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sábado, 5 de julho de 2014

LIVRO: PERSONAGENS BÍBLICOS DA VIDA DE JESUS. Diác. P. Paulo Gabriel Batista M. (OMB)

PERSONAGENS  BÍBLICOS DA  VIDA DE JESUS
OS PERSONAGENS QUE JESUS TOCOU E NÓS: UMA REFLEXÃO
Diác. Permanente
Paulo Gabriel Batista M. (OMB)

INTRODUÇÃO

                Este livro nasceu num retiro de sexta-feira santa dirigido pelo padre Wilson Gualberto, capelão da Base Aérea de Campo Grande, durante uma palestra do aluno ao diaconato Paulo Sérgio da escola Diaconal Santo Estevão (hoje diácono Paulo Sérgio), criada a pedido do Arcebispo Militar pelo padre Lindenberg (capelão do Exército Brasileiro) na qual fiz os meus estudos diaconais e também recebi o sacramento da ordem pela imposição das mãos de D. Osvino Both Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil. Concomitante a isto o diretor espiritual da obra Filhos da Ressurreição, padre Lindenberg, sugeriu que todos os casais lessem a obra de Armand Puig[1] (Jesus uma biografia) que empurrou-me ainda mais a refletir e escrever esta reflexão ao povo de Deus.
                Propõe-se estes humildes escritos a ser uma reflexão dos personagens que estiveram perto de Jesus abordando o comportamento humano e fazendo a pergunta que deve permear a nossa vida: no meu lugar o que Jesus faria? quem dizes que eu sou? (Mt 16, 13-20)[2]   quem é Jesus para mim? Quem eu sou para Jesus?
                Respondidas essas questões, nos resta seguir ao mestre com uma convicção firme e com uma esperança na ressurreição que deve ser o nosso norte. A todos os leitores a minha Bênção Diaconal, as minhas orações e súplicas ao Senhor com a intercessão da nossa mãezinha querida que leve o povo de Deus a construir para a salvação das almas, o bem da igreja e a glória de Deus, pois estes são os pilares basilares que com carinho aprendi do meu reitor Pe Lindemberg, quando aluno da Escola Diaconal Santo Estevão, do Ordinariado Militar do Brasil, no Rio de Janeiro.   Percebi que ao identificarmo-nos com os santos e tê-los como meta de santidade nos faz ver que este é o desígnio de Deus em nossas vidas e a nossa vocação.
“Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” Mt 5, 48
                Devemos com essa reflexão adorar Jesus vivo no irmão, não só na eucaristia, mas em cumprimento a ordem e desejo do nosso salvador “amar a Deus e ao próximo”, como nos aponta o Sl 21,12 “não fiqueis longe de mim, pois estou atribulado; vinde para perto de mim, porque não há quem me ajude”. Devemos suportar os nossos sofrimentos com amor e resignação e ajudar aos nossos irmãos a suportar suas cruzes, sempre recordando que “a cruz é loucura para o mundo”, mas o sofrimento não pode ser loucura para um cristão consciente dos ensinamentos do Mestre.
                Ser seguidor de Jesus é imitá-lo, é fazer o que ele fez. Os termos seguir ou seguidor designa de acordo com os evangelhos diversas formas de relacionamento com Jesus. Dessa forma encontraremos três grupos de pessoas ligadas a Jesus com maior ou menor intensidade e com graus de estabilidade diferentes que delinearemos em três círculos concêntricos[3].
                Em primeiro lugar encontramos o círculo exterior formado pelas Multidões, que são pessoas atraídas por Jesus. Em segundo lugar está o círculo intermediário que é constituído pelos discípulos, homens e mulheres que se sentem ligados a Jesus e que por isso tem de enfrentar dificuldades decorrentes da sua fidelidade. Neste segundo grupo encontramos duas espécies de discípulos: os sedentários (continuam a viver em suas casas com suas famílias oferecendo apoio aos discípulos itinerantes) e os itinerantes (são aqueles que se deslocam com Jesus de um lugar para o outro sob a sua orientação, estes abandonaram tudo para seguir Jesus: casa, família e trabalho... e partilham com o mestre do seu estilo de vida, neste grupo há pessoas que seguiram Jesus por que quiseram e aquelas que foram chamadas por Ele. Em terceiro lugar está o grupo dos doze homens que foram chamados diretamente por Jesus para partilharem de forma permanente e formaram um grupo a parte dentro do grupo dos discípulos. Porém analisando cada grupo percebemos e aprendemos que seguir Jesus é sinônimo de doação, luta e abdicação para não cair em tentação, visto que a multidão gritava “soltem Barrabás”, “crucifica-o”, do segundo grupo os discípulos fugiram e do grupo dos doze, um o negou, outro o traiu e apenas o mais novo “aquele que o Senhor o amava- João – permaneceu com Maria na crucificação. Não importa em que grupo estamos, enfrentaremos o medo de seguir Jesus correndo o risco de negá-lo, traí-lo ou abandoná-lo. E quero delinear aqui o conceito de medo[4] que faz necessário especialistas para o tratarem quando se apresentam na forma de pânico, depressão, síndromes, e outros tantos nomes que se fazem necessários tratamentos com psicólogos, psiquiatras, neurologistas, terapeutas. Em todas as suas formas e tratamentos o medo é a doença do século em todas as suas formas que surgem quando deixamos que ele se faça maior que Deus, o medo não vem de Deus, mas de seu inimigo.

DEDICATÓRIA

         A Adriana, Pablo e Patrick, por sua dedicação e compreensão a tantos anos de ausência.
 A Terezinha, Assis e Tânia, pelo incentivo e formação moral
POIS FAMÍLIA É TUDO


ORIGEM GENEALÓGICA

Meu primeiro ancestral brasileiro foi o judeu-português Manuel Vicente d’Anunciação, que chegou ao Brasil no século XIX fugindo das guerras na Europa, mais especificamente de Portugal.
                Manuel Vicente d'Anunciação, desembarcou em 1820 em Recife, então um dos mais movimentados portos da colônia portuguesa, que com outros judeus criou a sinagoga de Recife com seus irmãos do judaísmo, sinagoga esta que é a mais antiga sinagoga judáica das américas, tombada hoje como patrimônio histórico do Recife. Ele converteu-se no Brasil a Igreja Católica Apostólica Romana e dele em diante somos dez gerações católicas.


OS SINAIS DO MEU TESTEMUNHO DE ORDENAÇÃO
DIACONAL DA SANTA MÃE IGREJA

Eu, Paulo Gabriel Batista de Melo, há 40 dias da ordenação confesso que estava confuso quanto a vontade de Deus no meu diaconato, pois estavam aparecendo diversos entraves com documentação, muitas dificuldades com a liberação, meu chefe superior havia me dito que eu não iria ao retiro (obrigatoriedade canônica para se ordenar) e que a Força Aérea não havia investido em mim para ser sacerdote (ele não sabia a diferença de diácono e padre) e sim para ser tripulante, havia muitas missões e não podia me liberar, escutei de diversas pessoas de forma direta e indireta que eu não iria me ordenar. Eu estava esperando um sinal pois ia desistir da ordenação (embora estivesse com os convites, livro de ordenação pagos e todas as vestes compradas por mim e pela comunidade), pois não me achava digno de ser diácono e pensava que o Senhor não me queria no clero, eu pedia ao senhor em lágrimas que me desse um sinal. Eu não sabia o que fazer, estava confuso e triste e o dia da ordenação se aproximava, resolvi ir ao deserto, com a autorização de meu comandante interino, fui em missão a cidade de Natal-RN e de lá fui ao sertão de Pernambuco, passei cinco dias em oração (terço, litugia das horas, confissão, missa) vestia roupas simples pois só havia levado duas mudas de roupa. Ao chegar naquela casa humilde do sertão, ganhei uma imagem de um anjo linda com a palma na mão era o anjo Gabriel em acrílico e com as asas iluminadas em fibra ótica com 50 cm de tamanho.

1º sinal, a serpente em Pesqueira:
                Um dia antes de retornar a missão em Natal, fui tomar banho. Ao terminar, começei a passar o pano no chão para ficar limpo para o próximo, passei o pano no chão e nada senti de diferente, ao levantar o pano para espremer a água, saiu uma cobra coral debaixo do pano, eu nunca tinha visto uma coral ter este comportamento, ela levantou a cabeça ficando de pé e nós nos olhávamos nos olhos, ela não me atacava e eu não me mexia, ficamos assim por algum tempo, até que passou alguém e viu aquela cena e matou a cobra. Eu nada entendi daquela situação. Em nada me pareceu ser aquele fato um acontecimento místico, mas ficou gravado em minha mente aquele estranho acontecido e eu tinha muitas perguntas: porque a cobra não me picou se eu estava a um palmo da boca da serpente? Se ela me picasse talvez eu não chegasse a capital (Recife) pois estava no sertão numa cidade sem apoio de soro antiofídico.

2º sinal, leitura da liturgia das horas:
                Ao voltar para Natal sem entender direito o que tinha acontecido e porque tinha acontecido, não dei importância mística ao fato e fui fazer a liturgia das horas (as Laudes[5]) e percebi que aquele fato não era coincidência, mas um desígnio do Senhor em minha vida, pois a leitura breve apresentava:

“... Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.”

                Não resisti e chorei muito depois da leitura, pois, via que o Senhor me aceitava como servo seu, ele me chamava para ser diácono Permanente da Santa Mãe Igreja, não que merecesse, não que fosse digno, mas apenas ele em sua infinita misericórdia tinha piedade deste pobre e mortal pecador.

3º sinal, sonho de minha esposa Adriana:
                Ao retornar da viagem, cheguei em casa em Campo Grande - MS, tomei um banho e fui conversar com minha esposa e meu filho caçula, e antes de falar qualquer palavra ela me falou que havia tido um sonho horrível, e que estava preocupada e angustiada. Sem falar nada do que comigo havia acontecido, lhe perguntei qual foi o sonho: ela me disse que havia sonhado com um grande ninho de cobras de todos os tipos, umas por cima das outras e que tinha acordado assustada.
                Percebi que o laço do santo matrimônio nos unia a tal ponto que espiritualmente o que me afetava também afetava a ela, o diaconato envolve a família. Pedi a meu filho e a minha esposa que não revelasse a ninguém estes sinais até que eu me ordenasse, pois estes fatos assustam as pessoas e preferia mantê-los em sigilo até o tempo oportuno.

4º o presente de uma senhora piedosa:
Uma semana depois me ligou uma senhora humilde de nossa comunidade (srª Marlene) e pediu o meu endereço, ela queria saber o local onde morava, pois tinha um presente para me dar. Ela foi a minha casa e eu estava reunido com minha família.
Ela começou a falar que tinha juntado dinheiro a semana toda para comprar aquele presente, mas sentia a necessidade de me dar. Retirei o embrulho e percebi que era a imagem de Nossa Senhora das Graças pisando a cabeça da serpente, aí percebi que quem tinha sido minha madrinha de ordenação era Nossa Senhora das Graças. No retiro de ordenação, a noite éramos liberados para refletirmos as nossas vidas. Juntamente com mais dois colegas de Brasília (o Ney e o Batista, hoje diáconos) fomos a uma gruta pequenina rezar o terço e lá estava a imagem de nossa senhora das graças. Obrigado minha mãezinha querida por ter cuidado de minha ordenação, de minha família, de minha alma e de meu coração. Peço-vos que não esqueça este miserável servo e de seus filhos espirituais a quem suplico vossa poderosa intercessão.

A SEMANA DA ORDENAÇÃO

No retiro de ordenação eu me perguntava: mas Senhor sou tão pecador! Mas, ao ler e ao meditar a Lexi Orandi [6], sob a direção do professor doutor Daniel Rios, a leitura do dia nos fazia refletir insistentemente “vai e não peques mais..”. passei a entender que apesar de minhas misérias, Deus me aceitava e aquilo completou minha alegria e novamente chorei.
Ad Iesus per Maria
servus Mariae non potestes periré

ANALISANDO AS ESCRITURAS E A DESCENDÊNCIA DE JESUS

SEGUNDO SÃO MATEUS

PARTE I: INFÂNCIA DE JESUS
                A genealogia de Jesus, em Mateus, nos mostra sua descendência desde Abraão, o pai da fé, até o seu avô Jacó que foi pai de José. Ela nos apresenta quatorze gerações totalizando mais de mil anos de história. Nela existem quatro mulheres consideradas pecadoras segundo o judaísmo:

Tamar -  ela deita-se com o sogro para que se faça a justiça, uma vez que a lei do levirato dava-lhe o direito de casar-se com outro filho (irmão do marido) em caso de morte para garantir a posteridade ao falecido (Gn 38).
                Que Deus nos faça ter coragem de lutar pela sua justiça mesmo quando esta possa colocar a nossa vida em risco.

Raab- foi a prostituta que deu abrigo aos espiões de Israel quando espionavam Jericó e foram perseguidos pelo rei. Jz 2
                Assim como Raab devemos acolher os perseguidos e os marginalizados, lutar pela justiça social, pois isso agrada o senhor para que “libertos do inimigo, sirvamos ao senhor em justiça e santidade” diante dele.

Rute- a moabita (estrangeira) que ao ficar viúva resolve cuidar da sogra e voltar com ela para a terra dos ancestrais de seu marido.
                Vivemos numa sociedade que os filhos colocam seus pais e parentes nos asilos e os abandonam, peçamos a Deus que nos dê forças para sermos como a moabita Rute que tem a coragem de cuidar de sua sogra, mesmo tendo que abandonar sua terra.

Betsabéia ou Betseba - mulher de Urias
                Deus não olha o teu passado, e quando te perdoa aceita-te como membro de sua família. Estas quatro mulheres que eram pecadoras segundo o judaísmo, entraram na descendência de Jesus. Precisamos enxergar as pessoas com os olhos de Jesus e não com os nossos pois eles condenam demais.

genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2 Abraão gerou Isaac.
Isaac gerou Jacó.
Jacó gerou Judá e seus irmãos.
3 Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara.
Farés gerou Esron.
Esron gerou Arão.
4 Arão gerou Aminadab.
Aminadab gerou Naasson.
Naasson gerou Salmon.
5 Salmon gerou Booz, de Raab.
Booz gerou Obed, de Rute.
Obed gerou Jessé.
Jessé gerou o rei Davi.
6 o rei Davi gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias (Betsabéia ou Betseba).
Salomão gerou Roboão.
Roboão gerou Abias.
Abias gerou Asa.
8 Asa gerou Josafá.
Josafá gerou Jorão.
Jorão gerou Ozias.
9 Ozias gerou Joatão.
Joatão gerou Acaz.
Acaz gerou Ezequias.
10 Ezequias gerou Manassés.
Manassés gerou Amon.
Amon gerou Josias.
11 Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de Babilônia.
12 e, depois do cativeiro de Babilônia,
Jeconias gerou Salatiel.
Salatiel gerou Zorobabel.
13 Zorobabel gerou Abiud.
Abiud gerou Eliacim.
Eliacim gerou Azor.
14 Azor gerou Sadoc.
Sadoc gerou Aquim.
Aquim gerou Eliud.
15 Eliud gerou Eleazar.
Eleazar gerou Ata.
Ata gerou Jacó.
16 Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.
17 portanto, as gerações, desde Abraão até Davi, são quatorze. Desde Davi até o cativeiro de Babilônia, quatorze gerações. E, depois do cativeiro até Cristo são quatorze gerações”.
                De Abraão a Davi são quatorze gerações. De Davi ao cativeiro na Babilônia são mais quatorze gerações, e do cativeiro na Babilônia até Jesus são mais quatorze.
                Já o evangelista Lucas nos trás vinte gerações descrevendo desde Adão, de forma a inserir Jesus na história da humanidade (Puig)[7]. Ambas as genealogias procuraram enquadrar Jesus na linhagem de Davi e pertencente ao povo de Abraão.
Fazendo uma reflexão sobre a vida de Jesus, devemos refletir sobre os personagens que estiveram em contato com Jesus, suas mudanças ou não, e suas vidas a partir daquele ponto e nós a partir do momento que dizemos ser seguidores do mestre. Mateus descreve a genealogia de Jesus partindo de Abraão até Jesus, enquanto que Lucas parte de Jesus até Adão de forma inversa.

O EVANGELHO DE MATEUS
Seus personagens e nós

1, 18 Maria é descrita como sendo a origem de Jesus (o homem), e o cristo (o nosso Deus), sendo assim é mãe de Deus e dos homens, é Teotókos (mãe de deus), Antrotókos (mãe do homem) e Cristotókos (mãe do cristo). Diante de tamanho prestígio e afinidade com a trindade, visto que do Pai é filha, do Espírito Santo é esposa e de Jesus é mãe, ela é para nossa igreja a santa das santas e nossa intercessora “agora e na hora de nossa morte. amém”[8].
 “eis como nasceu Jesus cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José”
1, 18 José é o segundo personagem, que tendo todos os motivos para entregar Maria grávida e o Filho que ela levava no ventre que não era dele, mas obra do Espírito Santo de Deus. Vejamos como o evangelista descreve José.
“José, seu esposo, que era homem justo, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Ao pensar na Sagrada Família vê-se que foi muitíssimo atribulada, sua cruz foi pesada. Pense bem naquela época uma jovem fica grávida e não é do noivo. O noivo foge e depois resolve assumir. O filho deles nasce em um curral que é perseguido pelo rei Herodes. Ficam estrangeiros no Egito, voltam para Nazaré e na adolescência de Jesus morre o pai, São José, ele assume a casa com sua mãe viúva que não era bem visto pelos judeus, vai pregar e é morto. Não conheço uma família que viveu mais tribulação. Se qualquer um de nós tivesse que passar pelo passou a família de Nazaré tinha sucumbido ao desespero.
Enquanto assim pensava, eis que um anjo do senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo”.
Que o senhor nos conceda a graça de também sermos justos diante dele e como José sermos alguém que evita a morte do irmão, seja fruto de um homicídio, calúnia, difamação e tantas formas de matar o irmão.
1, 20 o anjo aparece na vida de José num momento que toma uma decisão na vida que ao modo de ver de Deus não está compatível com o seu projeto na vida dele. José volta atrás e aceita os desígnios do senhor em sua vida.
Senhor! manda os teus anjos para nos ajudar a distinguir o que é nossa vontade e o que é tua vontade, oh, Deus! ajuda-nos a seguir os teus desígnios e caminharmos em santidade e justiça.
1, 22  o profeta anuncia o plano de Deus na humanidade, hoje vemos que as vozes proféticas muitas vezes se calam, quando deveriam denunciar aqueles que roubam dos pobres do senhor, dos injustiçados e marginalizados.
Que Deus fortaleça o nosso dom profético e que não nos calemos diante das injustiças sociais. Como disse o paralítico a Jesus: “senhor! não tenho ninguém por mim”. Muitos não tem vez nem voz, sejamos nós as suas vozes.
2, 1 os magos como todas as pessoas daquela região viram a Estrela de Belém, porém somente os reis magos a seguiram. Jesus está na Eucaristia, todos o vêem, muitos o comungam, mas nem todos o seguem. O interessante é notar que os magos vêem a estrela, mas os pastores recebem a presença dos anjos, vemos que novamente Jesus faz sua opção incondicional pelos pobres mas também aceita os presentes dos ricos quandos estes tem seu coração voltado para Deus.
Ajudai-nos Senhor e Mestre a sermos teus seguidores e levar-te ao mundo como é de tua vontade.
2, 2 o rei Herodes com medo de perder seu poder ficou perturbado, pois em sua concepção Jesus era seu grande concorrente. Mal sabia ele que “o reino de Jesus não era desse mundo”. Assim, em um momento de crueldade sem tamanho ele assassina todas as crianças de Belém e das proximidades região e o sangue dos inocentes clamam como o sangue de Abel.
A falta de confiança em Deus pode nos levar a atos de desespero quando somos ameaçados de perder algo e não depositamos nas mãos do Senhor a nossa esperançapara que se cumpra em nossa vida a sua vontade, comprometendo assim a nossa salvação.
2, 4 príncipes dos Sacerdotes e Escribas. A classe sacerdotal daquela época tinha muitas regalias, principalmente dentro das cidades, com o dinheiro doado aos templos (sendo Jerusalém o mais importante) e para não perder o status entregaram o local onde Jesus havia de nascer juntamente com os escribas, que apesar de serem homens letrados não tinham feito e experiência com Deus, não eram guiados em sua sabedoria pelo Paráclito. Devemos confiar nos nossos pastores e no Magistério da Igreja como o sinal da presença de Deus e da interpretação acertada das Escrituras.
2, 12 “avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho”. o mensageiro de Deus.  A Bíblia não descreve quem é este personagem, mas nos deixa inferir que um ser os avisou, evitando que mesmo sem intenção eles permitissem a morte do salvador.
Deixemos ser guiados por Deus em nossos sonhos, projetos e em nossa vida. o Senhor seja a nossa Luz. “que a cruz sagrada seja a nossa luz, não seja o dragão o nosso guia...”[9].
2, 16 os meninos mortos. E assim morrem os primeiros mártires da era cristã, o sangue dos inocentes clama “o grito de Ramá”. Muitos meninos morreram em nome do Salvador. Deram seu sangue e suas vidas, estão agora na glória Deus, desfrutando do lugar reservado aos mártires no céu. “na casa de meu Pai há muitas moradas”
Que Deus nos ajude a sermos corajosos, pois tempos difíceis estão chegando. Teremos de nos posicionarmos contra atos da nossa sociedade que permite e legaliza abortos, que produz kits de educação sexual para tornar promíscuos nossos filhos e filhas e valorizando a fornicação quando incentiva a camisinha e não a castidade aos nossos jovens. Usa-nos como instrumento teu senhor Jesus. Ajuda-nos a mostrar ao mundo o caminho da verdade.
2, 22 Arquelau filho de Herodes mantinha as mesmas atitudes do pai, desaprovado assim por Deus.
Que os nossos filhos imitem-nos no que temos de bom e verdadeiro, e que o Senhor nos fortaleça para  darmos o bom exemplo aos nossos filhos.


PARTE II: PRINCÍPIO DA MISSÃO DE JESUS

3,1 João Batista é conhecido como o precursor do messias que anunciava a vinda do Messias “endireitai as veredas do Senhor”, ele se fazia pequeno diante do mestre, “não sou digno de desamarrar suas sandálias”. Ele reconheceu Jesus como Messias ao vê-lo “eis o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. Jesus faz um grande elogio a João: “É dele que está escrito: Eis que eu envio meu mensageiro diante de ti para te preparar o caminho (Ml 3,1). Em verdade vos digo: entre os filhos das mulheres, não surgiu outro maior que João Batista.”
A diferença pedagógica da pregação e vida de João Batista para Jesus é que João anuncia, acima de tudo, que o julgamento de Deus se aproxima, enquanto Jesus proclama que Deus já começou a reinar. “o reino de Deus já chegou”
Senhor,Fazei-nos dignos e santos como o foi teu profeta. Ajuda-nos a sermos dignos de estar em vossa presença e vos servir em justiça e santidade com voz profética para a salvação das almas, a glória de Deus e para o bem da igreja.
3,1 Isaías foi o precursor de João Batista e já anunciava que João precederia Jesus há muitos anos antes de Jesus nascer, “eis uma voz que clama no deserto”.
3,5 Pessoas de Jerusalém, Judéia e região circunvizinha vinham a João, confessavam seus pecados e eram batizadas. Seguindo o propósito de Jesus, devemos buscar a salvação como estas pessoas que vinham de tantos lugares. “pedir, bater, buscar- caminho, verdade e vida”.
Ajudai-nos a te buscar e a  enxergar-te no irmão que sofre.
3,7 Fariseus e Saduceus se consideravam santos e discriminavam os outros, colocando-se acima dos outros, os demais eram povos pagãos e pecadores que nem mesmo podiam tocar para não ficarem impuros. Os saduceus era descendentes do sacerdote Sadoc que foi fiel ao rei Davi e ajudou colocar Salomão no trono.(Cf 1Rs 1,8).
Permite-nos Senhor Jesus, sermos puros de coração, santos sem mácula como é de tua vontade “sejam santos como meu Pai é santo”
3,9 Abraão é sem dúvida o pai da fé por acreditar em um Deus que não se via e saiu em busca do desconhecido com animais e família para uma terra prometida. Como o Pai não poupou seu filho único, Abraão fez o mesmo.
Jesus ensina-nos a confiar em vós como o fez teu servo Abraão
3, 11 Aquele que virá depois de mim (ver Jesus)
3, 16 A presença da SS. Trindade no batismo de Jesus é marcante. O Espírito Santo apresenta-se na forma corpórea de uma pomba, Deus pai aparece na forma de voz “eis o meu Filho muito amado em quem ponho a minha afeição” e Jesus que é aquele que vai ser batizado, não porque tem pecado, mas para que se cumpra a escritura.
Que o mistério da trindade santa seja para nós o caminho perfeito a ser seguido
4,1 O Demônio assim como tentou e derrubou os primeiros pais ele volta para tentar o novo Adão, Jesus o filho de Deus. O Diabo se aproveita dos momentos que estamos com a “guarda baixa” (termo do militarismo que quer dizer desprotegido) e nos tenta para cairmos em tentação. Ele se aproveita que Jesus está com fome e fala para Jesus transformar as pedras em pães, mas Jesus responde: Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Dt 8,3).
O CIC (catecismo da igreja católica) nos diz: “A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama «o assassino desde o princípio» (Jo 8,44), e que chegou ao ponto de tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (272). «Foi para destruir as obras do Diabo que apareceu o Filho de Deus» (1Jo 3,8). Dessas obras, a mais grave em consequências foi a mentirosa sedução que induziu o homem a desobedecer a Deus”.
São Miguel arcanjo, valei-nos no combate!
4, 11 Os Anjos o serviam. Estes seres que trabalham para Deus são mensageiros e executores dos planos de Deus (Gabriel anuncia Maria, um anjo avisa José em sonho, servem a Jesus após a tentação, guardam a entrada do paraíso, extermina os primogênitos do Egito). A igreja Católica tem uma devoção pelos santos anjos de Deus que dura muito tempo, temos entre os anjos um que cuida particularmente de nós, o anjo da guarda.
Santo anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a a ti me confiou a piedade divina, me guarde, me rege, me governe, me ilumine, amém.
4, 18 Os dois irmãos Simão (chamado Pedro)  e André (filhos de Jonas – barjonas) estes largaram as redes para seguir Jesus.
4, 20 Tiago e João (filhos de zebedeu) abandonaram a barca e seu pai para seguir Jesus.
Jesus lhes deu no sermão da montanha as bem-aventuranças que todo cristão deve ter para ser seu discípulo, e assim desfrutarão no céu todos os que têm: coração de pobre, os que choram, os mansos, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacíficos, os perseguidos por causa da justiça.
O que devemos abandonar para seguir Jesus, o que ainda me prende ao mundo. Senhor, daí-me a coragem de largar as coisas do mundo para seguir-te como assim o fizeram teus apóstolos.

