dirigindo-se
aos outros em minha presença, disse-lhes: Percorrei a cidade, logo em seguida,
e feri! Não tenhais consideração, nem piedade. Velhos, jovens, moços, moças,
crianças e mulheres, matai todos até o total extermínio; precavei-vos, todavia,
de tocar em quem estiver assinalado por uma cruz.
COMENTÁRIO:
Nós
católicos em todas as celebrações começamos sempre pelo sinal da cruz as nossas
crianças recebem no batismo com o óleo do santo crisma, marcados com o sinal da
fé.
Ez 11, 12 “sou eu o Senhor, cujas leis não observais, nem
praticais as minhas ordens, pois imitais os costumes dos povos que vos cercam.”
COMENTÁRIO: O povo de Israel quando começava a conviver com
seus vizinhos adotavam as práticas religiosas dessas divindades o que
despertava grande ciúme e ira do Senhor. Havia um deus chamado por Moloc, que
era uma divindade Cananéia de metal, uma grande estátua de metal em forma de
forno, eram colocadas madeira para queimar até o metal ficar incandescente e lá
se jogavam as crianças em sacrifício. Esses e outros deuses eram comuns
sacrifícios humanos abomináveis a Javé.
Ez 11, 18.21 “Quando houverem reentrado e extirpado os ídolos
e objetos abomináveis... Quanto àqueles que têm o coração apegado aos ídolos e
às suas práticas abomináveis, farei pesar sobre suas cabeças o peso de seu
proceder”
COMENTÁRIO: Deus mostra ao seu povo quais são os deuses da
idolatria, é um bom exercício que durante muitos anos fiz, ler o antigo
Testamento enumerando e nomeando os deuses que causam ciúmes em javé, e no novo
Testamento principalmente nas cartas de S. Paulo qual é a nova idolatria (A
Cobiça – Cl 3, 5).
12, 13 “O príncipe, que está no meio deles, porá a bagagem
às costas e sairá ao anoitecer; fará um buraco no muro para poder sair dele:
cobrirá a face para não ver a pátria.
13 Mas eu
lançarei sobre ele o meu laço e ele será apanhado em minhas redes. Eu o conduzirei
à Babilônia, à terra dos caldeus; ele, porém, não a verá. É lá que terá de
morrer.
COMENTÁRIO: Deus vendo que o povo não muda castiga com a
deportação ao cativeiro da Babilônia, o príncipe é condenado a morrer por lá
não mais voltando a Israel.
14, 1-7. “filho
do homem, esses homens têm os ídolos instalados no coração... se acontecer a um
israelita, que tem ídolos instalados no coração e conserva diante dos olhos o
que o faz cair no pecado... Renunciai a vossos ídolos, deixai de vez todas as
vossas práticas abomináveis...
COMENTÁRIO: A palavra
ídolos aparece neste trecho seis vezes. Javé fala em ídolos de coração, pois
Deus penetra o coração do homem e mesmo que não se veja no exterior, é no
interior que se acalenta o pecado. O coração do homem pode ser idólatra e só
Deus saberá.
16, 17 imagens humanas com que te prostituíste.
16, 21 degolaste os
meus filhos e os fizeste passar pelo fogo em sua honra.
16, 22 depravações
humanas.
16, 23 colina e lugar
alto.
16, 26 tu te
prostituíste com os egípcios. (27) filisteus,
(28) assírios, (29) caldeus,
16, 36 ídolos
abomináveis.
COMENTÁRIO: todo o capítulo 16 nos mostra como Israel em seu
contato com os vizinhos de todos estes países (egípcios, filisteus, assírios,
caldeus,), adorava os deuses deles, faziam sacrifícios humanos de crianças
“degolaste os meus filhos e os fizeste passar pelo fogo em sua honra.” E quando
Deus fala que eles fizeram pior que os outros povos, eles se envolviam em
orgias comum aos deuses da fecundidade (faziam orgias e bacanais) e o castigo
era a escravidão e deportação até a cólera de Deus se acalmar.
18, 5 festins nas
montanhas. Eram as refeições idólatras dos lugares altos em homenagem aos
deuses.
COMENTÁRIO: Neste capítulo Deus aponta toda série de pecados
cometidos pelos israelitas, principalmente pelo convívio e contato com os povos
vizinhos, acabavam cometendo a idolatria de todas as suas formas. Tudo que
desagrada ao coração de Deus é idolatria, todo pecado é uma ofensa a Deus e é
idolatria.
“O homem justo - que
procede segundo o direito e a eqüidade,
6 que não participa
dos festins das montanhas, que não volve os olhos para os ídolos da
casa de Israel, que não desonra a mulher
do próximo, e não tem relação com
uma mulher durante o tempo de sua impureza, que não oprime ninguém, que restitui
o penhor ao seu devedor, que não exerce
a rapina, que dá seu pão aos
famintos, e cobre com vestimenta o
que está nu,
8 que não empresta
à taxa usurária e não recebe com juros, que afasta a sua mão da iniqüidade, e julga eqüitativamente entre um homem e outro,
18, 23 “Terei eu prazer com a morte do malvado? - oráculo do
Senhor Javé. - Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?”
18, 32 “Não sinto
prazer com a morte de quem quer que seja - oráculo do Senhor Javé!
Convertei-vos, e vivereis!”
COMENTÁRIO: Porém Deus não quer condenar seus filhos, quer
antes de tudo salvá-los, quer que se arrependam e voltem seu olhar para Aquele
que os criou e lhes dá vida. Algumas congregações religiosas só querem ver a
idolatria das imagens, mas aceitam a idolatria opressora da teologia da
prosperidade que tanto enriquece a pequena maioria de seus membros. Não há na
igreja católica um padre mais rico que outro, tudo é da igreja e da comunidade
e eles estão sempre sendo trocados de comunidade, conheço particularmente dois
padres santos no sertão de Pernambuco que durante muito tempo eles eram
sustentados pela pobre comunidade onde vivam e chegaram a passar fome. Imagine
se eles implantassem o dízimo na marra e arrancasse do povo o fruto de seu
trabalho como vejo muitas congregações fazerem.
20, 7-8 “Eu lhes disse então: que cada um lance para
fora os ídolos abomináveis que
atraem os vossos olhos; não mais vos mancheis com os ídolos do Egito. Eu é que sou o Senhor, vosso Deus.
8 Eles, porém, se rebelaram contra mim e se
recusaram a escutar-me; nenhum deles rejeitou os ídolos abomináveis que atraem os olhos e nenhum abandonou os ídolos do Egito.
COMENTÁRIO: em dois versículos aparecem quatro vezes a
palavra ídolos, mas não podemos analisá-los separadamente do contexto da
Bíblia, esses ídolos são animais e répteis comuns nas divindades vizinhas do
Egito, Cananéia ... a maioria desses deuses faziam sacrifícios humanos que
despertava a ira de Deus. No antigo Testamento cada deus tem um nome e a
questão é saber ao menos de que povo é esse deus, dos egípcios, cananeus,
filisteus e assim por diante.
20, 16 “porque
haviam rejeitado as minhas leis, abandonando os meus preceitos, profanando os
meus sábados e entregando-se intimamente a seus ídolos.
20, 18” Eu disse no deserto a seus filhos: não sigais os
preceitos dos vossos pais, não imiteis as suas práticas, contaminando-vos com os ídolos.
20, 24 “...porque não haviam observado os meus preceitos,
tinham rejeitado as minhas leis, profanando os meus sábados e deixando seus
olhos se apegar aos ídolos de seus
pais.
20, 26 “eu os tornei
impuros por suas oferendas - quando faziam
passar seus primogênitos pelo fogo - para puni-los e dar-lhes a conhecer
que eu sou o Senhor”.
20, 28 “vós vos
contaminais, à maneira dos vossos pais, e vos prostituís como os seus ídolos.
31 Apresentando as vossas oferendas, fazendo passar vossos filhos pelo fogo,
vós ainda hoje vos manchais com todos os vossos ídolos.”
COMENTÁRIO: de todos estes ídolos o que certamente mais
irritava Javé era o deus cananeu Moloc, pois quando a estátua deste deus estava
vermelha (incandescente pelo fogo) as crianças eram jogadas dentro em
sacrifício ao deus. Para javé era uma grande abominação.
Para
evitar este tipo de contaminação, principalmente ocorrida pelo contato com os
povos, Javé Deus, instituiu o Anátema que é a morte de todo ser vivo dos povos
conquistados, inclusive dos animais, nada deveria ficar vivo.
20, 32 “iremos fazer como as nações, como as raças da terra, rendendo culto à árvore e à pedra”.
20, 39 “Quanto a vós,
israelitas, eis o que diz o Senhor: ide, servi cada um de vós aos ídolos! Depois disso juro que me
escutareis, e não profanareis o meu santo nome por vossas oferendas e vossos ídolos”.
COMENTÁRIO: cada povo que Israel entrava em contato tinha
deuses diferentes, e eles corriam sempre o risco de se contaminares com eles e
praticarem o que era mau aos olhos de Deus. Diversos povos foram conquistados
até o reinado de Salomão quando Israel teve um pouco de paz, até que voltou a
se contaminar e caiu por castigo escravos dos babilônicos, persas, gregos...
romanos.
21, 24 “traça dois caminhos que partam ambos do mesmo lugar, para que possa
passar a espada do rei de Babilônia.”
21, 26 “porque o rei de Babilônia se detém na encruzilhada do caminho, à frente
dos dois caminhos, para consultar a sorte: ele agita as flechas, interroga os
ídolos domésticos, examina o fígado das vítimas.
27 Em sua mão direita, detém ele a sorte que
designa Jerusalém, para aí colocar os carneiros, para aí dar ordens de
carnificina e arrancar gritos de guerra, para conduzir os aríetes contra as
portas, para suspender terraços e construir torres”.
COMENTÁRIO: aqui o profeta anuncia que Nabucodonosor rei da
Babilônia irá invadir e fazer cativos o povo de Israel.
22, 3-4. “ah! cidade que espalhas o sangue em tuas ruas para que chegue a tua hora, que
eriges ídolos para te sujares,
4 pelo
sangue que tens derramado tu te tornaste culpada e te poluíste pelos teus
ídolos que talhaste; precipitaste a tua hora, adiantaste o termo de teus anos”.
COMENTÁRIO: havia alguns ídolos, principalmente os cananeus,
que eram feitos sacrifícios humanos de crianças (Moloc, Baal...); o contato com
esses povos levava o povo de Israel a cometer o mesmo tipo de adoração a esses
deuses e a repetir os mesmos sacrifícios. Javé deus abominava e castigava o
povo com a escravidão e a servidão aos povos da região (Egito, Grécia, Pérsia,
Assíria e a pior delas Babilônia).
23, 7-9 “Ela
prodigalizou seus encantos a essa elite dos assírios, e, junto de todos esses por quem se achava seduzida, maculou-se com seus ídolos.
8 Não renunciou às suas devassidões do
Egito, desde o tempo em que haviam dormido com ela ainda jovem, e acariciando
os seus seios virginais, cobrindo-a de torpezas;
9 por isso, entreguei-a a seus amantes, os
assírios...”
COMENTÁRIO: os dezoito profetas bíblicos alertavam o povo que
se houvesse contaminação com os povos vizinhos cairiam escravos. E cada vez que
se contaminava surgia um profeta para alertar o povo, mas com exceção de Jonas
que foi ouvido pelos ninivitas os outros profetas alertavam, mas o povo caía.
Cada vez que o povo se contaminava Javé comparava o povo de Israel a uma
prostituta. Apenas dois profetas fizeram milagres: Elias e Elizeu.
Vejamos
o que nos diz o Magistério da Igreja, através do CIC (catecismo da igreja católica):
CIC 1611 “Ao verem a Aliança de Deus com Israel sob a imagem
dum amor conjugal, exclusivo e fiel, os profetas prepararam a consciência do
povo eleito para uma inteligência aprofundada da unicidade e indissolubilidade
do matrimônio. Os livros de Rute e de Tobias dão testemunhos comoventes do
elevado sentido do matrimônio, da fidelidade e da ternura dos esposos. E a
Tradição viu sempre no Cântico dos Cânticos uma expressão única do amor humano,
enquanto reflexo do amor de Deus, amor «forte como a morte», que «nem as águas
caudalosas conseguem apagar» (CT 8,6-7).”
23, 14 “desenhados no
muro, figuras dos caldeus pintados a vermelho,”
23, 37 “Elas
cometeram adultério, há sangue em suas mãos; elas fornicaram com os ídolos; e
os filhos a quem deram à luz fizeram-nos passar pelo fogo para queimá-los.
38 Eis ainda
o que me fizeram: desonraram o meu santuário e profanaram os meus sábados”.
39 No mesmo dia em que imolaram seus filhos a
seus ídolos”
O povo sempre voltava a irar o Senhor, mesmo já sabendo o que
acarretaria.
23, 49 “carregareis o
peso da vossa idolatria. Conhecereis, assim, que sou eu o Senhor Javé”.
Ez 24, 15 a esposa do profeta morre, como anunciado pelo
Senhor, e ele não pode se lamentar. O
fruto da idolatria é a morte. Não que o profeta seja idólatra, mas foi a maneira
pedagógica que Deus usou para ensinar ao seu povo.
Ez 30, 13 “Eis o que
diz o Senhor Javé: farei desaparecer os
ídolos e suprimirei os falsos deuses de Nof. Não haverá mais príncipe no
Egito, e espalharei o terror nessa terra”.
Ez 33, 25 “Responde-lhes,
pois: eis o que diz o Senhor Javé: comeis a carne com sangue, ergueis os olhos para os ídolos,
derramais o sangue: e tereis a posse da terra?”
Ez 36, 18 “Por isso
desencadeei sobre eles o meu furor, devido ao sangue que tinham derramado sobre
a terra e aos ídolos com que a
profanaram;”
Ez 37, 23 “Não mais se mancharão com seus ídolos
nem cometerão infames abominações: libertá-los-ei de todas as transgressões de
que se tornaram culpados e purificá-los-ei. Eles serão o meu povo, e eu serei o
seu Deus”.
Ez 44, 1o “Os levitas,
que me deixaram desde o tempo em que Israel se desviava, abandonando-me para seguir os ídolos, esses levitas levarão a pena
de sua falta”.
Ez 44, 12 “se puseram a
seu serviço diante dos seus infames
ídolos, e arrastaram os israelitas ao pecado, por causa disso - oráculo do
Senhor Javé - ergo a mão contra eles, e sofrerão a pena de sua falta”.
COMENTÁRIO:
Percorremos todo o livro do profeta Ezequiel e vimos que a idolatria
levava a punição da deportação que “era a remoção forçada de povos vencidos, de
seus países para outros territórios, praticada pelos assírios e babilônios. Ela
tinha a finalidade prática era enfraquecer o inimigo e, eventualmente,
colonizar territórios próprios. Os Israelitas que eram deportados estavam em
desterro ou exílio. Israel foi submetido várias vezes a deportações. Os
assírios puseram fim ao reino do Norte, deportando a população de Israel em 734
aC e depois da queda de Samaria, em 722
aC. Em 597 e 587 aC os babilônios desterraram os habitantes de Judá para a
Babilônia.
A deportação, embora não resultasse em prisão, causava grandes
sofrimentos. Os exilados eram arrancados de sua terra natal e de suas
propriedades e tinham dificuldade em praticar sua religião. A situação dos
exilados os colocava entre o escravo e o cidadão; podiam adquirir propriedades,
exercer profissões, mas sem gozar dos direitos de cidadãos livres.
Sob o ponto de vista religioso o exílio é
considerado como punição pela idolatria e infidelidade a Deus, um tempo de purificação
e expiação. Mas foi também um tempo de renovação da esperança, tornando-se um
símbolo da conversão, ou volta a Deus”. * Dicionário Bíblico, Bíblia Clerus.
ANALISANDO AS ESCRITURAS E A
DESCENDÊNCIA DE JESUS
SEGUNDO SÃO MARCOS
A tradição cristã atribuiu sempre o
Segundo Evangelho o São Marcos, ele foi discípulo direto de São Pedro, sendo
mencionado oito vezes no Novo Testamento: é chamado Marcos em At 15,39 e de
João Marcos em At 12,12 e 15,37 e João em At 13,5-13. Não é estranha esta
duplicidade de nomes, pois era comum entre os judeus da época. Ele usava um
nome hebraico, judeu João (Yohannan) e outro latino helenizado (Marcus,
Markos). O mesmo fazia São Paulo: Saulo e Paulo. As outras quatro vezes que o
Novo Testamento o menciona estão em Cl 4,10; Fm 24; 2Tm 4,11 e 1 Pd 5,13. -
Marcos conheceu com toda a certeza Jesus diretamente, ainda que não tenha sido
dos Doze Apóstolos: a maioria dos escritores eclesiásticos vê em Mc 14,51-52, o
episódio do rapaz que deixou o lençol e fugiu no momento da prisão de Jesus no
horto, uma espécie de assinatura velada do próprio Marcos posta no seu
Evangelho, já que só ele relata este episódio. - Marcos era filho de Maria,
segundo parece viúva de posição econômica razoável, em cuja casa se reuniam os
primeiros cristãos de Jerusalém.(At 12,12).
Um antigo escrito cristão afirma que essa
era a mesma casa do Cenáculo, onde o Senhor celebrou a Última Ceia. - Desde
muito jovem, Marcos tinha vivido a vida intensa dos primeiros cristãos de
Jerusalém, à volta da Santíssima Virgem e dos Apóstolos, que tinha conhecido na
intimidade. A mãe de Marcos e a sua família foi uma das primeiras que ajudaram
Jesus e os Doze. - Pelo livro dos Atos dos Apóstolos sabe-se que era primo de
Barnabé, um dos grandes evangelizadores dos primeiros tempos, embora não
pertencesse aos Doze. - Barnabé chamou Marcos quando, na companhia de
Paulo esteve em Jerusalém para trazer a
primeira coleta em favor dos fiéis da Igreja mãe (At 12,25). Paulo e Barnabé,
enviados pelo Espírito Santo para a primeira viagem missionária levaram Marcos
como ajudante (At 13,1-6). Terminada uma primeira fase da missão em Chipre,
parece que Marcos, ainda muito jovem, não se encontrou com coragem para
prosseguir naquela aventura apostólica, e voltou para casa. Paulo ficou desgostoso
com isso. Ao planejar a segunda viagem Barnabé quis levar de novo Marcos; mas
Paulo opôs-se por os ter abandonado antes. Isso levou a que Paulo e Barnabé
dividissem a tarefa do plano apostólico. Deste modo, Barnabé embarcou com
Marcos como auxiliar, para visitar as comunidades de Chipre fundadas
anteriormente. - Uns dez anos depois, Marcos encontra-se em Roma ajudando desta
vez Pedro, como "interprete". Esta circunstância é muito explicável
porque quando Pedro esteve preso e foi libertado milagrosamente da prisão pelo
anjo, dirigiu-se à casa de Maria, a mãe de Marcos (At 12,11-17). Pedro chama a
Marcos seu filho (1 Pd 5,13), o que indica uma íntima e antiga relação afetuosa
entre eles. - Marcos deve ter-se comportado excelentemente naquela altura, uma
vez que no ano 62/63 está de novo como ajudante de Paulo (Fm 24) a quem serve
de grande consolo, sendo-lhe muito fiel.(Cl 4,10ss). Ainda mais tarde, pelo ano
66, Paulo pede a Timóteo que venha com Marcos, pois este lhe é muito útil para
a evangelização (2Tm 4,11) - A partir do ano 66 (Marcos poderia ter algo mais
de 50 anos) as notícias sobre Marcos já não possuem as certezas das anteriores.
Segundo uma antiga tradição Marcos foi para o Egito, onde fundou a Igreja de
Alexandria. Outra tradição antiga assegura que ele morreu mártir num pequeno
povoado próximo de Alexandria. (texto extraído da Bíblia Católica - www.bibliacatolica.com.br
e Bíblia Sagrada Ave-Maria, www.avemaria.com.br
1, 4 João
Batista. Era primo de Jesus e é considerado o precursor de Jesus. Pessoas
de toda Judéia e Jerusalém vinham batizar-se no rio Jordão com João Batista, e
ele afirmava com humildade simplicidade que viria alguém maior que ele e ele
não era digno de desamarrar as sandálias dele.
1, 10 o
Espírito Santo (em forma de pomba). Vimos em imagens pelo mundo todo a
presença da pomba sobre os seus santos, como por exemplo nos velórios de João
Paulo II e no velório do arcebispo do Rio de Janeiro em 2012.
1, 11 voz
de Deus Pai. Ninguém jamais viu a Deus, porém, este momento transcendente
na história da humanidade vê-se a presença marcante da Trindade nas pessoas do
Pai, do Filho e do Espírito Santo:
Jesus (presente no
batismo)
O Espírito Santo (em
forma de pomba)
Deus Pai. (ouviu-se
a voz)
1, 13 o
Demônio.
O outro momento Bíblico,
apesar de não ser uma tese sustentada pelos teólogos da igreja, ao menos nos
livros que estudei e nos cursos que fiz, é a criação quando Deus diz: “façamos
o homem a nossa imagem e semelhança”. Ao usar as palavras “façamos” e “nossa”
creio que Deus se refere a Trindade.
1, 16 Simão
e André (irmãos). Cf
anteriormente.
1, 19 Tiago e João. (irmãos). Cf anteriormente.
1, 23 um
homem possesso. Ao ver Jesus o demônio treme, mas afronta Jesus revelando
sua identidade, é repreendido por Jesus e sai do homem, mas antes sacode
violentamente o homem. Existem muitas pessoas possessas em vários níveis. Fui
chamado por uma mãe para fazer uma oração por seu filho que já havia tentado o
suicídio várias vezes e a primeira pergunta que ele me fez era se eu já havia
visto o demônio e me disse que ele estava falando coisas ao seu ouvido,
enquanto eu falava com ele o diabo o aconselhava a se matar, ainda rezo por
aquele filho de Deus e terei que rezar durante toda minha vida por muitas
pessoas, já tenho até um caderno onde coloco o nome das pessoas que rezo por
elas todos os dias, convido você a rezar por eles também. Rezamos por um tempo,
conversamos e depois fomos embora. O Diabo existe independente de você
acreditar ou não, ele quer que nós acreditemos que ele não existe, pois se ele
não existe não pode existir inferno e se não existe inferno eu posso fazer o
que quiser. A outra postura do Demônio e que nós tenhamos medo dele, mas lembre-se
ao nome do Senhor Jesus todo joelho se dobrará, Deus é maior. “Desde a criação
do mundo vejo que o Diabo não é criativo, mas é repetitivo e sua arma é a
argumentação” (palestra do Pe. Lindemberg, encontro nacional dos FR): “Oh, não! – tornou a serpente – vós não
morrereis!5 Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele
comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e
do mal.”Gn 3, 4.
O grito
do Demônio é ‘não servirei e não adorarei’. Como ele quis ser Deus ele não
admite servir, pelo contrário quer ser servido e não adora porque quer ser
adorado no lugar de Deus. Devemos servir sempre como Jesus ao lavar os pés dos
apóstolos na santa ceia, e adorá-lo em Espírito e verdade.
Devemos
deixar Deus falar em nós, nos encharcarmos de Deus e não deixar brechas na
armadura para não cair em tentação e o nosso alimento é a Palavra (Sagrada
Escritura) e a oração. Quando um homem e uma mulher reza o Diabo foge porque
sabe que Deus vai agir.
O
advento do Reino de Deus é a derrota do reino de Satanás: "Se é pelo
Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a
vós" (Mt 12,28). Os exorcismos de Jesus libertam homens do domínio dos
demônios. Antecipam a grande vitória de Jesus sobre "o príncipe deste
mundo". É pela Cruz de Cristo que o Reino de Deus ser definitivamente
estabelecido: "Regnavit a ligno Deus - Deus reinou do alto do
madeiro". CIC 550
Sobre exorção vejamos o que nos diz o
Catecismo da Igreja Católica, pois há que se diferenciar de casos
psiquiátricos:
“Quando
a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma
pessoa ou objeto seja protegido contra a influência do maligno e subtraído a
seu domínio, fala-se de exorcismo. Jesus o praticou, é dele que a Igreja
recebeu o poder e o encargo de exorcizar. Sob uma forma simples, o exorcismo é
praticado durante a celebração do Batismo. O exorcismo solene, chamado “grande
exorcismo”, só pode ser praticado por um sacerdote, com a permissão do bispo.
Nele é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras
estabelecidas pela Igreja. O exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da
influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou à sua
Igreja. Bem diferente é o caso de doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento
depende da ciência médica. É importante, pois, verificar antes de celebrar o
exorcismo se se trata de uma presença do maligno ou de uma doença”. CIC 1673
1, 30 a
sogra de Pedro. Jesus cura a febre da sogra de Pedro, o que nos permite
inferir que Pedro ou era casado ou fora, porém ao decidir seguir Jesus deixara
tudo para trás. A sua sogra ao ser curada pôs-se a servi-los. Uma pessoa ao ser
curada por Jesus deveria fazer como a sogra de Pedro e se colocar a trabalho do
reino. Após recebermos os sacramentos de cura que existem que existem na nossa
igreja devemos nos colocar a caminho do trabalho do reino.