PARTE III: SERMÃO DA MONTANHA

5, 20 escribas e fariseus eram judeus do tempo de Jesus, assim como os essênios que eram mais radicais. Os judeus tinham 613 preceitos para seguir de códigos morais e de purificação ritual que faziam com que o povo sustentasse a classe sacerdotal que tinha o privilégio de gerir o templo de Jerusalém e o seu tesouro, e isto era passado de pai para filho.
Segundo Puig e Flávio Josefo, é provável que os fariseus tenha sido o primeiro dos três grupos importantes do judaísmo (fariseus, essênios e saduceus), cumpriam rigorosamente a Lei (dez mandamentos) e davam bastante importância aos rituais de purificação relacionados a questões particulares como líquidos e alimentos, contato com cadáveres e nessas questões se distinguiam e queriam se distinguir dos judeus que eram incapazes de cumprir estes preceitos “esse povinho que não conhece a lei é maldito” Jo 7, 49. Por isso, segundo eles, era necessário evitar a todo custo o contato com estrangeiros e, em particular com os samaritanos. Segundo os doutores fariseus, a Lei articulava em 613 mandamentos, que deveriam ser cumpridos a risca.
“Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus”. MT 5, 20
Quantas vezes em minha vida não fui um fariseu julgando e condenando as pessoas de outras religiões, colocando-me no lugar de Deus, pois só a Ele cabe julgar, tenho que pedir a Deus perdão pela minha arrogância e prepotência todas as vezes que julguei o meu irmão.
“Não julgueis, e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos. Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? MT 7, 1-3
Daí-nos senhor os dons da piedade e a humildade de te servir em alegria, justiça e santidade por toda a nossa vida, amém.
6, 9 PAI NOSSO. Ao rezarmos o Pai nosso devemos refletir os três “P” Pai, pão e perdão Jesus se declara nosso irmão, já que temos o mesmo pai, e dessa forma passamos a ser adotados pelo Pai, entenda-se adoção como um ato voluntário de escolha, Deus em sua infinita misericórdia nos adotou como filhos em seu Filho. “Pão nosso de cada dia”: quem precisa de pão todo dia é o pobre e nós nos declaramos pobres, miseráveis diante da grandeza e magnitude de Deus, certamente o rico avarento pediria “a padaria nossa de cada dia”, pois não se contentaria com o pão a cada dia como vemos no Evangelho de Jesus o rico que esnoba com sua colheita e diz que vai sossegar e aproveitar a vida e o nosso mestre diz que “ainda hoje Deus pedirá contas a ti”. O Perdão: este é o selo do contrato que fazemos com Deus, seremos perdoados da mesma forma como perdoamos aos nossos irmãos, “Deus terá misericórdia para com os que usaram de misericórdia”.

os sete pedidos do Pai-nosso
    Tenho visto na internet e em palestras do padre Paulo Ricardo e também no livro:   Jesus de Nazaré do Papa Bento XVI como é profunda a oração do Pai-nosso e vejo que devemos refletir mais, essa tão bela oração que o próprio Jesus nos ensinou.
    Escutei numa bela homilia de um sacerdote da nossa Igreja Católica Apostólica Romana uma história sobre uma competição de monges em um mosteiro da Europa que fizeram um compromisso para ver quem rezava mais pai-nossos e um monge não conseguiu rezar um só, pois ficou só no pai... meu pai amado, sou teu filho, teu filhinho e assim passou o dia e só conseguiu refletir sobre a palavra Pai.

e ele lhes disse: quando orardes, dizei:

Pai - nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
venha o teu reino;
seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.
dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano;
e perdoa-nos os nossos pecados,
pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve, e
não nos conduzas em tentação,
mas, livra-nos do mal. amém.

                O que é a oração. Segundo os teólogos da igreja ela é  um método de nos aproximar-nos de Deus. Quem não reza acha que não precisa de Deus, sendo que a condição humana é de dependência de Deus, por isso rezar não é somente se interiorizar, mas para o cristão é se encontrar com Deus. Crer no Pai é estar dentro da igreja, é fazer parte do corpo místico de cristo. Pai é dizer que somos filho no filho Jesus. Deus já é Pai antes de criar o mundo, ele já era pai de Jesus e nós somos filhos adotados, precisamos lembrar que adotamos o filho que queremos e Deus em seu infinito amor quis que fôssemos filhos seus. O Pai-nosso pode ser dividido em duas partes, a saber:

Primeira parte relativa a Deus

Pai-nosso que estás no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
A expressão Abba em aramaico quer dizer Pai, ela é uma expressão muito comum nas orações de ação de graças dos judeus. No evangelho de S. Mateus a palavra Pai referindo-se a Deus aparece quarenta vezes, no de João cento e dezenove vezes (Puig, Armand).
Na macumba e outras seitas afro o pai de santo te pergunta o que voçê quer, é a sua vontade que conta e não a de Deus, e para conseguir você oferece a divindade pagã suas oferendas
Segunda parte relativa ao pobre

O pão nosso de cada dia nos daí hoje. Aqui vemos que quem pede pão todo dia é o pobre, o rico pede logo a padaria nossa de cada dia, somos pobres no Senhor, o povo de Israel só tinha o maná para um dia e contextualizando o pão dos últimos dias é a eucaristia, esse pão espiritual.
perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, não nos deixeis cair em tentação.
Deus não nos tenta, quem nos tenta é o Diabo e nós pedimos a Deus forças para resistir, porém o homem vê as coisas do mal sendo mais sedutoras do que as coisas de Deus e por isso cai. Deus nos conduz para o bem, mas o diabo nos tenta para o mal. Deus usa a tentação vencida para nos fortalecer. Pedimos a Deus para que a tentação seja na medida das nossas forças. Ao estudarmos a parábola do filho pródigo e principalmente do empregado sem compaixão (Mt 18, 23-24) observamos que Deus nos perdoa e quer que perdoemos, pois Deus certamente nos perdoa de muito mais ofensas do que nós ao nossos devedores quando nos mostra que o rei perdoou a grande dívida ao seu empregado (dez mil talentos de prata) para termos idéia um talento é igual a 21, 7 kg. No entanto, o seu empregado não foi capaz de perdoar cem denários (um denário é relativo a uma diária de um trabalhador).
“Para S. Lucas ao abordar o perdão ele fala em perdoarmos sete vezes a cada dia (Lc 17, 3-4). Já S. Mateus expande setenta vezes sete (MT 18, 22), deixando-nos a impressão de ser infinita as vezes que temos de perdoar como é infinita as vezes que Deus nos perdoa” (Puig, Armand. Jesus uma biografia. Pág. 372).
Mas, livrai-nos do mal.
O mal na época de Jesus era o império romano, era o deus, o povo tinha o desejo de ser cidadão romano para ser livre de impostos e ter ‘status’.
amém.
É o selo do contrato, a última palavra da Bíblia e que encontramos ao final de cada oração cristã.
Tão linda é esta oração que devemos pedir ao Pai: Pai dá-nos o entendimento da profundidade de suas palavras e nos dê forças para a colocarmos em prática em nossas vidas. Amém.


PARTE IV: MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILÉIA

A Galiléia da época de Jesus era em sua maioria composta por judeus que viviam na área rural, motivo pelo qual Jesus sempre se dirigia em parábolas que usavam a colheita, sementes, o agricultor... os habitantes não judeus em sua maioria moravam em cidades como Séforis e Tiberíades que eram governadas por Herodes antipas, filho de Herodes o grande, ele era soberano na Galiléia desde a morte de seu pai. Segundo Flávio Josefo, Séforis era a maior cidade da Galiléia, mas não há relato de ligação de Jesus com ela. No entanto, Tiberíades, tinha poucos judeus pelo fato de ter sido construída em cima de um cemitério e isto era contra as regras de purificação dos judeus, logo eles não moravam lá.
Duas cidades da Galiléia interessa ao nosso estudo por ter forte representatividade ao traçarmos o perfil biográfico da vida de Jesus que são Nazaré, onde foi anunciado a Maria que ficaria grávida do Espírito Santo e onde Jesus passou a maior parte de sua vida, era um povoado com cerca de quatrocentas pessoas em sua maioria pastores ou camponeses e sem expressão no contexto político da Galiléia e Kfarnaum (cafarnaum) que foi a segunda pátria de Jesus, era maior que Jerusalém entre a vila e os habitantes rurais, a cidade não tinha edifícios públicos, nem muralhas defensivas era uma vila judaica de pescadores, possuía dois edifícios, uma sinagoga e um posto de cobrança de impostos Mc 2, 13ss. A sinagoga ao que tudo indica fora financiada por um militar do exército de Antipas, um centurião não judeu residente na povoação. A língua de grande parte dos judeus galileus era o aramaico, que era a língua de Flávio Josefo, historiador judeu contemporâneo de Cristo. A língua que Jesus usava era o aramaico e foi nela que falou aos discípulos, que pregou ao povo, era também a língua de Pedro e André, discípulos originários de Betsaida. O hebraico era a língua oficial da Bíblia, do culto e das orações do povo judeu.
Os três pilares da religião judaica eram a Lei, o Templo e Terra-família e eram nestas bases que vivia o judaísmo. Os três fortes grupos religiosos judeus eram os Fariseus que foram o primeiro grupo a nascer, os Saduceus eram descendentes do sacerdote Sadoc, e como Jesus, aceitaram as doutrinas dos anjos e da ressurreição e desapareceram após a destruição do templo de Jerusalém e os Essênios originários de Qmuran, onde tinham um mosteiro próximo ao Mar Morto, o qual foi o seu centro e seu líder religioso era chamado de mestre da justiça.
8, 1 O leproso aproxima-se de Jesus e Ele o toca. Esta cena para um judeu era um absurdo pois levava a pessoa a ficar impura e Jesus não se importa com isso, tem misericórdia daqueles que sofrem e estão a margem da sociedade, excluídos, sem vez nem voz.
“Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante dele, dizendo: Senhor, se queres, podes curar-me.
Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero, sê curado. No mesmo instante, a lepra desapareceu.”
Senhor Jesus, dá-nos um coração misericordioso para com os nossos irmãos enfermos, em especial neste ano em que os nossos pastores que são a tua voz, clamam com a igreja pelos doentes e por um melhor tratamento de saúde. Inspirai os nossos governantes a olharem para aqueles que só tem a ti por esperança.
8,5 O Centurião era um comandante militar de uma centúria (cem soldados romanos) o equivalente hoje a um comandante de companhia – capitão. Este fez a súplica de maior fé em todo Israel que impressionou até a Jesus e está presente no Missal Romano no Rito da Comunhão logo após a saudação de João Batista “Eis o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”
“Entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica:
Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito.
Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei.
Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado”.
Ao que Jesus impressionado com a resposta e a fé do centurião respondeu:
“Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel”.
Que nós sejamos com a ajuda de Nosso Senhor, homens e mulheres de fé, que depositemos em Jesus a confiança para resolver aquilo que a nós parece não ter solução. “Jesus eu confio em vós”.
8, 14 A sogra de Pedro estava enferma, com febre e Jesus toma a sua mão e a cura e ela pôs-se a servi-los.
Muito tem a nos ensinar esta passagem, pois em nossas vidas quando estamos enfermos espiritualmente Jesus nos cura e como a sogra de Pedro devemos nos colocar ao serviço de Jesus e é este o motivo pelo qual Ele nos cura, servi-lo. Jesus sendo o mestre na última ceia lavou os pés dos discípulos, uma tarefa destinada aos escravos, e feito por Ele.   
Perdoai-me Senhor quando roubei o tempo que me destes para usar em proveito do meu irmão enfermo, e eu com meu egoísmo usei-o em proveito próprio negligenciando os preceitos cristãos que me destes.
8, 16 Espírito expulso (possessos de demônios) e todos os enfermos. Jesus curou a todos com apenas uma palavra. Esta é grande mostra de autoridade dada pelo Pai ao filho para que Ele operasse sinais e prodígios para que todos vissem e acreditassem que “Jesus é o Senhor” por toda eternidade.
Que o mal fuja diante da presença de Cristo, que tenhamos mais pontos de encontro com Cristo através da Palavra, da Eucaristia diária e das orações. Que nos abasteçamos da força que vem do alto para derrotar os inimigos de Deus.
8, 18 Um escriba se propõe a seguir Jesus e Ele o mostra a disposição que devemos ter para seguir o mestre, não é uma jornada confortável, mas sim uma grande luta de perseguições e abestinências. Um filho espiritual de S. Padre Pio de Pietrelcina lhe perguntou como faria para ser santo e ele respondeu: “prepara-te será uma vida de cachorro!” a vida daqueles que buscam a santidade e paltada em sofrimento e dor que devemos juntar as dores de Cristo. “completo na minha carne o que faltou a de Cristo”.
8, 21 um Discípulo pede a Jesus para enterrar seu pai ao que Ele responde: “Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos”.
Seguir Jesus é deixar tudo para trás, muitas pessoas para segui-Lo tiveram que deixar pai e mãe, vícios, bens materiais... Senhor o que queres que eu deixe para seguir-te com desprendimento e desapego aos bens materiais para que eu seja verdadeiramente livre para seguir-te.
8, 23 Seus discípulos se encontram em meio a uma tempestade e são assolados pelo medo e resolvem acordar Jesus ao que os repreende:
“Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé? Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria”.
                A expressão não tenha medo aparece cerca de 360 vezes na Bíblia, somos muito medrosos. Temos medo de morrer, de ficar pobre, de perder o amor de alguém, de ficar doente... esta falta de fé irritou Jesus diante de tantos sinais que Ele fez nós ainda “perecemos”.
                Temos que pedir como os apóstolos: Senhor aumenta a nossa fé! O que nos falta é fé. É a falta de fé que produz em nós o medo e o desespero, a falta de confiança no nosso redentor e salvador. Que o Senhor tenha misericórdia da nossa falta de fé e venha em nosso socorro. Vinde Senhor Jesus!
                8, 28 Dois possessos de demônios saíram do cemitério. São Paulo nos diz que “o salário do pecado é a morte” os possessos moravam no cemitério, lugar dos mortos, aqueles que perderam a comunhão com Deus estão mortos. O pecado produz em nós este estado de morte que deve ser corrigida com o arrependimento contrito e o sacramento da Reconciliação. Os porcos aos quais Jesus permitiu que os porcos entrassem nos mostram que naquela cidade provavelmente não houvessem judeus, pois para eles a convivência com estes animais gerava o estado de impureza, pois os porcos vivem na lama que é o sinal do pecado.
                Jesus vem nos trazer a vida “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
                Dá-nos Senhor o dom da vida. Renova-nos com o teu amor e fortalece em nós a fé, a esperança e a caridade.
                9, 2 O paralítico na padiola. Somos em muitas ocasiões paralíticos para com o reino de Deus. Não nos comprometemos, e as vezes é preciso como no caso do paralítico a ajuda da comunidade que não desistiu e levou o paralítico até Jesus. As vezes precisamos ser levados pela comunidade ao encontro com Jesus, ele perdoa os nossos pecados e restauramos o nosso amor por Deus.
“Eis que lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: "Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.”
Cura-nos, Senhor, de nossa paralisia espiritual que nos impede de ajudar ao irmão e de ir em socorro daqueles que necessitam do nosso auxílio.
9, 3 os escribas. Cf em MT 5, 20.
9, 9 Mateus. Como acontece com muitos outros livros sagrados, o nome do autor não aparece no texto. A Tradição, desde os primeiros tempos atribuiu esta autoria ao Apóstolo Mateus, um dos doze apóstolos. - O próprio Mateus relata-nos o seu primeiro chamado, quando Jesus se dirige pessoalmente a ele, com um chamamento ao mesmo tempo carinhoso e imperativo "Segue-me" (9,9-12). Mateus deixa imediatamente o seu posto de cobrador de impostos e O segue. Por Lucas sabemos que ele era também chamado de Levi (Lc 5,27) e por Marcos, que era filho de Alfeu (Mc 2,14). Pouco depois da chamada ao apostolado ofereceu um banquete aos seus antigos amigos e aos seus colegas, estando presentes Jesus e seus novos companheiros (9,10-13). - Segundo uma antiga tradição, que se reflete nos escritores cristãos dos séculos II ao IV, Mateus permaneceu alguns anos na Palestina, e mais tarde evangelizou outros países: Abissínia e a Pérsia. Mas os testemunhos históricos não são precisos. Assim como não são claros o lugar, as circunstâncias e a data do seu martírio.
É considerado como o autor do Primeiro Evangelho e por Trabalhar no posto de pagamento de taxas ele era tido pelos judeus como um publicano pecador e impuro, pois trabalhava para um império pagão (Roma), foi chamado por Jesus e logo deixou tudo para seguir Jesus, ao passo que nós muitas vezes somos chamados por Jesus e nem sempre aceitamos seu convite.
Permite-nos Senhor Jesus sermos atenciosos ao vosso chamado, como foi são Mateus e seus discípulos, deixando tudo para trás para seguir-te.
9, 10 Publicanos (ou arrecadadores de taxas) / pecadores. Apesar das críticas e condenações dos escribas e fariseus para com Jesus, Ele nos mostra que está mais preocupado com o pecador que com o santo, “não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes”. Com suas ações Ele quebrava as regras dos preceitos judaicos com sabedoria e maestria.
9, 11 Fariseus Cf anteriormente
9, 14 discípulos de João. Questionam Jesus acerca de preceitos sobre o jejum, a exacerbada preocupação com a lei, fazia-os escravos da lei que os condenava e aos irmãos.
9, 18 chefe da sinagoga. Jesus ressuscita a filha do chefe da sinagoga em meio a zombaria do povo que não acreditava que ela fosse voltar a viver.
Senhor! Daí-nos a graça de crer em teu poder e ressuscita em nós o amor por ti, ajuda-nos a acreditar que “nada é impossível para ti”.
9, 20 a mulher atormentada. Com um fluxo de sangue que já durava doze anos, esta mulher toca no manto de Jesus e é curada. Nós podemos tocar, não nas vestes, mas no próprio Jesus na Eucaristia e sermos curados, a nossa fé pode nos curar das mazelas do mundo.
Queremos te pedir como os apóstolos: Senhor aumenta a nossa fé, pois mesmo que ela seja do tamanho de um grão de mostarda removeremos montanhas.
9, 27 os dois cegos. Eles seguiam Jesus gritando “filho de Davi tem piedade de nós” e Jesus toca-lhes. Ele toca no impuro e o cura.
Que tu nos toque Senhor Jesus e nos cure da cegueira espiritual que nos impede de cerscer na fé.
9,32 um mudo possuído por um demônio. Os fariseus acusam Jesus de expulsar em nome dos demônio, no entanto Jesus, após curar o mudo e ter expulsado o demônio.
O demônio quer nos castrar a voz para que nós não possamos louvar e bendizer o santo nome do senhor Jesus cristo.
9, 36 a multidão. Jesus se compadece da multidão que está “perdida como ovelhas sem pastor”.
10, 1-4 “Jesus reuniu seus doze discípulos. Conferiu-lhes o poder de expulsar os espíritos imundos e de curar todo mal e toda enfermidade.
                “Um dos dados mais seguros a respeito da história de Jesus é que este se quis rodear de doze homens desde o início de sua atividade pública para que o acompanhassem de forma estável”. Segundo Marcos 3, 13-15 não são eles voluntários, mas homens escolhidos pessoalmente por Jesus. Eles são doze, tal qual as tribos de Israel, só que agora são tribos que estão restauradas. Muitas pessoas comentam que homens rudes da Galiléia mudaram em pouco tempo, três anos, por sua convivência com Jesus. Como pedagogo penso diferente. Jesus deu aos apóstolos o melhor curso de teologia e de pastoral que jamais existiu. Analise comigo: do momento em que foram chamados o tempo de convivência com o mestre foi de três anos, vezes vinte quatro horas que dá um total de 26.280 horas/aula, mais os 40dias após a ressurreição são 960 horas/aula, o que dá um total de 27.240 horas/aula. Como podem ver não conheci nenhum curso de graduação com tão extensa carga horária. Aliado a isso Deus manda-lhes o Espírito Santo que os ilumina.
Eis os nomes dos doze apóstolos:
O primeiro, Simão, chamado Pedro; Nasceu em Betsaida (mar da Galiléia) e é filho de Jonas.  Este grande expoente da nossa igreja, que foi o nosso primeiro papa o qual recebeu de Jesus a missão de ser o chefe da nossa igreja, igreja esta que foi fundada pelo próprio Jesus “Pedro tu és pedra e sobre esta pedra construirei a minha igreja” (MT 16, 13-20), seu pontificado ainda é até hoje o mais longo da história dos papas ( 37 anos) e ao qual tenho um carinho bem particular, poderíamos dissertar todo este trabalho apenas sobre ele, que juntamente com Jesus foram os únicos na face da terra a caminhar sobre as águas, com uma fé firme, coração puro como uma criança. Vejo quando olho na Basílica de S. Pedro, que o simples pescador da Galiléia venceu o maior império da terra, o império romano não mais existe, mas tu, Oh Pedro, estás eternizado na história.
                Jesus profundo conhecedor da alma humana diz a Pedro: “Simão, Simão, olha que satanás pediu autorização para vos joeirar como trigo”, “antes que o galo cante me negarás três vezes”, “eu, porém rezei por ti, para que a tua fé não desfaleça”.
São Pedro morreu crucificado na capital do império romano, no tempo em que Nero era o imperador entre os anos 64 e 68 d. C.
                Dá-nos Senhor, sermos piedosos como vosso pastor Pedro, para que possamos ser libertos do inimigo para servir-te em santidade e justiça.
André, irmão de Pedro. Nasceu em Betsaida (mar da Galiléia), ambos são filhos de Jonas – barjonas-  largaram as redes para seguir Jesus. É também este discípulo que leva até Jesus o rapaz com os pães e os peixes com os quais Jesus faz o milagre da multiplicação dos pães e peixes (Jô 6, 5-9); Filipe leva a André o grupo de não judeus (gregos) que querem ver Jesus  e ambos os conduzem a Jesus.
Tiago, filho de Zebedeu, e
João, irmão de Tiago. O discípulo mais jovem que não abandonou o mestre, esteve juntamente com Maria aos pés da cruz, cuidou com amor e caridade da mãe do Senhor e nos deixou dois escritos na Bíblia (o Evangelho e o livro do Apocalipse). Nele, fomos feitos filhos de Maria “mulher eis ai o teu filho”. Tiago e João (filhos de zebedeu) abandonaram a barca e seu pai para seguir Jesus, forma chamados por Jesus de Boanerges ou filhos do trovão, por terem um comportamento muito duro, em certa ocasião eles disseram a Jesus a respeito dos samaritanos “queres que façamos descer fogo sobre eles” aos quais foram repreendidos por Jesus (Lc 9, 54). Tiago ainda pede para sentar-se a direita e João a esquerda de Jesus e é novamente repreendido, o que provocou a ira dos outros dez discípulos. Mas, Jesus o ama tanto que confia em seus últimos momentos aos cuidados a própria mãe, “filho eis aí tua mãe”.
Eis que me pergunto sempre: Senhor, o que devo deixar para te seguir; todos os servus teus abandonaram algo para servir-te, eis aqui, o que queres de mim.
Filipe. Nasceu em Betsaida (mar da Galiléia). Juntamente com André, eram os únicos que tinham nomes gregos, por isso, talvez, foram eles que atenderam os peregrinos gregos que queriam ver Jesus. Eles haviam sido também discípulos de João Batista e decidiram seguir Jesus.
Bartolomeu. “É um nome de origem patronímica que combina o aramaico bar com um nome adaptado ao grego timaios proveniente do aramaico timmai”. Também chamado Natanael ele é apresentado como um judeu verdadeiro, um homem íntegro e devoto da lei que Jesus o define como “Eis um israelita verdadeiro, sem falsidade” Jô 1, 4-7, porém, ele cai em contradição ao questionar Felipe dizendo “de Nazaré pode sair coisa boa? No decorrer da caminhada, como Tomé, ele passará a adesão total pelo mestre. Os patronímios eram comuns principalmente ao definir pela linhagem paterna, exemplos: (bar) filho de. Bartimeu (filho de Timeo), Barjonas (filho de Jonas) e outros mais.
Tomé. Seu nome, tal como Cefas, provém do aramaico (te’oma) e significa gêmeo (em grego dydimos). Segundo João, ele é um homem que ficaria entre irônico e incisivo ou teimoso e contrariador. 
Jesus , ao saber da doença de lázaro, manifesta aos discípulos a sua vontade de regressar a Judéia e é aconselhado pelos discípulos face ao grande perigo que acarreta esta decisão a não regressar. Porém, vendo que Jesus já estava decidido Tomé em tom irônico responde: “vamos nós também, para morrermos com Ele” (Jô 11, 16).  Na última ceia, igualmente, é ele que pergunta a Jesus: “Senhor, não sabemos para onde vais; como podemos conhecer o caminho”, ao que Jesus responde apresentando um dos pontos mais importantes do Evangelho de João: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jô 14, 6).  Depois de ressuscitado, Jesus aparece aos discípulos e estes falam a Tomé a respeito de Jesus e ele não crê, após a segunda aparição quando ele vê Jesus e o mestre ordena-lhe que toque suas chagas ele crê, saindo da dúvida para a fé e diz “meu Senhor e meu Deus!”.
Mateus (nome de origem judaica que significa dom de Deus), conhecido por Levi, filho de Alfeu, o publicano e cobrador de impostos na coletoria, um entreposto romano, ele foi o único discípulo que tinha um ofício que era estigmatizado publicamente como pecador. Para os judeus a terra era dada por Deus e não admitiam pagar impostos pela terra, pois isso era uma ofensa a Deus que tinha dado a terra aos filhos de Israel e os seus frutos só se dava em dízimo ao templo (sacerdotes) como oferta a Deus.
Tiago, filho de Alfeu e de Maria denominado o menor para diferenciar do outro Tiago filho de Zebedeu. foi decapitado por ordem de Agripa I.
Tadeu (tadaios em grego- origina-se do nome grego Teódoto que significa dado por Deus). Chamado também Simão e Judas não o Escariotes. Judas era o nome mais comum entre os discípulos, visto que havia três Judas: Judas Tomé, Judas Tadeu, Judas iscariotes. Este nome é comum porque é Judas (Ioudas) é uma palavra adaptada ao grego do nome hebraico “Judá” (Yehudá) o quarto filho de Jacó, do qual nasceu o rei Davi e do qual nasceria o messias, o libartador de Israel.
Simão (o zelota- zélótés), o cananeu (kananaios), que traduzindo chamaríamos de zeloso, que tem zelo por algo. 
Judas Iscariotes, que foi o traidor. A origem do nome vem do composto ish (homem em hebraico) e Cariot ou Queriot (uma localidade). O homem que maquinou contra Jesus, para colocá-lo nas mãos das autoridades do templo e do sinédrio que tentavam condená-lO a morte.
                Judas era o responsável pela bolsa comum, o tesoureiro do grupo, que traiu o mestre por certa quantidade de dinheiro, trinta moedas de prata. Judas já vinha dando sinais de sua avareza, quando em Betânia, Maria unge Jesus com perfume caro e o mesmo questiona porque não se deu aos pobres. Porém, o que de mais forte acontece é que Judas cedeu a tentação demoníaca apontada pelo evangelista “o diabo entrou em Judas” (Jo 13,2).
                É interessante notar que no livro de Atos dos Apóstolos (At 1, 15), de S. Lucas, é escolhido um outro apóstolo para ocupar o lugar de Judas Iscariotes e este é Matias.
“Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua habitação, e não haja quem nela habite; e ainda mais: Que outro receba o seu cargo” At 1, 20 (Sl 68,26; 108,8).
Matias é pois o décimo terceiro apóstolo do Senhor Jesus, escolhido em assembléia onde estavam umas cento e vinte pessoas.
10, 31 Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados.  “Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós”.
COMENTÁRIO: gostaria de fazer um parêntesis para refletirmos sobre esta importante colocação de Jesus, de que valemos mais que os pássaros. Reflita comigo:

A HIERARQUIA DA CRIAÇÃO (Gênesis 1)

1.                  “Deus disse: "Faça-se a luz!" DIA, e NOITE. foi o primeiro dia.”
2.                  “"Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento daquelas que estavam por cima.8 E assim se fez. Deus chamou ao firmamento CÉUS. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o segundo dia.
3.                   “"Que as águas que estão debaixo dos céus se ajuntem ...10 Deus chamou ao elemento árido TERRA, e ao ajuntamento das águas MAR. Deus disse: "Produza a terra plantas, ervas que contenham semente e árvores frutíferas foi o terceiro dia.
4.                   “luzeiros no firmamento dos céus para separar o dia da noite; Deus fez os dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia, e o menor para presidir à noite; e fez também as estrelas. foi o quarto dia.
5.                   “"Pululem as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves Deus criou os monstros marinhos e toda a multidão de seres vivos que enchem as águas, 22 E Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra."23 Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o quinto dia.
6.                   “Deus disse: "Produza a terra seres vivos: animais domésticos, répteis e animais selvagens, 26 Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28 Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra."
Gn 1, 1- 31
COMENTÁRIO: Aqui nós vemos que existe uma hierarquia na criação em ordem de importância. O homem e a mulher são o coroamento, o ápice da criação, feitos para dominar com responsabilidade toda natureza, por isso é o único ser que pensa com capacidade de dominar todos os seres, infelizmente também tem o poder de destruir. Porém, Deus deixa claro que cobrará tudo de cada um:
“Ecl 11, 9 “... alegre-se na sua juventude e seja feliz...contudo Deus te pedirá conta de tuas obras”.
Jesus deixa claro sobre o fato de quem vale mais entre os seres da criação. Ele abençoa aos seres que respiram, ou seja, os animais e os homens, por esta razão São Francisco abençoava os animais, porque Deus em seu amor pela criação abençoou os dois. O interessante é que no dilúvio quem cometeu o pecado foram os homens, mas Deus não poderia destruir o homem e deixar os animais pois seria injusto com a criação, por isso, mesmo os animais não tendo pecado, Deus os condena todos a morte menos aqueles que separou para perpetuar a espécie.
“Não se vendem dois passarinhos por um asse (moeda de baixo valor)? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso Pai.
30 Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados.
31 Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós”.
Mt 10, 31

Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois. Mais valor tendes vós do que numerosos pardais.”
 Lc 12, 7

“Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas”?
MT 6, 26

Considerai os corvos: eles não semeiam, nem ceifam, nem têm despensa, nem celeiro; entretanto, Deus os sustenta. Quanto mais valeis vós do que eles?
Lc 12, 24

A DIFERENÇA DO CRONOS E DO KAIRÓS

                CRONOS – tempo do homem marcado em um dia de 24 horas. “há tempo para plantar, e tempo para colher...” Ecl 3, 1-8.
                KAIRÓS – tempo de Deus que não pode ser marcado pelo tempo do homem, pois Deus é eterno. Há diversas passagens Bíblicas sobre esse assunto. Veja o que salmo nos diz que:
porque mil anos, diante de vós, são como o dia de ontem que já passou, como uma só vigília da noite.” Sl 89, 4
            Também Pedro nosso primeiro pastor e Sumo pontífice nos alerta:
Mas há uma coisa, caríssimos, de que não vos deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como, um dia”. 2Pd 3, 8
            Por isso os cientistas não conseguem entender o Livro do Gênesis, pois querem inferir que os dois tempos são iguais (cronos e Kairós). Assim, Deus nos ensina que um dia d’Ele pode ter milhões de anos. Logo, infere-se que cada dia da Criação pode ter levado mais tempo do cronos (milhões de anos) do que Kairós (apenas um dia).
                 Como entender a trindade, comparando de uma forma bem fácil, poderíamos imaginar três palitos de fósforos acesos, se juntarmos são três e se separarmos tem cada um a sua individualidade. Também poderíamos comparar a Trindade com uma maçã, o Espírito Santo é o cheiro da maçã, Jesus é a polpa e a casca e o Pai é a semente (são exemplos simples que uso na catequese com as criaças).
11, 2 João (Cf João Batista)
12, 2 Fariseus (Cf anteriormente 5, 20).
12, 10 O homem da mão seca. Jesus ensina a este homem a estender a mão para Ele, com isto nos ensina o mestre que quando temos um problema devemos estender a mão para Jesus a fim de pedir-lhe que nos cure. Se a nossa falta de fé ressecou-nos a alma Jesus poderá restaurá-la. A falta desta água viva nos causará a morte, nos secará, somos necessitados de ti Senhor.

DISCÍPULOS NOS EVANGELHOS E ATOS DOS APÓSTOLOS

Mateus 10, 2-4
apóstolos
Marcos 3, 16-19 companhia
Lucas 6, 14-16 apóstolos
Atos de Lucas
Simão – Pedro
Simão – Pedro
Simão – Pedro
 Pedro
André- irmão de Pedro
Tiago- filho de Zebedeu
André- irmão de Pedro
João
Tiago- filho de Zebedeu
João- irmão de Tiago, filho de Zebedeu, filho do trovão, boanerges
Tiago
Tiago
João- irmão de Tiago
André
João
André
Filipe
Filipe
Filipe
Filipe
Bartolomeu
Bartolomeu
Bartolomeu
Tomé
Tomé
Mateus
Mateus
Bartolomeu
Mateus – publicano
Tomé
Tomé
Mateus
Tiago- filho de Alfeu
Tiago- filho de Alfeu
Tiago- filho de Alfeu
Tiago- filho de Alfeu
Tadeu
Tadeu
Simão- o zelador
Simão- o zelador
Simão- o cananeu
Simão- o zelador
Judas – irmão de Tiago
Judas – irmão de Tiago
Judas Iscariotes- o traidor
Judas Iscariotes- aquele que o entregou
Judas Iscariotes- o traidor
Matias- eleito no lugar de Judas

         Como podemos ver, é Jesus quem escolhe os apóstolos, e esse é o princípio da escolha do sacramento da ordem, não fui eu que escolhi ser diácono, mas foi o Senhor que me escolheu e eu disse sim. Assim, acontece com todos os ordenados do clero; quer sejam diáconos, padres ou bispos. A escolha é de Jesus.
             12, 22 Possesso cego e mudo. Jesus faz uma grande cura a ponto deste homem falar e ver, “Jesus o curou de tal modo”. E a medida que Jesus fazia mais milagres, mais raiva despertava nos fariseus os quais afirmaram que era por Beelzebur que Ele curava, o chefe dos demônios. A humanidade está se tornando farisaica também, pois também não aceita os milagres do Senhor. As pessoas me perguntam sempre onde estão os milagres, a cura rápida, o imediatismo... não se busca mais a perseverança... eu respondo que milagres acontecem o tempo todo. Neste mundo que os meios televisivos enaltecem a traição matrimonial, quando eu vejo um casal que se ama isto é um milagre, quando vejo os jovens do Segue-me em Campo Grande fazendo curso de noivos, casando-se em um mundo que não aceita mais a vontade de Deus “e Deus os fez homem e mulher” provando que o matrimônio dá certo isto é um milagre, quando um pai beija seus filhos e os diz que os ama isto é um milagre, a nossa vida é um milagre, somos um milagre do Senhor.
            Quando vejo as dificuldades pelas quais passaram a família de Nazaré em Mt 1, 18  e a vida atribulada de Maria que ao conceber do Espírito Santo corria o risco de apedrejamento, de acordo com o costume judaico, a sua ida de Nazaré a Belém na época do parto, ver seu filho Jesus nascer na manjedoura, sair em fuga para o Egito um país estrangeiro, e ao perder o marido e ficar viúva com um filho adolescente, e passar pela maior dor que uma mãe pode passar ao ver o seu filho ser condenado, flagelado e morto. Só posso concluir que a vida dos que servem a Deus e a Ele se consagra não pode ser fácil. Vejamos o que nos diz o magistério da igreja através de seu Catecismo:
CIC 371 Criados conjuntamente, Deus quer o homem e a mulher um para o outro. A Palavra de Deus dá-nos a entender isto por meio de diversas passagens do texto sagrado. "Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer uma auxiliar que lhe corresponda" (Gn 2,18). Nenhum dos animais pode ser este "vis-à-vis" do varão. A mulher que Deus "modela" da costela tirada do varão e que leva a ele provoca da parte do homem um grito de admiração, uma exclamação de amor e de comunhão: "É osso de meus e carne de minha carne" (Gn 2,23). O homem descobre a mulher como um outro "eu" da mesma humanidade.
CIC 372 O homem e a mulher são feitos "um para o outro": não que Deus os tivesse feito apenas "pela metade" e "incompletos"; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser "ajuda" para o outro, por serem ao mesmo tempo iguais enquanto pessoas ("osso de meus ossos...") e complementares enquanto masculino e feminino. No matrimônio, Deus os une de maneira que, formando "uma só carne" (Gn 2,24), possam transmitir a vida humana:
"Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra" (Gn 1,28). Ao transmitir a seus descendentes a vida humana, o homem e a mulher, como esposos e pais, cooperam de forma única na obra do Criador.”
                Peço-te perdão Senhor pela minha cegueira e da humanidade, quando não aceitamos os teus mandamentos, e pelas vezes que fiquei mudo e preferi me calar por ser mais conveniente, apagando em minha alma a voz profética de falar a verdade.
12, 38 escribas e fariseus (Cf anteriormente)
13, 2 multidão. Conforme vimos na introdução este grupo é círculo externo das pessoas que entraram em contato com Jesus, e que acompanharam durante toda pregação de Jesus. Nem sempre o “Vox populi Vox dominus” é verdadeiro, principalmente hoje que os conceitos de família mudam, mas Deus é imutável e fez “homem e mulher” e que a sociedade representada pela magistratura vota o aborto como direito, quando deveria defender a vida em sua máxima importância, nem sempre a voz do povo é a voz de Deus, pois isso ocorre quando o povo é povo de Deus comprometido com os mandamentos.
                13, 1-52 continuamos a falar da multidão aproveitando as parábolas do capítulo 13 e vemos que Jesus apresenta alguns modelos de seus seguidores, aqueles situados entre a multidão ou até em alguns momentos os mais próximos:
“quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu a semente à beira do caminho.
20 O solo pedregoso em que ela caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra ouvida,
21 mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda.
O terreno que recebeu a semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa.
23 A terra boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um.”
                A semente é a palavra de Deus e nosso coração pode ser de um destes tipos durante toda a vida ou em alguns momentos dela:
  • terreno à beira do caminho- são aqueles que permitem que o mal impeça a obra de Deus em sua vida.
  • terreno de solo pedregoso – cai diante da tribulação.
  • terreno que recebeu a semente entre os espinhos- a sedução das riquezas é maior.
  • terra boa semeada- essa é a terra que Jesus espera de nós, que seja produzido frutos em abundância para o seu reino.
A parábola do joio nos ensina que é necessário que joio e trigo cresçam juntos para que no último dia seja separado. No grão de mostarda vemos que a menor das sementes quando regada com fé, torna-se grande e capaz de abrigar outras vidas (os pássaros), nessa parábola vemos que o reino de Deus que começava pequeno o fermento do evangelho iria tornar grande a igreja de Deus.
Para completar Jesus nos mostra quem é cada entidade na parábola do semeador.
  • O que semeia a boa semente é o Filho do Homem (Jesus).
  • O campo é o mundo.
  • A boa semente são os filhos do Reino.
  • O joio são os filhos do Maligno e o inimigo, que o semeia, é o demônio.
  • A colheita é o fim do mundo.
  • Os ceifadores são os anjos.
14,1 Herodes. Ele é o filho de Herodes Magno, também conhecido por Antipas. Entre agradar o povo e servir a Deus devemos optar por Deus, ele para não desgradar o povo, tal como Pilatos, condenou um inocente a morte.
14,3 herodíades. Para encobrir o pecado e ficar de bem com a sociedade ela pede a cabeça de João por meio de sua filha, que se aconselha com a pessoa errada, aquela que a levará a cometer um homicídio, ao pedir a cabeça do Batista.
14,6 filha de herodíades (Salomé). Como é muito comum vermos hoje em dia, adolescentes usando-se da sensualidade para seduzir pessoas, através da mídia, revistas e até pela net, Salomé usa a sensualidade para agradar Herodes e em troca o leva ao homicídio, vemos assim que um pecado sempre nos leva a cometer outro, às vezes ainda maior.
14, 12 Discípulos de João. Mesmo vendo seu mestre em pedaços não o abandonam, transladam o seu corpo e fazem o seu sepultamento, somos chamados a servir ao Senhor nas condições mais severas, é um teste a nossa fé.
14, 28 Pedro. Cf anteriormente.
“Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti!  Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus.  Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste? Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou.”
Esta passagem muito me tem ensinado, vejo o mar como a nossa vida em momentos difíceis, e o superamos quando olhamos para Jesus, e como Pedro, ao tirar os olhos de Jesus começou a afundar, certamente nós afundaremos se tirarmos os olhos de Jesus.
Senhor, peço-vos, dái-nos a fortaleza necessária para nossa salvação, infunde em nós o teu Santo Espírito paráclito, para que possamos um dia comtemplar a tua face!”
14, 34 As pessoas do lugar (Genesaré). Estas pessoas anunciaram a todos da presença de Jesus no lugarejo. Eles levaram até Jesus todos os doentes suplicando que ao menos deixasse tocar o seu manto, e todos aqueles que tocaram ficaram curados”.
                Que grande reflexão temos que fazer desta gente e de sua fé. Eles tinham tanta fé que apenas queria tocar o manto para ficarem curados. Nós católicos que temos a oportunidade de tocar e comungar Jesus Eucarístico deveríamos ter a mesma fé.
15, 1 Fariseus e escribas. (Cf anteriormente)
                15, 21 A mulher Cananéia. Depois de ver tamanha fé nesta mulher Jesus faz um elogio a ela. “mulher, grande é tua fé’. Primeiro ela grita suplicando, depois os apóstolos intercedem, e por último ela se ajoelha suplicando por sua filha.
Nós muitas vezes queremos tudo rápido e não aceitamos o tempo de Deus, não ajoelhamos para que se faça a sua vontade, não intercedemos aos santos, pois como diz Padre Léo, os apóstolos pediram a Jesus que a mandasse embora visto que ele não iria atender seu pedido, mas Jesus testa a sua fé e percebe que ela tinha uma enorme fé. Temos que pedir como os apóstolos: “Senhor! Aumenta a nossa fé! 
15, 30 Multidão de: Mudos, Cegos, Coxos, Aleijados e outros enfermos.
Com seu amor e misericórdia Jesus curou a todos. Deu-lhes o pão para o espírito e o pão para o corpo, quando da multiplicação dos pães.
“Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali. Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou, de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de Israel.
Mudos – sou mudo quando me calo diante das injustiças e quando não prego o evangelho
Cegos – sou cego quando não enxergo Jesus no outro que sofre.
Coxos – sou coxo quando levo uma vida sedentária e tantos passam fome, como nos diz padre Zezinho, “o mundo está passando fome de Deus”, a decisão é tua.
Aleijados e outros enfermos – muitas são as enfermidades físicas, maiores ainda são as espirituais.

Perdoai-nos Senhor quando minhas enfermidades espirituais não constroem para o teu reino, cura-me da minha cegueira espiritual, da minha lepra de não querer tocar no irmão de rua, marginalizado
16, 1 Fariseus e saduceus (Cf anteriormente). Neste trecho Jesus os chama de raça perversa, adultera, hipócritas.
Perdoa-me Senhor, pois tantas vezes fui um fariseu, saduceu, julgando e condenando os irmãos. Com minha arrogância e prepotência coloquei-me no lugar de Deus.
16, 16 Pedro. Esta é uma das passagens sobre São Pedro que mais me cativa, porque neste momento Jesus faz a promessa da sucessão apostólica e de lá para cá sempre existiu e sempre existirá alguém como sucessor de Pedro e de Jesus na cátedra em Roma.
“Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!
 Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.
E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
16, 23 Satanás. Durante muito tempo achei que Jesus chamara a Pedro de satanás, mas com o aprofundamento percebi a astúcia de Satanás quando ao ver que Pedro tinha sido escolhido por Jesus para ser o chefe de sua igreja e que havia recebido poderes para conduzi-la, tentou derruba-lo; ao perceber que o diabo estava tentando Pedro Jesus percebe a presença de Satanás e o manda afastar-se de Pedro. Em sua oração pelos discípulos Jesus fala a Pedro que orou por ele para que o diabo não o derrubasse.
                Quantas vezes fomos tentados pelo inimigo de Deus. Quando um homem e uma mulher junta as mãos em oração e dobra os joelhos o diabo foge, porque sabe que Deus vai agir.
                Amados irmãos na sequência Jesus fala aos seus discípulos a frase que norteia a nossa vida:
“ Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á.”
                Caríssimo irmão e irmã, não é possível seguir Jesus sem a cruz, o convite do Mestre é para que todos nós peguemos as nossas cruzes e o sigamos, não é possível seguir Jesus sem uma cruz. O sofrimento nos aproxima de Deus, aqueles que mais sofrem são os que estão mais próximos de Deus, quando aprendem a juntar as suas dores com as do Cristo. O mundo nos ensina que não devemos sofrer que temos o direito de ser felizes, ainda que para isso uma mulher tenha que abortar, ou que um parente tenha que autorizar a eutanásia, tirando muitas vezes o tempo de conversão e a garantia de salvação. Nos esquecemos que só Deus é o dono da vida e só Ele pode tirar.
                17, 1 Pedro, Tiago e João. (Cf anteriormente) Jesus os leva a um lugar a parte e se transfigura. Ele escolhe estes três em um rico significado. Pedro o chefe de sua igreja recém criada, João o discípulo amado que não abandonou o mestre e ainda acolheu sua mãe (Nossa Senhora) durante o restante da vida dela e nessa fraternidade Tiago irmão de João.
                Pedro fala a Jesus “é bom estarmos aqui” e propõe fazer as tendas para os três (Jesus, Moisés e Elias), mas em seguida eles descem o monte.
                As vezes somos assim não queremos ir ao mundo levar a palavra, queremos ficar no conforto de nossas vidas, dentro da igreja, rezando, mas Jesus nos mostra que devemos ir ao encontro da moeda e da ovelha perdida.
                17, 3 Moisés e Elias. Estes dois personagens bíblicos são figuras muito importantes no antigo testamento. Jesus é o novo Moisés, pois ao passo que Moisés liberta os hebreus da escravidão do Egito, Jesus liberta para sempre o seu povo da escravidão do pecado. Elias e Eliseu são os únicos profetas que fazem milagres, Jesus abre o tempo da graça com diversas curas e milagres.
                Devemos tomar posse dessa graça e termos autoridade para profetizar em nome do Senhor este tempo da graça que requer de nós a conversão total, o arrependimento verdadeiro e a perfeita contrição, para que a graça nos atinja com veemência.
                17, 5 A voz do Pai. Ninguém viu a Deus, mas assim como Moisés clamou para que o povo visse a YAWHÉ, Pedro, Tiago e João ouviram a voz de Deus e aos moldes do povo hebreu no deserto também se prostraram por terra com medo.
“E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o.
Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo”.
                17, 14 Um homem. Este homem pede a Jesus que cure o seu filho possesso, pois os discípulos não conseguiram expulsa-lo. Jesus o repreende, primeiro por ter falado mal dos seus discípulos e segundo pela sua pouca fé. Uma das atitudes que mais irritava Jesus era a falta de fé. Devemos tomar cuidado quando a nossa fé é abalada por algum percalço.
                Senhor! Como os apóstolos te pediram mais fé, dá-nos também ter mais fé, concede-nos esta graça tão necessária para nossa salvação. Aumentai em nós, Senhor, a fé.
                 17, 24 Aqueles que cobravam o imposto. Jesus não era obrigado a pagar este imposto (Didrácma), mas para não escandalizar e para não dar motivos de contra testemunho, ele prova que é superior ao imposto e faz o milagre ao mandar Pedro pescar o peixe e tirar a moeda da boca do peixe, não misturando o que é de Deus e o que é dos homens. Quantas vezes tenho visto homens e mulheres de Deus, dar um contra-testemunho ao fazerem suas declarações do imposto de renda, alegando que se os políticos roubam eles farão o mesmo. Também não gosto de pagar o imposto, mas não devemos nos preocupar com esta questão já decidida por Jesus, pague o seu imposto e deixe Jesus julgar a cada um segundo os seus atos “daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.             
                18, 2 Uma criancinha (um menino). Aqueles que servem ao Senhor devem ter a pureza de coração das crianças, a sua capacidade de perdão. Não significa que devemos ser tolos, mas humildes como foi o Senhor. Este é um dos passos para entrar no reino dos céus.
               
PARTE V: MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDÉIA

                Jesus sai da Galiléia e vai para a Judéia onde cura muitos doentes.
                19, 3 Fariseus. (Cf anteriormente)
                19, 10 seus discípulos. Era freqüente as conversas de Jesus com seus discípulos, Ele os orientava constantemente a respeito dos temas mais diversos, lhes dava orientações em como proceder e ensinar. Hoje Ele está vivo através da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério da Igreja, embora muitos não escutem a sua voz.
                19, 13 algumas criancinhas. “deixai vir a mim as criancinhas... porque delas é o reino dos céus”. O barulho das crianças incomoda muitas pessoas, e até incomodou aos discípulos. Elas são o que há melhor na humanidade e tenho aprendido muito com elas, elas tem a coragem e a capacidade de romper até mesmo as barreiras da língua. Quando vou com meu filho ao exterior, eles não se incomodam como nós, não falam e brincam normalmente com todas as crianças de todas as línguas, foi baseado nesta experiência bela das crianças que proclamei o evangelho em uma cidade do interior do Chile e fiz um discurso com o pouco ou quase nada do meu espanhol, confiei em Deus e fui compreendido.
                19, 16 o jovem rico. Todos nós temos que deixar algo para seguir Jesus. O nosso egoísmo, as nossas vaidades, e as vezes aquilo que mais amamos. Vejamos o caso de Abraão que Deus lhe pediu seu filho Isaac. Ele quer de nós desprendimento total para segui-lo.
Jesus sobe para Jerusalém
                20, 17 Jesus chama os doze a parte e fala da sua paixão, do quanto deverá sofrer.
“Sabemos ver no outro o Jesus sofredor, nos solidarizamos com o sofrimento alheio”.
                20, 20 A mãe dos filhos de Zebedeu. Ela queria que quando Jesus fosse rei seus filhos ocupassem um lugar de destaque no reino, mas o reino de Jesus não era desse mundo.
                Quantas vezes queremos ser rei dentro da igreja de Jesus, quantas pessoas não se sentem donas da igreja, vi muito isto acontecer na minha vida, pois sou tripulante de vôo da Força Aérea, e sempre que chego em uma cidade procuro uma igreja católica para servir e ajudar e já me deparei com diversas situações de constrangimento, não faço e nunca fiz confusão, procuro outra igreja e sempre sou acolhido. Cada mês do ano estou em um estado diferente do Brasil e as vezes em um outro país, por isso já acostumei com o que fazer. Uma vez cheguei em uma cidade e a cordenadora da catequese me pediu uma carta de autorização de meu pároco, eu não tinha e logo que saí, uma jovem me convidou para dar catequese em sua comunidade, passei a ir constantemente naquela cidade, e já são sete anos que dou catequese naquela comunidade sempre que passo lá, lá fiz até casamento de membros da comunidade, e ai me pergunto quem perdeu?
                Senhor, que nós tenhamos a compreensão que não é minha, nem nossa a igreja, mas ela é de Cristo “a minha igreja” MT 16, 18.

Jesus em Jericó
                20, 29  Os dois cegos de Jericó. Quantas vezes em nossas vidas não fomos cegos e por vezes querendo guiar outros cegos. Cegos para ver o irmão que sofre, passa fome, marginalizado. Que o Senhor abra os nossos olhos para vê-lo no irmão.
“Dois cegos, sentados à beira do caminho, ouvindo dizer que Jesus passava, começaram a gritar: Senhor, filho de Davi, tem piedade de nós!
A multidão, porém, os repreendia para que se calassem. Mas eles gritavam ainda mais forte: Senhor, filho de Davi, tem piedade de nós!”
Jesus em Jerusalém
                21, 1 Dois discípulos de Jesus. São responsáveis para desamarrar um jumentinho para Jesus montar e entrar em Jerusalém. Novamente vemos que a opção de Jesus é pelos pobres. Num tempo em que os reis entravam nas cidades montados em belos cavalos Ele entra montado em um jumentinho fazendo assim cumprir a professia de Zacarias (Zc 9,9).
“Jesus enviou dois de seus discípulos,  dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte. Encontrareis logo uma jumenta amarrada e com ela seu jumentinho. Desamarrai-os e trazei-mos.  Se alguém vos disser qualquer coisa, respondei-lhe que o Senhor necessita deles e que ele sem demora os devolverá.”
                21, 8 A multidão. Devemos seguir Jesus e não a multidão, pois a mesma multidão que aclama Jesus rei, também grita Barrabás, logo concluímos que a multidão é vulnerável.
“E toda aquela multidão, que o precedia e que o seguia, clamava: Hosana ao filho de Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!
Quando ele entrou em Jerusalém, alvoroçou-se toda a cidade, perguntando: Quem é este?
A multidão respondia: É Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.”
                21, 10 Toda a cidade. Ele estava famoso por suas curas, mas o povo ainda não compreendera que Ele era o filho de Deus. Eles se perguntavam quem estava chegando, pois era aclamado...
                21, 12 Os vendilhões. Este é um momento marcante na vida pública de Jesus. Fico a imaginar o que Jesus faria hoje em muitas igrejas que pouco falam de Deus, mas passam a maior parte do tempo pregando a teologia da prosperidade, barganhando bens materiais em troca de orações, o que não faria Jesus.
“Jesus entrou no templo e expulsou dali todos aqueles que se entregavam ao comércio. Derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos negociantes de pombas, e disse-lhes: Está escrito: Minha casa é uma casa de oração (Is 56,7), mas vós fizestes dela um covil de ladrões (Jr 7,11)!”
                21, 14 Os cegos e os coxos. Eles clamam a Jesus que os cura e é escarnecido pelos escribas e príncipes dos sacerdotes, ficavam indignados com os milagres de Jesus, pois eles não os podiam realizar, o nome de Jesus crescia  e sua fama era grande.
                Quantas vezes não fui cego e coxo na seara do Senhor, quando trabalhei mal para Deus, conserta Senhor nas almas e na igreja todos os estragos que eu fiz.
                              