“O
Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, que remiu os
pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que sua Igreja
Continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também
junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de
cura: o sacramento da Penitência e o
sacramento da Unção dos Enfermos”. CIC
1421
1, 32 todos
os enfermos e possessos. Jesus faz o contrário da lei seguida pelos judeus,
ele toca nos doentes, enfermos e possessos, não dá importância a pureza ritual,
mas quer antes de tudo libertar o seu povo das mãos do maligno,
restaurando-lhes a saúde do corpo e da alma.
1, 40 um
leproso. A lepra era a doença mais temida do tempo de Jesus, pois não havia
cura para ela. O leproso deixava o convívio com seus parentes e vivia recluso
em cavernas, eram separados do povo e proibido o seu convívio. Jesus se compadece
e faz o que ninguém quer fazer: toca nele. O leproso suplica de joelhos e Jesus
o toca e ele fica curado.
Aproximou-se dele um leproso,
suplicando-lhe de joelhos: "Se queres, podes limpar-me." 41 Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão,
tocou-o e lhe disse: "Eu quero, sê curado." 42 E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi
purificado.
Jesus pede ao leproso que não conte a ninguém, mas ele não consegue ficar
calado e acaba atrapalhando a vida pública de Jesus, visto que o mesmo não pode
mais entrar publicamente numa cidade.
“Este homem, porém, logo que se foi, começou
a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar
publicamente numa cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de
toda parte vinham ter com ele”.
2, 2 a multidão. Jesus está na
casa de Simão, e muita gente estava lá para ouvir seus ensinamentos e como
vimos no começo do livro devemos deixar o nosso lugar na multidão e passar a
ser ao menos um discípulo itinerante, embora o ideal é ser um dos doze, desprendidos
e despojados do mundo para servir ao Senhor de corpo e alma sem amarras.
2, 3 um paralítico e quatro
homens. Tanto o paralítico como os quatro homens tinham grande fé e vendo
que não conseguiriam chegar até Jesus retiraram o telhado e passaram o paralítico
para que Jesus o curasse, a fé deles comoveu o Senhor “vendo a fé deles”.
Quantas vezes não sou paralítico para
trabalhar para o reino de Deus? Que o Senhor nos ajude com a intercessão de
nossos irmãos (os quatro homens)a sermos curados da paralisia que nos impede de
trabalhar para o reino.
2, 6 escribas. Cf
anteriormente
2, 13 a multidão. Diversas
vezes vemos a multidão acompanhar Jesus e Ele sempre se compadecia dela.
2, 14 Levi. Jesus escolhe
pessoas comuns, pecadores as vezes contumaz, ele acredita que as pessoas podem
se converter, acreditava até mesmo em Judas que o traiu.
2, 15 muitos cobradores de
impostos. Jesus é condenado pelos fariseus, pois está comendo com os
pecadores na casa de Levi.
2, 16 os escribas (do partido
dos fariseus). Cf anteriormente
2, 23 seus discípulos. Cf
anteriormente
2, 24 os fariseus. Aqui eles
se juntam com os partidários de Herodes (herodianos- fiéis a Roma) para
articular uma maneira de derrotar Jesus, pois a cada milagre sua fama crescia e
mais judeus se convertiam despertando a ira dos judeus (principalmente
fariseus).
3, 1 um homem da mão seca. Os fariseus queriam condenar Jesus porque Ele
ia curar um homem em dia de sábado. Imagine se você fosse aquele homem
necessitado da cura. O homem queria e precisava ser curado e Jesus mais uma vez
se arrisca pelos pobres, “aqueles que não tem ninguém por eles”.
3, 6 os que observavam (fariseus).
Cf anteriormente
3, 7 seus discípulos. Cf
anteriormente
3, 7 multidão. Como vimos
anteriormente, estar perto de Jesus na multidão é um começo, porém Jesus quer
que sejamos um discípulo itinerante e finalmente um dos doze, aqueles que vivam
por e para Jesus incondicionalmente.
3, 11 espíritos imundos. Os
demônios não enfrentavam mais Jesus, aqui vemos que eles se prostam, mas certamente
não o é por adoração e sim por obediência, visto que Ele é o Filho de Deus.
“Quando os espíritos
imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: Tu és o Filho de Deus! 12 Ele os proibia severamente que o dessem a
conhecer.”
3, 13 eleição dos apóstolos. (também
em Mt 10, 1-4; Lc 6, 12-18) vemos nesta passagem que o Sacramento da Ordem é
uma escolha de Deus e não do candidato, Jesus escolhe aqui os doze, ou seja
aqueles que serão as suas mãos no mundo e para a sua igreja. Devemos entender
que as mãos do sacerdote (Persona Cristi)são as mãos de Jesus no meio de seu
povo.
“Depois, subiu ao
monte e chamou os que ele quis. E
foram a ele.
14 Designou
doze dentre eles para ficar em sua companhia.
15 Ele os
enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios.
16 Escolheu
estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro;
17 Tiago,
filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que
quer dizer Filhos do Trovão.
18Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu,
Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;
19 e Judas Iscariotes, que o entregou”.
3, 21os
seus (seus parentes de Nazaré) seus parentes dizem que Jesus está com
perturbações mentais, por isso Jesus dizia que um profeta em casa não faz
milagres.
3, 22 os
escribas. Diferentemente dos parentes de Jesus os escribas falam que Jesus
está possuído, mas ninguém queria falar que os seus milagres vem de Deus, senão
teriam que admitir ser ele no mínimo um grande profeta como é ainda hoje
considerado pelos judeus (judaísmo) e os muçulmanos (islamismo).
3, 31 sua
Mãe e seus irmãos. Jesus estende a toda a humanidade seu laço de irmão e
nos dá Maria como mãe, mas faz um alerta que só é seu irmão e sua mãe aqueles
que fazem a vontade de Deus. Em hebraico não existe palavra que se possa
traduzir para irmão, logo amigo, primo, etc. tudo foi traduzido como irmão.
4, 1 grande
multidão. O evangelista nos mostra que havia uma quantidade de pessoas
maior do que normalmente havia. A medida que os milagres aumentavam mais
pessoas seguiam e queriam seguir Jesus, despertando assim ódio e medo entre
aqueles que tinham mordomias dadas pelo império, dentre eles o sumo sacerdote
Caifás e também Anãs, fariseus...
4, 38 disseram-LHE.
Os discípulos temeram afundar na barca e acordaram Jesus. Ele estava na
popa (parte do barco onde fica o leme que é a direção do barco) Jesus estava no
lugar certo na popa, “aquele que guia o barco de nossas vidas”. Jesus questiona
o nosso medo e é verdade somos tão medrosos que a Bíblia nos traz trezentas e
sessenta e cinco vezes a expressão “não tenha medo”. O medo é do inimigo de
Deus. Que tem fé em Deus não pode ter medo.
5, 2 homem
possesso. São Marcos nos relata que o homem está possuído de uma legião
(composta de muitas centúrias) vemos mais de dois mil demônios atormentando o
homem. “o Diabo nos rodeia como um leão querendo devorar a presa” precisamos
estar fortalecidos no Senhor, ou satanás poderá nos derrubar.
5, 22 Jairo. Apesar de ser
chefe da sinagoga ele sabia que Jesus podia curar sua filha e enquanto
caminhava para a casa de Jairo (5, 25) uma mulher
que padecia por doze anos de um fluxo de sangue tocou no manto de Jesus e
ficou curada, já tinha gasto todos os seus bens e não havia ficado curada.
“Ora, havia ali uma
mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue.
26 Sofrera
muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum
alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais.
27 Tendo ela
ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto.
28 Dizia ela
consigo: Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada.
29 Ora, no
mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue... Jesus percebeu
imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou:
Quem tocou minhas vestes? Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que
nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade.
34 Mas ele
lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal.
Nesse
momento alguém trás a notícia que a
menina tinha falecido e novamente Jesus repete a frase “não tenha medo, crê
somente”. Jesus se permite acompanhar apenas por Pedro, Tiago e João e os pais
da menina, que entraram nos aposentos onde estava a menina e Jesus a
ressuscitou.
“Segurou a mão da
menina e disse-lhe: Talita cumi, que quer dizer: Menina, ordeno-te, levanta-te!
42 E
imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze
anos). Eles ficaram assombrados.”
Este
milagre é interressante porque ocorre um milagre dentro de outro e a cura é
feita tanto para a mulher quanto para a menina de doze anos. Jesus se compadece
de todos mesmo quando está ocupado, Ele sempre tem tempo para mim e para você,
mesmo tendo situações mais grave o mestre não nos abandona.
6, 1.2 seus discípulos (Cf anteriormente). Muitos dos que estavam na sinagoga.
“Mas Jesus
disse-lhes: Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e
na sua própria casa.
5 Não pôde
fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as
mãos.
6 Admirava-se ele da desconfiança deles”.
6, 7 os
doze. Essa é a nossa meta ser do
grupo dos doze. Discípulos abnegados que por confiar em Deus não põe sua
esperança nos bens materiais. Jesus os proíbe de levar três coisas: pão, mochila e dinheiro. Quando o
seguidor de Jesus sai para fazer a obra de Deus ele não pode se preocupar com
comida e qualquer espécie de preocupação, pois deus supre os seus filhos em
todas as suas necessidades.
6, 14 Herodes.
Tanto ouvira falar de Jesus que queria conhecê-Lo, devido seus milagres,
ele acreditava que Jesus era João Batista ressuscitado.
6, 22
a filha de Herodíades. O apelo ao sensualismo (pela dança da filha de
herodíades) é que levou Herodes a condenar por decapitação a João Batista, que
não
6, 24 a
sua mãe (mãe de Herodíades).
“Sem tardar, enviou
um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no
cárcere,
28 trouxe a
sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe.
29 Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o
seu corpo e o depositaram num sepulcro”.
6, 30 os
discípulos. Cf anteriormente
6, 34 a
multidão. Vendo para onde Jesus se dirigia a multidão correu e Ele se
compadeceu, pois eram como ovelhas sem pastor. Vemos no versículo trinta e nove
que Jesus pede ao povo para sentar, pois naquela época os escravos comiam em pé
e assim o mestre ensina ao povo que ele está livre dos grilhões da escravidão.
Nesta primeira multiplicação o milagre foi feito a partir de cinco pães e dois
peixes, mostrando assim que Jesus faz o milagre usando a nossa participação,
assim como Ele quer de nós a participação na construção do seu reino. Quanto as
sobras entendo que quando Deus dá a graça o faz em abundância (doze cestos de
sobras).
6, 48 foi
ter com eles (os discípulos). Jesus anda sobre as águas desafiando a lei da
gravidade e isto assustou aos apóstolos, pois ainda nem tinham compreendido o
milagre anterior.
6, 54 o
povo. Eles já acreditavam que Jesus tinha poderes para curá-los e acorriam
de todos os lugares e levavam todo tipo de enfermos e todos os que tocavam eram
curados.
Temos que refletir
muito sobre este acontecimento, pois temos
a oportunidade de tocar em Jesus na eucaristia. Somos até criticados pelos
nossos irmãos que dizem se a Eucaristia fosse real era para nossas igrejas
estarem lotadas, mas Deus sabe tudo, peço ao Senhor que dê ao seu povo a
verdadeira contrição e a fé madura para que acreditem na Eucaristia.
7, 1.5. fariseus / escribas. (Cf anteriormente) Jesus cita o profeta Isaías
ao ser questinado porque os seus discípulos não praticam a pureza ritual
prescrita pela Lei.
“Jesus disse-lhes: Isaías com muita razão
profetizou de vós, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os
lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, pois, me cultuam, porque
ensinam doutrinas e preceitos humanos”. (Is 29,13).
COMENTÁRIO: corremos o risco de mesmo estando dentro da
igreja não honrarmos ao Senhor com o coração em nossas atividades “eu quero a
misericórdia e não o sacrifício”. Fazer tudo com amor a Deus e ao próximo como
fez Madre Tereza de Calcutá, S. Francisco e tantos santos da Igreja, estar com
o coração puro e limpo é mais correto do que com as mãos limpas.
“Nada há fora do homem
que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem, isso é que mancha
o homem.” 7, 15
“Ora, o que sai do
homem, isso é que mancha o homem. Porque
é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos:
devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes,
desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios
procedem de dentro e tornam impuro o homem”. 7, 20-23
7, 24 a
mulher Cananéia. (Cf anteriormente em Mt 15, 21)
7, 32 o
surdo-mudo. Jesus usa a saliva como um meio material, Ele podia não usar
nada porque é Deus, mas sabe que nós precisamos ver e este é um dos motivos de
venerarmos imagens, Deus em sua infinita sabedoria usa de bens materiais como
barro e saliva para nos mostrar pedagogicamente que “tudo que Deus faz é bom”.
Fico a imaginar Jesus hoje passando barro e saliva nos ouvidos e nos olhos do
povo, certamente seria criticado.
Hoje
vejo muitos católicos levados por doutrinas do mundo que querem confessar com
Deus e não com o sacerdote, como tão bem nos lembra o professor Felipe Aquino
da Canção Nova, ou a pessoa cria uma religião, ou muda para outra religião ou
aceita ser católico como o católico deve ser.
8, 1 os
discípulos. Jesus os chama porque está compadecido do povo que já está há
três dias com Ele e não tem nada o que comer. (Cf anteriormente em Mt 15, 29)
8, 11 fariseus.
Eles não desistem e continuam tentando por Jesus em prova, pedem um sinal
do céu, mas Jesus não cai na armadilha. O mundo é assim sempre está tentando
nos derrubar com suas seduções e facilidades que requerem de nós grande
resistência, hoje através da internet temos o que quisermos sobre qualquer
assunto, pedofilia, pornografia... mas também temos os sites do vaticano, CNBB,
canção nova... cabe a nós fazer as escolhas certas, e como diz Padre Zezinho em
sua música “a decisão é sua”.
8, 18-21 os apóstolos e Jesus. Eles discutiam pois não tinham pão na barca e
o mestre os lembra dos milagres que acabaram de fazer.
No primeiro
milagre eles tinham cinco pães, cinco mil pessoas e sobraram doze cestos. No segundo milagre eles
tinham sete pães, quatro mil pessoas e sobraram sete cestos.
“Ao
partir eu os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos recolhestes cheios
de pedaços? Responderam-lhe: Doze. E quando eu parti os sete pães entre os
quatro mil homens, quantos cestos de pedaços levantastes? Sete,
responderam-lhe. Jesus disse-lhes: Como é que ainda não entendeis?
O
que fica claro neste milagre neste milagre é que há sobras, Jesus como Deus se
quisesse nada sobraria. E porque sobrou? Apenas para mostrar que quando Deus
derrama a sua graça Ele a dá com sobras. “onde abundou o pecado, superabundou a
graça”.
8, 22 o cego de Betsaida. Jesus usa sua saliva para curar o cego, ele usa
bens materiais para tocar o coração do seu povo, não mágicas, raios, gritarias,
apenas sua saliva. Jesus é o modelo da simplicidade “sejam simples como as
pombas”, e nós as vezes queremos complicar a igreja com as nossas próprias
leis, que não são de Deus, devemos refletir esta prática, pois assim disse
Jesus: “Pedro tu és pedra e sobre a esta pedra eu construirei a minha igreja”, a igreja é de Deus e não nossa,
certas decisões e falas cabe aos bispos, a Santa Sé e não a nós. Colocações
como basta ir a missa quando tiver com vontade, confessar diretamente com Deus,
questionamento da infalibiblidade papal.. só tenho uma única pergunta a fazer
“quando foi que o irmão ou a irmã deixou de ser católica (a)”. Ser católico é
opção, mas se sou tenho que comungar cem por cento com a doutrina.
8, 27 seus discípulos. Jesus faz uma pesquisa de opinião para saber como
está e está muitíssimo bem cotado (uns dizem que és João Batista, Elias). Como
vemos Ele está bem cotado, mas ninguém acerta, somente Pedro inspirado pelo
Espírito Santo é que diz “tu és o Filho de Deus”
8, 32 Pedro. Jesus acaba de dar a Pedro o comando da igreja e satanás já
o tenta para derrubá-lo. Assim como fez com Eva, ao ver que ela seria
co-criadora com Deus ele a tenta e a derruba. Ele tanto tentou a Pedro que
Jesus fala: “Pedro eu rezei por ti porque o Diabo queria peneirar você”.
8, 34 a multidão e os discípulos. Muito tenho refletido sobre este
conselho e alerta de Jesus para nós, é muito duro, Ele não dá garantias de
felicidade neste mundo, nem alegrias, mas nos diz que a vida dos que querem
segui-lo será dura e difícil. O convite de Jesus é “vem morrer na cruz comigo”,
pois a felicidade está depois do calvário, na Vida Eterna. Sofrer com Jesus é
entender o que disse São Paulo “que se complete em mim as dores de Jesus”.
9, 1 e dizia-lhes (a eles, os discípulos). Jesus já começa a
fortalecer-lhes para os martírios que iriam encontrar ao dizer que alguns não
iriam encontrar a morte, ao falar assim infere-se que outros serão mortos e
mártires. Pedro morreu crucificado de cabeça para baixo, Tiago, filho de Alfeu
e de Maria denominado o menor para
diferenciar do outro Tiago filho de Zebedeu. foi decapitado por ordem de Agripa
I.
A TRANSFIGURAÇÃO
9, 2 Pedro,
Tiago e João. Viram Jesus transfigurar-se diante deles em uma brancura de
vestes inenarrável. A alma de um santo é de uma brancura que não pode ser
comparável a nada, é uma amostra de como deve estar a nossa alma para entrar na
casa do Pai.
9, 4 Elias e Moisés. Com muita clareza vemos aqui representados a Lei e
os Profetas, estes dois pilares do Judaísmo que marcam a vida dos judeus. Jesus
nos mostra que está acima da Lei, “não veio abolir a Lei, mas dar-lhe pleno
cumprimento”.
9, 5 Pedro. Pedro responde a Jesus: “mestre é bom nós estarmos aqui” a
Bíblia descreve que eles ficaram atemorizados. Vejo neste episódio que Pedro
não quer mais descer do monte. Muitas vezes ficamos tão felizes ao encontrarmos
Jesus que queremos ficar na igreja, adorando e não queremos mais sair de lá, é
muito bom estar perto de Jesus, mas Jesus quer que desçamos do monte, de sua
casa, para levar o evangelho aqueles que não se converteram ainda “ide por todo mundo, pregai o evangelho”.
9,
14 grande multidão/escribas/povo. O
povo corre para saudar Jesus porque sua fama já se fazia grande e todos sabiam
dos milagres que Ele realizava
9, 16 um homem da multidão/seu filho epilético. O homem fala que rogou aos discípulos, mas
eles não conseguiram expulsar o demônio. Jesus fica irritado, tenho impressão
que pela crítica que fez o homem aos seus apóstolos, como hoje vejo algumas
pessoas falarem dos sacerdotes, não entenderam que eles também são seres
humanos e que nenhum pai gosta de que falem de seus filhos. Jesus responde: “ó
geração incrédula, até quando estarei convosco? O homem fala a Jesus “se podes
alguma coisa compadece-te de nós! Disse-lhe Jesus: se podes alguma coisa!...
tudo é possível ao que crê”. O homem respondeu: Creio, vem em socorro a minha
falta de fé!”.
Devemos refletir muito esta
prece “Creio, vem em socorro a minha falta de fé!” este é o nosso maior
problema. Nosso problema não é a falta de dinheiro, de saúde e sim de fé que
Deus tudo proverá. Estamos de passagem aqui na terra, o mais importante é o céu
e não podemos colocar nossa salvação em risco, pois é só o que temos.
9, 28 os discípulos. Eles perguntam a Jesus porque não conseguiram
expulsar aquele demônio e Jesus responde que aquele tipo só se pode expulsar
pela oração. A oração é a fortaleza do homem. São Padre Pio dizia que “o homem
que reza se salva e o que não reza se condena”. Um homem e uma mulher que reza
são fortes, o diabo foge quando rezamos porque ele sabe que Deus vai agir.
9, 36 um menino. Muitas vezes fico
a imaginar Jesus com uma criança no colo e mostrando aos seus discípulos como
devemos ser, pois a criança tudo perdoa, as vezes o pai e a mãe brigam com seus
filhos e em seguida estão afagando os pais ou mesmo com os coleguinhas; as
crianças são assim não guardam rancor, são muitas vezes mais cristãs do que
nós.
Senhor dá-nos a o dom de sermos como as crianças, eu que tantas vezes
me deixei levar pela natureza e não permitindo que a graça atuasse.
9, 38 João. Ele quer proibir uma pessoa que expulsa demônios em nome de
Jesus, mas Jesus lhe diz que “quem não é contra nós é a nosso favor”.
9, 40 Jesus neste versículo nos
deixa o modelo de como devemos tratar os seus servos (missionários, padres e
bispos, consagrados...). isto eu aprendi no colo de minha avó Isabel uma
velhinha de uma fé gigante, não passava um Padre, missionário... sem que ela
desse comida e água e muitas vezes ia levar quando chegava um padre novo na
cidade ela o mantinha em sua pobreza. Veja o que diz Jesus a esse respeito. “E quem vos der de beber um copo de água
porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa”.
9, 43
Jesus por ser Deus na trindade, usa muito a trilogia nas palavras:
(Eu Sou) caminho, verdade e vida. “Siga a Jesus,
pois sem caminho não se pode andar, Sem verdade não se pode conhecer, Sem vida
ninguém vive. Jesus é o caminho que se deve seguir, a verdade que se deve crer
e a vida interminável”. (imitação de Cristo- Kemps, paulus).
Pedir,
bater e buscar.
Neste versículo, ainda seguindo a
trilogia, Ele nos mostra como os nossos membros nos levam a pecar e descreve que
é preferível não tê-los a ir para o inferno (mão, pé e olho):
- Mão – foram feitas para abençoar, ajudar os irmãos e algumas vezes as usamos mal.
- Pé – devem nos levar a proclamar o evangelho ao mundo, são os pés do mensageiro, mas as vezes eles nos guiam por caminhos não santos, não ajudam a Deus e ao próximo.
- Olho – devíamos ver todas as pessoas com os olhos de Jesus, mas muito mais criticamos e condenamos que elogiamos, lembre-se de como Jesus olhava os pecadores (a prostituta , Zaqueu...), antes de condenar e criticar pense: “no meu lugar o que Jesus faria”.
9, 50 sal. Jesus
nos ordena a sermos sal, e mesmo sendo pouco o sal faz grande diferença na
comida: “O sal é uma boa coisa; mas se
ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e
vivei em paz uns com os outros”.
10, 1 multidões. Cf anteriormente.
10, 2-10 fariseus, os discípulos. Aqui
é abordado a questão do divórcio e Jesus volta ao Pentateuco, refere-se a
Moisés e depois a Deus que uniu o homem e a mulher.
“mas,
no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem
pai e mãe e se unirá à sua mulher; e os dois não serão senão uma só carne.
Assim, já não são dois, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus
uniu."
10, 13 crianças. Os discípulos não querem que
as crianças incomodem o mestre e tentam impedir que elas cheguem a ele. Jesus
vendo a cena não aprova a atitude deles e ainda faz uma imposição das mãos nas
crianças. Duas análises temos que fazer: os apóstolos fazem um julgamento
errado e Jesus aproveita o caso para lhes ensinar, penso que como servo
ordenado de sua igreja também corro o risco de julgar errado certas atitudes e
peço a Deus que o seu Espírito Santo me guie sempre. O outro fato é que a
Bíblia mostra que Jesus faz a imposição das mãos nas crianças como o faz com os
sacerdotes, reservando para ele as crianças como modelo a ser seguido por todos
nós.
“"Deixai vir a mim os pequeninos e não
os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em
verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de
uma criança, nele não entrará”. Em seguida, ele as abraçou e as abençoou,
impondo-lhes as mãos”.
10, 17 alguém. Este homem pergunta a Jesus o que se pode fazer para ir ao
céu. Porém, quando Jesus cita os mandamentos o mesmo responde que já o faz, mas
Jesus diz que somente falta uma coisa: que ele venda tudo e dê aos pobres e
isto entristece o coração daquele jovem, pois não queria perder o que tinha.
“Jesus fixou nele o olhar, amou-o e
disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos
pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.
Ele
entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos
bens”.
Como é atual este tema. Cada vez
mais vejo pessoas que não conseguem seguir Jesus por estarem presas a dinheiro,
poder, autoridade... são bem poucos os que em meio a tudo isso servir a Jesus.
O grito do demônio é: não servirei e não obedecerei, estas duas coisas não
podem ser feitas por Satanás.
10, 28 Pedro. Sabemos que a vida daqueles que se dedicam exclusivamente ao
reino não é fácil (padres, bispos, freiras, consagrados...) e Pedro pergunta o
que receberão.
“Respondeu-lhe
Jesus. "Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos,
ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do
Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs,
mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna”.
Eu
gostaria de ter tido uma família com uns cinco filhos, mas devido aos problemas
de saúde que teve a minha esposa, só conseguimos ter dois, e já contrariando a
vontade dos médicos (ela teve pré-eclâmpse na gravidez). Mas, com o nosso
trabalho na igreja como catequistas, ministro (MESC), diácono permanente...
tivemos centenas de filhos espirituais e eu que sempre quis ter uma filha Deus
nos deu muitas, só em Campo Grande –MS tivemos três afilhadas que amo como se
fossem filhas, nós nos encontramos sempre (encontro das afilhadas) no shoping,
em casa... Deus nos deu grandemente muitas bênçãos.