Jesus vai a Betânia
Jesus voltava para Jerusalém, pois dormira em Betânia provavelmente na casa de Lázaro irmão de Marta e Maria.
21, 18 A figueira é amaldiçoada. Todo aquele que não se põe a dar frutos para o reino de Deus de alguma forma está fadado a atrapalhar a obra do Senhor.


Jesus em Jerusalém
21, 23 Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo. Eles questionaram Jesus a respeito de sua autoridade e Jesus também lhes propõe uma questão: o batismo de João e como ficam encurralados não se atrevem a responder, de qualquer forma o ódio deles por Jesus crescia.
Por mais que se mostre e se fale os inimigos de Deus não se convencem de sua autoridade, são cegos que escolheram não ver, não querem se comprometer com a causa do reino: os pobres.

Jesus conta três parábolas
21, 28    PRIMEIRA: parábola dos dois filhos (aquele que faz a vontade do pai).
21, 33 SEGUNDA : parábola dos lavradores homicidas (impedem o reino crescer).
22, 1-14 TERCEIRA: parábola da festa das bodas (o Senhor chama a todos, mas é rejeitado).
22, 15 fariseus (Cf anteriormente)  e herodianos (pessoal administrativo de Herodes, simpatizantes do império romano, inclusive na arrecadação dos impostos, abominado pelos judeus. Eles se juntam para derrubar Jesus em uma armadilha envolvendo finanças e impostos.
15Reuniram-se então os fariseus para deliberar entre si sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras.
16 Enviaram seus discípulos com os herodianos, que lhe disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares com ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens.
17 Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César?
Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me tentais, hipócritas?
19 Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto! Apresentaram-lhe um denário.
20 Perguntou Jesus: De quem é esta imagem e esta inscrição?
21 De César, responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

O mal é muito sutil, juntaram-se fariseus e herodianos para derrubar Jesus, dependendo de sua resposta ele já sairia dali preso por crime contra o império. Em sua infinita sabedoria Ele responde de forma a não deixar dúvida sobre o que é de Deus e o que é do mundo.
Hoje vemos partidos políticos se juntando e maquinando contra a igreja, contra Deus e seus mandamentos. Deus fala que criou o homem e a mulher e não deu opção sexual para ninguém, ou se nasce homem ou se nasce mulher e o projeto de Deus segundo a Bíblia e que cada um deve se aceitar como Ele fez, não querer ser homem ou mulher é uma rebelião contra Deus e a criação. A verdade teológica que Deus fez o homem e a mulher e os uniu para ser uma só carne é eterna, Deus é imutável não muda seus conceitos, o mundo é que apresenta novas formas de viver, você tem a opção (livre arbítrio) de fazer o que quiser, mas seja responsável pela sua salvação ou perdição não culpe a Deus, pois o projeto de Deus é claro. Quando Deus abençoa e diz crescei-vos e multiplicai isto só é possível com homem e mulher, caso contrário, a humanidade seria extinta, não haveria multiplicação.
                 22, 23 saduceus. (Cf anteriormente). Jesus é questionado com respeito a ressurreição dos mortos e lhes contam uma história de uma mulher que esteve casada com sete irmãos e eles todo morreram. O interessante deste história abordada pelos saduceus e Jesus é que ela está descrita no livro de Tobias que não foi aceito por muitos dos nossos irmãos. Como não aceitar um livro Bíblico que o próprio Jesus faz comentários sobre ele. Como alguém poderia afirmar que este livro é apócrifo?
                22, 34 fariseus/ doutor da Lei. (Cf anteriormente). Eles continuam derrubar Jesus em algum mandamento da Lei, mas nunca conseguiram.
                22, 41 fariseus. Desta vez é Jesus que os põe a prova com um questionamento tão profundo que eles não mais questionaram Jesus até o final de sua vida.
23, 1-39 Jesus ataca os fariseus e os escribas veementemente. Acusa-os de oprimir o povo e de se apossar da cátedra de Moisés. Chama-os de hipócritas, guias de cegos, cegos, insensatos, sepulcros caiados, assassinos de profetas, serpentes, raça de víboras.
24, 1-51 Jesus  fala dos sinais do fim do mundo e de sua volta e nos alerta com os falsos profetas.
25 Jesus nos apresenta duas parábolas para exemplificar o fim dos tempos e do discernimento que devemos ter. Devemos  estar sempre em estado de alerta “vigiar e orar”.
25, 31 Jesus fala do juízo final, e compara os filhos de Deus com :
Ovelhas- são mansas, dóceis, escutam a voz dos seus pastores, são obedientes. Jesus chega a nos comparar com ovelhas sendo Ele o Bom Pastor. As ovelhas serão colocadas a direita (o Céu).
Cabritos- são arrogantes, correm para onde querem, vivem perigosamente escalando montanhas, penhascos, não obedecem... Os cabritos serão colocadas a esquerda (o Inferno).

PARTE VI: PAIXÃO E RESSURREIÇÃO DE JESUS

26, 3 príncipes dos sacerdotes, anciãos do povo e o sumo sacerdote (Caifás). Tramavam e articulavam para prender e matar Jesus. O medo deles era perder as regalias concedidas pelo império romano aos judeus que tinham poder (os sacerdotes, o sumo sacerdote do templo...).
                Quantas vezes Senhor também articulei contra a vida de meu próximo, quando falei mal dele sem lhe dar a chance de defesa. Quantas vezes não ajudei os teus pobres sabendo que eles são a tua imagem. Perdoai-nos Senhor aos nossos pecados tão terríveis.
26, 6 jantar em Betânia. Jesus está na casa de Simão o leproso (lázaro * Mt 12), quando uma mulher (Maria * Mt 12) derrama óleo (perfume de nardo Mc 14,3) em sua cabeça. Os apóstolos repreendem a mulher e Jesus chama a atenção deles. Segundo afirma o Evangelho de Jo 12, é Judas Iscariotes que quentiona Jesus a repeito do valor do perfume disperdiçado.
26, 14 Judas escariotes.  Judas trai Jesus por trinta moedas de prata. Nada pode ser pior que a traição de um amigo. Jesus suou sangue no horto das Oliveiras. A traição é algo que fere profundamente o coração humano, alguém em quem confiamos e nos decepcionamos. Caminhou com Jesus, viu suas curas, seus milagres, teve a oportunidade de ser um seguidor, mas não aderiu ao projeto de Deus.
                Para o traidor Jesus usa a frase mais dura da Bíblia “melhor seria para esse homem que não houvesse nascido”
Quantas vezes nós te decepcionamos Senhor, quantas vezes te traímos por não fazer a tua vontade. Perdoai-nos Senhor.
26, 26 Os discípulos. Jesus na ceia abençoa o pão. Dá aos seus discípulos e realiza o milagre da Eucaristia, permitindo-nos tocar em seu Corpo Santo. O grande sacramente em que Deus se faz presente na terra em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Durante muitos anos pensei por que Deus havia escolhido esses dois alimentos para O representar “o Pão e o Vinho”. A melhor resposta que tive foi a do saudoso Padre Léo: “o pão e vinho são os alimentos da humildade, pois o trigo e a uva são pisadas e amassadas com as mãos antes de virarem pão e vinho”. Deus é simples e sempre faz sua opção pelos pobres ao nascer na mangedoura, ao entrar em Jerusalém num jumentinho, ao não ter uma casa para habitar e dormir de favor nas casas dos outros (em Betânia, na casa de Marta e Maria) ou ao relento, ao não querer tocar no dinheiro escolhendo Judas Escariotes como tesoureiro ou mesmo como diz o Salmo 83(84) “prefiro estar no limiar de vossa casa, a hospedar-me na mansão dos pecadores”.
26, 33 Pedro. Pedro foi tão provado e tentado pelo demônio que Jesus chega a relatar que rezou para que ele não caísse. Foi vencedor e por isso recebeu a cátedra da igreja. Ele era firme e convicto de seguir Jesus. Falou que morreria junto com Jesus.
“Disse-lhes então Jesus: Esta noite serei para todos vós uma ocasião de queda; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersadas (Za 13,7).”
“Pedro interveio: Mesmo que sejas para todos uma ocasião de queda, para mim jamais o serás.”
“Respondeu-lhe Pedro: Mesmo que seja necessário morrer contigo, jamais te negarei!”
26, 37 Pedro e os dois filhos de Zebedeu (Tiago e João).
26,39 Jesus orou pela primeira vez. E os apóstolos dormiram as três vezes, mesmo Jesus tendo pedido para eles ficarem acordado.
26, 42 Jesus orou pela segunda vez.
26, 44 Jesus orou pela terceira vez.
26, 47 Judas (um dos doze) e uma multidão armada. É chegada a hora que Jesus será preso e levado para a prisão, flagelo, crucificação e morte, as quatro etapas do sofrimento.
O traidor combinara com eles este sinal: Aquele que eu beijar, é ele. Prendei-o!
49 Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: Salve, Mestre. E beijou-o.
50 Disse-lhe Jesus: É, então, para isso que vens aqui? Em seguida, adiantaram-se eles e lançaram mão em Jesus para prendê-lo.
26, 51 Pedro decepa a orelha do soldado Malco.
Jesus, no entanto, lhe disse: Embainha tua espada, porque todos aqueles que usarem da espada, pela espada morrerão.”
                Vemos com isso que Jesus não tolera vingança e ódio, o seguidor de Cristo é movido pelo amor e sua arma é a oração. Depois disso os discípulos fugiram, certamente por medo de serem presos.
26, 57 Caifás, escribas e anciãos do povo. Interrogaram Jesus e lhe bateram, cuspiram...
26, 69- 75 Pedro nega Jesus por três vezes. Sai dali e “chora amargamente”.
27, 5 Judas se enforca. A Bíblia nos mostra dois suicídios: o de Judas e de Aquitofel (que servia ao rei Davi).
27, 11 Pilatos. Interroga Jesus, mas não vê nele motivo para condená-lo. Resolve então oferecer Barrabás em troca de Jesus, mas a multidão prefere Barrabás. Pilatos solta Barrabás, manda açoitar Jesus e o entrega para ser crucificado.
27, 19 A mulher de Pilatos.  Ela intercede para que Pilatos não mate Jesus por causa de um sonho que ela tivera e que a atormentara.
27, 27 os soldados do governador. Deixaram Jesus nu. Colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça. Cuspiram o Nosso Senhor, deram golpes com uma vara em sua cabeça.
27, 32 O Cirineu. Simão de Cirene foi obrigado pelos romanos a ajudar Jesus a carregar a cruz. E isto muito tenho refletido em minha vida. Quantas vezes passei por Jesus que sofre nas ruas, preso nas cadeias, nos lixões e não fui um Cirineu, não ajudei ao meu irmão levar sua cruz e o pior será que não fui um romano com meus empregados não sendo sensível ao desempregado e sua família que sofre. “Kirie Eleison” perdão Senhor.
27, 38 Os dois ladrões. Mesmo no momento final de nossas vidas poderemos ganhar a salvação como nos ensina são Dimas (o bom ladrão) “hoje mesmo estarás comigo no paraíso”
27, 39 Os que passavam. Sem ter piedade as pessoas passavam e escarneciam, zombavam de Nosso Senhor. Calado com frio, fome e sede, abandonado pelos seus discípulos a exceção de Maria sua mãe, João o discípulo amado e poucas mulheres, morria Jesus para nos salvar. “Oh sagrado madeiro de nossa salvação, recebestes o nosso Deus, oh árvore da vida sangrastes e nos salvastes” vitória tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás. “quer me seguir toma a tua cruz e segue-me”.
27, 41 os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos do povo. Zombavam de Jesus.
27, 51 Os corpos de muitos santos ressuscitaram. Muitos dos nossos irmãos não gostam dos Santos, por não entenderem o que é idolatria, explicarei ao final a verdadeira idolatria segundo o antigo e o novo Testamento, mas aqui já podemos ver que Deus quer mostrar ao mundo aqueles que tiveram uma vida voltada para Deus. Todos viram estes santos ressuscitarem dos túmulos, aqueles que Deus apresenta ao mundo como santos servirão de modelo para nossas vidas, imagine se eu conseguisse ser um homem piedoso como São Padre Pio, se eu vivesse para os pobres como São Francisco e se os amasse como Madre Tereza de Calcutá, se as mães fossem Maria e se os pais fossem José como tão belo canta Padre Zezinho em suas canções. Existem não tenho dúvidas milhares de santos, mas Deus quis apresentar aqueles que serão nossos modelos de vida.
27, 54 O Centurião romano e seus homens. Viu e acreditou que Jesus era o Filho de Deus.
“O centurião e seus homens que montavam guarda a Jesus, diante do estremecimento da terra e de tudo o que se passava, disseram entre si, possuídos de grande temor: Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!”
27, 56 algumas mulheres: Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. Estas santas mulheres estavam aos pés da cruz, acompanharam e sofreram junto com Jesus, não O abandonaram no sofrimento.
27, 57 José de Arimetéia. Homem rico e piedoso, não permitiu que o corpo de Jesus fosse vilipendiado, tratou de seu corpo como ao de um filho, que tão grande exemplo ele dá aos ricos que tudo tem e não são sensíveis nem quando o outro morre, querem mais, não querem perder um centavo e acabam perdendo o reino de Deus “que te adianta ganhar o mundo inteiro e perder a salvação.
27, 61 Maria Madalena e a outra Maria. Após ser colocado no túmulo ficaram de plantão no túmulo, nos afirma o Evangelho de Mateus, que carinho com o corpo de Nosso Senhor, que tamanha piedade com o amigo que também era Deus não sucumbiram diante da morte.
28, 1 Maria Madalena e a outra Maria. Voltaram para ver o túmulo e encontraram um anjo do Senhor e o anjo disse uma frase que se repete na Bíblia 365 vezes “não temais” uma frase para cada dia do ano, também foi usada pelo biato João Paulo II ao assumir o papado, foram suas primeiras palavras em tempos tão difíceis.
“Mas o anjo disse às mulheres: Não temais! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado.
6 Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e vede o lugar em que ele repousou.
7 Ide depressa e dizei aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos. Ele vos precede na Galiléia. Lá o haveis de rever”.

O MAIOR MILAGRE DA HUMANIDADE É A RESSURREIÇÃO

Quero que você, meu irmão e irmã, leia atentamente o final de Mateus com Jesus ressuscitado, pois essa é a nossa esperança, de ressuscitarmos com ele no último dia. Leiamos MT 28, 8- 20:


O SENHOR ESTEJA CONVOSCO
- ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO  SEGUNDO SÃO MATEUS.
- GLÓRIA A VOZ SENHOR.

 “Elas se afastaram prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos discípulos.
9 Nesse momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: Salve! Aproximaram-se elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés.
10 Disse-lhes Jesus: Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão.
11 Enquanto elas voltavam, alguns homens da guarda já estavam na cidade para anunciar o acontecimento aos príncipes dos sacerdotes.
Reuniram-se estes em conselho com os anciãos. Deram aos soldados uma importante soma de dinheiro, ordenando-lhes:
13 Vós direis que seus discípulos vieram retirá-lo à noite, enquanto dormíeis.
14 Se o governador vier a sabê-lo, nós o acalmaremos e vos tiraremos de dificuldades.
15 Os soldados receberam o dinheiro e seguiram suas instruções. E esta versão é ainda hoje espalhada entre os judeus.
16 Os onze discípulos foram para a Galiléia, para a montanha que Jesus lhes tinha designado.
17 Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns hesitavam ainda.
18 Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra.
19 Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
20 Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.
PALAVRA DA SALVAÇÃO.

AS SANTAS PARTES DO CORPO DE JESUS – UMA REFLEXÃO


27, 27 CABEÇA – Sua cabeça que nos sintonizou com o Pai, seu olhos que viu nossas misérias... recebeu uma coroa de cardos dolorosos (espinhos comuns em Israel com 3 a 4 cm de tamanho), somos assim, Deus tudo nos dá e nós retribuímos com ingratidão e dores, ofensas ao seu Sagrado Coração, por tudo isso só nos resta dizer “Kyrie Eleison” perdão Senhor.
27, 34 BOCA - Sua boca que proferiu palavras santas e nos mostrou como chegar ao céu, recebeu vinagre com fel para beber, porém Ele recusou. “Kyrie Eleison” perdão Senhor.
JOELHO – Em suas três quedas com a cruz, fez chagas nos joelhos. Joelhos santos que oraram por todos nós tantas vezes, que rogou ao Pai por nós. “Kyrie Eleison” perdão Senhor.
PÉS –  “como são belos os pés do mensageiro que anunciam a Palavra de Deus”. Que andou por toda Galiléia, Judéia e Samaria. Receberam cravos que os transpassaram vivo. Refletindo não sei quem sofreu mais, se foi Jesus ou se Maria ao ver o filho desfigurado “um farrapo humano” como diz o profeta.
MÃOS – santas mãos que abençoaram, curaram, ressuscitaram, aliviaram a dor de tantos, tocaram o impuro (leproso, doente, excluído, marginalizado) receberam cravos que as transpassaram. “Kyrie Eleison” perdão Senhor.
CORAÇÃO – que tanto amou a humanidade. Perfuraram-lhe com uma lança.
                SANTAS CHAGAS DE NOSSO SENHOR, QUE COM TUA DOR SALVASTES A HUMANIDADE, ENSINAI-NOS A SOFRER COM PIEDADE, A VER A DOR DO IRMÃO QUE SOFRE.
“por suas chagas fomos curados” 1Pd 2, 24 (Is 53, 5)

OS MILAGRES DE JESUS
Nos evangelhos, segundo Armand Puig, doutor em ciências bíblicas, (Jesus uma biografia, Paulus), são contabilizados vinte e sete relatos de milagres que podem ser classificados em:
          Curas
          Exorcismos e expulsões demoníacas
          Ressurreição
          Prodígios do tipo cósmico (tranfiguração)
          Sinais extraordinários

MILAGRE
LOCAL NA BÍBLIA
1.       O homem possuído de Cafarnaum
Mc 1, 21-28/ Lc 4, 31-37
2.       A sogra de Simão Pedro
Mc 1, 29-31/ MT 8, 14s
3.       O leproso Galileu
Mc 1, 40-45 / MT 8, 1-4
4.       O paralítico de Cafarnaum
Mc 2, 1-12 /MT 9, 1-8
5.       O homem da mão paralisada
Mc 3, 1-6 / Mt 12, 9-14
6.       A tempestade acalmada
Mc 4, 35-41 / Mt 8, 23-27
7.       O homem possuído da Decápole
Mc 5, 1-20 / Mt 8, 28-34
8.       A filha de Jairo
Mt 9, 18-19 / Lc 8, 40-42
9.       A mulher com hemorragia
Mc 5, 25-34 / Mt 9, 20-22
10.    A multiplicação dos pães (1º relato)
A multiplicação dos pães (2º relato)
Mc 6, 32-44 / Mt 14, 13-21    
Mc 8, 1-10 /Mt 15, 32-39
11.    Jesus caminha sobre as águas
Mc 6, 45-52 / Mt 14, 22-33
12.    A filha da Sírio-fenícia
Mc 7, 24-30/Mt 15, 21-28
13.    O surdo-mudo da Decápole
Mc 7, 31-37
14.    O cego de Betsaida
Mc 8, 22-26
15.    O rapaz epilético possesso
Mc 9, 14-29 / Mt 17, 14-20
16.    Bartimeu, o cego de Jericó
Mc 10, 46 / Mt 20, 29-34
17.    O empregado do centurião de Cafarnaum
MT 8, 5-13 / Lc 7, 1-10
18.    O mudo possesso
Mt 9, 32-34/ Lc 11, 14-15
19.    A pesca milagrosa
Lc 4, 1-11 / Jo 21, 1-19
20.    O filho da viúva de Naim
Lc 7, 11-17
21.    A mulher encurvada
Lc 13, 10-17
22.    O hidrópico
Lc 14, 1-6
23.    Os dez leprosos
Lc 17, 11-19
24.    As bodas de cana
Jo 2, 1-11
25.    O paralítico de Betesda
Jo 5, 1-9
26.    O cego de nascença
Jo 9, 1-41
27.    A ressurreição de lázaro
Jo 11, 1-44

                Desconsiderados foram alguns feitos prodigiosos por não se apresentarem relatos a respeito da saúde de pessoas e nem de sua cura: a figueira maldita que seca, a moeda tirada da boca do peixe para pagar o imposto e nem a orelha do empregado do sumo-sacerdote que Jesus colou. Entendendo ainda que São João nos relata que muitos feitos não foram escritos pois não caberiam em livros.

UM ENTENDIMENTO DO QUE É A IDOLATRIA

                Como vimos no Evangelho de Mateus 27, 51 os primeiros santos ressuscitaram inaugurando um novo tempo onde o próprio Deus nos apresenta aqueles que ele separou para ser o nosso modelo nessa caminhada tão difícil que é a vida. Dou aqui o conselho que recebi de meu orientador espiritual e confessor, um amado irmão no clero e padre, escolha para você um santo como modelo, estude toda sua vida e por toda sua vida seja ele ou ela o seu modelo. Depois que adotei esta prática minha vida espiritual deu um salto gigantesco, venci muitos “pecadinhos de estimação”. Sugiro-lhes fazer o mesmo.
Na carta de S. Pedro (o nosso primeiro papa) 1 pd 1, 15- 16 vê-se que é da vontade de Deus que sejamos santos, fomos criados para tal.
“mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: sede santos, porque eu sou santo.”
                Os nossos irmãos evangélicos nos acusam de idolatria porque o antigo testamento chama a adoração aos deuses de idolatria:
                “os que adoram as estátuas se envergonhem e os que põem a sua glória nos seus ídolos, aos pés de Deus vem se prostar todos os deuses” Sl 96 (97).
                Vemos claramente que Deus se refere a deuses e não a santos, pois no antigo testamento toda vez que se fala em santos eles se referem a pessoas: Noé o justo, o servo fiel e justo Ló, Henoc que foi arrebatado. Isto é bem diferente dos mais de cem ídolos que Deus apresenta no antigo testamento e lhes dá o nome, faz questão de nominá-los: leviatã, moloc, baal, aserá, astarte... são a esses deuses que Deus proíbe o culto até pela sua perversidade, como por exemplo eram feitos sacrifícios humanos de crianças queimadas vivas para esses deuses e essa prática abominava o coração de Deus.
São Paulo, porém acrescenta a idolatria um novo conceito estendendo-a  a algo mais. Vejamos o que diz S. Paulo em Col 3, 1-5:
“Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno:
a devassidão,
a impureza,
as paixões,
os maus desejos,
a cobiça, que é uma idolatria”.

“você odeia os ídolos, mas rouba os objetos dos templos”
Rm 2,22

 ‘criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de deus o criou; homem e mulher os criou’.
Gn 1,27
“és tu o meu senhor, fora de ti não tenho bem algum”. Para os santos que estão sobre a terra, homens nobres é todo meu amor. Multiplicam-se as dores dos que correm atrás de outros deuses.
Sl 16, 2-4

“Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”;
Dt 5,7

                O documento de aparecida, conforme nos mostra S. Paulo em suas cartas, nos trás as modalidades de idolatria:
DA 108 “a do amor ao dinheiro: “a idolatria elo dinheiro, o avanço de uma ideologia individualista e utilitarista, a falta de respeito pela dignidade de cada pessoa, a deterioração do tecido social, a corrupção inclusive nas forças de ordem e a falta de políticas públicas de equidade social.”
DA 109 “Diante da idolatria dos bens terrenos, Jesus apresenta a vida em Deus como valor supremo: “de que vale alguém ganhar o mundo e perder a sua vida?” (Mc 8,36)47.

O CATECISMO DA IGREJA

Para que ninguém tenha dúvida que foi Deus quem criou imagem, no primeiro livro da Bíblia Deus cria o homem “a sua imagem e semelhança”, quando o verbo se encarnou e todos puderam ver Jesus, Ele é a imagem de Deus vivo e quis deixar seu rosto impresso na toalha de verônica e no santo sudário (atualmente em Roma), alguém ainda tem dúvida que sermos santos é a vontade de Deus e foi Ele que criou e administra as imagens dos santos que ele quer apresentar.    Agora que já vimos na Bíblia vejamos no CIC (Catecismo da Igreja Católica), este documento criado pelo Magistério da Igreja com a unção do Espírito Santo que é doutrina da nossa igreja:
CIC 31 Criado à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, o homem que procura a Deus descobre certas "vias" para aceder ao conhecimento de Deus.
CIC 2130 a 2132 ‘Jesus pela vontade do pai se encarnou e inaugurou uma nova “economia” de imagens’.
CIC 299 Já que Deus cria com sabedoria, a criação é ordenada: "Tu dispuseste tudo com medida número e peso" (Sb 11,20). Feita no e por meio do Verbo eterno, "imagem do Deus invisível". (Cl 1,15)
CIC 355 “Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou" (Gn 1,27). O homem ocupa um lugar único na criação: ele é "a imagem de Deus" (I); em sua própria natureza une o mundo espiritual e o mundo material.
CIC 357 Por ser à imagem de Deus, o indivíduo humano tem a dignidade de pessoa: ele não é apenas alguma coisa, mas alguém. É capaz de conhecer-se, de possuir-se e de doar-se livremente e entrar em comunhão com outras pessoas, e é chamado, por graça, a uma aliança com seu Criador, a oferecer-lhe uma resposta de é e de amor que ninguém mais pode dar em seu lugar.
CIC 362 A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. O relato bíblico exprime esta realidade com uma linguagem simbólica, ao afirmar que "O Senhor Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gn 2,7). Portanto, o homem em sua totalidade é querido por Deus.
CIC 477 Ao mesmo tempo, a Igreja sempre reconheceu que, no corpo de Jesus, "Deus, que por natureza é invisível se tornou visível aos nossos olhos". Com efeito as particularidades individuais do corpo de Cristo exprimem a pessoa divina do Filho de Deus. Este fez seus os traços de seu corpo humano a ponto de, pintados em uma imagem sagrada, poderem ser venerados, pois o crente que venera sua imagem "venera nela a pessoa que está pintada".
                Aqui está a chave da questão, pois só nós católicos entendemos o que é e o que significa a veneração de imagens que os nossos irmãos tem tanta dificuldade. Quando ele se encarnou e se fez homem, recapitulou em si mesmo a longa história dos homens e, em resumo, nos proporcionou a salvação, de sorte que aquilo que havíamos perdido em Adão, isto é, sermos à imagem e à semelhança de Deus, o recuperamos em Cristo Jesus. É, aliás, por isso que Cristo passou por todas as idades da vida, restituindo com isto a os homens a comunhão com Deus. E, para finalizar dos inúmeros parágrafos dos documentos sobre a veneração de imagens deixo este do catecismo.
CIC 1159 Quando ele se encarnou e se fez homem, recapitulou em si mesmo a longa história dos homens e, em resumo, nos proporcionou a salvação, de sorte que aquilo que havíamos perdido em Adão, isto é, sermos à imagem e à semelhança de Deus, o recuperamos em Cristo Jesus. É, aliás, por isso que Cristo passou por todas as idades da vida, restituindo com isto a os homens a comunhão com Deus.
                São Paulo nos apresenta várias relações de pecados e as modalidades da nova idolatria:
“CIC 1852 A variedade dos pecados é grande. As Escrituras nos fornecem várias listas. A Carta aos gálatas opõe as obras da carne ao fruto do Espírito: "As obras da carne são manifestas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos previno, como já vos preveni: os que tais coisas praticam não herdarão o Reino de Deus" (Gl 5,19-21)".
                Depois de dois mil anos de estudos, a igreja católica é a única que trouxe a Palavra e a tradução Bíblica em sua compreensão a luz do Espírito Santo. Logo, todas as denominações que usam a Bíblia a devem a Santa Mãe igreja que em sua bondade e no trabalho de S. Gerônimo, que passou trinta anos em uma caverna traduzindo a Bíblia de quatro línguas para o latim, é que puderam usufruir deste Livro sagrado.
CIC 2113 A idolatria não diz respeito somente aos falsos cultos do paganismo. Ela é uma tentação constante da fé. Consiste em divinizar o que não é Deus. Existe idolatria quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demônios (por exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro etc. "Não podeis servir a Deus e ao dinheiro", diz Jesus (Mt 6,24). Numerosos mártires morreram por não adorar "a Besta", recusando-se até a simular seu culto. A idolatria nega o senhorio exclusivo de Deus; é, portanto, incompatível com a comunhão divina.