10, 35 Tiago e João. Eles pedem a Jesus para sentar ao seu lado no trono
(imaginam ser um reinado terrestre) e Jesus lhes diz: não sabes o que pedes.
“Aproximaram-se de; Jesus Tiago e João, filhos de Zebedeu,
e disseram-lhe: "Mestre, queremos que nos concedas tudo o que te
pedirmos."
"Que quereis que vos faça?".
"Concede-nos que nos sentemos na tua glória, um à tua direita e outro à
tua esquerda". "Não sabeis o que pedis, retorquiu Jesus. Podeis vós
beber o cálice que eu vou beber, ou ser batizados no batismo em que eu vou ser
batizado”?
Às
vezes fazemos certos pedidos a Jesus que não cabem. Devemos deixar que Deus em
seu amor guie as nossas vidas “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como
no céu”, se somos nós que a guiamos podemos correr o risco de perder a salvação.
Assim, Jesus nos ensina a mais
humilde e bela lição: “todo o que quiser
tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo;
e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos.
Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em redenção por muitos."
10,
46 Bartimeu. Segundo Puig (pág. 400) Ele é o único curado da bíblia que se
sabe o nome e ninguém mais. O curioso neste milagre é o fato de Jesus perguntar
ao cego algo óbvio: o que queres? É claro que este queria voltar a enxergar,
mas Jesus quer que falemos os nossos anseios para que Ele nos conceda a sua
graça. “pedir, bater, buscar”.
11, 4 algumas pessoas. Jesus antecipa aos dois apóstolos que as pessoas
iriam interrogá-los a respeito de soltar o jumentinho, eles já tinham a
resposta dada por Jesus. Assim, Jesus entra em Jerusalém, não como um príncipe
(normalmente montado em seus cavalos, mas em um jumentinho) que era o símbolo
da pobreza e da simplicidade. A resposta dada pelos discípulos nos faz lembrar
sempre uma perguntinha: “em meu lugar o que Jesus faria”?
11, 12 a figueira maldita. Jesus ordena a figueira que não produza mais
frutos. A nota de rodapé da Bíblia versão Ave Maria, nos diz que Jesus faz aqui
uma ação simbólica com o povo de Israel, que era estéril, rebelde a doutrina do
Evangelho. Devemos ter cuidado e produzir frutos para o reino de Deus.
11, 15 os vendilhões do templo. Neste evento os príncipes dos sacerdotes e
os escribas já o queriam matar, mas tinham medo do povo. Até as pombas (animal
de sacrifício dos pobres) eram vendidas e isso indignou o Mestre.
É notório que hoje muitas
igrejas tenham se tornado em igrejas que pregam a teologia da prosperidade,
transformando a casa de Deus num comércio.
11, 27 príncipes dos sacerdotes,
os escribas e os anciãos. Jesus é interrogado a respeito de sua autoridade
e eles caem em contradição por medo do povo.
Muitas vezes somos questionados a respeito da autoridade da igreja e de
seus pastores como Jesus o foi e a resposta está em Mt 16, 13-20 “tudo o que
ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será
desligado no céu”.
12, 13 fariseus e herodianos. Para
os judeus pagar imposto a Roma era um absurdo, visto que os romanos estavam
solapando o fruto do trabalho e da terra, terra esta que havia sido dada por
Deus a seus pais, mas eles usaram isto como armadilha para derrubar Jesus. Ele
dá uma resposta sábia ao olhar a imagem que aparece na moeda: daí a Deus o que
é de Deus e a Cesar o que é de Cesar.
12, 18 saduceus. A temática
abordada pelos saduceus e o caso que é citado é simplesmente o descrito no
Livro de Tobias do a. T. como então alguém pode dizer que este livro não é
canônico, se o próprio Jesus é abordado e interrogado sobre a questão descrita
no livro.
12, 28 um escriba. Este
escriba é uma amostra clara que não devemos generalizar, visto que ele também
interroga Jesus, mas não com o intuito de derrubá-lo e sim de aprofundar o seu
conhecimento a respeito da Lei, prova disto é que Jesus afirma que ele “não está
longe do reino de Deus”.
Diferentemente dos outros escribas, Jesus elogia este escriba afirmando
que ele está no caminho certo para entrar no reino dos céus: “Vendo Jesus que ele falara sabiamente,
disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. E já ninguém ousava fazer-lhe
perguntas”.
12, 42 a pobre viúva. Vemos
neste episódio que Jesus está observando o comportamento das pessoas que vão
deitar seu dinheiro no templo e vendo o coração de cada um “Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos
daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb 4, 13). Tenho trabalhado em
muitas comunidades, aqui em Campo Grande-MS e em todo Brasil e América do Sul,
e tenho também observado como são generosos os pobres. Quando chego em suas
casas me convidam para tomar a refeição com eles e sentem alegria em dividir,
infelizmente não vejo isso na casa dos ricos que visito, sou obrigado a
concordar com Jesus “que é mais fácil um camelo passar num buraco de uma agulha
do que um rico entrar no reino de Deus” (Mt 10, 17-30).
“Jesus sentou-se defronte do cofre de esmola
e observava como o povo deitava
dinheiro nele; muitos ricos depositavam grandes quantias.42 Chegando uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, no valor de apenas um
quadrante. 43 E ele chamou os seus discípulos e disse-lhes:
Em verdade vos digo: esta pobre viúva deitou mais do que todos os que lançaram
no cofre,44 porque todos deitaram do que tinham em
abundância; esta, porém, pôs, da sua indigência, tudo o que tinha para o seu
sustento”.
13, 3Ss Pedro, Tiago, João e
André. Os apóstolos interrogam Jesus sobre os acontecimentos futuros,
dentre eles a destruição total do templo de Jerusalém e principalmente com
relação aos falsos profetas.
“Dize-nos, quando hão de suceder essas coisas? E
por que sinal se saberá que tudo isso se vai realizar?
5 Jesus
pôs-se então a dizer-lhes: Cuidai que ninguém vos engane.
6 Muitos
virão em meu nome, dizendo: Sou eu. E seduzirão a muitos.
7 Quando
ouvirdes falar de guerras e de rumores de guerra, não temais; porque é necessário
que estas coisas aconteçam, mas não será ainda o fim.
8 Levantar-se-ão nação contra nação e reino
contra reino; e haverá terremotos em diversos lugares, e fome. Isto será o
princípio das dores.
9 Cuidai de
vós mesmos; sereis arrastados diante dos tribunais e açoitados nas sinagogas, e
comparecereis diante dos governadores e reis por minha causa, para dar
testemunho de mim diante deles.
10 Mas primeiro é necessário que o Evangelho seja
pregado a todas as nações”.
14, 1 sumo sacerdote e escribas. Eles
tramavam um modo de matar Jesus, pois a verdade de Jesus incomodava aqueles que
tinham poder de escravizar o povo ou aqueles que tinham mordomias a custa do
povo. Hoje vemos que a verdade de Jesus ainda grita e muito incomoda aos que
estão solapando a vida e a dignidade do povo, em um país rico como o nosso é um
absurdo que pessoas passem fome, ou mesmo morram de fome.
“Ora, dali a dois dias seria a festa da
Páscoa e dos (pães) Ázimos; e os sumos sacerdotes e os escribas buscavam algum
meio de prender Jesus à traição para matá-lo. Mas não durante a festa, diziam eles, para não
haver talvez algum tumulto entre o povo”.
14, 3Ss Simão (o leproso) e uma
mulher (com um vaso de bálsamo). É interessante vermos que Jesus se
abrigava na casa de um homem contaminado pela lepra (e por isso estava impuro)
na cidade de Betânia (uma cidade de leprosos, marginalizada e excluída) e
recebe uma mulher com um vaso de bálsamo (caro para a época) e é censurada
pelos apóstolos que não entendem o plano de Deus ao ungir Jesus para sua
sepultura. Jesus diz que aquela boa obra será eternizada através dos
evangelhos, Ele não se esquece das nossas boas obras.
“Jesus se achava em
Betânia, em casa de Simão, o leproso. Quando ele se pôs à mesa, entrou uma
mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um perfume de nardo puro, de
grande preço, e, quebrando o vaso, derramou-lho sobre a cabeça.
4 Alguns, porém, ficaram indignados e disseram
entre si: Por que este desperdício de bálsamo?”
“Em verdade vos digo: onde quer que for
pregado em todo o mundo o Evangelho, será contado para sua memória o que ela
fez”.
14, 10 Judas Iscariotes. A partir deste momento em toda a Bíblia, onde se
fala o nome de Judas é relatado “Judas aquele que traiu Jesus”. Ele deixou-se
levar pela ambição do poder e do dinheiro, que ainda hoje tantas almas têm
levado para o inferno. Não caiamos na tentação de negar o Cristo pelo dinheiro,
pelo poder ou por qualquer outro motivo.
“Judas Iscariotes,
um dos Doze, foi avistar-se com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus.
11 A esta notícia, eles alegraram-se e prometeram
dar-lhe dinheiro. E ele buscava ocasião oportuna para O entregar”.
A
frase mais dura que Jesus usa é para quem o trai, e de pensar nisso meu coração
gela e minha alma treme: “melhor seria
que nunca tivesse nascido...”14, 9
14, 29 Pedro. Ele fala que estará sempre com Jesus, como nós queremos
estar sempre com Jesus e queremos ser Jesus na vida do próximo, mas nem sempre
o conseguimos. Jesus orou por nós e também orou por Pedro, pois sabia que como
chefe da igreja seus encargos seriam pesados, Pedro afirma que morreria por
Jesus e assim o fez, e de cabeça para baixo, contemplando os céus.
“Jesus disse-lhe: Em
verdade te digo: hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes,
três vezes me terás negado.
31 Mas Pedro repetia com maior ardor: Ainda que
seja preciso morrer contigo, não te renegarei. E todos disseram o mesmo”.
14, 33 Pedro, Tiago e João. Jesus pede para que os três fiquem em estado
de alerta, vigiem. Nós muitas vezes vencidos pelo cansaço da vida e pelos
problemas que nos afligem, não conseguimos manter a vigia, não conseguimos
orar, louvar e suplicar por aquele que realmente pode tudo.
“Em seguida, foi ter
com seus discípulos e achou-os dormindo. Disse a Pedro: Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora!
38 Vigiai e
orai, para que não entreis em tentação. Pois o espírito está pronto, mas a
carne é fraca.
39 Afastou-se outra vez e orou, dizendo as mesmas
palavras.
40 Voltando,
achou-os de novo dormindo, porque seus olhos estavam pesados; e não sabiam o
que lhe responder.
41 Voltando pela terceira vez, disse-lhes: Dormi
e descansai. Basta! Veio a hora! O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos
pecadores”.
14,43 Judas. Cf anteriormente.
14, 53 sumo sacerdote, os sacerdotes, escribas e anciãos. Por afirmar que
era o Filho de Deus, Jesus recebeu socos, cusparadas de todos, até dos servos.
Para confundir a cabeça dos sábios Jesus se faz presente na Eucaristia, aos
pequeninos foi dada a graça pelo dom da Fé de crer que Jesus está em seu Corpo,
Sangue, Alma e Divindade no pão e no vinho que transubstanciado em corpo e
sangue nos alimenta a alma até sua vinda.
“O sumo sacerdote
tornou a perguntar-lhe: És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?
62 Jesus
respondeu: Eu o sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de
Deus, vindo sobre as nuvens do céu.
63 O sumo
sacerdote rasgou então as suas vestes. Para que desejamos ainda testemunhas?!,
exclamou ele.
64 Ouvistes
a blasfêmia! Que vos parece? E unanimemente o julgaram merecedor da morte.
65 Alguns começaram a cuspir nele, a tapar-lhe o
rosto, a dar-lhe socos e a dizer-lhe: Adivinha! Os servos igualmente davam-lhe
bofetadas”.
14, 66 Pedro. Ele nega Jesus três vezes como Jesus havia predito, e
arrependido ele chora amargamente a ponto de soluçar. E nós quantas vezes
negamos Jesus em nossas vidas?
“E imediatamente cantou o galo pela segunda
vez. Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe havia dito: Antes que o galo
cante duas vezes, três vezes me negarás. E, lembrando-se disso, rompeu em
soluços”.
15, 1 sumo sacerdote, escribas e anciãos. Cf anteriormente. Eles entregam
Jesus a Pilatos para que ele o condene.
15, 1-15 Pilatos. Ele o interroga com diversas perguntas:
“Este lhe perguntou: És tu o rei dos
judeus?”
“Pilatos perguntou-lhe outra vez: Nada
respondes? Vê de quantos delitos te acusam!”
E ai o povo pede a crucificação
de Jesus. O mesmo povo que gritava: Hosana ao filho de Davi, agora grita
pedindo a sua crucificação.
“Querendo Pilatos satisfazer o povo,
soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse
crucificado”.
Muitas vezes queremos agradar
alguém em detrimento de agradar a Deus, é um risco que aumenta, a medida que
cresce a nossa autoridade na igreja. Lembro sempre de quando me ordenei diácono
permanente vários amigos meus me pediram para dar uma bênção em seus filhos,
que vivam em segunda união, e tive de dizer não, pois há uma proibição canônica
e se eu o fizesse seria suspenso da Ordem, foi o não mais amargo que disse e
não sei se ainda hoje eles me amam como antes, pois não sei se entenderam, mas
entre ser fiel a Deus e ao meu amigo não o iria fazê-lo somente para agradá-lo.
Senti a dor em meu coração e isso tem ocorrido em diversas circunstâncias.
Pilatos como vimos traiu seus valores, sua fé e tudo em que acreditava,
inclusive na justiça ‘não vejo n’Ele culpa alguma’ e mesmo assim para agradar o
povo condenou Jesus a morte.
15, 16 os soldados. Jesus sendo inocente foi
torturado pelos soldados que zombavam e batiam n’Ele.
15, 21 um homem de cirene (cirineu). Este
agricultor que vinha do campo ajudou Jesus a carregar a sua cruz. Como Jesus
ele também era inocente, mas teve o privilégio de se compadecer de Jesus, fico
imaginando em minha vida o privilégio que temos em ajudar a Jesus construir o
seu reino e ser um Cirineu na vida de outras pessoas. “Eu lavo os teus pés
quando te ajudo a ser Jesus para os outros”.
15, 27 os dois bandidos. Mesmo sendo culpados
um deles se arrependeu e ganhou a absolvição, sendo declarado santo pela
igreja. São Dimas é conhecido como o bom ladrão, pois se arrependeu,
confessou-se com Jesus, recebeu a absolvição e ganhou o Paraíso.
15, 38 o centurião. Mesmo sendo um soldado
romano, ele reconheceu o que ainda hoje muitos tem dificuldade de acreditar:
que Jesus era o filho de Deus.
“O centurião que estava
diante de Jesus, ao ver que ele tinha expirado assim, disse: Este homem era
realmente o Filho de Deus”.
15, 40 Maria
Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé. Vemos que os discípulos de Jesus o abandonaram e ficaram
apenas as piedosas mulheres, que permaneceram firmes aos pés da cruz. Será que
nós quando vemos o próximo em seu sofrimento também não os abandonamos, ou
permanecemos juntos ao menos para dar-lhes um apoio moral.
15, 42 José de Arimetéia. Este trecho da
Sagrada escritura deve ser lido e relido com critério e inspiração divina, pois até então não se tinha conhecimento de
José de Arimatéia. Analise o risco que ele correu ao enfrentar Pilatos e
praticamente as autoridades judaicas. Um belo relato de um homem corajoso. O
pano que ele comprou é o Santo Sudário exposto em Roma, já analizado diversas
vezes por cientistas que comprovam cientificamente ser o Sudário que foi
comprado por Arimatéia e cobriu Jesus.
“Quando já era tarde
- era a Preparação, isto é‚ é a véspera do sábado -,
43 veio José de Arimatéia, ilustre membro do
conselho, que também esperava o Reino de Deus; ele foi resoluto à presença de Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
44 Pilatos
admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E, chamando o centurião,
perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha morrido.
45 Obtida a
resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo.
46 Depois de
ter comprado um pano de linho, José
tirou-o da cruz, envolveu-o no pano e depositou-o num sepulcro escavado na
rocha, rolando uma pedra para fechar a entrada.
47 Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o depositavam”.
15, 47 Estas
mulheres (Maria Madalena e Maria, mãe de
José) acompanharam Jesus todo o dia do suplício, inclusive na sepultura,
nem mesmo quando Jesus ressuscitou deixou de aparecer para elas (em primeiro
lugar depois aos doze).
16, 1 Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e
Salomé. Jesus está no sepulcro e estas mulheres compraram aromas para ungir
Jesus. Elas simplesmente não o deixavam independente da situação e saíram bem cedo, fico a imaginar como não
deve ter sido a noite destas pobres mulheres, a tristeza que tomou conta de seu
coração, mas ao mesmo tempo a alegria de, mesmo morto, ir velar o amigo.
“1Passado o
sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para
ungir Jesus.
2 E no
primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia
despontado.
3 E diziam
entre si: Quem nos há de remover a pedra da entrada do sepulcro?
4 Levantando os olhos, elas viram removida a
pedra, que era muito grande”.
16, 5 um jovem (um anjo de Deus). As santas e
piedosas mulheres entram no sepulcro e se deparam com um anjo, mas elas acham
que é um jovem e mesmo assim na dúvida se este seria alguém do Céu saíram
correndo com medo.
“5 Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado
direito, um jovem, vestido de roupas
brancas, e assustaram-se.
6 Ele lhes
falou: Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele
ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram.
7 Mas ide,
dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis
como vos disse.
8 Elas
saíram do sepulcro e fugiram trêmulas e
amedrontadas. E a ninguém disseram coisa alguma por causa do medo”.
16, 9 Maria Madalena. Ela, segundo Marcos,
foi a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado. Ele apareceu a ela e lhe pede
que leve a notícia aos demais. Muito feliz ela foi levar a notícia aos
discípulos, mas não deram crédito a suas palavras.
“Tendo Jesus
ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria Madelena (oriunda de cidade de
Magdala), de quem tinha expulsado sete demônios.
10 Foi ela
noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos.
11 Quando souberam que Jesus vivia e que ela o
tinha visto, não quiseram acreditar”.
16, 12 dois deles (os discípulos de Emaús).
Eles iam fugindo com a tristeza do mestre “o Rabi” ter sido morto numa cruz,
maldição para os judeus. E talvez por medo de ser perseguido e morto pelo sumo
sacerdote e todo o povo. Jesus foi ao encontro deles, porém a palavra nos
mostra que Ele tinha outra forma. Este encontro fez Jesus ressuscitar no
coração dos discípulos que ardia enquanto Ele falava. Porém os outros discípulos
não acreditaram neles.
“12 Mais tarde, ele apareceu sob outra forma a
dois entre eles que iam para o campo.
13 Eles foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram”.
16, 14 os onze discípulos. Enfim Jesus aparece
aos demais discípulos e censura-lhes a incredulidade e a dureza de coração. O
coração duro foi o que acometeu ao faraó no tempo de Moisés receber as dez
pragas. Como nos fala o profeta Ezequiel devemos quebrar o nosso coração de
pedra e ter um coração de carne. Ez 36, 26 “Dar-vos-ei um coração novo e em vós
porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne”.
“Por fim apareceu (Jesus) aos Onze, quando estavam sentados à mesa, e
censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que
o tinham visto ressuscitado”.
No final
de sua missão na terra Jesus nos dá sua última ordem:
“E disse-lhes: Ide
por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado
será salvo, mas quem não crer será condenado”.
COMENTÁRIO:
muito tenho me perguntado se estou cumprindo a minha missão como cristão e
diácono do Senhor Jesus. Estarei levando o evangelhos as criaturas de Deus? Sei
que serei cobrado a esse respeito por Jesus e peço a Deus forças para não ser
abatido pelo desânimo e pelo cansaço. Jesus tem utilizado os aviões da Força
Aérea para que eu leve a palavra a bases desprovidas de padres, levo a âmbula
no cofre do avião e ele se transforma na casa de Deus nos céus, por isso nossa
padroeira é Nossa Senhora do Loreto (a casa voadora que abrigou a Mãe de Deus).
Pois existe um acordo diplomático entre o Brasil e o Vaticano que o obriga a
prestar assistência religiosa através dos seus ordenados.
PERSONAGENS PRESENTES NA VIDA DE DE
JESUS
SEGUNDO SÃO LUCAS
1, 3 Excelentíssimo
Teófilo. Não se pode afirmar com exatidão quem seja este personagem.
Teófilo significa amigo de Deus, talvez tenha sido alguém que financiou os
escritos e a obra de Lucas, mas decerto que seu evangelho foi destinado aos
oriundos do paganismo chegando até nós.
“Também a mim me
pareceu bem, depois de haver diligentemente investigado tudo desde o princípio,
escrevê-los para ti segundo a ordem, excelentíssimo
Teófilo,
4 para que conheças a solidez daqueles
ensinamentos que tens recebido”.
1, 5 Zacarias e Isabel. Ela era estéril e ambos já tinham idade
avançada, mas a Palavra nos mostra que eles eram “justos diante de Deus”, e
Deus não se esquece de seus filhos e de suas promessas. Tenho visto e
acompanhado com minha esposa muitas mulheres desesperadas, junto com seus
esposos por não conseguirem engravidar, no entanto, todas as mulheres Bíblicas
estéreis que estudei, tiveram filhos que foram grandes heróis da Bíblia
(Sansão, Samuel, Isaac, João Batista... e muitos outros).
“Ambos eram justos diante de Deus e
observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor.
7 Mas não tinham filho, porque Isabel era estéril e ambos de idade
avançada”.
1, 11 um
anjo do Senhor. Zacarias fica mudo por não ter dado crédito a Palavra do
Senhor, e Noé que crédito temos dado a Palavra de Deus? Temos estudado como nos
exorta o Santo Padre o papa Bento XVI em sua carta apostólica “Porta Fidei” a
porta da fé (para o ano da fé – 2012/2013).
“Eis que ficarás mudo e
não poderás falar até o dia em que estas coisas acontecerem, visto que não
deste crédito às minhas palavras, que se hão de cumprir a seu tempo”.
1, 26 anjo Gabriel. Dos três anjos que
assistem no trono de Deus (Gabriel- em Lucas e Daniel; Rafael – em Tobias e o
arcanjo Miguel em Apocalipse 12) Gabriel recebe a missão de anunciar o
nascimento do Salvador, e eis que ele cumprimenta Maria com uma saudação que na
época era dada aos imperadores: “Ave,
cheia de graça”
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da
Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava
José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria”.
1, 27 Maria. Maria é a santa das santas, ela goza de um privilégio que a
nenhuma criatura foi dada tamanha honra: do Pai ela é filha, do Espírito Santo
ela é esposa e do Filho ela é mãe. Ela tem um vínculo filial, esponsal e
maternal com a trindade, por isso a igreja a proclama Bem –aventurada e a
declara Theotokós (mãe de Deus), Antrotokós (mãe do homem) e Cristotókos (mãe
do Cristo).
“Entrando, o anjo
disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor
é contigo... porque a Deus nenhuma coisa é impossível.
38 Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela”.
1, 40 Isabel. Ao ouvir a saudação Isabel também ficou cheia do Espírito
Santo. Visto que, Maria é a nova Arca da Aliança de Deus com os homens,
conforme rezamos na ladainha de Nossa Senhora. O Sacrário vivo que Deus fez a
sua primeira morada aqui na terra.
“Ora, apenas Isabel
ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou
cheia do Espírito Santo.
42 E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”.
1, 59 João
(o batista). Toda família estava cheia do Espírito. Zacarias, João e até
mesmo a gestação de Isabel e o nascimento de João Batista, bem como sua vida
foram marcadas pela presença do Espírito Santo, tanto que no batismo de Jesus o
Espírito Santo se faz presente em forma corpórea de uma pomba.
“67Zacarias, seu
pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou...”
2, 4 José e Maria. Eles saem de Nazaré em
vias de Maria dar a luz ao Salvador e fico a imaginar uma gestante sair ás
vésperas de dar a luz em cima de um jumento e a pé uns trezentos quilômetros,
tarefa nada fácil. Deus os conduziu para que se cumprisse a profecia sobre o
nascimento do salvador em Belém.
2, 8 os pastores. Eles são os primeiros a
visitar Jesus, assim, mais uma vez vemos que Deus em seu infinito amor faz
literalmente a sua opção pelos pobres. Os pastores eram pessoas excluídas no
povo de Israel, pois tinham que guardar o rebanho inclusive no sábado, o dia
sagrado deles, por isso não podiam fazer oferendas no templo. Viviam fora das
cidades cuidando dos rebanhos. Jesus em sua pregação se compara aos pastores
“eu sou o bom pastor que cuida de suas ovelhas”. Ele renova a sua opção com os
excluídos da casa de Israel. E eu como tenho tratado os excluídos do Senhor?
Tenho que me perguntar sempre: no meu lugar o que Jesus faria?
2, 25 Simeão. A Sagrada escritura atribui a bem poucas pessoas o título
de ‘justo’ (Noé, José pai adotivo de Jesus...) e assim nos ensina que os justos
verão a Deus como Simeão foi agraciado ao ver Jesus e também tomá-lo nos braços.