"CORPORE ET ANIMA UNUS" (UNO DE ALMA E CORPO)

REFLEXÃO DO LIVRO DO PROFETA EZEQUIEL FOCANDO IDOLATRIA
 
O Livro do profeta Ezequiel relata a atividade de um profeta durante o exílio na Babilônia e é um dos melhores livros Bíblicas para estudar a questão dos deuses e da idolatria. O profeta dirige suas mensagens a seus compatriotas cativos e também ao povo hebreu que ainda reside na Palestina. Ambos os grupos permaneceram obstinados e impenitentes, mesmo depois da captura de Jerusalém levada a cabo pelo rei babilônio Nabucodonosor, e do exílio de Joaquim, rei de Judá, juntamente com uma considerável parte da população no ano de 597 a.C. Portanto, Deus atribuiu a Ezequiel a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e predizer a destruição de Jerusalém e a deportação de um número ainda maior. Seis anos depois de Ezequiel haver começado a pregar, suas palavras se cumpriram. No ano de 586 a.C., Nabucodonosor destruiu Jerusalém e levou cativos para a Babilônia quase todos os sobreviventes. Mas, a despeito da infidelidade de Israel, Deus mostrou-se misericordioso.
Ezequiel recebeu instruções no sentido de proclamar as boas-novas de que o exílio terminaria e Israel recuperaria sua posição de instrumento da salvação de Deus para todos os homens. A forma pela qual o livro de Ezequiel apresenta esta mensagem de juízo e de promessa distingue-o dos outros livros proféticos do Antigo Testamento. A organização sistemática do conteúdo constitui seu primeiro traço característico. Os primeiros vinte e quatro capítulos representam a acusação e condenação de Israel, com aterradora conseqüência. Esta perspectiva de juízo, minorada somente por lampejos incidentais de luz, fica compensada na última parte (capítulos 33 a 48) com uma apresentação também conseqüente com o brilhante futuro que Deus tem reservado para seu povo.
Estas seções compactas de ameaças e promessas a Israel são separadas por uma série de discursos endereçados às nações estrangeiras, discursos que têm duplo aspecto: pronunciam juízo e castigo sobre os perversos vizinhos de Israel, mas a destruição dos inimigos de Israel constitui também segurança de que não poderão criar obstáculos no cumprimento da promessa de Deus de redimir e restaurar seu povo escolhido. - Outro traço característico do livro de Ezequiel é a forma pela qual expressa não somente a ameaça mas também a promessa.
O livro é abundante em visões misteriosas, alegorias ousadas e estranhos atos simbólicos. Estas formas de revelação divina ocorrem aqui com maior freqüencia do que em qualquer outro livro profético, e se acham representadas por uma riqueza de pormenores descritivos. As visões em particular são bizarras, de forma quase grotesca, e portanto de interpretação dificil. - Todavia, o significado fundamental do livro de Ezequiel não escapará ao leitor se levar em conta que a glória de Deus e suas ações de juízo e salvação se acham apresentadas em linguagem e forma simbólicas. Aquilo que Ezequiel vê em visões, que descreve em alegorias e põe em prática numa forma que se assemelha a charadas, tem por objetivo contribuir para a certeza de que Deus leva avante seu plano de salvação para todos os homens aos quais ele havia iniciado neste pacto com Israel séculos antes. Purificado pelos juízos de Deus no exílio babilônio, o povo de Israel se tornaria de novo o veículo das promessas que se cumprirão no novo pacto e no final dos tempos. Tudo isto Ezequiel vê em perspectiva profética, na qual se sobrepõem no mesmo quadro relativo ao reino de Deus futuro e permanente algumas cenas de um futuro imediato e de um futuro distante. - A pessoa de Ezequiel se acha tão imersa na mensagem, que além de seu nome, pouco sabemos com referência a ele. Somente dois fatos de caráter biográfico podem deduzir-se do livro: que era filho de Buzi, o sacerdote, e, diferentemente de seu contemporâneo Jeremias. Ezequiel era casado, mas "o desejo dos teus olhos" lhe foi tirado de um golpe, enquanto realizava sua missão por ordem de Deus. Ezequiel tem sido considerado, com freqüência, uma pessoa severa, insensível. Tem-se dito que é impessoal, indiferente a seus ouvintes, e só lhe preocupa a vindicação da glória de Deus, mesmo na proclamação da misericórdia. Conquanto seus sentimentos não aflorem à superfície, como no caso de Jeremias, a afirmativa de que ele não é compassivo equivaleria a ir além das evidências. Nem tampouco podem os críticos radicais justificar suas teorias que afirmam que o profeta sofria de ataques catalépticos e de paranóia esquizofrênica. Os atos simbólicos que ele executa e as visões que recebe não são, em essência, diferentes dos que os outros profetas registram. - Ezequiel foi levado para a Babilônia no ano de 597 a.C., e foi chamado para o ministério profético cinco anos mais tarde. Exerceu tal ministério ativamente durante um período de vinte e dois anos, pelo menos (29:17).

1, 9-11  Quanto ao aspecto de seus rostos tinham todos eles figura humana, todos os quatro uma face de leão pela direita, todos os quatro uma face de touro pela esquerda, e todos os quatro uma face de águia.

COMENTÁRIO: estes são os arautos dos Evangelhos.
figura humana Mateus,
face de leão  Marcos
face de touro Lucas
face de águia João.

2, 7 Tu lhes transmitirás os meus oráculos, quer te dêem ouvidos ou não; é uma raça pertinaz.
COMENTÁRIO: nem sempre o povo escuta a vos do Senhor pela boca de seus pastores, mas mesmo assim o pastor deve falar.

3, 1 Filho do homem, falou-me, nutre o teu corpo, enche o teu estômago com o rolo que te dou. Então o comi, e era doce na boca, como o mel.
COMENTÁRIO: existem dois tipos de alimento que o Senhor nos deixou, o pão da Palavra e da Eucaristia.

3, 15 Cheguei a Tel Abib, junto dos deportados que se haviam instalado às margens do Cobar, e ali fiquei sete dias no meio deles, em sombria estupefação.
COMENTÁRIO: É a remoção forçada de povos vencidos, de seus países para outros territórios, praticada pelos assírios e babilônios. A finalidade prática era enfraquecer o inimigo e, eventualmente, colonizar territórios próprios. As vítimas da deportação estão em desterro ou exílio. Israel foi submetido várias vezes a deportações. Os assírios puseram fim ao reino do Norte, deportando a população de Israel em 734 aC (2r 15,29 TB 1,2) e depois da queda de Samaria, em 722 aC (2r 17,6 18,11). Em 597 e 587 aC os babilônios desterraram os habitantes de Judá para a Babilônia (2r 24,8-17 25,7-12 Ez 3,15).
A deportação, embora não resultasse em prisão, causava grandes sofrimentos. Os exilados eram arrancados de sua terra natal e de suas propriedades e tinham dificuldade em praticar sua religião. A situação dos exilados os colocava entre o escravo e o cidadão; podiam adquirir propriedades, exercer profissões, mas sem gozar dos direitos de cidadãos livres.
Sob o ponto de vista religioso o exílio é considerado como punição pela idolatria e infidelidade a Deus, um tempo de purificação e expiação (Ez 11,14-21 EZ 20,32-44). Mas foi também um tempo de renovação da esperança, tornando-se um símbolo da conversão, ou volta a Deus (cf. Ez 33-48 IS 40-55). Ver "Cativeiro".
6, 4 4 Vossos altares serão demolidos, quebrados os vossos obeliscos; farei cair os vossos homens, transpassados a golpes diante dos vossos ídolos.
COMENTÁRIO: Só o Senhor Deus de Israel deve ser cultuado. Todo outro culto é proibido e constitui idolatria (Ex 20,3-6 Dt 5,7-10). Israel acreditou na existência de outros deuses e se deixou seduzir pelo culto a deuses cananeus, assírios e babilônios. Os deuses e suas imagens (cf. Dt 4,15-24 e nota) são invenção dos homens (Ba 6 Rm 1,23) e um grave pecado (Rm 1,23-25; 1Co 5,10s). Também a cobiça de riquezas é idolatria (Col 3,5 ). Ver "Culto" e "Prostituição".

7, 20 fabricavam seus ídolos abomináveis; por isso farei deles objetos de repugnância.
COMENTÁRIO: cf anterior

8, 5 vi ao norte da porta do altar, à entrada, o ídolo que provoca o ciúme (do Senhor).
8, 10-17 Fui até ali para olhar: enxerguei aí toda espécie de imagens de répteis e de animais imundos e, pintados em volta da parede, todos os ídolos da casa de Israel.
11 Setenta anciãos da casa de Israel, entre os quais Jazanias, filho de Safã, se achavam de pé diante deles, segurando cada qual o seu turíbulo, do qual se elevava espessa nuvem de fumaça. Filho do homem, disse-me ele, vês tu o que fazem os anciãos de Israel na obscuridade, cada um deles em sua câmara, guarnecida de ídolos, pensando que o Senhor não os vê, e que ele abandonou a terra?
13 E ajuntou: Verás ainda abominações mais graves que eles estão cometendo.
14 Conduziu-me, então, para a entrada da porta setentrional da casa do Senhor: mulheres estavam assentadas, chorando Tamuz.
15 Filho do homem, falou-me, tu viste? Verás ainda abominações piores do que estas. Levou-me então ao interior do templo. À entrada do santuário do Senhor, entre o vestíbulo e o altar, avistei cerca de vinte e cinco homens, que, de costas para o santuário do Senhor, com a face voltada para o oriente, se prosternavam diante do sol.
17 Filho do homem, disse-me ele, vês isto? Não basta à casa de Judá entregar-se a esses ritos abomináveis que aqui se praticam?
COMENTÁRIO: Aqui como em toda Bíblia Deus mostra quais são os deuses que lhe causam ciúmes,ele nomina cada deus no Antigo Testamento. Os egípcios adoravam grande quantidade de animais assim como todos os povos daquela região. Tamuz era um deus semítico da vegetação primaveril, cujo culto fundiu-se com o de Adônis.
                Existem dezenas de deuses que Deus nomina no a.T., vou citar apenas alguns deles:
  1. Baal e Astarte – Jz 2, 13
  2. Aserá – Jz 3, 7
  3. Leviatã- Is 27, 1
  4. Dagon – 1Sm 5, 2
  5. Camos  1RS 11, 7
  6. Nebo – Is 46, 1
  7. Hércules – 2Mc 4, 9
  8. Tartac – 2Rs 17, 30
  9. Resroc – 2Rs 19, 37
  10. Tofet – 2Rs 23, 10
  11. Refã – At 7, 43
  12. Remon – 2Rs 5, 18
  13. A Cobiça – Cl 3, 5. temos que entender porque São Paulo coloca a cobiça (adoração ao dinheiro em todas as suas formas), vemos que muitas igrejas pregam mais o dinheiro que a Jesus, falam mais do Diabo do que dos poderes de Deus como forma de propagar a Teologia do medo. A graça e a bênção de Deus em muitas igrejas só se enxerga através da teologia da prosperidade.
                Contudo, Deus é o todo poderoso, ele pode tudo, se ele mandasse venerasse uma serpente o povo de Israel teria que obedecer, e isto aconteceu com Moisés no deserto, quem olhasse com fé para a serpente ficaria curado. (Nm 21, 8)
                Outra passagem que Deus ordena que sejam feitas imagens é no momento da construção da arca da aliança, ele manda que se coloquem dois anjos um de frente para o outro. (Ex 37, 7)
Hoje da mesma forma, veneramos os santos que o Senhor nos apresenta, santos que ressuscitaram, que fizeram animais falar... e que os seus corpos não se corromperam como está escrito:
"nem permitirás que o teu santo conheça a corrupção"
                                   (at 2, 26-27; sl 16, 9-10)
                Olhando o léxico das palavras vemos que a definição do dicionário é a seguinte:
idolatrias. f.,
1. Adoração dos ídolos.
2. Culto prestado ao que não é Deus.
3. Fig. Amor excessivo
Ídolo s. m. 1. Imagem de falsa divindade que é objeto de culto.
4. Fig. Objecto de grande paixão.

Ez 9, 4-6 (SOMENTE SE SALVARÁ OS QUE FAZEM E TEM NA CABEÇA O SINAL DA CRUZ, QUE SÓ OS CATÓLICOS FAZEM NA TESTA DESDE O BATISMO).

“e lhe disse: Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem.
 Depois, dirigindo-se aos outros em minha presença, disse-lhes: Percorrei a cidade, logo em seguida, e feri! Não tenhais consideração, nem piedade. Velhos, jovens, moços, moças, crianças e mulheres, matai todos até o total extermínio; precavei-vos, todavia, de tocar em quem estiver assinalado por uma cruz.
COMENTÁRIO:
                Nós católicos em todas as celebrações começamos sempre pelo sinal da cruz as nossas crianças recebem no batismo com o óleo do santo crisma, marcados com o sinal da fé.
Ez 11, 12 “sou eu o Senhor, cujas leis não observais, nem praticais as minhas ordens, pois imitais os costumes dos povos que vos cercam.”
COMENTÁRIO: O povo de Israel quando começava a conviver com seus vizinhos adotavam as práticas religiosas dessas divindades o que despertava grande ciúme e ira do Senhor. Havia um deus chamado por Moloc, que era uma divindade Cananéia de metal, uma grande estátua de metal em forma de forno, eram colocadas madeira para queimar até o metal ficar incandescente e lá se jogavam as crianças em sacrifício. Esses e outros deuses eram comuns sacrifícios humanos abomináveis a Javé.

Ez 11, 18.21 “Quando houverem reentrado e extirpado os ídolos e objetos abomináveis... Quanto àqueles que têm o coração apegado aos ídolos e às suas práticas abomináveis, farei pesar sobre suas cabeças o peso de seu proceder”
COMENTÁRIO: Deus mostra ao seu povo quais são os deuses da idolatria, é um bom exercício que durante muitos anos fiz, ler o antigo Testamento enumerando e nomeando os deuses que causam ciúmes em javé, e no novo Testamento principalmente nas cartas de S. Paulo qual é a nova idolatria (A Cobiça – Cl 3, 5).

12, 13 “O príncipe, que está no meio deles, porá a bagagem às costas e sairá ao anoitecer; fará um buraco no muro para poder sair dele: cobrirá a face para não ver a pátria.
 13 Mas eu lançarei sobre ele o meu laço e ele será apanhado em minhas redes. Eu o conduzirei à Babilônia, à terra dos caldeus; ele, porém, não a verá. É lá que terá de morrer.
COMENTÁRIO: Deus vendo que o povo não muda castiga com a deportação ao cativeiro da Babilônia, o príncipe é condenado a morrer por lá não mais voltando a Israel.

14, 1-7. “filho do homem, esses homens têm os ídolos instalados no coração... se acontecer a um israelita, que tem ídolos instalados no coração e conserva diante dos olhos o que o faz cair no pecado... Renunciai a vossos ídolos, deixai de vez todas as vossas práticas abomináveis...
COMENTÁRIO: A palavra ídolos aparece neste trecho seis vezes. Javé fala em ídolos de coração, pois Deus penetra o coração do homem e mesmo que não se veja no exterior, é no interior que se acalenta o pecado. O coração do homem pode ser idólatra e só Deus saberá.
16, 17 imagens humanas com que te prostituíste.
16, 21 degolaste os meus filhos e os fizeste passar pelo fogo em sua honra.
16, 22 depravações humanas.
16, 23 colina e lugar alto.
16, 26 tu te prostituíste com os egípcios. (27) filisteus, (28) assírios, (29) caldeus,
16, 36 ídolos abomináveis.
COMENTÁRIO: todo o capítulo 16 nos mostra como Israel em seu contato com os vizinhos de todos estes países (egípcios, filisteus, assírios, caldeus,), adorava os deuses deles, faziam sacrifícios humanos de crianças “degolaste os meus filhos e os fizeste passar pelo fogo em sua honra.” E quando Deus fala que eles fizeram pior que os outros povos, eles se envolviam em orgias comum aos deuses da fecundidade (faziam orgias e bacanais) e o castigo era a escravidão e deportação até a cólera de Deus se acalmar.
18, 5 festins nas montanhas. Eram as refeições idólatras dos lugares altos em homenagem aos deuses.
COMENTÁRIO: Neste capítulo Deus aponta toda série de pecados cometidos pelos israelitas, principalmente pelo convívio e contato com os povos vizinhos, acabavam cometendo a idolatria de todas as suas formas. Tudo que desagrada ao coração de Deus é idolatria, todo pecado é uma ofensa a Deus e é idolatria.
“O homem justo - que procede segundo o direito e a eqüidade,
6 que não participa dos festins das montanhas, que não volve os olhos para os ídolos da casa de Israel, que não desonra a mulher do próximo, e não tem relação com uma mulher durante o tempo de sua impureza, que não oprime ninguém, que restitui o penhor ao seu devedor, que não exerce a rapina, que dá seu pão aos famintos, e cobre com vestimenta o que está nu,
8 que não empresta à taxa usurária e não recebe com juros, que afasta a sua mão da iniqüidade, e julga eqüitativamente entre um homem e outro,

18, 23 “Terei eu prazer com a morte do malvado? - oráculo do Senhor Javé. - Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?”
18, 32 “Não sinto prazer com a morte de quem quer que seja - oráculo do Senhor Javé! Convertei-vos, e vivereis!”
COMENTÁRIO: Porém Deus não quer condenar seus filhos, quer antes de tudo salvá-los, quer que se arrependam e voltem seu olhar para Aquele que os criou e lhes dá vida. Algumas congregações religiosas só querem ver a idolatria das imagens, mas aceitam a idolatria opressora da teologia da prosperidade que tanto enriquece a pequena maioria de seus membros. Não há na igreja católica um padre mais rico que outro, tudo é da igreja e da comunidade e eles estão sempre sendo trocados de comunidade, conheço particularmente dois padres santos no sertão de Pernambuco que durante muito tempo eles eram sustentados pela pobre comunidade onde vivam e chegaram a passar fome. Imagine se eles implantassem o dízimo na marra e arrancasse do povo o fruto de seu trabalho como vejo muitas congregações fazerem.

20, 7-8 Eu lhes disse então: que cada um lance para fora os ídolos abomináveis que atraem os vossos olhos; não mais vos mancheis com os ídolos do Egito. Eu é que sou o Senhor, vosso Deus.
8 Eles, porém, se rebelaram contra mim e se recusaram a escutar-me; nenhum deles rejeitou os ídolos abomináveis que atraem os olhos e nenhum abandonou os ídolos do Egito.
COMENTÁRIO: em dois versículos aparecem quatro vezes a palavra ídolos, mas não podemos analisá-los separadamente do contexto da Bíblia, esses ídolos são animais e répteis comuns nas divindades vizinhas do Egito, Cananéia ... a maioria desses deuses faziam sacrifícios humanos que despertava a ira de Deus. No antigo Testamento cada deus tem um nome e a questão é saber ao menos de que povo é esse deus, dos egípcios, cananeus, filisteus e assim por diante.

20, 16 “porque haviam rejeitado as minhas leis, abandonando os meus preceitos, profanando os meus sábados e entregando-se intimamente a seus ídolos.
20, 18” Eu disse no deserto a seus filhos: não sigais os preceitos dos vossos pais, não imiteis as suas práticas, contaminando-vos com os ídolos.
20, 24 “...porque não haviam observado os meus preceitos, tinham rejeitado as minhas leis, profanando os meus sábados e deixando seus olhos se apegar aos ídolos de seus pais.
20, 26 “eu os tornei impuros por suas oferendas - quando faziam passar seus primogênitos pelo fogo - para puni-los e dar-lhes a conhecer que eu sou o Senhor”.
20, 28 “vós vos contaminais, à maneira dos vossos pais, e vos prostituís como os seus ídolos.
31 Apresentando as vossas oferendas, fazendo passar vossos filhos pelo fogo, vós ainda hoje vos manchais com todos os vossos ídolos.”
COMENTÁRIO: de todos estes ídolos o que certamente mais irritava Javé era o deus cananeu Moloc, pois quando a estátua deste deus estava vermelha (incandescente pelo fogo) as crianças eram jogadas dentro em sacrifício ao deus. Para javé era uma grande abominação.
                Para evitar este tipo de contaminação, principalmente ocorrida pelo contato com os povos, Javé Deus, instituiu o Anátema que é a morte de todo ser vivo dos povos conquistados, inclusive dos animais, nada deveria ficar vivo.

20, 32 iremos fazer como as nações, como as raças da terra, rendendo culto à árvore e à pedra”.
20, 39 “Quanto a vós, israelitas, eis o que diz o Senhor: ide, servi cada um de vós aos ídolos! Depois disso juro que me escutareis, e não profanareis o meu santo nome por vossas oferendas e vossos ídolos”.
COMENTÁRIO: cada povo que Israel entrava em contato tinha deuses diferentes, e eles corriam sempre o risco de se contaminares com eles e praticarem o que era mau aos olhos de Deus. Diversos povos foram conquistados até o reinado de Salomão quando Israel teve um pouco de paz, até que voltou a se contaminar e caiu por castigo escravos dos babilônicos, persas, gregos... romanos.

21, 24traça dois caminhos que partam ambos do mesmo lugar, para que possa passar a espada do rei de Babilônia.”
21, 26porque o rei de Babilônia se detém na encruzilhada do caminho, à frente dos dois caminhos, para consultar a sorte: ele agita as flechas, interroga os ídolos domésticos, examina o fígado das vítimas.
27 Em sua mão direita, detém ele a sorte que designa Jerusalém, para aí colocar os carneiros, para aí dar ordens de carnificina e arrancar gritos de guerra, para conduzir os aríetes contra as portas, para suspender terraços e construir torres”.
COMENTÁRIO: aqui o profeta anuncia que Nabucodonosor rei da Babilônia irá invadir e fazer cativos o povo de Israel.

22, 3-4.  “ah! cidade que espalhas o sangue em tuas ruas para que chegue a tua hora, que eriges ídolos para te sujares,
4 pelo sangue que tens derramado tu te tornaste culpada e te poluíste pelos teus ídolos que talhaste; precipitaste a tua hora, adiantaste o termo de teus anos”.
COMENTÁRIO: havia alguns ídolos, principalmente os cananeus, que eram feitos sacrifícios humanos de crianças (Moloc, Baal...); o contato com esses povos levava o povo de Israel a cometer o mesmo tipo de adoração a esses deuses e a repetir os mesmos sacrifícios. Javé deus abominava e castigava o povo com a escravidão e a servidão aos povos da região (Egito, Grécia, Pérsia, Assíria e a pior delas Babilônia).

23, 7-9 “Ela prodigalizou seus encantos a essa elite dos assírios, e, junto de todos esses por quem se achava seduzida, maculou-se com seus ídolos.
8 Não renunciou às suas devassidões do Egito, desde o tempo em que haviam dormido com ela ainda jovem, e acariciando os seus seios virginais, cobrindo-a de torpezas;
9 por isso, entreguei-a a seus amantes, os assírios...”
COMENTÁRIO: os dezoito profetas bíblicos alertavam o povo que se houvesse contaminação com os povos vizinhos cairiam escravos. E cada vez que se contaminava surgia um profeta para alertar o povo, mas com exceção de Jonas que foi ouvido pelos ninivitas os outros profetas alertavam, mas o povo caía. Cada vez que o povo se contaminava Javé comparava o povo de Israel a uma prostituta. Apenas dois profetas fizeram milagres: Elias e Elizeu.
                Vejamos o que nos diz o Magistério da Igreja, através do CIC (catecismo da igreja católica):
CIC 1611 “Ao verem a Aliança de Deus com Israel sob a imagem dum amor conjugal, exclusivo e fiel, os profetas prepararam a consciência do povo eleito para uma inteligência aprofundada da unicidade e indissolubilidade do matrimônio. Os livros de Rute e de Tobias dão testemunhos comoventes do elevado sentido do matrimônio, da fidelidade e da ternura dos esposos. E a Tradição viu sempre no Cântico dos Cânticos uma expressão única do amor humano, enquanto reflexo do amor de Deus, amor «forte como a morte», que «nem as águas caudalosas conseguem apagar» (CT 8,6-7).”

23, 14 “desenhados no muro, figuras dos caldeus pintados a vermelho,”
23, 37 “Elas cometeram adultério, há sangue em suas mãos; elas fornicaram com os ídolos; e os filhos a quem deram à luz fizeram-nos passar pelo fogo para queimá-los.
38 Eis ainda o que me fizeram: desonraram o meu santuário e profanaram os meus sábados”.
39 No mesmo dia em que imolaram seus filhos a seus ídolos”

O povo sempre voltava a irar o Senhor, mesmo já sabendo o que acarretaria.
23, 49 “carregareis o peso da vossa idolatria. Conhecereis, assim, que sou eu o Senhor Javé”.

Ez 24, 15 a esposa do profeta morre, como anunciado pelo Senhor, e ele não pode se lamentar. O fruto da idolatria é a morte. Não que o profeta seja idólatra, mas foi a maneira pedagógica que Deus usou para ensinar ao seu povo.

Ez 30, 13 “Eis o que diz o Senhor Javé: farei desaparecer os ídolos e suprimirei os falsos deuses de Nof. Não haverá mais príncipe no Egito, e espalharei o terror nessa terra”.
Ez 33, 25 “Responde-lhes, pois: eis o que diz o Senhor Javé: comeis a carne com sangue, ergueis os olhos para os ídolos, derramais o sangue: e tereis a posse da terra?”
Ez 36, 18 “Por isso desencadeei sobre eles o meu furor, devido ao sangue que tinham derramado sobre a terra e aos ídolos com que a profanaram;”
Ez 37, 23 Não mais se mancharão com seus ídolos nem cometerão infames abominações: libertá-los-ei de todas as transgressões de que se tornaram culpados e purificá-los-ei. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus”.
Ez 44, 1o “Os levitas, que me deixaram desde o tempo em que Israel se desviava, abandonando-me para seguir os ídolos, esses levitas levarão a pena de sua falta”.
Ez 44, 12 “se puseram a seu serviço diante dos seus infames ídolos, e arrastaram os israelitas ao pecado, por causa disso - oráculo do Senhor Javé - ergo a mão contra eles, e sofrerão a pena de sua falta”.  

COMENTÁRIO:
Percorremos todo o livro do profeta Ezequiel e vimos que a idolatria levava a punição da deportação que “era a remoção forçada de povos vencidos, de seus países para outros territórios, praticada pelos assírios e babilônios. Ela tinha a finalidade prática era enfraquecer o inimigo e, eventualmente, colonizar territórios próprios. Os Israelitas que eram deportados estavam em desterro ou exílio. Israel foi submetido várias vezes a deportações. Os assírios puseram fim ao reino do Norte, deportando a população de Israel em 734 aC  e depois da queda de Samaria, em 722 aC. Em 597 e 587 aC os babilônios desterraram os habitantes de Judá para a Babilônia.
A deportação, embora não resultasse em prisão, causava grandes sofrimentos. Os exilados eram arrancados de sua terra natal e de suas propriedades e tinham dificuldade em praticar sua religião. A situação dos exilados os colocava entre o escravo e o cidadão; podiam adquirir propriedades, exercer profissões, mas sem gozar dos direitos de cidadãos livres.
Sob o ponto de vista religioso o exílio é considerado como punição pela idolatria e infidelidade a Deus, um tempo de purificação e expiação. Mas foi também um tempo de renovação da esperança, tornando-se um símbolo da conversão, ou volta a Deus”. * Dicionário Bíblico, Bíblia Clerus.


ANALISANDO AS ESCRITURAS E A DESCENDÊNCIA DE JESUS

SEGUNDO SÃO MARCOS
A tradição cristã atribuiu sempre o Segundo Evangelho o São Marcos, ele foi discípulo direto de São Pedro, sendo mencionado oito vezes no Novo Testamento: é chamado Marcos em At 15,39 e de João Marcos em At 12,12 e 15,37 e João em At 13,5-13. Não é estranha esta duplicidade de nomes, pois era comum entre os judeus da época. Ele usava um nome hebraico, judeu João (Yohannan) e outro latino helenizado (Marcus, Markos). O mesmo fazia São Paulo: Saulo e Paulo. As outras quatro vezes que o Novo Testamento o menciona estão em Cl 4,10; Fm 24; 2Tm 4,11 e 1 Pd 5,13. - Marcos conheceu com toda a certeza Jesus diretamente, ainda que não tenha sido dos Doze Apóstolos: a maioria dos escritores eclesiásticos vê em Mc 14,51-52, o episódio do rapaz que deixou o lençol e fugiu no momento da prisão de Jesus no horto, uma espécie de assinatura velada do próprio Marcos posta no seu Evangelho, já que só ele relata este episódio. - Marcos era filho de Maria, segundo parece viúva de posição econômica razoável, em cuja casa se reuniam os primeiros cristãos de Jerusalém.(At 12,12).
Um antigo escrito cristão afirma que essa era a mesma casa do Cenáculo, onde o Senhor celebrou a Última Ceia. - Desde muito jovem, Marcos tinha vivido a vida intensa dos primeiros cristãos de Jerusalém, à volta da Santíssima Virgem e dos Apóstolos, que tinha conhecido na intimidade. A mãe de Marcos e a sua família foi uma das primeiras que ajudaram Jesus e os Doze. - Pelo livro dos Atos dos Apóstolos sabe-se que era primo de Barnabé, um dos grandes evangelizadores dos primeiros tempos, embora não pertencesse aos Doze. - Barnabé chamou Marcos quando, na companhia de
Paulo esteve em Jerusalém para trazer a primeira coleta em favor dos fiéis da Igreja mãe (At 12,25). Paulo e Barnabé, enviados pelo Espírito Santo para a primeira viagem missionária levaram Marcos como ajudante (At 13,1-6). Terminada uma primeira fase da missão em Chipre, parece que Marcos, ainda muito jovem, não se encontrou com coragem para prosseguir naquela aventura apostólica, e voltou para casa. Paulo ficou desgostoso com isso. Ao planejar a segunda viagem Barnabé quis levar de novo Marcos; mas Paulo opôs-se por os ter abandonado antes. Isso levou a que Paulo e Barnabé dividissem a tarefa do plano apostólico. Deste modo, Barnabé embarcou com Marcos como auxiliar, para visitar as comunidades de Chipre fundadas anteriormente. - Uns dez anos depois, Marcos encontra-se em Roma ajudando desta vez Pedro, como "interprete". Esta circunstância é muito explicável porque quando Pedro esteve preso e foi libertado milagrosamente da prisão pelo anjo, dirigiu-se à casa de Maria, a mãe de Marcos (At 12,11-17). Pedro chama a Marcos seu filho (1 Pd 5,13), o que indica uma íntima e antiga relação afetuosa entre eles. - Marcos deve ter-se comportado excelentemente naquela altura, uma vez que no ano 62/63 está de novo como ajudante de Paulo (Fm 24) a quem serve de grande consolo, sendo-lhe muito fiel.(Cl 4,10ss). Ainda mais tarde, pelo ano 66, Paulo pede a Timóteo que venha com Marcos, pois este lhe é muito útil para a evangelização (2Tm 4,11) - A partir do ano 66 (Marcos poderia ter algo mais de 50 anos) as notícias sobre Marcos já não possuem as certezas das anteriores. Segundo uma antiga tradição Marcos foi para o Egito, onde fundou a Igreja de Alexandria. Outra tradição antiga assegura que ele morreu mártir num pequeno povoado próximo de Alexandria. (texto extraído da Bíblia Católica - www.bibliacatolica.com.br e Bíblia Sagrada Ave-Maria, www.avemaria.com.br
1, 4 João Batista. Era primo de Jesus e é considerado o precursor de Jesus. Pessoas de toda Judéia e Jerusalém vinham batizar-se no rio Jordão com João Batista, e ele afirmava com humildade simplicidade que viria alguém maior que ele e ele não era digno de desamarrar as sandálias dele.
1, 10 o Espírito Santo (em forma de pomba). Vimos em imagens pelo mundo todo a presença da pomba sobre os seus santos, como por exemplo nos velórios de João Paulo II e no velório do arcebispo do Rio de Janeiro em 2012.
1, 11 voz de Deus Pai. Ninguém jamais viu a Deus, porém, este momento transcendente na história da humanidade vê-se a presença marcante da Trindade nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo:
Jesus (presente no batismo)
O Espírito Santo (em forma de pomba)
Deus Pai. (ouviu-se a voz)
1, 13 o Demônio.
                O outro momento Bíblico, apesar de não ser uma tese sustentada pelos teólogos da igreja, ao menos nos livros que estudei e nos cursos que fiz, é a criação quando Deus diz: “façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. Ao usar as palavras “façamos” e “nossa” creio que Deus se refere a Trindade.
1, 16 Simão e André (irmãos). Cf anteriormente.
1, 19 Tiago e João. (irmãos). Cf anteriormente.
1, 23 um homem possesso. Ao ver Jesus o demônio treme, mas afronta Jesus revelando sua identidade, é repreendido por Jesus e sai do homem, mas antes sacode violentamente o homem. Existem muitas pessoas possessas em vários níveis. Fui chamado por uma mãe para fazer uma oração por seu filho que já havia tentado o suicídio várias vezes e a primeira pergunta que ele me fez era se eu já havia visto o demônio e me disse que ele estava falando coisas ao seu ouvido, enquanto eu falava com ele o diabo o aconselhava a se matar, ainda rezo por aquele filho de Deus e terei que rezar durante toda minha vida por muitas pessoas, já tenho até um caderno onde coloco o nome das pessoas que rezo por elas todos os dias, convido você a rezar por eles também. Rezamos por um tempo, conversamos e depois fomos embora. O Diabo existe independente de você acreditar ou não, ele quer que nós acreditemos que ele não existe, pois se ele não existe não pode existir inferno e se não existe inferno eu posso fazer o que quiser. A outra postura do Demônio e que nós tenhamos medo dele, mas lembre-se ao nome do Senhor Jesus todo joelho se dobrará, Deus é maior. “Desde a criação do mundo vejo que o Diabo não é criativo, mas é repetitivo e sua arma é a argumentação” (palestra do Pe. Lindemberg, encontro nacional dos FR): “Oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis!5 Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.”Gn 3, 4.
                O grito do Demônio é ‘não servirei e não adorarei’. Como ele quis ser Deus ele não admite servir, pelo contrário quer ser servido e não adora porque quer ser adorado no lugar de Deus. Devemos servir sempre como Jesus ao lavar os pés dos apóstolos na santa ceia, e adorá-lo em Espírito e verdade.
                Devemos deixar Deus falar em nós, nos encharcarmos de Deus e não deixar brechas na armadura para não cair em tentação e o nosso alimento é a Palavra (Sagrada Escritura) e a oração. Quando um homem e uma mulher reza o Diabo foge porque sabe que Deus vai agir.
O advento do Reino de Deus é a derrota do reino de Satanás: "Se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós" (Mt 12,28). Os exorcismos de Jesus libertam homens do domínio dos demônios. Antecipam a grande vitória de Jesus sobre "o príncipe deste mundo". É pela Cruz de Cristo que o Reino de Deus ser definitivamente estabelecido: "Regnavit a ligno Deus - Deus reinou do alto do madeiro". CIC 550
Sobre exorção vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica, pois há que se diferenciar de casos psiquiátricos:
“Quando a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto seja protegido contra a influência do maligno e subtraído a seu domínio, fala-se de exorcismo. Jesus o praticou, é dele que a Igreja recebeu o poder e o encargo de exorcizar. Sob uma forma simples, o exorcismo é praticado durante a celebração do Batismo. O exorcismo solene, chamado “grande exorcismo”, só pode ser praticado por um sacerdote, com a permissão do bispo. Nele é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja. Bem diferente é o caso de doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica. É importante, pois, verificar antes de celebrar o exorcismo se se trata de uma presença do maligno ou de uma doença”. CIC 1673
1, 30 a sogra de Pedro. Jesus cura a febre da sogra de Pedro, o que nos permite inferir que Pedro ou era casado ou fora, porém ao decidir seguir Jesus deixara tudo para trás. A sua sogra ao ser curada pôs-se a servi-los. Uma pessoa ao ser curada por Jesus deveria fazer como a sogra de Pedro e se colocar a trabalho do reino. Após recebermos os sacramentos de cura que existem que existem na nossa igreja devemos nos colocar a caminho do trabalho do reino.
“O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que sua Igreja Continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramento da Penitência e o sacramento da Unção dos Enfermos”. CIC 1421
1, 32 todos os enfermos e possessos. Jesus faz o contrário da lei seguida pelos judeus, ele toca nos doentes, enfermos e possessos, não dá importância a pureza ritual, mas quer antes de tudo libertar o seu povo das mãos do maligno, restaurando-lhes a saúde do corpo e da alma.
1, 40 um leproso. A lepra era a doença mais temida do tempo de Jesus, pois não havia cura para ela. O leproso deixava o convívio com seus parentes e vivia recluso em cavernas, eram separados do povo e proibido o seu convívio. Jesus se compadece e faz o que ninguém quer fazer: toca nele. O leproso suplica de joelhos e Jesus o toca e ele fica curado.
Aproximou-se dele um leproso, suplicando-lhe de joelhos: "Se queres, podes limpar-me." 41 Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: "Eu quero, sê curado." 42 E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado.
Jesus pede ao leproso que não conte a ninguém, mas ele não consegue ficar calado e acaba atrapalhando a vida pública de Jesus, visto que o mesmo não pode mais entrar publicamente numa cidade.
“Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente numa cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele”.
2, 2 a multidão. Jesus está na casa de Simão, e muita gente estava lá para ouvir seus ensinamentos e como vimos no começo do livro devemos deixar o nosso lugar na multidão e passar a ser ao menos um discípulo itinerante, embora o ideal é ser um dos doze, desprendidos e despojados do mundo para servir ao Senhor de corpo e alma sem amarras.
2, 3 um paralítico e quatro homens. Tanto o paralítico como os quatro homens tinham grande fé e vendo que não conseguiriam chegar até Jesus retiraram o telhado e passaram o paralítico para que Jesus o curasse, a fé deles comoveu o Senhor “vendo a fé deles”.
Quantas vezes não sou paralítico para trabalhar para o reino de Deus? Que o Senhor nos ajude com a intercessão de nossos irmãos (os quatro homens)a sermos curados da paralisia que nos impede de trabalhar para o reino.
2, 6 escribas. Cf anteriormente
2, 13 a multidão. Diversas vezes vemos a multidão acompanhar Jesus e Ele sempre se compadecia dela.
2, 14 Levi. Jesus escolhe pessoas comuns, pecadores as vezes contumaz, ele acredita que as pessoas podem se converter, acreditava até mesmo em Judas que o traiu.
2, 15 muitos cobradores de impostos. Jesus é condenado pelos fariseus, pois está comendo com os pecadores na casa de Levi.
2, 16 os escribas (do partido dos fariseus). Cf anteriormente
2, 23 seus discípulos. Cf anteriormente
2, 24 os fariseus. Aqui eles se juntam com os partidários de Herodes (herodianos- fiéis a Roma) para articular uma maneira de derrotar Jesus, pois a cada milagre sua fama crescia e mais judeus se convertiam despertando a ira dos judeus (principalmente fariseus).
3, 1  um homem da mão seca.  Os fariseus queriam condenar Jesus porque Ele ia curar um homem em dia de sábado. Imagine se você fosse aquele homem necessitado da cura. O homem queria e precisava ser curado e Jesus mais uma vez se arrisca pelos pobres, “aqueles que não tem ninguém por eles”.
3, 6 os que observavam (fariseus). Cf anteriormente
3, 7 seus discípulos. Cf anteriormente
3, 7 multidão. Como vimos anteriormente, estar perto de Jesus na multidão é um começo, porém Jesus quer que sejamos um discípulo itinerante e finalmente um dos doze, aqueles que vivam por e para Jesus incondicionalmente.
3, 11 espíritos imundos. Os demônios não enfrentavam mais Jesus, aqui vemos que eles se prostam, mas certamente não o é por adoração e sim por obediência, visto que Ele é o Filho de Deus.
“Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: Tu és o Filho de Deus! 12 Ele os proibia severamente que o dessem a conhecer.”
3, 13 eleição dos apóstolos. (também em Mt 10, 1-4; Lc 6, 12-18) vemos nesta passagem que o Sacramento da Ordem é uma escolha de Deus e não do candidato, Jesus escolhe aqui os doze, ou seja aqueles que serão as suas mãos no mundo e para a sua igreja. Devemos entender que as mãos do sacerdote (Persona Cristi)são as mãos de Jesus no meio de seu povo.
“Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele.
14 Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia.
15 Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios.
16 Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro;
17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão.
18Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;
19 e Judas Iscariotes, que o entregou”.
3, 21os seus (seus parentes de Nazaré) seus parentes dizem que Jesus está com perturbações mentais, por isso Jesus dizia que um profeta em casa não faz milagres.
3, 22 os escribas. Diferentemente dos parentes de Jesus os escribas falam que Jesus está possuído, mas ninguém queria falar que os seus milagres vem de Deus, senão teriam que admitir ser ele no mínimo um grande profeta como é ainda hoje considerado pelos judeus (judaísmo) e os muçulmanos (islamismo).
3, 31 sua Mãe e seus irmãos. Jesus estende a toda a humanidade seu laço de irmão e nos dá Maria como mãe, mas faz um alerta que só é seu irmão e sua mãe aqueles que fazem a vontade de Deus. Em hebraico não existe palavra que se possa traduzir para irmão, logo amigo, primo, etc. tudo foi traduzido como irmão.
4, 1 grande multidão. O evangelista nos mostra que havia uma quantidade de pessoas maior do que normalmente havia. A medida que os milagres aumentavam mais pessoas seguiam e queriam seguir Jesus, despertando assim ódio e medo entre aqueles que tinham mordomias dadas pelo império, dentre eles o sumo sacerdote Caifás e também Anãs, fariseus...
4, 38 disseram-LHE. Os discípulos temeram afundar na barca e acordaram Jesus. Ele estava na popa (parte do barco onde fica o leme que é a direção do barco) Jesus estava no lugar certo na popa, “aquele que guia o barco de nossas vidas”. Jesus questiona o nosso medo e é verdade somos tão medrosos que a Bíblia nos traz trezentas e sessenta e cinco vezes a expressão “não tenha medo”. O medo é do inimigo de Deus. Que tem fé em Deus não pode ter medo.
5, 2 homem possesso. São Marcos nos relata que o homem está possuído de uma legião (composta de muitas centúrias) vemos mais de dois mil demônios atormentando o homem. “o Diabo nos rodeia como um leão querendo devorar a presa” precisamos estar fortalecidos no Senhor, ou satanás poderá nos derrubar.
           5, 22 Jairo. Apesar de ser chefe da sinagoga ele sabia que Jesus podia curar sua filha e enquanto caminhava para a casa de Jairo (5, 25) uma mulher que padecia por doze anos de um fluxo de sangue tocou no manto de Jesus e ficou curada, já tinha gasto todos os seus bens e não havia ficado curada.
“Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue.
26 Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais.
27 Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto.
28 Dizia ela consigo: Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada.
29 Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue... Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: Quem tocou minhas vestes? Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade.
34 Mas ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal.
 Nesse momento alguém trás a notícia que a menina tinha falecido e novamente Jesus repete a frase “não tenha medo, crê somente”. Jesus se permite acompanhar apenas por Pedro, Tiago e João e os pais da menina, que entraram nos aposentos onde estava a menina e Jesus a ressuscitou.
“Segurou a mão da menina e disse-lhe: Talita cumi, que quer dizer: Menina, ordeno-te, levanta-te!
42 E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados.”
                Este milagre é interressante porque ocorre um milagre dentro de outro e a cura é feita tanto para a mulher quanto para a menina de doze anos. Jesus se compadece de todos mesmo quando está ocupado, Ele sempre tem tempo para mim e para você, mesmo tendo situações mais grave o mestre não nos abandona.
6, 1.2 seus discípulos (Cf anteriormente). Muitos dos que estavam na sinagoga.
“Mas Jesus disse-lhes: Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa.
5 Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.
6 Admirava-se ele da desconfiança deles”.
6, 7 os doze.  Essa é a nossa meta ser do grupo dos doze. Discípulos abnegados que por confiar em Deus não põe sua esperança nos bens materiais. Jesus os proíbe de levar três coisas: pão, mochila e dinheiro. Quando o seguidor de Jesus sai para fazer a obra de Deus ele não pode se preocupar com comida e qualquer espécie de preocupação, pois deus supre os seus filhos em todas as suas necessidades.
6, 14 Herodes. Tanto ouvira falar de Jesus que queria conhecê-Lo, devido seus milagres, ele acreditava que Jesus era João Batista ressuscitado.
6, 22 a filha de Herodíades. O apelo ao sensualismo (pela dança da filha de herodíades) é que levou Herodes a condenar por decapitação a João Batista, que não 
6, 24 a sua mãe (mãe de Herodíades).
“Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere,
28 trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe.
29 Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro”.
6, 30 os discípulos. Cf anteriormente
6, 34 a multidão. Vendo para onde Jesus se dirigia a multidão correu e Ele se compadeceu, pois eram como ovelhas sem pastor. Vemos no versículo trinta e nove que Jesus pede ao povo para sentar, pois naquela época os escravos comiam em pé e assim o mestre ensina ao povo que ele está livre dos grilhões da escravidão. Nesta primeira multiplicação o milagre foi feito a partir de cinco pães e dois peixes, mostrando assim que Jesus faz o milagre usando a nossa participação, assim como Ele quer de nós a participação na construção do seu reino. Quanto as sobras entendo que quando Deus dá a graça o faz em abundância (doze cestos de sobras).
6, 48 foi ter com eles (os discípulos). Jesus anda sobre as águas desafiando a lei da gravidade e isto assustou aos apóstolos, pois ainda nem tinham compreendido o milagre anterior.
6, 54 o povo. Eles já acreditavam que Jesus tinha poderes para curá-los e acorriam de todos os lugares e levavam todo tipo de enfermos e todos os que tocavam eram curados.
Temos que refletir muito sobre este acontecimento, pois temos a oportunidade de tocar em Jesus na eucaristia. Somos até criticados pelos nossos irmãos que dizem se a Eucaristia fosse real era para nossas igrejas estarem lotadas, mas Deus sabe tudo, peço ao Senhor que dê ao seu povo a verdadeira contrição e a fé madura para que acreditem na Eucaristia.
7, 1.5. fariseus / escribas. (Cf anteriormente) Jesus cita o profeta Isaías ao ser questinado porque os seus discípulos não praticam a pureza ritual prescrita pela Lei.
“Jesus disse-lhes: Isaías com muita razão profetizou de vós, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, pois, me cultuam, porque ensinam doutrinas e preceitos humanos”. (Is 29,13).
COMENTÁRIO: corremos o risco de mesmo estando dentro da igreja não honrarmos ao Senhor com o coração em nossas atividades “eu quero a misericórdia e não o sacrifício”. Fazer tudo com amor a Deus e ao próximo como fez Madre Tereza de Calcutá, S. Francisco e tantos santos da Igreja, estar com o coração puro e limpo é mais correto do que com as mãos limpas.
“Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem, isso é que mancha o homem.” 7, 15
“Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem.  Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem”. 7, 20-23
7, 24 a mulher Cananéia. (Cf anteriormente em Mt 15, 21)
7, 32 o surdo-mudo. Jesus usa a saliva como um meio material, Ele podia não usar nada porque é Deus, mas sabe que nós precisamos ver e este é um dos motivos de venerarmos imagens, Deus em sua infinita sabedoria usa de bens materiais como barro e saliva para nos mostrar pedagogicamente que “tudo que Deus faz é bom”. Fico a imaginar Jesus hoje passando barro e saliva nos ouvidos e nos olhos do povo, certamente seria criticado.
                Hoje vejo muitos católicos levados por doutrinas do mundo que querem confessar com Deus e não com o sacerdote, como tão bem nos lembra o professor Felipe Aquino da Canção Nova, ou a pessoa cria uma religião, ou muda para outra religião ou aceita ser católico como o católico deve ser.
8, 1 os discípulos. Jesus os chama porque está compadecido do povo que já está há três dias com Ele e não tem nada o que comer. (Cf anteriormente em Mt 15, 29)
8, 11 fariseus. Eles não desistem e continuam tentando por Jesus em prova, pedem um sinal do céu, mas Jesus não cai na armadilha. O mundo é assim sempre está tentando nos derrubar com suas seduções e facilidades que requerem de nós grande resistência, hoje através da internet temos o que quisermos sobre qualquer assunto, pedofilia, pornografia... mas também temos os sites do vaticano, CNBB, canção nova... cabe a nós fazer as escolhas certas, e como diz Padre Zezinho em sua música “a decisão é sua”.
                8, 18-21 os apóstolos e Jesus. Eles discutiam pois não tinham pão na barca e o mestre os lembra dos milagres que acabaram de fazer.
No primeiro milagre eles tinham cinco pães,  cinco mil pessoas e sobraram doze cestos. No segundo milagre eles tinham sete pães,  quatro mil pessoas e sobraram sete cestos.
 “Ao partir eu os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos recolhestes cheios de pedaços? Responderam-lhe: Doze. E quando eu parti os sete pães entre os quatro mil homens, quantos cestos de pedaços levantastes? Sete, responderam-lhe. Jesus disse-lhes: Como é que ainda não entendeis?
                O que fica claro neste milagre neste milagre é que há sobras, Jesus como Deus se quisesse nada sobraria. E porque sobrou? Apenas para mostrar que quando Deus derrama a sua graça Ele a dá com sobras. “onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
                8, 22 o cego de Betsaida. Jesus usa sua saliva para curar o cego, ele usa bens materiais para tocar o coração do seu povo, não mágicas, raios, gritarias, apenas sua saliva. Jesus é o modelo da simplicidade “sejam simples como as pombas”, e nós as vezes queremos complicar a igreja com as nossas próprias leis, que não são de Deus, devemos refletir esta prática, pois assim disse Jesus: “Pedro tu és pedra e sobre a esta pedra eu construirei a minha igreja”, a igreja é de Deus e não nossa, certas decisões e falas cabe aos bispos, a Santa Sé e não a nós. Colocações como basta ir a missa quando tiver com vontade, confessar diretamente com Deus, questionamento da infalibiblidade papal.. só tenho uma única pergunta a fazer “quando foi que o irmão ou a irmã deixou de ser católica (a)”. Ser católico é opção, mas se sou tenho que comungar cem por cento com a doutrina.
                8, 27 seus discípulos. Jesus faz uma pesquisa de opinião para saber como está e está muitíssimo bem cotado (uns dizem que és João Batista, Elias). Como vemos Ele está bem cotado, mas ninguém acerta, somente Pedro inspirado pelo Espírito Santo é que diz “tu és o Filho de Deus”
                8, 32 Pedro. Jesus acaba de dar a Pedro o comando da igreja e satanás já o tenta para derrubá-lo. Assim como fez com Eva, ao ver que ela seria co-criadora com Deus ele a tenta e a derruba. Ele tanto tentou a Pedro que Jesus fala: “Pedro eu rezei por ti porque o Diabo queria peneirar você”.
                8, 34 a multidão e os discípulos. Muito tenho refletido sobre este conselho e alerta de Jesus para nós, é muito duro, Ele não dá garantias de felicidade neste mundo, nem alegrias, mas nos diz que a vida dos que querem segui-lo será dura e difícil. O convite de Jesus é “vem morrer na cruz comigo”, pois a felicidade está depois do calvário, na Vida Eterna. Sofrer com Jesus é entender o que disse São Paulo “que se complete em mim as dores de Jesus”.
                9, 1 e dizia-lhes (a eles, os discípulos). Jesus já começa a fortalecer-lhes para os martírios que iriam encontrar ao dizer que alguns não iriam encontrar a morte, ao falar assim infere-se que outros serão mortos e mártires. Pedro morreu crucificado de cabeça para baixo, Tiago, filho de Alfeu e de Maria denominado o menor para diferenciar do outro Tiago filho de Zebedeu. foi decapitado por ordem de Agripa I.