Ela ainda faz outros elogios, elenca outras qualidades espirituais que ele
tinha e que devemos ter.
“Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem,
justo e piedoso, esperava a
consolação de Israel, e o Espírito Santo
estava nele”.
“E o sol parou, e a lua
não se moveu até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto acha-se escrito no
Livro do Justo. O sol parou no meio
do céu, e não se apressou a pôr-se pelo espaço de quase um dia inteiro”. (Josué 10,13)
2, 36 Ana (profetisa filha de Fanuel, da
tribo de Aser e de idade avançada). Ela encontrou graça diante de Deus, pois
vivia no templo servindo a Deus dia e noite em jejuns e orações.
2, 46 os doutores. Jesus discutia entre os
doutores estando já há três dias sem a presença dos pais (José e Maria). Como
um adolescente que não fosse Jesus poderia discutir a ponto de deixar os
doutores de Israel admirados, não fosse Ele Deus isto não aconteceria. Não
devemos temer os sábios deste mundo se estivermos cheios do Espírito Santo,
pois Deus falará por nós e até nos defenderá.
3, 21 João Batista. No batismo de Jesus João
não se acha digno, pois a sua piedade era grande diante de Deus, porém Jesus
devia ser batizado para se cumprir a profecia e pela primeira vez a trindade se
revela ao homem em seus sentidos. Jesus era visto por todos, o Espírito Santo
foi visto pois tomou a forma corpórea de uma pomba e o Pai ouviu-se a voz ‘este
é meu filho amado...’. esta é a marca que o sacramento do batismo tem uma
importância crucial em nossas vidas. “todo aquele que crer e for batizado será
salvo” (Mc 16, 16)
3, 23 “A
genealogia de Jesus, em Lucas, nos mostra sua descendência percorrendo em
sentido inverso a ordem dos descendentes, chega ao começo do gênero humano,
para mostrar que o primeiro e o último Adão têm a mesma natureza” (carta de São
Leão Magno, papa.
4, 2 o Demônio. Vendo o inimigo de Deus que
Jesus usara a Sagrada Escritura para se defender dos seus ataques, ele resolve
mudar a estratégia e tentar o filho de Deus com a Palavra, mas não obtém êxito.
Fico a pensar em pessoas que fazem o mesmo que o inimigo de Deus usam a Bíblia
para tentar os cristãos e até mesmo para dizer quem vai para o céu ou para o
inferno tomando o julgamento das pessoas para si e tomando o lugar de Deus como
o quis Lúcifer. Estas são atitudes do Demônio ou daqueles que estão sobre o seu
poder. Cuidado irmão (ã) se você anda por ai com a Bíblia acusando os outros de
idolatria ou o que quer que seja, dizendo que vai para o céu ou inferno, isto
não vem de Deus, pois foi satanás que teve esta atitude.
16 e 20.
sinagoga e ministro. Jesus pregava
na sinagoga e deu o rolo da profecia de Isaías ao ministro, porém não aceitaram
que Jesus fosse Deus, o ungido de Deus e por isso queriam matá-lo, como mais
tarde o fizeram. Hoje Ele se fez menor ainda, na Hóstia consagrada está
presente, para confundir a cabeça dos sábios e inteligentes. A pergunta de
Jesus ecoa nos séculos: quando o Filho do homem voltar encontrará fé em alguém?
4, 33. o endemoinhado. A ordem de Jesus
“cala-te e sai deste homem!”, o demônio deixou o homem em paz. O demônio existe
e pode nos tentar, pois tentou ao salvador, como dizemos no Pai-Nosso deixado
por Jesus “não nos deixe cair em tentação”. Ele não disse para não sermos
tentados e sim para não cairmos, isto é o que pedimos ao Pai, para não
aderirmos as investidas de satanás. Não seremos tentados acima de nossas
forças, mas na medida em que temos força para resistir. A oração nos dará a
força necessária para vencer. “O homem que reza se salva, o que não reza se
condena” (São Pe. Pio de Pietrelcina).
4, 38 a
sogra de Pedro. As pessoas intercederam a Jesus pela sogra de Pedro e Ele
atendeu as súplicas. Logo que ficou curada ela pôs-se a trabalhar e a
servi-los. Este milagre nos ensina que quando somos acometidos por um mal
devemos suplicar e usar a intercessão dos santos, mas ao ficarmos curados
lembremo-nos que o fomos para trabalhar para o seu reino e logo devemos nos
colocar de pé.
4, 40 os
enfermos. Todos os enfermos que foram levados a Jesus foram curados.
Devemos encaminhar as nossas enfermidades a Jesus, desde a menor até a maior
para que ele nos cure e possamos dar glórias ao seu santo nome, mas precisamos
acreditar, visto que as pessoas que O procuravam tinham a certeza que ficariam
curadas, por isso elas O procuravam.
4, 42 as
multidões. Eles não queriam deixar Jesus ir embora, porém a missão de Jesus
não se resumia a uma única cidade, mas a toda a humanidade. Por isso Ele
explica que não pode ficar e tem que continuar sua missão.
5, 1 o
povo. “Estando Jesus um dia à margem
do lago de Genesaré, o povo se comprimia em redor dele para ouvir a palavra de
Deus”. Ainda acredito no ser humano e sonho em ver igrejas cheias e não
presídios, o povo parou para ouvir a Palavra de Deus, um povo que tinha sede de
Deus. Precisamos fomentar isso no coração do povo de Deus.
5, 4.9 Simão (Pedro), Tiago e João.
“Quando
acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar.
5 Simão
respondeu-lhe: Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por
causa de tua palavra, lançarei a rede.
6 Feito
isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia.
7 Acenaram
aos companheiros, que estavam na outra barca, para que viessem ajudar. Eles
vieram e encheram ambas as barcas, de modo que quase iam ao fundo.
8 Vendo
isso, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus
e exclamou: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.
9 É que
tanto ele como seus companheiros estavam assombrados por causa da pesca que
haviam feito.
10 O mesmo
acontecera a Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus companheiros. Então
Jesus disse a Simão: Não temas;
doravante serás pescador de homens.
11 E atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram”.
Analisando os trechos em negrito muito
poderemos depreender destes trechos. Lançai as vossas redes, este é o
primeiro passo para nossa reflexão, será que estamos lançado nossas redes e
trazendo almas para a maior missão da igreja “a salvação das almas”. Por que
Jesus escolheu pescadores? Já parou para pensar como é a vida e o trabalho do
pescador? Ele é um homem simples sem muitos apegos materiais, tem paciência e é
capaz de passar noites e dias esperando o momento certo de laçar as redes, ele
tem fé que voltará em meio as tempestades e os riscos iminentes do mar, ele
separa os peixes que são bons e joga fora os venenosos. Ele possui qualidades
necessárias a um bom condutor de almas.
Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e
exclamou: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Reconhecer-se
pecador diante de Jesus é o primeiro passo para a conversão, mas não se pode
parar por ai, é necessário a reconciliação com Deus, voltar a casa paterna.
Não temas; doravante serás pescador de homens. A expressão “não
temas” aparece trezentas e sessenta e cinco vezes na Bíblia, realmente
precisamos rezar como os discípulos “Senhor aumenta a nossa fé”, pois somos
muito medrosos e isto é falta de fé em Deus, é não confiar no poder de Deus ou
achar que Deus não está vendo os nossos temores e problemas. Deus tudo vê e
tudo sabe e somos muito valiosos para Ele.
“Não se vendem dois passarinhos por um asse
(moeda de baixo valor)? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso
Pai. 30 Até os cabelos de vossa cabeça estão todos
contados. 31 Não temais, pois! Bem mais que os pássaros
valeis vós”.
Mt 10, 31
“Até os cabelos da vossa
cabeça estão todos contados. Não temais, pois. Mais valor tendes vós do que
numerosos pardais.”
Lc 12, 7
“Olhai as aves do céu:
não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as
alimenta. Não valeis vós muito mais que elas”?
MT 6, 26
Considerai os corvos:
eles não semeiam, nem ceifam, nem têm despensa, nem celeiro; entretanto, Deus
os sustenta. Quanto mais valeis vós do que eles?
Lc 12, 24
5, 12 o leproso. “Senhor, se queres, podes limpar-me. 13 Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu
quero; sê purificado! No mesmo instante desapareceu dele a lepra”. Diante da nossa sujeira Jesus pode nos limpar
de toda imundície do mundo que tanto atrapalha a nossa comunhão com Deus.
Lembro sempre das belas histórias que meu pai nos conta aos seus oitenta e
cinco anos de idade: “Um dia ia passando um homem por uma estrada e ele se
deparou com um cavalo morto que exalava grande mau cheiro. O homem passou pelo
outro lado da estrada tampando o nariz com um pano. Nessa mesma estrada vinha
um anjo que passou ao lado do animal morto sem esboçar qualquer reação, porem
quando o anjo passou perto do homem afastou-se e tampou o nariz com um pano. Um
santo que vinha na mesma estrada e tudo vira perguntou ao anjo porque ele
passou ao lado do cavalo morto e desviou-se do homem. O anjo respondeu que
aquele homem estava em pecado mortal e que grande mau cheiro exalava de sua
alma”. Se pudéssemos ver a nossa alma manchada pelo pecado, e como nos veria o
nosso anjo da guarda, certamente que procuraríamos o caminho da reconciliação.
5, 18 o homem paralítico e algumas pessoas. Sabendo que Jesus curava os
doentes algumas pessoas com grande fé passaram o paralítico pelo teto da casa e
Jesus ficou admirado da fé deles. As vezes outras pessoas nos levam a Deus,
principalmente quando nos sentimos paralisados por algum problema. Jesus sempre
esteve cercado de pessoas, se quisermos seguir os passos de Jesus devemos estar
em comunidade, pois ele ao nascer estava entre rei magos e pastores e durante
toda sua vida estava sempre cercado de pessoas e multidões, criou a comunidade
dos apóstolos, que tão bem vemos em Atos dos apóstolos.
5, 21 escribas e fariseus. Embora já descritos diversas vezes neste
ensaio, a atitude deles se modifica em torno dos acontecimentos que envolvem
Jesus. Neste, apesar de serem testemunhas presenciais do milagre questionam a
sua autoridade afirmando que só Deus pode perdoar os pecados, não acreditando que Jesus era Deus.
Este foi o motivo da real condenação de Jesus, não acreditaram que Ele era Deus
e acusaram de blasfêmia. Vejo esta atitude em muitos católicos resistentes ao
sacramento da reconciliação, não querem se confessar com um padre e afirmam que
se confessam diretamente com Deus. O confessionário, como afirmava São Padre
Pio, é a porta do céu. Se alguém quer se confessar diretamente com Deus, não
obedecendo a vontade de Jesus deveria criar uma nova igreja, pois para ser
católico ou comungo cem por cento com a igreja que Jesus deixou e toda doutrina
deixada a nós por Ele ou não é possível ser católico.
5, 27 Levi (Mateus). Para o povo judeu um cobrador de impostos
(publicano) era um grande pecador excluído de todas as práticas do judaísmo. No
entanto para Jesus era mais uma alma que necessitava ser salva, talvez para
aquele pobre que nada tinha fosse fácil seguir Jesus, mas e para o que tinha
dinheiro e posse como Mateus e Zaqueu. Para estes era mais difícil se desapegar
dos seus bens, no entanto, Mateus deixou tudo e seguiu o Mestre.
“Depois disso, ele saiu e viu sentado ao
balcão um coletor de impostos, por nome Levi, e disse-lhe: Segue-me. 28 Deixando
ele tudo, levantou-se e o seguiu”.
Mateus coberto de grande alegria dá um banquete a
Jesus e seus discípulos, estando presente os seus amigos também cobradores de
impostos, ao que Jesus é duramente criticado por estar entre pecadores públicos
contumazes. Jesus lhes responde com grande sabedoria:
“Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os
enfermos.32 Não vim chamar à conversão os justos, mas sim
os pecadores”.
6, 2 alguns
fariseus.
PERSONAGENS PRESENTES NA VIDA DE DE
JESUS
SEGUNDO SÃO JOÃO
2, 1 Maria,
Mãe de Jesus. Jesus sabia que havia faltado vinho, pois Ele é Deus e sabe
tudo. Porém Maria sua mãe se compadece dos noivos e não é por acaso que o
primeiro milagre de Jesus ocorre em uma festa de casamento, Ele escolheu a
família desde o início quando nasceu no seio da família de Nazaré. Se
percebermos Ele afirma que sua hora ainda não chegara. Talvez Jesus não fosse
morrer com a idade que morreu, visto que a hora em que começasse os milagres
seria dado o início de sua vida pública de milagres e Ele antecipa tudo a
pedido da mãezinha querida. Não entendo como pode uma pessoa ler a Palavra de
Deus e não amar Maria se o próprio Jesus foi quem a escolheu.