A TRANSFIGURAÇÃO
                9,  2 Pedro, Tiago e João. Viram Jesus transfigurar-se diante deles em uma brancura de vestes inenarrável. A alma de um santo é de uma brancura que não pode ser comparável a nada, é uma amostra de como deve estar a nossa alma para entrar na casa do Pai.
                9, 4 Elias e Moisés. Com muita clareza vemos aqui representados a Lei e os Profetas, estes dois pilares do Judaísmo que marcam a vida dos judeus. Jesus nos mostra que está acima da Lei, “não veio abolir a Lei, mas dar-lhe pleno cumprimento”.
                9, 5 Pedro. Pedro responde a Jesus: “mestre é bom nós estarmos aqui” a Bíblia descreve que eles ficaram atemorizados. Vejo neste episódio que Pedro não quer mais descer do monte. Muitas vezes ficamos tão felizes ao encontrarmos Jesus que queremos ficar na igreja, adorando e não queremos mais sair de lá, é muito bom estar perto de Jesus, mas Jesus quer que desçamos do monte, de sua casa, para levar o evangelho aqueles que não se converteram ainda “ide por todo mundo, pregai o evangelho”.
                9, 14 grande multidão/escribas/povo. O povo corre para saudar Jesus porque sua fama já se fazia grande e todos sabiam dos milagres que Ele realizava
                9, 16 um homem da multidão/seu filho epilético.  O homem fala que rogou aos discípulos, mas eles não conseguiram expulsar o demônio. Jesus fica irritado, tenho impressão que pela crítica que fez o homem aos seus apóstolos, como hoje vejo algumas pessoas falarem dos sacerdotes, não entenderam que eles também são seres humanos e que nenhum pai gosta de que falem de seus filhos. Jesus responde: “ó geração incrédula, até quando estarei convosco? O homem fala a Jesus “se podes alguma coisa compadece-te de nós! Disse-lhe Jesus: se podes alguma coisa!... tudo é possível ao que crê”. O homem respondeu: Creio, vem em socorro a minha falta de fé!”.
                Devemos refletir muito esta prece “Creio, vem em socorro a minha falta de fé!” este é o nosso maior problema. Nosso problema não é a falta de dinheiro, de saúde e sim de fé que Deus tudo proverá. Estamos de passagem aqui na terra, o mais importante é o céu e não podemos colocar nossa salvação em risco, pois é só o que temos.
                9, 28 os discípulos. Eles perguntam a Jesus porque não conseguiram expulsar aquele demônio e Jesus responde que aquele tipo só se pode expulsar pela oração. A oração é a fortaleza do homem. São Padre Pio dizia que “o homem que reza se salva e o que não reza se condena”. Um homem e uma mulher que reza são fortes, o diabo foge quando rezamos porque ele sabe que Deus vai agir.
                9, 36 um menino.  Muitas vezes fico a imaginar Jesus com uma criança no colo e mostrando aos seus discípulos como devemos ser, pois a criança tudo perdoa, as vezes o pai e a mãe brigam com seus filhos e em seguida estão afagando os pais ou mesmo com os coleguinhas; as crianças são assim não guardam rancor, são muitas vezes mais cristãs do que nós.
                Senhor dá-nos a o dom de sermos como as crianças, eu que tantas vezes me deixei levar pela natureza e não permitindo que a graça atuasse.
                9, 38 João. Ele quer proibir uma pessoa que expulsa demônios em nome de Jesus, mas Jesus lhe diz que “quem não é contra nós é a nosso favor”.
                9, 40 Jesus neste versículo nos deixa o modelo de como devemos tratar os seus servos (missionários, padres e bispos, consagrados...). isto eu aprendi no colo de minha avó Isabel uma velhinha de uma fé gigante, não passava um Padre, missionário... sem que ela desse comida e água e muitas vezes ia levar quando chegava um padre novo na cidade ela o mantinha em sua pobreza. Veja o que diz Jesus a esse respeito. “E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa”. 
                9, 43 Jesus por ser Deus na trindade, usa muito a trilogia nas palavras:
(Eu Sou) caminho, verdade e vida. “Siga a Jesus, pois sem caminho não se pode andar, Sem verdade não se pode conhecer, Sem vida ninguém vive. Jesus é o caminho que se deve seguir, a verdade que se deve crer e a vida interminável”. (imitação de Cristo- Kemps, paulus).
Pedir, bater e buscar.
Neste versículo, ainda seguindo a trilogia, Ele nos mostra como os nossos membros nos levam a pecar e descreve que é preferível não tê-los a ir para o inferno (mão, pé e olho):
  • Mão – foram feitas para abençoar, ajudar os irmãos e algumas vezes as usamos mal.
  • Pé – devem nos levar a proclamar o evangelho ao mundo, são os pés do mensageiro, mas as vezes eles nos guiam por caminhos não santos, não ajudam a Deus e ao próximo.
  • Olho – devíamos ver todas as pessoas com os olhos de Jesus, mas muito mais criticamos e condenamos que elogiamos, lembre-se de como Jesus olhava os pecadores (a prostituta , Zaqueu...), antes de condenar e criticar pense: “no meu lugar o que Jesus faria”.
        9, 50 sal. Jesus nos ordena a sermos sal, e mesmo sendo pouco o sal faz grande diferença na comida: “O sal é uma boa coisa; mas se ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros”.
10, 1 multidões. Cf anteriormente.
10, 2-10 fariseus, os discípulos. Aqui é abordado a questão do divórcio e Jesus volta ao Pentateuco, refere-se a Moisés e depois a Deus que uniu o homem e a mulher.
 “mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu."
                10, 13 crianças. Os discípulos não querem que as crianças incomodem o mestre e tentam impedir que elas cheguem a ele. Jesus vendo a cena não aprova a atitude deles e ainda faz uma imposição das mãos nas crianças. Duas análises temos que fazer: os apóstolos fazem um julgamento errado e Jesus aproveita o caso para lhes ensinar, penso que como servo ordenado de sua igreja também corro o risco de julgar errado certas atitudes e peço a Deus que o seu Espírito Santo me guie sempre. O outro fato é que a Bíblia mostra que Jesus faz a imposição das mãos nas crianças como o faz com os sacerdotes, reservando para ele as crianças como modelo a ser seguido por todos nós.
“"Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará”. Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos”.
                10, 17 alguém. Este homem pergunta a Jesus o que se pode fazer para ir ao céu. Porém, quando Jesus cita os mandamentos o mesmo responde que já o faz, mas Jesus diz que somente falta uma coisa: que ele venda tudo e dê aos pobres e isto entristece o coração daquele jovem, pois não queria perder o que tinha.
“Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.
 Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens”.
                Como é atual este tema. Cada vez mais vejo pessoas que não conseguem seguir Jesus por estarem presas a dinheiro, poder, autoridade... são bem poucos os que em meio a tudo isso servir a Jesus. O grito do demônio é: não servirei e não obedecerei, estas duas coisas não podem ser feitas por Satanás.
                10, 28 Pedro. Sabemos que a vida daqueles que se dedicam exclusivamente ao reino não é fácil (padres, bispos, freiras, consagrados...) e Pedro pergunta o que receberão.
“Respondeu-lhe Jesus. "Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna”.
                Eu gostaria de ter tido uma família com uns cinco filhos, mas devido aos problemas de saúde que teve a minha esposa, só conseguimos ter dois, e já contrariando a vontade dos médicos (ela teve pré-eclâmpse na gravidez). Mas, com o nosso trabalho na igreja como catequistas, ministro (MESC), diácono permanente... tivemos centenas de filhos espirituais e eu que sempre quis ter uma filha Deus nos deu muitas, só em Campo Grande –MS tivemos três afilhadas que amo como se fossem filhas, nós nos encontramos sempre (encontro das afilhadas) no shoping, em casa... Deus nos deu grandemente muitas bênçãos.
                10, 35 Tiago e João. Eles pedem a Jesus para sentar ao seu lado no trono (imaginam ser um reinado terrestre) e Jesus lhes diz: não sabes o que pedes.
“Aproximaram-se de; Jesus Tiago e João, filhos de Zebedeu, e disseram-lhe: "Mestre, queremos que nos concedas tudo o que te pedirmos."
"Que quereis que vos faça?". "Concede-nos que nos sentemos na tua glória, um à tua direita e outro à tua esquerda". "Não sabeis o que pedis, retorquiu Jesus. Podeis vós beber o cálice que eu vou beber, ou ser batizados no batismo em que eu vou ser batizado”?
                Às vezes fazemos certos pedidos a Jesus que não cabem. Devemos deixar que Deus em seu amor guie as nossas vidas “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”, se somos nós que a guiamos podemos correr o risco de perder a salvação.
                Assim, Jesus nos ensina a mais humilde e bela lição: “todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo;  e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos. Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos."
                10, 46 Bartimeu. Segundo Puig (pág. 400) Ele é o único curado da bíblia que se sabe o nome e ninguém mais. O curioso neste milagre é o fato de Jesus perguntar ao cego algo óbvio: o que queres? É claro que este queria voltar a enxergar, mas Jesus quer que falemos os nossos anseios para que Ele nos conceda a sua graça. “pedir, bater, buscar”.
                11, 4 algumas pessoas. Jesus antecipa aos dois apóstolos que as pessoas iriam interrogá-los a respeito de soltar o jumentinho, eles já tinham a resposta dada por Jesus. Assim, Jesus entra em Jerusalém, não como um príncipe (normalmente montado em seus cavalos, mas em um jumentinho) que era o símbolo da pobreza e da simplicidade. A resposta dada pelos discípulos nos faz lembrar sempre uma perguntinha: “em meu lugar o que Jesus faria”?
                11, 12 a figueira maldita. Jesus ordena a figueira que não produza mais frutos. A nota de rodapé da Bíblia versão Ave Maria, nos diz que Jesus faz aqui uma ação simbólica com o povo de Israel, que era estéril, rebelde a doutrina do Evangelho. Devemos ter cuidado e produzir frutos para o reino de Deus.
                11, 15 os vendilhões do templo. Neste evento os príncipes dos sacerdotes e os escribas já o queriam matar, mas tinham medo do povo. Até as pombas (animal de sacrifício dos pobres) eram vendidas e isso indignou o Mestre.
                É notório que hoje muitas igrejas tenham se tornado em igrejas que pregam a teologia da prosperidade, transformando a casa de Deus num comércio.
11, 27 príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos. Jesus é interrogado a respeito de sua autoridade e eles caem em contradição por medo do povo.
Muitas vezes somos questionados a respeito da autoridade da igreja e de seus pastores como Jesus o foi e a resposta está em Mt 16, 13-20 “tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”.
12, 13 fariseus e herodianos. Para os judeus pagar imposto a Roma era um absurdo, visto que os romanos estavam solapando o fruto do trabalho e da terra, terra esta que havia sido dada por Deus a seus pais, mas eles usaram isto como armadilha para derrubar Jesus. Ele dá uma resposta sábia ao olhar a imagem que aparece na moeda: daí a Deus o que é de Deus e a Cesar o que é de Cesar.
12, 18 saduceus. A temática abordada pelos saduceus e o caso que é citado é simplesmente o descrito no Livro de Tobias do a. T. como então alguém pode dizer que este livro não é canônico, se o próprio Jesus é abordado e interrogado sobre a questão descrita no livro.
12, 28 um escriba. Este escriba é uma amostra clara que não devemos generalizar, visto que ele também interroga Jesus, mas não com o intuito de derrubá-lo e sim de aprofundar o seu conhecimento a respeito da Lei, prova disto é que Jesus afirma que ele “não está longe do reino de Deus”.
Diferentemente dos outros escribas, Jesus elogia este escriba afirmando que ele está no caminho certo para entrar no reino dos céus: “Vendo Jesus que ele falara sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. E já ninguém ousava fazer-lhe perguntas”.
12, 42 a pobre viúva. Vemos neste episódio que Jesus está observando o comportamento das pessoas que vão deitar seu dinheiro no templo e vendo o coração de cada um “Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb 4, 13). Tenho trabalhado em muitas comunidades, aqui em Campo Grande-MS e em todo Brasil e América do Sul, e tenho também observado como são generosos os pobres. Quando chego em suas casas me convidam para tomar a refeição com eles e sentem alegria em dividir, infelizmente não vejo isso na casa dos ricos que visito, sou obrigado a concordar com Jesus “que é mais fácil um camelo passar num buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus” (Mt 10, 17-30).
“Jesus sentou-se defronte do cofre de esmola e observava como o povo deitava dinheiro nele; muitos ricos depositavam grandes quantias.42 Chegando uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, no valor de apenas um quadrante. 43 E ele chamou os seus discípulos e disse-lhes: Em verdade vos digo: esta pobre viúva deitou mais do que todos os que lançaram no cofre,44 porque todos deitaram do que tinham em abundância; esta, porém, pôs, da sua indigência, tudo o que tinha para o seu sustento”.
13, 3Ss Pedro, Tiago, João e André. Os apóstolos interrogam Jesus sobre os acontecimentos futuros, dentre eles a destruição total do templo de Jerusalém e principalmente com relação aos falsos profetas.
Dize-nos, quando hão de suceder essas coisas? E por que sinal se saberá que tudo isso se vai realizar?
5 Jesus pôs-se então a dizer-lhes: Cuidai que ninguém vos engane.
6 Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu. E seduzirão a muitos.
7 Quando ouvirdes falar de guerras e de rumores de guerra, não temais; porque é necessário que estas coisas aconteçam, mas não será ainda o fim.
8 Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino; e haverá terremotos em diversos lugares, e fome. Isto será o princípio das dores.
9 Cuidai de vós mesmos; sereis arrastados diante dos tribunais e açoitados nas sinagogas, e comparecereis diante dos governadores e reis por minha causa, para dar testemunho de mim diante deles.
10 Mas primeiro é necessário que o Evangelho seja pregado a todas as nações”.
                14, 1 sumo sacerdote e escribas.  Eles tramavam um modo de matar Jesus, pois a verdade de Jesus incomodava aqueles que tinham poder de escravizar o povo ou aqueles que tinham mordomias a custa do povo. Hoje vemos que a verdade de Jesus ainda grita e muito incomoda aos que estão solapando a vida e a dignidade do povo, em um país rico como o nosso é um absurdo que pessoas passem fome, ou mesmo morram de fome.
“Ora, dali a dois dias seria a festa da Páscoa e dos (pães) Ázimos; e os sumos sacerdotes e os escribas buscavam algum meio de prender Jesus à traição para matá-lo.  Mas não durante a festa, diziam eles, para não haver talvez algum tumulto entre o povo”.
                14, 3Ss Simão (o leproso) e uma mulher (com um vaso de bálsamo). É interessante vermos que Jesus se abrigava na casa de um homem contaminado pela lepra (e por isso estava impuro) na cidade de Betânia (uma cidade de leprosos, marginalizada e excluída) e recebe uma mulher com um vaso de bálsamo (caro para a época) e é censurada pelos apóstolos que não entendem o plano de Deus ao ungir Jesus para sua sepultura. Jesus diz que aquela boa obra será eternizada através dos evangelhos, Ele não se esquece das nossas boas obras.
“Jesus se achava em Betânia, em casa de Simão, o leproso. Quando ele se pôs à mesa, entrou uma mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um perfume de nardo puro, de grande preço, e, quebrando o vaso, derramou-lho sobre a cabeça.
4 Alguns, porém, ficaram indignados e disseram entre si: Por que este desperdício de bálsamo?”
“Em verdade vos digo: onde quer que for pregado em todo o mundo o Evangelho, será contado para sua memória o que ela fez”.
                14, 10 Judas Iscariotes. A partir deste momento em toda a Bíblia, onde se fala o nome de Judas é relatado “Judas aquele que traiu Jesus”. Ele deixou-se levar pela ambição do poder e do dinheiro, que ainda hoje tantas almas têm levado para o inferno. Não caiamos na tentação de negar o Cristo pelo dinheiro, pelo poder ou por qualquer outro motivo.
“Judas Iscariotes, um dos Doze, foi avistar-se com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus.
11 A esta notícia, eles alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele buscava ocasião oportuna para O entregar”.
                A frase mais dura que Jesus usa é para quem o trai, e de pensar nisso meu coração gela e minha alma treme: “melhor seria que nunca tivesse nascido...”14, 9
                14, 29 Pedro. Ele fala que estará sempre com Jesus, como nós queremos estar sempre com Jesus e queremos ser Jesus na vida do próximo, mas nem sempre o conseguimos. Jesus orou por nós e também orou por Pedro, pois sabia que como chefe da igreja seus encargos seriam pesados, Pedro afirma que morreria por Jesus e assim o fez, e de cabeça para baixo, contemplando os céus.
“Jesus disse-lhe: Em verdade te digo: hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me terás negado.
31 Mas Pedro repetia com maior ardor: Ainda que seja preciso morrer contigo, não te renegarei. E todos disseram o mesmo”.
                14, 33 Pedro, Tiago e João. Jesus pede para que os três fiquem em estado de alerta, vigiem. Nós muitas vezes vencidos pelo cansaço da vida e pelos problemas que nos afligem, não conseguimos manter a vigia, não conseguimos orar, louvar e suplicar por aquele que realmente pode tudo.
“Em seguida, foi ter com seus discípulos e achou-os dormindo. Disse a Pedro: Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora!
38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
39 Afastou-se outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
40 Voltando, achou-os de novo dormindo, porque seus olhos estavam pesados; e não sabiam o que lhe responder.
41 Voltando pela terceira vez, disse-lhes: Dormi e descansai. Basta! Veio a hora! O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores”.
                14,43 Judas. Cf anteriormente.
                14, 53 sumo sacerdote, os sacerdotes, escribas e anciãos. Por afirmar que era o Filho de Deus, Jesus recebeu socos, cusparadas de todos, até dos servos. Para confundir a cabeça dos sábios Jesus se faz presente na Eucaristia, aos pequeninos foi dada a graça pelo dom da Fé de crer que Jesus está em seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade no pão e no vinho que transubstanciado em corpo e sangue nos alimenta a alma até sua vinda.
“O sumo sacerdote tornou a perguntar-lhe: És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?
62 Jesus respondeu: Eu o sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, vindo sobre as nuvens do céu.
63 O sumo sacerdote rasgou então as suas vestes. Para que desejamos ainda testemunhas?!, exclamou ele.
64 Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece? E unanimemente o julgaram merecedor da morte.
65 Alguns começaram a cuspir nele, a tapar-lhe o rosto, a dar-lhe socos e a dizer-lhe: Adivinha! Os servos igualmente davam-lhe bofetadas”.
                14, 66 Pedro. Ele nega Jesus três vezes como Jesus havia predito, e arrependido ele chora amargamente a ponto de soluçar. E nós quantas vezes negamos Jesus em nossas vidas?
“E imediatamente cantou o galo pela segunda vez. Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe havia dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. E, lembrando-se disso, rompeu em soluços”.
                15, 1 sumo sacerdote, escribas e anciãos. Cf anteriormente. Eles entregam Jesus a Pilatos para que ele o condene.
                15, 1-15 Pilatos. Ele o interroga com diversas perguntas:
“Este lhe perguntou: És tu o rei dos judeus?”
“Pilatos perguntou-lhe outra vez: Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam!”
                E ai o povo pede a crucificação de Jesus. O mesmo povo que gritava: Hosana ao filho de Davi, agora grita pedindo a sua crucificação.
“Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado”.
                Muitas vezes queremos agradar alguém em detrimento de agradar a Deus, é um risco que aumenta, a medida que cresce a nossa autoridade na igreja. Lembro sempre de quando me ordenei diácono permanente vários amigos meus me pediram para dar uma bênção em seus filhos, que vivam em segunda união, e tive de dizer não, pois há uma proibição canônica e se eu o fizesse seria suspenso da Ordem, foi o não mais amargo que disse e não sei se ainda hoje eles me amam como antes, pois não sei se entenderam, mas entre ser fiel a Deus e ao meu amigo não o iria fazê-lo somente para agradá-lo. Senti a dor em meu coração e isso tem ocorrido em diversas circunstâncias. Pilatos como vimos traiu seus valores, sua fé e tudo em que acreditava, inclusive na justiça ‘não vejo n’Ele culpa alguma’ e mesmo assim para agradar o povo condenou Jesus a morte.
               
                15, 16 os soldados. Jesus sendo inocente foi torturado pelos soldados que zombavam e batiam n’Ele.
                15, 21 um homem de cirene (cirineu). Este agricultor que vinha do campo ajudou Jesus a carregar a sua cruz. Como Jesus ele também era inocente, mas teve o privilégio de se compadecer de Jesus, fico imaginando em minha vida o privilégio que temos em ajudar a Jesus construir o seu reino e ser um Cirineu na vida de outras pessoas. “Eu lavo os teus pés quando te ajudo a ser Jesus para os outros”.
                15, 27 os dois bandidos. Mesmo sendo culpados um deles se arrependeu e ganhou a absolvição, sendo declarado santo pela igreja. São Dimas é conhecido como o bom ladrão, pois se arrependeu, confessou-se com Jesus, recebeu a absolvição e ganhou o Paraíso.
                15, 38 o centurião. Mesmo sendo um soldado romano, ele reconheceu o que ainda hoje muitos tem dificuldade de acreditar: que Jesus era o filho de Deus.
“O centurião que estava diante de Jesus, ao ver que ele tinha expirado assim, disse: Este homem era realmente o Filho de Deus”.
                15, 40 Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé. Vemos que os discípulos de Jesus o abandonaram e ficaram apenas as piedosas mulheres, que permaneceram firmes aos pés da cruz. Será que nós quando vemos o próximo em seu sofrimento também não os abandonamos, ou permanecemos juntos ao menos para dar-lhes um apoio moral.
                15, 42 José de Arimetéia. Este trecho da Sagrada escritura deve ser lido e relido com critério e inspiração divina,  pois até então não se tinha conhecimento de José de Arimatéia. Analise o risco que ele correu ao enfrentar Pilatos e praticamente as autoridades judaicas. Um belo relato de um homem corajoso. O pano que ele comprou é o Santo Sudário exposto em Roma, já analizado diversas vezes por cientistas que comprovam cientificamente ser o Sudário que foi comprado por Arimatéia e cobriu Jesus.
“Quando já era tarde - era a Preparação, isto é‚ é a véspera do sábado -,
43 veio José de Arimatéia, ilustre membro do conselho, que também esperava o Reino de Deus; ele foi resoluto à presença de Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
44 Pilatos admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E, chamando o centurião, perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha morrido.
45 Obtida a resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo.
46 Depois de ter comprado um pano de linho, José tirou-o da cruz, envolveu-o no pano e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, rolando uma pedra para fechar a entrada.
47 Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o depositavam”.
                15, 47 Estas mulheres (Maria Madalena e Maria, mãe de José) acompanharam Jesus todo o dia do suplício, inclusive na sepultura, nem mesmo quando Jesus ressuscitou deixou de aparecer para elas (em primeiro lugar depois aos doze).
                16, 1 Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé. Jesus está no sepulcro e estas mulheres compraram aromas para ungir Jesus. Elas simplesmente não o deixavam independente da situação  e saíram bem cedo, fico a imaginar como não deve ter sido a noite destas pobres mulheres, a tristeza que tomou conta de seu coração, mas ao mesmo tempo a alegria de, mesmo morto, ir velar o amigo.
1Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus.
2 E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado.
3 E diziam entre si: Quem nos há de remover a pedra da entrada do sepulcro?
4 Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande”.
                16, 5 um jovem (um anjo de Deus). As santas e piedosas mulheres entram no sepulcro e se deparam com um anjo, mas elas acham que é um jovem e mesmo assim na dúvida se este seria alguém do Céu saíram correndo com medo.
5 Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se.
6 Ele lhes falou: Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram.
 7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis como vos disse.
 8 Elas saíram do sepulcro e fugiram trêmulas e amedrontadas. E a ninguém disseram coisa alguma por causa do medo”.
                16, 9 Maria Madalena. Ela, segundo Marcos, foi a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado. Ele apareceu a ela e lhe pede que leve a notícia aos demais. Muito feliz ela foi levar a notícia aos discípulos, mas não deram crédito a suas palavras.
“Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria Madelena (oriunda de cidade de Magdala), de quem tinha expulsado sete demônios.
10 Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos.
11 Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar”.
                16, 12 dois deles (os discípulos de Emaús). Eles iam fugindo com a tristeza do mestre “o Rabi” ter sido morto numa cruz, maldição para os judeus. E talvez por medo de ser perseguido e morto pelo sumo sacerdote e todo o povo. Jesus foi ao encontro deles, porém a palavra nos mostra que Ele tinha outra forma. Este encontro fez Jesus ressuscitar no coração dos discípulos que ardia enquanto Ele falava. Porém os outros discípulos não acreditaram neles.
12 Mais tarde, ele apareceu sob outra forma a dois entre eles que iam para o campo.
13 Eles foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram”.
                16, 14 os onze discípulos. Enfim Jesus aparece aos demais discípulos e censura-lhes a incredulidade e a dureza de coração. O coração duro foi o que acometeu ao faraó no tempo de Moisés receber as dez pragas. Como nos fala o profeta Ezequiel devemos quebrar o nosso coração de pedra e ter um coração de carne. Ez 36, 26 Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne”.
“Por fim apareceu (Jesus) aos Onze, quando estavam sentados à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que o tinham visto ressuscitado”.
                No final de sua missão na terra Jesus nos dá sua última ordem:
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”.
                COMENTÁRIO: muito tenho me perguntado se estou cumprindo a minha missão como cristão e diácono do Senhor Jesus. Estarei levando o evangelhos as criaturas de Deus? Sei que serei cobrado a esse respeito por Jesus e peço a Deus forças para não ser abatido pelo desânimo e pelo cansaço. Jesus tem utilizado os aviões da Força Aérea para que eu leve a palavra a bases desprovidas de padres, levo a âmbula no cofre do avião e ele se transforma na casa de Deus nos céus, por isso nossa padroeira é Nossa Senhora do Loreto (a casa voadora que abrigou a Mãe de Deus). Pois existe um acordo diplomático entre o Brasil e o Vaticano que o obriga a prestar assistência religiosa através dos seus ordenados.

PERSONAGENS PRESENTES NA VIDA DE DE JESUS

SEGUNDO SÃO LUCAS

1, 3 Excelentíssimo Teófilo. Não se pode afirmar com exatidão quem seja este personagem. Teófilo significa amigo de Deus, talvez tenha sido alguém que financiou os escritos e a obra de Lucas, mas decerto que seu evangelho foi destinado aos oriundos do paganismo chegando até nós.
“Também a mim me pareceu bem, depois de haver diligentemente investigado tudo desde o princípio, escrevê-los para ti segundo a ordem, excelentíssimo Teófilo,
4 para que conheças a solidez daqueles ensinamentos que tens recebido”.
                1, 5 Zacarias e Isabel. Ela era estéril e ambos já tinham idade avançada, mas a Palavra nos mostra que eles eram “justos diante de Deus”, e Deus não se esquece de seus filhos e de suas promessas. Tenho visto e acompanhado com minha esposa muitas mulheres desesperadas, junto com seus esposos por não conseguirem engravidar, no entanto, todas as mulheres Bíblicas estéreis que estudei, tiveram filhos que foram grandes heróis da Bíblia (Sansão, Samuel, Isaac, João Batista... e muitos outros).
Ambos eram justos diante de Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor.
7 Mas não tinham filho, porque Isabel era estéril e ambos de idade avançada”.
                1, 11 um anjo do Senhor. Zacarias fica mudo por não ter dado crédito a Palavra do Senhor, e Noé que crédito temos dado a Palavra de Deus? Temos estudado como nos exorta o Santo Padre o papa Bento XVI em sua carta apostólica “Porta Fidei” a porta da fé (para o ano da fé – 2012/2013).
“Eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que estas coisas acontecerem, visto que não deste crédito às minhas palavras, que se hão de cumprir a seu tempo”.
                1, 26 anjo Gabriel. Dos três anjos que assistem no trono de Deus (Gabriel- em Lucas e Daniel; Rafael – em Tobias e o arcanjo Miguel em Apocalipse 12) Gabriel recebe a missão de anunciar o nascimento do Salvador, e eis que ele cumprimenta Maria com uma saudação que na época era dada aos imperadores:  “Ave, cheia de graça”
                “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria”.
                1, 27 Maria. Maria é a santa das santas, ela goza de um privilégio que a nenhuma criatura foi dada tamanha honra: do Pai ela é filha, do Espírito Santo ela é esposa e do Filho ela é mãe. Ela tem um vínculo filial, esponsal e maternal com a trindade, por isso a igreja a proclama Bem –aventurada e a declara Theotokós (mãe de Deus), Antrotokós (mãe do homem) e Cristotókos (mãe do Cristo).
“Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo... porque a Deus nenhuma coisa é impossível.
38 Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela”.
                1, 40 Isabel. Ao ouvir a saudação Isabel também ficou cheia do Espírito Santo. Visto que, Maria é a nova Arca da Aliança de Deus com os homens, conforme rezamos na ladainha de Nossa Senhora. O Sacrário vivo que Deus fez a sua primeira morada aqui na terra.
“Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42 E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”.
1, 59 João (o batista). Toda família estava cheia do Espírito. Zacarias, João e até mesmo a gestação de Isabel e o nascimento de João Batista, bem como sua vida foram marcadas pela presença do Espírito Santo, tanto que no batismo de Jesus o Espírito Santo se faz presente em forma corpórea de uma pomba.
67Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou...”
                2, 4 José e Maria. Eles saem de Nazaré em vias de Maria dar a luz ao Salvador e fico a imaginar uma gestante sair ás vésperas de dar a luz em cima de um jumento e a pé uns trezentos quilômetros, tarefa nada fácil. Deus os conduziu para que se cumprisse a profecia sobre o nascimento do salvador em Belém.
                2, 8 os pastores. Eles são os primeiros a visitar Jesus, assim, mais uma vez vemos que Deus em seu infinito amor faz literalmente a sua opção pelos pobres. Os pastores eram pessoas excluídas no povo de Israel, pois tinham que guardar o rebanho inclusive no sábado, o dia sagrado deles, por isso não podiam fazer oferendas no templo. Viviam fora das cidades cuidando dos rebanhos. Jesus em sua pregação se compara aos pastores “eu sou o bom pastor que cuida de suas ovelhas”. Ele renova a sua opção com os excluídos da casa de Israel. E eu como tenho tratado os excluídos do Senhor? Tenho que me perguntar sempre: no meu lugar o que Jesus faria?
                2, 25 Simeão. A Sagrada escritura atribui a bem poucas pessoas o título de ‘justo’ (Noé, José pai adotivo de Jesus...) e assim nos ensina que os justos verão a Deus como Simeão foi agraciado ao ver Jesus e também tomá-lo nos braços. Ela ainda faz outros elogios, elenca outras qualidades espirituais que ele tinha e que devemos ter.
“Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele”.
“E o sol parou, e a lua não se moveu até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto acha-se escrito no Livro do Justo. O sol parou no meio do céu, e não se apressou a pôr-se pelo espaço de quase um dia inteiro”.  (Josué 10,13)
                2, 36 Ana (profetisa filha de Fanuel, da tribo de Aser e de idade avançada). Ela encontrou graça diante de Deus, pois vivia no templo servindo a Deus dia e noite em jejuns e orações.
                2, 46 os doutores. Jesus discutia entre os doutores estando já há três dias sem a presença dos pais (José e Maria). Como um adolescente que não fosse Jesus poderia discutir a ponto de deixar os doutores de Israel admirados, não fosse Ele Deus isto não aconteceria. Não devemos temer os sábios deste mundo se estivermos cheios do Espírito Santo, pois Deus falará por nós e até nos defenderá.
                3, 21 João Batista. No batismo de Jesus João não se acha digno, pois a sua piedade era grande diante de Deus, porém Jesus devia ser batizado para se cumprir a profecia e pela primeira vez a trindade se revela ao homem em seus sentidos. Jesus era visto por todos, o Espírito Santo foi visto pois tomou a forma corpórea de uma pomba e o Pai ouviu-se a voz ‘este é meu filho amado...’. esta é a marca que o sacramento do batismo tem uma importância crucial em nossas vidas. “todo aquele que crer e for batizado será salvo” (Mc 16, 16)
                3, 23 “A genealogia de Jesus, em Lucas, nos mostra sua descendência percorrendo em sentido inverso a ordem dos descendentes, chega ao começo do gênero humano, para mostrar que o primeiro e o último Adão têm a mesma natureza” (carta de São Leão Magno, papa.
                4, 2 o Demônio. Vendo o inimigo de Deus que Jesus usara a Sagrada Escritura para se defender dos seus ataques, ele resolve mudar a estratégia e tentar o filho de Deus com a Palavra, mas não obtém êxito. Fico a pensar em pessoas que fazem o mesmo que o inimigo de Deus usam a Bíblia para tentar os cristãos e até mesmo para dizer quem vai para o céu ou para o inferno tomando o julgamento das pessoas para si e tomando o lugar de Deus como o quis Lúcifer. Estas são atitudes do Demônio ou daqueles que estão sobre o seu poder. Cuidado irmão (ã) se você anda por ai com a Bíblia acusando os outros de idolatria ou o que quer que seja, dizendo que vai para o céu ou inferno, isto não vem de Deus, pois foi satanás que teve esta atitude.
                16 e 20. sinagoga e ministro. Jesus pregava na sinagoga e deu o rolo da profecia de Isaías ao ministro, porém não aceitaram que Jesus fosse Deus, o ungido de Deus e por isso queriam matá-lo, como mais tarde o fizeram. Hoje Ele se fez menor ainda, na Hóstia consagrada está presente, para confundir a cabeça dos sábios e inteligentes. A pergunta de Jesus ecoa nos séculos: quando o Filho do homem voltar encontrará fé em alguém?
                4, 33. o endemoinhado. A ordem de Jesus “cala-te e sai deste homem!”, o demônio deixou o homem em paz. O demônio existe e pode nos tentar, pois tentou ao salvador, como dizemos no Pai-Nosso deixado por Jesus “não nos deixe cair em tentação”. Ele não disse para não sermos tentados e sim para não cairmos, isto é o que pedimos ao Pai, para não aderirmos as investidas de satanás. Não seremos tentados acima de nossas forças, mas na medida em que temos força para resistir. A oração nos dará a força necessária para vencer. “O homem que reza se salva, o que não reza se condena” (São Pe. Pio de Pietrelcina).
4, 38 a sogra de Pedro. As pessoas intercederam a Jesus pela sogra de Pedro e Ele atendeu as súplicas. Logo que ficou curada ela pôs-se a trabalhar e a servi-los. Este milagre nos ensina que quando somos acometidos por um mal devemos suplicar e usar a intercessão dos santos, mas ao ficarmos curados lembremo-nos que o fomos para trabalhar para o seu reino e logo devemos nos colocar de pé.
4, 40 os enfermos. Todos os enfermos que foram levados a Jesus foram curados. Devemos encaminhar as nossas enfermidades a Jesus, desde a menor até a maior para que ele nos cure e possamos dar glórias ao seu santo nome, mas precisamos acreditar, visto que as pessoas que O procuravam tinham a certeza que ficariam curadas, por isso elas O procuravam.
4, 42 as multidões. Eles não queriam deixar Jesus ir embora, porém a missão de Jesus não se resumia a uma única cidade, mas a toda a humanidade. Por isso Ele explica que não pode ficar e tem que continuar sua missão.
5, 1 o povo. “Estando Jesus um dia à margem do lago de Genesaré, o povo se comprimia em redor dele para ouvir a palavra de Deus”. Ainda acredito no ser humano e sonho em ver igrejas cheias e não presídios, o povo parou para ouvir a Palavra de Deus, um povo que tinha sede de Deus. Precisamos fomentar isso no coração do povo de Deus.
5, 4.9 Simão (Pedro), Tiago e João.
Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar.
5 Simão respondeu-lhe: Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por causa de tua palavra, lançarei a rede.
6 Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia.
7 Acenaram aos companheiros, que estavam na outra barca, para que viessem ajudar. Eles vieram e encheram ambas as barcas, de modo que quase iam ao fundo.
8 Vendo isso, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e exclamou: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.
9 É que tanto ele como seus companheiros estavam assombrados por causa da pesca que haviam feito.
10 O mesmo acontecera a Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus companheiros. Então Jesus disse a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens.
11 E atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram”.
Analisando os trechos em negrito muito poderemos depreender destes trechos. Lançai as vossas redes, este é o primeiro passo para nossa reflexão, será que estamos lançado nossas redes e trazendo almas para a maior missão da igreja “a salvação das almas”. Por que Jesus escolheu pescadores? Já parou para pensar como é a vida e o trabalho do pescador? Ele é um homem simples sem muitos apegos materiais, tem paciência e é capaz de passar noites e dias esperando o momento certo de laçar as redes, ele tem fé que voltará em meio as tempestades e os riscos iminentes do mar, ele separa os peixes que são bons e joga fora os venenosos. Ele possui qualidades necessárias a um bom condutor de almas.
Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e exclamou: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Reconhecer-se pecador diante de Jesus é o primeiro passo para a conversão, mas não se pode parar por ai, é necessário a reconciliação com Deus, voltar a casa paterna.
Não temas; doravante serás pescador de homens. A expressão “não temas” aparece trezentas e sessenta e cinco vezes na Bíblia, realmente precisamos rezar como os discípulos “Senhor aumenta a nossa fé”, pois somos muito medrosos e isto é falta de fé em Deus, é não confiar no poder de Deus ou achar que Deus não está vendo os nossos temores e problemas. Deus tudo vê e tudo sabe e somos muito valiosos para Ele.

“Não se vendem dois passarinhos por um asse (moeda de baixo valor)? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso Pai. 30 Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. 31 Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós”.
Mt 10, 31

Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois. Mais valor tendes vós do que numerosos pardais.”
 Lc 12, 7

“Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas”?
MT 6, 26

Considerai os corvos: eles não semeiam, nem ceifam, nem têm despensa, nem celeiro; entretanto, Deus os sustenta. Quanto mais valeis vós do que eles?
Lc 12, 24
                5, 12 o leproso. Senhor, se queres, podes limpar-me. 13 Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero; sê purificado! No mesmo instante desapareceu dele a lepra”.  Diante da nossa sujeira Jesus pode nos limpar de toda imundície do mundo que tanto atrapalha a nossa comunhão com Deus. Lembro sempre das belas histórias que meu pai nos conta aos seus oitenta e cinco anos de idade: “Um dia ia passando um homem por uma estrada e ele se deparou com um cavalo morto que exalava grande mau cheiro. O homem passou pelo outro lado da estrada tampando o nariz com um pano. Nessa mesma estrada vinha um anjo que passou ao lado do animal morto sem esboçar qualquer reação, porem quando o anjo passou perto do homem afastou-se e tampou o nariz com um pano. Um santo que vinha na mesma estrada e tudo vira perguntou ao anjo porque ele passou ao lado do cavalo morto e desviou-se do homem. O anjo respondeu que aquele homem estava em pecado mortal e que grande mau cheiro exalava de sua alma”. Se pudéssemos ver a nossa alma manchada pelo pecado, e como nos veria o nosso anjo da guarda, certamente que procuraríamos o caminho da reconciliação.
                5, 18 o homem paralítico e algumas pessoas. Sabendo que Jesus curava os doentes algumas pessoas com grande fé passaram o paralítico pelo teto da casa e Jesus ficou admirado da fé deles. As vezes outras pessoas nos levam a Deus, principalmente quando nos sentimos paralisados por algum problema. Jesus sempre esteve cercado de pessoas, se quisermos seguir os passos de Jesus devemos estar em comunidade, pois ele ao nascer estava entre rei magos e pastores e durante toda sua vida estava sempre cercado de pessoas e multidões, criou a comunidade dos apóstolos, que tão bem vemos em Atos dos apóstolos.
                5, 21 escribas e fariseus. Embora já descritos diversas vezes neste ensaio, a atitude deles se modifica em torno dos acontecimentos que envolvem Jesus. Neste, apesar de serem testemunhas presenciais do milagre questionam a sua autoridade afirmando que só Deus pode perdoar os pecados, não acreditando que Jesus era Deus. Este foi o motivo da real condenação de Jesus, não acreditaram que Ele era Deus e acusaram de blasfêmia. Vejo esta atitude em muitos católicos resistentes ao sacramento da reconciliação, não querem se confessar com um padre e afirmam que se confessam diretamente com Deus. O confessionário, como afirmava São Padre Pio, é a porta do céu. Se alguém quer se confessar diretamente com Deus, não obedecendo a vontade de Jesus deveria criar uma nova igreja, pois para ser católico ou comungo cem por cento com a igreja que Jesus deixou e toda doutrina deixada a nós por Ele ou não é possível ser católico.
                5, 27 Levi (Mateus). Para o povo judeu um cobrador de impostos (publicano) era um grande pecador excluído de todas as práticas do judaísmo. No entanto para Jesus era mais uma alma que necessitava ser salva, talvez para aquele pobre que nada tinha fosse fácil seguir Jesus, mas e para o que tinha dinheiro e posse como Mateus e Zaqueu. Para estes era mais difícil se desapegar dos seus bens, no entanto, Mateus deixou tudo e seguiu o Mestre.
“Depois disso, ele saiu e viu sentado ao balcão um coletor de impostos, por nome Levi, e disse-lhe: Segue-me. 28 Deixando ele tudo, levantou-se e o seguiu”.
                Mateus coberto de grande alegria dá um banquete a Jesus e seus discípulos, estando presente os seus amigos também cobradores de impostos, ao que Jesus é duramente criticado por estar entre pecadores públicos contumazes. Jesus lhes responde com grande sabedoria:
“Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos.32 Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores”.
                6, 2 alguns fariseus.



PERSONAGENS PRESENTES NA VIDA DE DE JESUS

SEGUNDO SÃO JOÃO
2, 1 Maria, Mãe de Jesus. Jesus sabia que havia faltado vinho, pois Ele é Deus e sabe tudo. Porém Maria sua mãe se compadece dos noivos e não é por acaso que o primeiro milagre de Jesus ocorre em uma festa de casamento, Ele escolheu a família desde o início quando nasceu no seio da família de Nazaré. Se percebermos Ele afirma que sua hora ainda não chegara. Talvez Jesus não fosse morrer com a idade que morreu, visto que a hora em que começasse os milagres seria dado o início de sua vida pública de milagres e Ele antecipa tudo a pedido da mãezinha querida. Não entendo como pode uma pessoa ler a Palavra de Deus e não amar Maria se o próprio Jesus foi quem a escolheu.
2, 2 seus discípulos. (cf anteriormente os doze)
2, 7 eles (os serventes). Aqui está mais uma prova que depois que Deus criou o homem, Ele nos chama a participar de seus milagres, Jesus podia fazer tudo sozinho, mas preferiu pedir para que os serventes enchessem as talhas de água (comentário do Padre Fábio de melo no programa direção espiritual da Canção Nova rede de televisão dia 1 de agosto de 2012). Nos milagres de Jesus o homem e a mulher participam do processo assim como ele pergunta o que a pessoa deseja, como perguntou ao cego: “o que queres”, é obvio que Ele sabia que o cego queria enxergar, mas Ele queria ouvir dele assim como quer de nós saber o que precisamos, a oração é uma súplica a Deus dos nossos pedidos.
2, 8 o chefe dos serventes. Sem saber ele questiona o noivo do motivo pelo qual está servindo o melhor vinho no final da festa e não no início como de costume, ele não sabia do milagre. Cada talha de água comportava de 80 a 120 litros, o que daria setecentos litros de vinho aproximadamente. Alguém pode se perguntar porque tanto vinho e eu posso lhe responder que é pelo mesmo motivo de ter sobrado doze cestos de pão na multiplicação, significando assim que Jesus quando dá a graça Ele a dá em abundância, com sobras e muito mais do que necessitamos.
2, 9 o noivo.


AGONIA, FLAGELO E CRUCIFIQUIÇÃO
Uma reflexão
A respeito da agonia, flagelo e crucificação de Jesus os Evangelhos nos trazem os seguintes capítulos, que devem ser por nós refletidos, para que nós consigamos juntar as nossas dores as dores de cristo como diz São Paulo: “juntar as minhas dores as que faltaram nas do Cristo” “Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Cf Col 1, 24) e aceitar este espinho na carne para nossa salvação como nos lembra o Beato J. Paulo II em sua encíclica SD(Salvifici Doloris) confira em 2Cor 12, 7. “Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade”.

EVANGELHO
CAPITULOS
GÊNERO LITERÁRIO
ASSUNTO
Mateus
26 a 28
Evangelho
Sinótico
paixão e morte de nosso senhor Jesus Cristo
Marcos
14 a 16
Lucas
22 a 24
João
13 a 21
Filosófico

                Aqui vemos que os Evangelhos sinóticos sobre o assunto da paixão todos eles tem dois capítulos, já bem diferente é o de João com 9 capítulos.     
Sobre a flagelação e a crucificação o diário de santa Brígida nos traz que Jesus perdeu 35.000 gotas do seu precioso sangue, sendo que apenas uma gota seria suficiente para nos redimir e salvar. Ele sofreu também 5.480 chagas “por suas chagas fomos curados” 1Pd 2, 24  e Is 53, 5.
Muito temos a aprender para nossa vida espiritual com a experiência da Via Dolorosa (Via Crucis). A sua riqueza de significados litúrgicos é imensa. As cinco chagas de Jesus que catequeticamente aprendemos na missa do fogo novo, as cinco chagas do Círio Pascal, a Luz de Cristo, nos mostram o caminho de Jesus: as duas chagas das Mãos que somente abençoaram a humanidade, curaram os enfermos, libertaram os possesssos, ressussitaram os mortos... receberam santos e perfumados cravos que por eles pendeu a nossa salvação. As duas chagas dos pés que levaram as pessoas a sua palavra redentora, que ao andar santificou com sua presença este santo planeta que vivemos, obra da criação de Deus, que aos seus pés foram curados aqueles que verdadeiramente se arrependeram como Míriam de Magdala (Maria Madalena). Como são belos os pés do mensageiro... que anunciam a Paz. A maior de todas as chagas, que não tendo mais sangue para doar a humanidade e restando apenas o que estava guardado no músculo cardíaco, eis que o soldado romano perfuralhe-Lhe o coração. Seu coração que tanto amou a humanidade a ponto de dar a vida por ela, por todos nós pecadores, que apenas amou sem medidas jorrou sangue e água. “Ele se esvaziou por completo”. Jorraram todas as bênçãos e graças de suas santas chagas como vemos no diário de santa Faustina “o Jesus misericordioso” os raios da santa misericórdia “o raio pálido que significa a água que justifica as almas; o raio vermelho significa o sangue que dá vida as almas. Estes raios defendem as almas da ira de meu Pai”.

CONCLUSÃO

Fui convidado para fazer uma palestra em determinada cidade do centro oeste do Brasil e resolvi fazer uma dinâmica onde todos ficaram de pé e eu ia perguntando quem tinha lido ao menos um livro da Bíblia, estes ficariam de pé e quem não tivesse lido sentaria, e umas cem pessoas mais ou menos sentaram, e olha que tem vários livros da Bíblia que não chega a ter uma página completa como por exemplo: a segunda e a terceira carta de São João, a carta de São Judas com uma página, o livro do profeta Ageu de uma página e meia... enfim, vários livros bem pequenos. No final, para minha decepção, de quase mil e quinhentas pessoas só quatro ou cinco tinham lido a Bíblia toda, nem mesmo os evangélicos que lá estavam tinham lido toda Bíblia, e não podemos dizer que não se tem apoio, na Paulus livraria tem diversos livros pequenos e baratos que ensinam a ler a Bíblia e ainda tem para cada livro Bíblico um livro de apoio se a pessoa assim o quizer, bem como a editora Canção Nova dispõe de vários livros nesta área, precisamos deixar de ser multidão para seguir Jesus, pois nem sempre a expressão “Vox populi Vox dominu” a voz do povo é a voz de Deus é verdadeira, ela só é verdadeira se o povo está comprometido com a palavra e os mandamentos de Deus.
Porque tenho que conhecer Jesus? Nos afirma a Dei Verbum que o desconhecimento das escrituras é o desconhecimento do próprio Deus. Não posso amar a quem não conheço, conhecer Jesus é buscar amá-lo cada vez mais, para poder imitá-lo, pois a imitação de cristo nos levará a santidade, “buscai e achareis, pedi e dar-se-vos-a”.
Quem vai mostrar este Jesus ao mundo? Somos nós, mas para levá-lo eu preciso primeiro conhecê-lo. “ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura... todo aquele que crer e for batizado será salvo”.
O antigo Testamento anuncia Jesus e muitas passagens são correlatas na forma antiga (antes de Jesus encarnado) e na forma nova (depois de Jesus encarnado). Vejamos:

COMPARATIVO DE PASSAGENS
O PEQUENO ÊXODO (MOISÉS)
MOISÉS LIBERTA O POVO HEBREU DA ESCRAVIDÃO DO EGITO QUE DURAVA 420 ANOS
O GRANDE O ÊXODO (JESUS)
JESUS LIBERTOU TODOS OS POVOS DA ESCRAVIDÃO DO PECADO, SENDO ELE MESMO A VÍTIMA ESPIATÓRIA
MOISÉS NA SARÇA
JAVÉ SE DIZ QUE É “EU SOU”
“DIGA QUE EU SOU ME ENVIOU A VÓS”
JESUS RESPONDE AOS DISCÍPULOS
“EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”
A TORRE DE BABEL
UM SÓ POVO QUE POR DESENTENDIMENTO FALAVAM DIVERSAS LÍNGUAS
PENTECOSTES
DIVERSOS POVOS, MAS QUE COM A UNÇÃO DO ESPÍRTO SANTO FALAVAM EM UMA LÍNGUA E TODOS ENTENDIAM
O PRIMEIRO ADÃO
LEVOU TOAS AS GERAÇÕES A CONDENAÇÃO DO PECADO ORIGINAL.
O SEGUNDO ADÃO
SALVOU DO PECADO E LIBERTOU O POVO DA OPRESSÃO E DA CONDENAÇÃO.
ESAÚ RECEBE JACÓ
SENTE-SE INJUSTIÇADO POR TER PERDIDO A PRIMOGENITURA.
O IRMÃO DO FILHO PRÓDIGO SENTE-SE INJUSTIÇADO PELO PAI NUNCA TER FEITO UMA FESTA PARA ELE.

A nossa vida é finita e curta, a eternidade que não se acaba nunca é a nossa morada definitiva. Devemos estar conscientes de “orar e vigiar” e trabalhar para que o nosso nome esteja escrito no Livro da Vida.

“DEUS ANOTA NO SEU LIVRO, ONDE INSCREVE OS POVOS TODOS: FOI ALI QUE ESTES NASCERAM. (Sl 87)

“FIQUEM ALEGRES PORQUE OS NOMES DE VOÇÊS ESTÃO ESCRITOS NO CÉU” (Lc 10, 20)

“QUEM NÃO TINHA O NOME ESCRITO NO LIVRO DA VIDA FOI TAMBÉM JOGADO NO LAGO DE FOGO” (AP 20 15).
                Desejo do fundo de meu coração encontrar a todos no céu, consciente que muito terei que fazer por mim e por meus irmãos e irmãs, mas confiante na poderosa intercessão da Mãe Santíssima, Virgem de Fátima, do Loreto, das Graças, do Perpétuo Socorro e de todos os nomes, que nos ajudará nesta difícil caminhada. Que o Senhor vos abençoe e vos guarde, que Ele receba as minhas súplicas e orações pelo seu povo e a minha bênção diaconal: que desça sobre vós, pela intercessão da Virgem Mãe de Deus, a bênção de Deus todo-poderoso. Pai, e Filho, e Espírito Santo. Amém. Louvai ao Senhor com vossas vidas, fiquem na Paz e que o Senhor esteja sempre ao vosso lado.

BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA SAGRADA, Ed. Ave Maria. Edição claretiana, 2010.
BÍBLIA SAGRADA, Editora Clerus. Versão digital.
BÍBLIA CATÓLICA www.bibliacatolica.com.br
BÍBLIA sagrada ave-maria, www.avemaria.com.br
CIC, Catecismo da Igreja Católica, Ed. Paulus.
CIC – Catecismo da Igreja Católica. Ed Loyola.
DEI VERBUM.
DIDAQUÉ, O catecismo dos primeiros cristãos, Ed. Paulus.
Documento de Aparecida. CNBB.
FÁBIO DE MELO, padre, programa direção espiritual 01 agosto de 2012.
JOÃO PAULO II, SD – Salvifici Doloris, encíclica.
PEREIRA, Tarcísio Gonçalves (PE Léo SCJ). Buscai as coisas do alto. Ed Canção Nova. São Paulo 2012.
LINDEMBERG, padre, palestra no Encontro nacional dos Filhos da Ressurreição. Campinas, junho de 2011.
MAGNO, São Leão, papa. carta de São Leão Magno, papa. Ep 31, 2-3; PL 54, 791- 793.
PUIG, Armand. Jesus uma bigrafia.  2ª Edição, Ed. Paulus. novembro 2010.
RATZINGER, Joseph. Jesus de Nazaré (vol I e II). Ed Planeta.
TOMÁS DE KEMPIS. imitação de Cristo, Ed. Paulus. São Paulo, 1979.





[1] PUIG, Armand. Jesus uma bigrafia.  2ª Edição, Ed. Paulus. novembro 2010
[2] BÍBLIA SAGRADA, Ed. Ave Maria. Edição claretiana, 2010.

[3] PUIG, Armand. Jesus uma bigrafia.  Op. Cit. 1
[4] WELLEN, Aloys. Caminho de volta?
[5] Oração que todos os ordenados (diáconos, padres, bispos...) da igreja católica são obrigados a fazer diariamente
[6] Método de leitura em oração da Palavra de Deus disponível nas livrarias católicas, na qual é feita uma reflexão profunda do evangelho do dia aplicado a nossa vida. Recomendo a todos que aprendam.
[7] PUIG, Armand. Jesus uma bigrafia.  Op. Cit. 1

[8] Oração da igreja Católica descrita nos Evangelho de São Lucas.
[9] Oração de São Bento

Um comentário:

  1. Este livro escrito por mim, deixo disponível a todos como presente, apenas peço que se usarem por favor informem a fonte e o crédito do autor.

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