2, 2 seus
discípulos. (cf anteriormente os doze)
2, 7 eles
(os serventes). Aqui está mais uma prova que depois que Deus criou o homem,
Ele nos chama a participar de seus milagres, Jesus podia fazer tudo sozinho,
mas preferiu pedir para que os serventes enchessem as talhas de água
(comentário do Padre Fábio de melo no programa direção espiritual da Canção
Nova rede de televisão dia 1 de agosto de 2012). Nos milagres de Jesus o homem
e a mulher participam do processo assim como ele pergunta o que a pessoa
deseja, como perguntou ao cego: “o que queres”, é obvio que Ele sabia que o
cego queria enxergar, mas Ele queria ouvir dele assim como quer de nós saber o
que precisamos, a oração é uma súplica a Deus dos nossos pedidos.
2, 8 o
chefe dos serventes. Sem saber ele questiona o noivo do motivo pelo qual
está servindo o melhor vinho no final da festa e não no início como de costume,
ele não sabia do milagre. Cada talha de água comportava de 80 a 120 litros, o
que daria setecentos litros de vinho aproximadamente. Alguém pode se perguntar
porque tanto vinho e eu posso lhe responder que é pelo mesmo motivo de ter
sobrado doze cestos de pão na multiplicação, significando assim que Jesus
quando dá a graça Ele a dá em abundância, com sobras e muito mais do que
necessitamos.
2, 9 o
noivo.
AGONIA, FLAGELO E CRUCIFIQUIÇÃO
Uma reflexão
A respeito da agonia, flagelo e crucificação
de Jesus os Evangelhos nos trazem os seguintes capítulos, que devem ser por nós
refletidos, para que nós consigamos juntar as nossas dores as dores de cristo
como diz São Paulo: “juntar as minhas dores as que faltaram nas do Cristo” “Agora me alegro nos sofrimentos suportados
por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu
corpo que é a Igreja” (Cf Col 1, 24) e aceitar este espinho na carne para
nossa salvação como nos lembra o Beato J. Paulo II em sua encíclica
SD(Salvifici Doloris) confira em 2Cor 12, 7. “Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho,
foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me
livrar do perigo da vaidade”.
EVANGELHO
|
CAPITULOS
|
GÊNERO LITERÁRIO
|
ASSUNTO
|
Mateus
|
26
a 28
|
Evangelho
Sinótico
|
paixão
e morte de nosso senhor Jesus Cristo
|
Marcos
|
14
a 16
|
||
Lucas
|
22
a 24
|
||
João
|
13
a 21
|
Filosófico
|
Aqui vemos
que os Evangelhos sinóticos sobre o assunto da paixão todos eles tem dois
capítulos, já bem diferente é o de João com 9 capítulos.
Sobre a flagelação e a crucificação o
diário de santa Brígida nos traz que Jesus perdeu 35.000 gotas do seu precioso
sangue, sendo que apenas uma gota seria suficiente para nos redimir e salvar. Ele sofreu também 5.480 chagas “por
suas chagas fomos curados” 1Pd 2, 24 e
Is 53, 5.
Muito temos a aprender para nossa vida
espiritual com a experiência da Via Dolorosa (Via Crucis). A sua riqueza de
significados litúrgicos é imensa. As cinco chagas de Jesus que catequeticamente
aprendemos na missa do fogo novo, as cinco chagas do Círio Pascal, a Luz de
Cristo, nos mostram o caminho de Jesus: as duas chagas das Mãos que somente abençoaram a humanidade, curaram os enfermos,
libertaram os possesssos, ressussitaram os mortos... receberam santos e
perfumados cravos que por eles pendeu a nossa salvação. As duas chagas dos pés que levaram as pessoas a sua
palavra redentora, que ao andar santificou com sua presença este santo planeta
que vivemos, obra da criação de Deus, que aos seus pés foram curados aqueles
que verdadeiramente se arrependeram como Míriam de Magdala (Maria Madalena).
Como são belos os pés do mensageiro... que anunciam a Paz. A maior de todas as
chagas, que não tendo mais sangue para doar a humanidade e restando apenas o
que estava guardado no músculo cardíaco, eis que o soldado romano perfuralhe-Lhe
o coração. Seu coração que tanto
amou a humanidade a ponto de dar a vida por ela, por todos nós pecadores, que
apenas amou sem medidas jorrou sangue e água. “Ele se esvaziou por completo”.
Jorraram todas as bênçãos e graças de suas santas chagas como vemos no diário
de santa Faustina “o Jesus misericordioso” os raios da santa misericórdia “o
raio pálido que significa a água que justifica as almas; o raio vermelho
significa o sangue que dá vida as almas. Estes raios defendem as almas da ira
de meu Pai”.
CONCLUSÃO
Fui convidado para fazer uma palestra em
determinada cidade do centro oeste do Brasil e resolvi fazer uma dinâmica onde
todos ficaram de pé e eu ia perguntando quem tinha lido ao menos um livro da
Bíblia, estes ficariam de pé e quem não tivesse lido sentaria, e umas cem
pessoas mais ou menos sentaram, e olha que tem vários livros da Bíblia que não
chega a ter uma página completa como por exemplo: a segunda e a terceira carta
de São João, a carta de São Judas com uma página, o livro do profeta Ageu de
uma página e meia... enfim, vários livros bem pequenos. No final, para minha
decepção, de quase mil e quinhentas pessoas só quatro ou cinco tinham lido a
Bíblia toda, nem mesmo os evangélicos que lá estavam tinham lido toda Bíblia, e
não podemos dizer que não se tem apoio, na Paulus livraria tem diversos livros
pequenos e baratos que ensinam a ler a Bíblia e ainda tem para cada livro
Bíblico um livro de apoio se a pessoa assim o quizer, bem como a editora Canção
Nova dispõe de vários livros nesta área, precisamos deixar de ser multidão para
seguir Jesus, pois nem sempre a expressão “Vox populi Vox dominu” a voz do povo
é a voz de Deus é verdadeira, ela só é verdadeira se o povo está comprometido
com a palavra e os mandamentos de Deus.
Porque tenho que conhecer Jesus? Nos
afirma a Dei Verbum que o desconhecimento das escrituras é o desconhecimento do
próprio Deus. Não posso amar a quem não conheço, conhecer Jesus é buscar amá-lo
cada vez mais, para poder imitá-lo, pois a imitação de cristo nos levará a
santidade, “buscai e achareis, pedi e dar-se-vos-a”.
Quem vai mostrar este Jesus ao mundo?
Somos nós, mas para levá-lo eu preciso primeiro conhecê-lo. “ide por todo
mundo, pregai o evangelho a toda criatura... todo aquele que crer e for
batizado será salvo”.
O antigo Testamento anuncia Jesus e muitas
passagens são correlatas na forma antiga (antes de Jesus encarnado) e na forma
nova (depois de Jesus encarnado). Vejamos:
COMPARATIVO DE PASSAGENS
|
|
O
PEQUENO ÊXODO (MOISÉS)
MOISÉS
LIBERTA O POVO HEBREU DA ESCRAVIDÃO DO EGITO QUE DURAVA 420 ANOS
|
O GRANDE
O ÊXODO (JESUS)
JESUS
LIBERTOU TODOS OS POVOS DA ESCRAVIDÃO DO PECADO, SENDO ELE MESMO A VÍTIMA
ESPIATÓRIA
|
MOISÉS
NA SARÇA
JAVÉ SE
DIZ QUE É “EU SOU”
“DIGA
QUE EU SOU ME ENVIOU A VÓS”
|
JESUS
RESPONDE AOS DISCÍPULOS
“EU SOU
O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”
|
A TORRE
DE BABEL
UM SÓ
POVO QUE POR DESENTENDIMENTO FALAVAM DIVERSAS LÍNGUAS
|
PENTECOSTES
DIVERSOS
POVOS, MAS QUE COM A UNÇÃO DO ESPÍRTO SANTO FALAVAM EM UMA LÍNGUA E TODOS
ENTENDIAM
|
O
PRIMEIRO ADÃO
LEVOU TOAS AS GERAÇÕES A
CONDENAÇÃO DO PECADO ORIGINAL.
|
O
SEGUNDO ADÃO
SALVOU DO PECADO E LIBERTOU O POVO
DA OPRESSÃO E DA CONDENAÇÃO.
|
ESAÚ
RECEBE JACÓ
SENTE-SE
INJUSTIÇADO POR TER PERDIDO A PRIMOGENITURA.
|
O IRMÃO
DO FILHO PRÓDIGO SENTE-SE INJUSTIÇADO PELO PAI NUNCA TER FEITO UMA FESTA PARA
ELE.
|
A nossa vida é finita e curta, a
eternidade que não se acaba nunca é a nossa morada definitiva. Devemos estar
conscientes de “orar e vigiar” e trabalhar para que o nosso nome esteja escrito
no Livro da Vida.
“DEUS
ANOTA NO SEU LIVRO, ONDE INSCREVE OS POVOS TODOS: FOI ALI QUE ESTES NASCERAM. (Sl
87)
“FIQUEM
ALEGRES PORQUE OS NOMES DE VOÇÊS ESTÃO ESCRITOS NO CÉU” (Lc 10, 20)
“QUEM
NÃO TINHA O NOME ESCRITO NO LIVRO DA VIDA FOI TAMBÉM JOGADO NO LAGO DE FOGO”
(AP 20 15).
Desejo do fundo de meu coração encontrar a todos
no céu, consciente que muito terei que fazer por mim e por meus irmãos e irmãs,
mas confiante na poderosa intercessão da Mãe Santíssima, Virgem de Fátima, do
Loreto, das Graças, do Perpétuo Socorro e de todos os nomes, que nos ajudará
nesta difícil caminhada. Que o Senhor vos abençoe e vos guarde, que Ele receba
as minhas súplicas e orações pelo seu povo e a minha bênção diaconal: que desça
sobre vós, pela intercessão da Virgem Mãe de Deus, a bênção de Deus
todo-poderoso. Pai, e Filho, e Espírito Santo. Amém. Louvai ao Senhor com
vossas vidas, fiquem na Paz e que o Senhor esteja sempre ao vosso lado.
BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA SAGRADA, Ed. Ave Maria. Edição claretiana, 2010.
BÍBLIA SAGRADA, Editora Clerus. Versão digital.
BÍBLIA CATÓLICA www.bibliacatolica.com.br
BÍBLIA sagrada ave-maria, www.avemaria.com.br
CIC, Catecismo da Igreja Católica, Ed. Paulus.
CIC – Catecismo da Igreja Católica. Ed Loyola.
DEI VERBUM.
DIDAQUÉ, O catecismo dos primeiros cristãos, Ed. Paulus.
Documento de Aparecida. CNBB.
FÁBIO DE MELO, padre, programa direção espiritual 01 agosto
de 2012.
JOÃO PAULO II, SD – Salvifici Doloris, encíclica.
PEREIRA, Tarcísio Gonçalves (PE Léo SCJ). Buscai as coisas do
alto. Ed Canção Nova. São Paulo 2012.
LINDEMBERG, padre, palestra no Encontro nacional dos Filhos
da Ressurreição. Campinas, junho de 2011.
MAGNO, São Leão, papa. carta de São Leão Magno, papa. Ep 31,
2-3; PL 54, 791- 793.
PUIG, Armand. Jesus uma bigrafia. 2ª Edição, Ed. Paulus. novembro 2010.
RATZINGER, Joseph. Jesus de Nazaré (vol I e II). Ed Planeta.
TOMÁS DE KEMPIS. imitação de Cristo,
Ed. Paulus. São Paulo, 1979.
[1] PUIG,
Armand. Jesus uma bigrafia. 2ª Edição,
Ed. Paulus. novembro 2010
[2] BÍBLIA SAGRADA, Ed. Ave Maria.
Edição claretiana, 2010.
[3] PUIG,
Armand. Jesus uma bigrafia. Op. Cit. 1
[4] WELLEN,
Aloys. Caminho de volta?
[5]
Oração que todos os ordenados (diáconos, padres, bispos...) da igreja católica
são obrigados a fazer diariamente
[6]
Método de leitura em oração da Palavra de Deus disponível nas livrarias
católicas, na qual é feita uma reflexão profunda do evangelho do dia aplicado a
nossa vida. Recomendo a todos que aprendam.
[7] PUIG,
Armand. Jesus uma bigrafia. Op. Cit. 1
[8] Oração
da igreja Católica descrita nos Evangelho de São Lucas.
[9] Oração
de São Bento
Este livro escrito por mim, deixo disponível a todos como presente, apenas peço que se usarem por favor informem a fonte e o crédito do autor.
ResponderExcluir